- há 9 horas
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00:00A CIDADE NO BRASIL
00:30Sônia, os pais do seu namoradinho, eles virão do amanhã pro almoço do meu aniversário mesmo?
00:43Ai pai, pai, eu não sei, eu não sei, acho que vem. Acho que sim, mas eu não sei, eles confirmaram, tá?
00:49Mas não dá pra responder pela cabeça dos outros.
00:51Imaginei um quadro completo, pintei ele inteirinho na minha cabeça, um quadro muito especial.
00:57E agora eu vou colocar na tela tudo que eu imaginei com as mãos.
01:02Fala aí, o que que é esse quadro?
01:04Ah, não posso, não dá.
01:07Espera que você vai ver.
01:12Ah, ficou bonitinho, né?
01:16Olha, chapéuzinho, gravatinha vermelha.
01:23Ficou ótimo, ficou ótimo.
01:26Ai, rosa modéstia à parte.
01:30A minha ideia foi realmente luminosa.
01:34Sabe no que eu pensei quando eu senti a morte de perto?
01:38Não faço ideia.
01:39Pensei em você.
01:43Quando eu mergulhei nas águas do Ribeirão e lutei contra a correnteza,
01:48eu sabia que eu precisava sair de lá só pra te ver novamente.
01:51Muitas felicidades e muitos anos de vida pro senhor, viu?
01:56Obrigado.
01:57Muito obrigado.
02:01Nem caiu o atirador.
02:02Você pelo menos sabe onde é que ele tava?
02:04Bom, pra ele ter uma boa visão de mim aqui na pedra,
02:09ele só podia estar posicionado lá do outro lado.
02:16Bom, então vamos lá, né?
02:18Bom.
02:18Sei lá, quem sabe a gente não tem mais sorte.
02:20Ai!
02:26Olha aqui, meu amor.
02:28Daqui.
02:29O cara podia me ver lá na pedra.
02:31É, é bem longe mesmo.
02:32Olha, Joca.
02:36Se foi o caso,
02:38ele deve ter usado um rifle de precisão com uma mira telescópica.
02:41Só pode ser.
02:42Deve ter alguma coisa por aqui, alguma pista.
02:44Que pista, Joca?
02:45Que pista?
02:46A gente procurou em tudo quanto é canto, não tem pista nenhuma aqui.
02:49É, também choveu de lá pra cá, né?
02:51A água deve ter apagado os vestígios.
02:53Isso é possível sim, mas olha,
02:54o fato é que até agora a gente não tem absolutamente nada que comprova essa história.
03:01Ô, Bill!
03:02É isso, a gente tem que encontrar o Bill, ele vai confirmar essa história.
03:05Que Bill, Joca.
03:06Pelo amor de Deus, a gente não vai ficar aqui perdendo mais tempo, né?
03:09Agora me diz, aonde a gente vai achar esse termitão aqui no meio dessa mata toda?
03:13Na caverna dele.
03:14Eu sei da queda na mata.
03:15Vamos lá, por favor.
03:16Ai, Joca, não.
03:17Tá bom, tá bom, eu vou.
03:19Vem.
03:19Mas olha aqui, eu vou dizer uma coisa, hein?
03:21Depois você não vai ficar dizendo por aí que eu não tive toda a boa voltada do mundo pra te ajudar.
03:25Ai, meu pé tá doendo.
03:26Tá certo, eu vou.
03:27Ai, meu Deus.
03:33Bill!
03:35Bill, sou eu, Joca.
03:36Cadê você, cara?
03:43É.
03:45Bom, pelo visto, ele não tá em casa.
03:48Não, ele fica andando por aí.
03:50Mas uma hora ele aparece.
03:51Ô, Joca, eu não tenho tempo pra ficar perdendo e esperando aqui, no meio de uma floresta e dentro de uma caverna.
03:57Ai, esse sujeito é maluco.
03:58Sabe-se lá, Deus, pra onde ele pode ter ido e quando vai voltar.
04:00Olha aqui, o Bill pode ser um andarilho, um ermitão, mas ele é gente boa.
04:04Foi ele que me resgatou na beira do rio e cuidou de mim.
04:07Até aquela roupa que eu tava usando quando eu cheguei na delegacia, era dele.
04:10De gosto e higiene bem duvidosos, né?
04:12Mas ele pode confirmar tudo que eu disse.
04:15Ô, Joca, eu só vim com você até aqui pra provar a minha boa vontade.
04:19Porque o Bill não viu tiroteio, viu?
04:21Isso não.
04:23Ele me achou na manhã do dia seguinte.
04:25Pois então, Joca.
04:26O Bill não pode confirmar nada que tenha acontecido antes disso.
04:30Joca, o que eu tô querendo te dizer é que o doutor Ajuricava, ele já tá duvidando seriamente da sua história.
04:34Se a gente não tiver maiores evidências, já posso até ouvir o delegado aqui, no meu ouvido, falando.
04:39A dona Marta, aquele sujeitinho tava bêbado, sem as calças.
04:43Como se sabe, aquilo de bêbado não tem dono.
04:45Tava lá jogado na beira do rio e foi resgatado por um maluco da cidade.
04:49Mas isso é um absurdo.
04:51Eu sou protetado e ainda sou ridicularizado.
04:55Ô, dona Marta.
04:56Ô, dona Marta.
04:57Tchau, Joca.
04:58Mas, dona Marta, você tem que entender.
05:00Tem cabimento tratar uma vítima de atentado como se fosse um delirante?
05:05Bom, se eu tô dizendo que aconteceu é porque aconteceu, dona Marta.
05:08Vocês deviam respeitar mais o cidadão, viu?
05:11Olha, Joca, eu vou dizer com toda sinceridade.
05:13Nós, da polícia, não gostamos de quem se intromete no nosso trabalho.
05:16E você, convenhamos, hein?
05:18Tenha abusado muito desse direito com essas suas investigaçõezinhas aí, tortuosas e obscuras.
05:22Eu sou um detetive particular.
05:24É uma profissão como outra qualquer.
05:26Eu não posso ficar avisando aos quatro ventos toda a investigação que eu faço, dona Marta.
05:29Porque o sigilo faz parte do negócio.
05:31Então você não pode ficar reclamando que tá sendo desrespeitado.
05:34Ah, eu não tô aqui, perdendo meu tempo nessa caminhada inútil na floresta?
05:40E agora que culpa eu tenho se nós não conseguimos encontrar nenhum índice sólido do que você contou?
05:44Então deixa pra lá, dona Marta.
05:46Eu vou provar pra vocês que eu tô dizendo a verdade.
05:50Eu não sei como, mas eu vou provar.
05:53Ótimo.
05:54Ficamos aguardando, então, notícias suas.
05:57Enquanto isso, eu vou voltar pra delegacia e continuar o meu trabalho.
06:01Até mais, Joca.
06:03Tchau.
06:03Broca.
06:33Por aqui, por favor.
06:34Obrigado.
06:36Diana.
06:37Esse é o costureiro que a dona Arminda contratou pra fazer o vestido da dona Flomeno.
06:41Como vai?
06:42Oi.
06:42Nossa, que bom.
06:43Tô doida pra ver.
06:45Já trouxe o vestido?
06:46Trouxe, mas é a primeira prova, hein?
06:48Ah, pensei que estivesse pronto.
06:50O vestido de noiva é como uma obra de arte, mocinha.
06:56É preciso eu fazer várias provas no corpo da noiva até que fique perfeito, ó.
07:01Além do mais, me passaram todas as medidas pelo telefone.
07:04Ah, entendi.
07:06Bom, o senhor aguarde só um instantinho que eu vou ligar pra dona Flomeno.
07:09Pode deixar que eu ligo.
07:10Tá bem.
07:11Bom, fique à vontade, por favor.
07:12Obrigado.
07:27Alô?
07:29Ah, oi, Diana.
07:30Tá sim.
07:31Tá, vou passar.
07:33Diana?
07:33É.
07:34Obrigada.
07:35Oi, Diana.
07:37Oi, Filomena.
07:38Tudo bem?
07:38Tem uma surpresa linda aqui pra você.
07:41É?
07:42O que que é?
07:43O costureiro já trouxe o seu vestido de noiva.
07:45Mentira, jura?
07:46Juro.
07:48Ele tá aqui te esperando.
07:50Você pode vir agora?
07:51Eu vou.
07:53Dá, dá.
07:53Eu vou já.
07:54Mas me diz uma coisa, você viu?
07:55É bonito?
07:56Ah, eu não sei.
07:57Eu ainda não vi.
07:58Mas ele falou que é que nem uma obra de arte.
08:01Trouxe dentro de uma caixa enorme.
08:03Eu tô doida pra ver.
08:04Eu vou.
08:04Vou já.
08:05Vou já.
08:06Um beijo.
08:08Filomena já tá vindo.
08:12E eu não perco essa prova por nada.
08:14Ela vai ficar doida quando vira o vestido.
08:16Acho que não vai dar pra ver nada não, senhorita.
08:18Tá quase na hora do colégio.
08:20Não faz mal perder o primeiro tempo.
08:22Porque eu não posso perder a prova do vestido.
08:25Dona Arminha não vai gostar nada disso.
08:27Depois eu me entendo com ela, Elza.
08:29Ah, você entende?
08:31Vai levar uma bronca daqui.
08:32Elas ainda vão acabar sobrando pra mim.
08:33Você não quer servir café pra eles?
08:36Os senhores aceitam?
08:37Ah.
08:37Obrigado.
08:39Aceito.
08:41Já trago café.
08:43Com licença.
08:44É a terceira vez que eu perco a conta das cadeiras.
09:05É a décima que eu perco a paciência.
09:08Vai, fica no quarto lá, quietinho.
09:10Vai.
09:10Cadê a Sônia?
09:11Isso.
09:12Vai lá fora, vê se a Sônia tá lá.
09:14Vai.
09:17Cedo assim?
09:18Quem será?
09:18Sei lá.
09:19Boa tarde, Dona Virgínia.
09:25Bom dia.
09:26Como vai a Juricaba?
09:29Gente, me desculpa eu chegar tão cedo.
09:32Eu estava agoniado em casa.
09:33Eu não queria ficar sozinho comigo mesmo.
09:37Eu não queria ficar sozinho comigo mesmo.
09:37Tudo bem.
09:39Já entrou mesmo.
09:40Posso ajudar em alguma coisa?
09:42Não, obrigada.
09:43O senhor pode atrapalhar.
09:44Fique à vontade.
09:44Ah, Dona Virgínia, para com essas brincadeiras.
09:47Eu tô nervoso mesmo.
09:49Quase tive uma taxicardia que não passava.
09:52Preocupante.
09:53O senhor quer?
09:54Não, não, deixa aqui.
09:56Juricaba, meu querido amigo.
09:58O seu presente de aniversário.
10:00Ari, não precisava.
10:02Ah, você merece.
10:03Precisava sim.
10:04Por favor.
10:06Morre.
10:12Nossa, essa eu conheço.
10:14É envelhecida e das boas.
10:16Muito obrigado, Ari.
10:17Muito obrigado.
10:18Merece.
10:19Merece muito mais do que isso.
10:20Só tem um problema que eu só descobri depois que eu comprei.
10:23É que isso aí me faz me lembrar o meu adversário.
10:29O cachaceiro.
10:30Acho que foi uma falha minha, né?
10:32Ai, imagina.
10:34Gostar de cachaça não é privilégio daquele infeliz.
10:36O problema dele é a quantidade.
10:39E o que tem nessa caixa, hein?
10:40Calma, Dona Virgínia.
10:42A senhora está muito ansiosa.
10:44Calma.
10:44Isso aqui, você já vai ver o que é.
10:48É uma surpresa.
10:51Calma, mano.
10:51Que coisa mais bonitinha, prefeito.
11:04Inho, inho.
11:05Não é lindo?
11:06É muito bom, não é lindo?
11:08Você sabe o que eu pensei?
11:09Em botar, assim, em todas as mesas, dois.
11:13Um ao lado de cada lugar do prato.
11:15É?
11:16Maravilha.
11:17Maravilha.
11:17Só vai ficar faltando o capim.
11:20Ah, você gostou, eu ligava.
11:23Eu uso o miolo, delegado, uso o miolo.
11:26Olha, e para comemorar essa data natalítica,
11:32para você, meu querido amigo,
11:35eu vou dar dois jumentinhos.
11:37Guarde com carinho.
11:43Ei, como é que é?
11:46Oi, gente.
11:47Oi, a senhora chegou bem na hora do café.
11:49Aceita?
11:50Obrigada.
11:51Filó, esse aqui é o costureiro que a tia te chamou.
11:54Muito prazer, senhor.
11:56Jean-Pierre.
11:58O prazer é todo meu.
12:01Prazer mesmo, Dona Filomena.
12:02É gratificante criar para uma noiva tão bonita.
12:06Noiva linda, o senhor quer dizer, né?
12:09Precisamente, mademoiselle.
12:13Mademoiselle?
12:14O que é isso?
12:15Senhorita, em francês.
12:17Tá aí, gostei.
12:19Chique.
12:20Queria que Guilherme me visse sendo chamada assim.
12:23Mademoiselle de...
12:24Cadê o meu vestido?
12:27Ah, aqui está.
12:28Mas, ó, ainda está uma obra inacabada, né?
12:33Mas eu tenho certeza que a senhora vai achar deslumbrante.
12:40E...
12:41Voilá!
12:45Então?
12:46O que acharam?
12:48Nossa!
12:50É lindo!
12:52É um sonho, gente.
12:54Ai, é o sonho da minha vida.
12:56Aqui, aqui na ponta dos meus dedos.
12:59Só que eu te gosto.
13:00Não é isso.
13:02Tá ali.
13:03Não é?
13:05Ah, ah, ah, ah, ah.
13:06Ah, ah, ah, ah, ah, ah, ah.
13:17Ah, ah, ah, ah, ah, ah.
13:20Ah, ah, ah, ah, ah, ah.
13:22Ah, ah, ah, ah, ah.
13:25Bom dia. O senhor mora aqui perto?
13:37Moro perto do Poço Feio.
13:39Mas tem umas roças mais ali pra cima.
13:41Então o senhor passa todo dia por aqui pra ir trabalhar na sua roça?
13:44Se não tiver doendo das tripas, todos são dias.
13:47Fora os domingos que é dia de nosso senhor.
13:50Aliás, pra lembrar que vi seu carro parado aqui há uns dias,
13:53guiçou de novo, foi?
13:54Não, não. O que eu queria saber é se o senhor notou alguma coisa estranha na região?
13:59Algum movimento diferente?
14:00Nada assim que me lembre.
14:02É pouco o movimento que tem por aqui.
14:05Por isso eu reparei no carro do senhor.
14:07Até porque só tem mato em volta.
14:09E quando tem carro parado é indício ou é alguém que foi fazer tria na floresta.
14:13E o senhor não viu outro carro?
14:16No mesmo dia que o senhor viu o meu?
14:18Tinha outro sim senhor.
14:20Mas tava parado no lugar.
14:23É mesmo?
14:24E o senhor pode me mostrar onde?
14:28É, mais pra longe e mais pra cima.
14:31Eu levo o senhor até lá.
14:33Vou lá.
14:34Então foi aqui que o senhor viu o carro?
14:57Isso mesmo.
14:59Mas era um carro muito esquisito.
15:00Ele tava parado no meio dessa lama.
15:02E o senhor não lembra da placa não, né?
15:04Não senhor.
15:05Bom, o senhor disse que era um carro esquisito.
15:07Mas o que tinha de diferente nele?
15:09Não tem no mundo de carro não.
15:11Mas era grande.
15:13Bonitão.
15:13Que nem com o jipe, sabe?
15:17Sei.
15:18Sei o que mais.
15:20Eu não lembro muito.
15:21Era de noite.
15:22Faz dois dias.
15:24Lembro bem porque era o aniversário do meu menor.
15:25Que linda.
15:38Tá linda, Filomena.
15:46Quando eu digo que deixei de te amar
15:50É porque eu te amo
15:53Bom, então o senhor tem certeza mesmo
15:55De que foi aqui que o senhor viu o carro?
15:57Sim, senhor.
15:58E tem certeza que foi há dois dias atrás?
16:00Lembro bem porque nesse dia é aniversário do meu mais novo.
16:03Sei.
16:04O senhor disse que tava com muita lama, né?
16:06Que tava até com mais lama do que hoje.
16:07Então o carro deve ter saído todo sujo.
16:09Todo elamiado.
16:10Com certeza, moço.
16:13Valeu.
16:15Muito obrigado, viu?
16:16O senhor ajudou muito.
16:17Muito obrigado mesmo.
16:18E o senhor?
16:19É da polícia?
16:20Não, não.
16:21Eu sou detetive particular.
16:22Aliás
16:24Tá aqui meu cartão?
16:27Caso o senhor se lembre de mais alguma coisa que viu naquela noite
16:29Você pode me ligar.
16:31Pode deixar.
16:33Um bom dia pro senhor.
16:34Bom dia.
16:52A única pessoa que tem um carro como o cara descreveu é o...
17:11Não, não pode ser.
17:29Que piração é essa agora, hein?
17:48Essa qual?
17:49São tantas?
17:51Não, o que que esses três patetas foram fazer no Rio?
17:55Radicais radicalizam, Clorice.
17:57Não, eu continuo sem entender.
17:59Eles foram ver se o Rio continua descendo pra baixo.
18:04Eles tão com algum turista, é isso?
18:05Pior é que não.
18:06É por esporte mesmo.
18:09Ai meu Deus, que esporte radicalmente inútil, não é?
18:13Radicalmente dispendioso, o que é pior.
18:15Ai sabe que, às vezes, eu acho que eu tô vivendo um pesadelo.
18:26Eu também penso assim, Clorice.
18:28Vire-me a ser um mebilisco, um mebilisco pra ver se eu estou dormindo.
18:31Mas o sufoco tá ali.
18:33Na real, ao vivo e a cores.
18:36Pois é, mas sem sentido que essa história de destino, né?
18:40Eu tava com a minha vida tão bem em São Paulo, me meti nessa roubada.
18:45Eu tentei evitar, mas sabe como é que é o título?
18:47Ah, o que passou, o que passou, agora.
18:49Tem que tocar o barco.
18:51Ai, Virgílio, não usa esse termo barco que me dá enxaqueca.
18:55Barco, equipamento esportivo, tudo isso me faz passar mal, sabe?
18:58Tocar a vida, tá bom assim?
19:00Melhor, melhor.
19:00Então pronto.
19:01Falando em tocar a vida, você sabe como é que tá esse lance do casamento?
19:07O Tito disse que está tudo bem, que os papéis vão ficar prontos a tempo e tudo mais.
19:12Tudo mais o quê? Ele tá preparando alguma coisa? Não tô sabendo de nada.
19:15Ele tá arrumando o quarto, já é alguma coisa, né?
19:18Ah, sim, arrumando o quarto.
19:20É, fazendo umas adaptaçõezinhas pra noivinha se sentir melhor.
19:25Casamentinho mais vagabundo esse, né?
19:27Mas sem graça.
19:29Olha aqui, Virgílio, você escreve o que eu estou te dizendo.
19:35Esse casamento não vai acabar bem.
19:39Nem acabar e nem começar.
19:42Disse tudo agora.
19:44Periga nem começar.
19:47De repente a gente acorda e percebe que era tudo um pesadelo mesmo.
19:59O noivo não pode ver se vestido de jeito nenhum que dá azar.
20:03É, só na igreja, hein?
20:04Ai, gente, quanta superstição. O que que é isso?
20:07É sério? Eu conheço cada história.
20:09Elsa, nada de história triste.
20:12Hoje é só alegria.
20:13Uhum.
20:15Só alegria vai ser quando a dona Arminda descobrir que a senhorita está matando aula e que eu não fiz nada pra impedir.
20:20Você finge de morta.
20:22Diz que eu não sabia de nada.
20:24De que jeito?
20:25Sei lá, Elsa.
20:27Tinha que a culpa em cima de mim.
20:28Diz que eu te engabelei dizendo que não tinha a primeira aula.
20:30Ah, pra você é tudo tão simples.
20:33A coisa mais simples do mundo é engabelar alguém.
20:36Voila.
20:38Acho que é mais ou menos isso, hein?
20:39Ah, e aí, como é que eu tô? Tô bem nesse modelo, assim?
20:43Vai ser a noiva mais linda de Ribeirão.
20:46Ai, eu acho que do Brasil.
20:49Talvez do mundo.
20:50Gente, que isso? Não tô com essa bola toda, não.
20:52De jeito nenhum, mas...
20:54Eu sei que hoje é um dos dias mais felizes da minha vida.
20:57Pela parte que me toca.
20:59Merci.
20:59Posso entrar, professor?
21:23Você?
21:25Eu mesmo.
21:26Em carne e osso.
21:29Mas você não.
21:33Por que será que ele fez aquela cara?
21:56Lá, Jurekawa, meu mestre.
21:58Sabe, doutor João, uma coisa que eu não tenho nem medo, nem receio, é das urnas.
22:11Das urnas.
22:12Senta aqui, por favor, na casa do delegado.
22:16Quando eu falo das urnas, eu não falo...
22:18Eu falo das urnas eleitorais, não das funerárias, né?
22:21Porque essas urnas aí eu não sou simpatizante, não.
22:25Mas, falando sério, o meu coração, eu sou um escravo do povo, doutor João.
22:31Um escravo, é por índole natural, tá certo?
22:34E essa indolência, ela tá no meu sangue e vai durar enquanto for, vivo eu, né?
22:41Sei lá.
22:42Ô, dona Virginia.
22:44O senhor ainda vai ser prefeito por muitos mandatos.
22:47Que Deus discute a senhora, que lhe dê ouvidos com o excreto.
22:53Cuidado com a bebida, não abusa.
22:56Cuidado você.
22:57A data permite e favorece.
23:00Eu bebo apenas de raro e raríssimo.
23:03Que bom que vocês vieram.
23:06Assim é que eu gosto.
23:08A polícia civil toda reunida.
23:10Depois você me conta tudo.
23:12Como é que está lá em Cabreira.
23:14Então, olha, nós estamos pendurando as armas aqui no cabineiro.
23:17É um velho óbito, né?
23:18Muito obrigado.
23:21Como dizia o saudoso Guimarães.
23:24Com arma e bebida, a festa regenera e o manso vira fera.
23:30O que que houve?
23:32Obrigado, obrigado.
23:34Tá, tá, tá.
23:35Mas vem logo.
23:35Meu pai está desconfiado aqui.
23:36Já não para de perguntar.
23:39É, eu estou aqui de garçonete.
23:41Doutora Juricaba, parabéns.
23:45Eu já estava achando que você não vinha.
23:47Imagina!
23:48É ruim, hein?
23:48Pra quê?
23:49O senhor ficar reclamando no meu ouvido durante todo o ano?
23:52Nem pensar.
23:53É, mas não precisava.
23:54Uma lembrancinha.
23:56Não, é importante.
23:58É só a sua presença aqui.
24:00Pra sua aposentadoria.
24:07Mas ela me deixou comovido.
24:13Me conta.
24:16E o detetive lá?
24:21Apurou alguma coisa que comprovasse aquela história maluca dele?
24:24É, o Joca não me mostrou nada de convincente não, viu?
24:30É, eu sou obrigada a reconhecer que a sua hipótese, doutor, pode estar certa.
24:35Pode estar não.
24:36Está.
24:36Aquele cara é um farsante.
24:38Mas não vamos perder tempo com ele, porque agora o aniversário é meu e você...
24:43Sônia, uma caipirinha aqui pra Dona Marta.
24:50Ah, e eu vou de cerveja, Sônia.
24:53E eu vou de caipirinha, minha filha.
24:54Eita.
24:55Tchim, tchim.
25:02Doutor João, te digo, conheço essa região toda, pra cima, pra baixo.
25:10O meu pai, o meu pai, era caçador, aventureiro, sabe?
25:16E ele sempre me levava.
25:19Hum, eu vou lhe confessar, eu sou muito saudosista desses tempos, sabe?
25:27Às vezes a gente se embrenhava no mato, mato adentro, mato afora.
25:33É uma doideira.
25:35É dia, noite, novos dias.
25:38Ó, lhe afirmo, tá?
25:40Com certeza e segurança,
25:43que nós dois, eu e meu pai, estivemos em lugares
25:46que nunca antes a mão do homem havia posto o pé.
25:52Virgíria, ainda não chegou o Firmo, nem o Saavedra,
25:56nem o desgraçado do senador, nem o...
25:59Mas é muito cedo ainda.
26:00Deixa eu chegar até o fim.
26:01Fala.
26:02O Sérgio e os pais.
26:04Gosto muito de rememorar o meu passado, a minha infância.
26:13Quando a inocência ainda não era conspurgada pela maldade mundial.
26:20Doutor João, o passado é uma fonte inesgotável de lembranças.
26:26E nisso, ganha do futuro no chinelo.
26:38Eles devem estar chegando, pai, já falei.
26:40Eles já devem estar aqui há muito tempo.
26:42É, pai, mas não estão.
26:43Agora para de me perguntar, pelo amor de Deus.
26:45Se eles não virem, eu vou me aborrecer seriamente.
26:52Não me venha você mais uma vez com esse papo de que a palhaçada vai acabar,
26:56que é aí que eu me esquento.
26:57Chega de me rolar, cara.
26:58O louco é, cara.
26:59Nós somos amigos.
27:00Você sabe que o lance do...
27:01Pois é, justamente.
27:03Eu não sei até que ponto eu estou nessa porcaria por amizade ou por bobeira.
27:06Sabe, está demais já, André.
27:08Tá, pode deixar.
27:10E você sabe, né, Sérgio, que precisando de mim, você pode contar comigo para qualquer coisa.
27:13Só espero que não seja para bancar o namoradinho da minha namorada.
27:18Eu acho bom vocês abrirem o jogo logo, senão eu falo.
27:21E dessa semana não passa.
27:22Eu vou repetir.
27:23Depois do aniversário do delegado, a gente põe um ponto final nisso.
27:27Nem eu, nem a Sônia, a gente aguenta mais isso, Sérgio.
27:29O importante é calçar bem o lance de seus pais no hino na festa do delegado.
27:33Entendeu?
27:34Eu espero que dê certo.
27:36Porque quem vai encarar a fera sou eu.
27:39Falou.
27:43Pronto.
27:51Já corrigi o decote nas costas.
27:54Acho que por hoje está bom.
27:57A senhorita deseja mais algum ajuste?
27:59Não.
28:00Por mim está tudo ótimo.
28:01Eu queria agradecer o senhor de coração, viu?
28:03Não fiz mais do que me obrigasse.
28:05Obrigado.
28:07Olha, agora eu vou pedir licença que eu preciso trocar de roupa,
28:09que eu tenho um monte de coisa para resolver ainda.
28:11Obrigada.
28:15É, acho que eu vou ligar para a dona Arminda para avisar que a senhorita não foi para o colégio.
28:19Pode deixar que eu ligo.
28:21Ah, liga mesmo?
28:23Ligo.
28:23Pode confiar, eu vou lá para o meu quarto.
28:25Olha lá o que vai fazer.
28:28Deixa comigo, Elza.
28:30Eu resolvo essa parada.
28:31Ah, quando eu me casar o senhor faz um vestido assim para mim?
28:36Com todo prazer.
28:37Mas Mademoiselle já está noiva?
28:40Ah, ela ainda está namorando.
28:43Elza, pode deixar que eu respondo.
28:46Eu estou namorando, sim.
28:48E é para valer.
28:49Ah, mas você é parfait.
28:51Então, quando eu marcar o casamento, é só me chamar.
28:55Vai ser uma honra atender Mademoiselle.
28:58Pode deixar.
29:00Vou nessa, gente.
29:02Valeu.
29:06Que criança iluminada, hein?
29:08É.
29:10E sapeca também.
29:11Alô, Guilherme?
29:28Que bom que você ligou.
29:29Eu já estava preocupado.
29:31Me faltou aula por quê?
29:31Está doente?
29:32Não, não.
29:33Estou ótima.
29:34É que rolou uma parada aqui que eu queria muito ver.
29:37Me faltou aula por isso?
29:38A parada valia a pena.
29:39Por quê?
29:40Vai ficar me dando bronca, que nem a tia?
29:42Não, não.
29:43Eu vintei só para perguntar.
29:46Porque eu senti sua falta.
29:48Eu também senti a sua.
29:49Por isso que eu estou ligando.
29:51E aí?
29:52Você vai vir me fazer uma visita?
29:54É mais duas aulas ainda.
29:55Ah, está tão bem.
29:56É, vontade de que não falte.
29:58Você é menos saco para isso.
29:59Então pronto.
30:01Mas não vai ter bronca lá com a dona Arminda?
30:03Pode deixar que eu seguro aqui.
30:06Diana, a Flamena já está indo embora.
30:08Você não vai se despedir?
30:09Tá.
30:12Tenho que ir, Guilherme.
30:13Estou me chamando aqui.
30:15Não demora, viu?
30:16Um beijo.
30:17Filó, muito lindo o seu vestido.
30:31Eu nunca tinha visto nada assim de perto.
30:34Só em revistas ou na televisão.
30:35Quando você casar, eu te dou um igual, vai.
30:38Já perguntei para o francês e ele disse que fazia o meu vestido também.
30:41Vem cá.
30:43Deixa eu te fazer uma pergunta.
30:45Faz.
30:46Deixa eu ser madrinha dos seus filhos.
30:48Ô, Diana.
30:49A gente não tem plano de ter filho assim tão cedo, não.
30:52Ah, não é uma pena.
30:54Mas quando isso acontecer, você vai ser madrinha, claro.
30:57É, jura?
30:58Claro.
30:59Nossa, eu vou ser uma madrinha super legal.
31:01Eu adoro criança, me dou super bem com elas.
31:02Ah, normal, né?
31:03Criança se dá bem com criança.
31:05Quem é a criança que eu?
31:06Ué, não é?
31:07Lógico que não.
31:08Ué, então você é o quê, Diana?
31:10A tia disse que eu sou uma mocinha, mas na verdade sou quase uma mulher.
31:14Então tá.
31:14Eu sei o que você tá dizendo.
31:17Eu vou indo.
31:18E boa sorte com a bronca que você vai levar da Armina.
31:20É, eu vou precisar mesmo.
31:22Ah, eu sei.
31:24Tchau.
31:24Tchau.
31:37Um toalhete.
31:39Já vou te levar, senhora.
31:44Até que enfim, hein?
32:00Não reclama não, senão vou embora daqui agora mesmo.
32:03Segura a onda, César, por favor.
32:06Sim, pai.
32:11Cadê seus pais?
32:13Pois é.
32:14Imagina só se...
32:15Pois é?
32:16O que houve?
32:17Um acidente.
32:20O papai inventou de trocar a lâmpada lá de casa, caiu da escada e torceu o pé.
32:25Mas torceu feio, doutora Julgar, torceu feio.
32:28Pintou um lance lá de tendão.
32:32Ah, o médico falou o nome, mas agora eu esqueci.
32:35Tadinho, não pode nem andar, a mamãe tá lá com ele.
32:37E infelizmente, eles não vão poder ver.
32:41Torceu o pé.
32:41É.
32:42Pintou um lance lá.
32:43É, mas pediram pra...
32:47Pra assim, quando eu chegasse aqui, pra ligar pra eles.
32:51Eles queriam cumprimentar o senhor, né?
32:53Dar os parabéns.
32:55Por telefone.
32:56Vocês...
32:57Vocês se incomodam de falar com eles por telefone?
33:00Não, claro.
33:01Claro que não, imagina.
33:02Então eu vou ligar aqui.
33:08Espera.
33:09Primeiro, eu quero te apresentar aos meus amigos.
33:12Pessoal!
33:13Pessoal!
33:17Este é o meu futuro, Diego.
33:20O Sérgio.
33:21Um ótimo rapaz.
33:23Bom de papo.
33:24Bom de copo.
33:25Esse senhor delegado, Manuel Siqueira Costa, entrou comigo na polícia, conhecido como
33:34Arranca Toco.
33:35Prazer.
33:36O prazer é todo meu.
33:37O delegado Antônio Padilha, trabalhou comigo no DOPS, mais conhecido como Toninho Tombo,
33:53onde ele passava, derrubava tudo, até subversiva.
34:00Toninho, não ficava um em pé.
34:03Ah, querência.
34:27Parece que os 41 estão começando a pesar.
34:30É, precisa tomar cuidado pra Homeozito não te trocar por dois de vinte.
34:36E piadinha mais velhinha e sem gracinha.
34:40Tá escrevendo o que aí?
34:42Tô alinhavando meu plano de governo pra campanha.
34:45Ai, quanto mais eu penso nessa tua candidatura, menos eu entendo.
34:50Pula fora, querido.
34:51Isso ainda dá tempo.
34:52E não vem de novo com esse papo de é missão, é missão que eu não quero, não.
34:56É, então não adianta nem te dizer nada, porque eu ia falar exatamente isso.
35:01Meu destino no planeta tá traçado.
35:04Hum, chega.
35:06Tô fora.
35:09Ai, ai, ai.
35:10E mudando de assunto, querência, sabe o que me falaram?
35:14Que hoje é aniversário do delegado.
35:17Problema dele, que faça bom proveito.
35:19É, mas me contaram também que vão aproveitar a festividade pra dar um gás, uma força
35:25na campanha do prefeito do momento.
35:30Coitado, deixa aquela besta quadrada aproveitar os últimos dias de glória.
35:35Então deixa eu ir tratar de guardar minhas compras, que parece que a minha missão no planeta
35:41é fazer e dar comida pra vocês.
35:49Tchau.
35:50Tchau.
35:51Tchau.
35:52Tchau.
35:53Tchau.
35:54Tchau.
36:24Tchau.
36:49Tchau.
36:50Tchau.
36:51Tchau.
36:52Agora que você conhece todos os meus amigos, eu quero fazer um brinde.
37:22para a felicidade de vocês.
37:26Felicidade sua, da minha filha, de vocês dois.
37:38Oh, o que é isso, meu?
37:41Isso aí não é brinde, isso aí não é frescura.
37:44Tem que beber feito macho.
37:46Vai me fazer desfeita?
37:48Não, senhor.
37:50Então vamos lá.
37:51Não.
37:52Agora melhorou.
38:10Senta aí e liga pro sapato.
38:11Calma, calma, calma, calma, calma, calma.
38:32Oi, pai.
38:33Sim, tô, tô do lado aqui do doutor Ajuricaba.
38:40Vai, vai, vai, Sérgio, passa pro cara aí.
38:43Claro.
38:43Claro que deu o abraço.
38:45Claro que deu o abraço que o senhor pediu.
38:48Vou passar pra ele.
38:49Tá bom, pai.
38:51Cuidado aí, hein.
38:54Alô, como vai o senhor?
38:56Ah, delegado, é um prazer falar com o senhor, né?
39:00Feliz aniversário.
39:01Tudo de bom, a começar pela paz e pela saúde.
39:04Muito obrigado.
39:05Muito obrigado.
39:06O prazer é meu.
39:07É, infelizmente não puderam vir.
39:11Vocês não sabem o que vão perder.
39:14Um cozido maravilhoso feito pela minha mulher.
39:19É, pois é, né?
39:21Fui me meter a eletricista, deu nisso.
39:24E o pé, como está?
39:25Ele quebrou o pé.
39:27Ainda dói bastante, né?
39:29Mas vem melhorando aos poucos.
39:30Ah, tem que ter cuidado.
39:32Não faça estripolias, hein?
39:35Nós temos que nos conhecer pessoalmente.
39:38Claro, claro.
39:40Assim que meu pé melhorar, nós trataremos disso, né?
39:45Seu filho é um ótimo rapaz.
39:48Meus parabéns pela educação que deu a ele.
39:51O Sérgio fala muito bem do senhor.
39:55Mas, senhor Juricaba, ele é meio tonto, sabe?
39:58Porque ele esqueceu o presente do senhor aqui em casa.
40:03Então eu vou puxar as orelhas dele.
40:09Parece incrível, mas ainda não sei o seu nome.
40:16Carmélio.
40:17Carmélio.
40:18Mas todo mundo me conhece como Melinho.
40:21Melinho.
40:25Interessante.
40:26E a sua esposa?
40:29Eu quero falar com ela.
40:31A Andreia?
40:32A Andreia?
40:33Minha esposa gostaria de falar com a sua esposa.
40:36Claro, claro.
40:37Eu vou passar pra ela.
40:42O nome dela é Andreia.
40:43Andreita.
40:44Andreita.
40:45Entendi.
40:45Muito bem.
40:48Alô?
40:50Alô?
40:50Oi, dona Andreia.
40:52Aqui quem tá falando é Virginia.
40:55Eu quero mandar um beijo pra vocês.
40:58Nós estamos sentindo muita falta de vocês aqui no almoço.
41:01Ah, eu também lamento muito.
41:03Mas não faltará oportunidade para nos conhecermos?
41:06O seu filho é encantador.
41:08Ah, a sua filha também.
41:12Agora mesmo tava aqui falando com...
41:15Com o velhinho.
41:17O Sérgio tirou a sorte grande de ter encontrado uma namorada como a Sônia.
41:23São dois pombinhos, não é mesmo?
41:26Tá.
41:26Olha só, o detetive sofre atentado, Romeu.
41:30O que é isso?
41:31Eu tava conversando com a dona Leia, mãe dele, dizendo pra não se preocupar com o filho,
41:34que o filho tava numa boa, nos braços de uma bela mulher, e na verdade os caras
41:38estavam querendo acabar com a raça dele, Romeu.
41:40O que é isso, meu irmão?
41:42Ele quase foi pros braços do senhor, lá em cima.
41:46Epa!
41:47Ó o Joca aí.
41:47E aí, meu compadre?
41:49Como é que tá?
41:50É isso aí.
41:51A gente tava lendo sobre você aqui no jornal, Joca.
41:54É verdade, Joca.
41:55O que tá escrito aqui no jornal, cara, os caras tentaram te matar.
41:59É, é verdade, sim, Lorota.
42:01Eu escapei por pouco.
42:03Como é que foi?
42:04Conta pra gente.
42:06Foi como tá escrito aí no jornal.
42:08O senhor Lincoln escreveu tudinho como foi.
42:10Ô, Joca, a gente quer ouvir da sua boca a história, né, cara?
42:13E você tem uma ideia assim de quem é que cometeu essa barbaridade?
42:18Lorota, eu não tô com a cabeça muito boa, não, viu?
42:20Eu tô com a cabeça um pouco confusa.
42:22Eu tô precisando é arrumar as ideias.
42:24É isso sim.
42:25Ó, ó, ó, é...
42:27Ô, Joca, quer que eu te sirva alguma coisa?
42:31Dá uma caipirinha aí, Nora.
42:33Sereia!
42:34Uma caipirinha por nosso, Joca.
42:38Eu disse pra você fazer pontaria direito, mas você não presta atenção em mim.
42:42Olha aí, ó.
42:42Deu no que deu.
42:43Ai, cala essa boca e me deixa pensar.
42:46Não calo, não calo, não calo.
42:48Você errou a pontaria porque não se concentrou.
42:51Para de falar besteira, criatura.
42:53Eu não sou uma criatura qualquer.
42:55Eu sou sereno, seu afilhado.
42:58E reconheça que você errou a pontaria porque não se concentrou.
43:02Não reconheço nada.
43:05Foi falta de sorte nossa e sorte demais dele.
43:08E essa falta de sorte pode atrapalhar os planos do padrinho?
43:12Na verdade, atrapalham sim, mas nada que a gente não possa consertar.
43:16Consertar de que jeito com o cara andando aí vivo?
43:18Porra, pensa comigo.
43:22Você viu aqui no jornal que o idiota denunciou a conspiração pelo atentado, certo?
43:29Certo.
43:30E daí?
43:31Daí que nós vamos aproveitar isso.
43:33Como assim?
43:35Simples.
43:37A conspiração voltou a atacar como prevíamos, só que dessa vez falhou.
43:42Então o comando invisível vai denunciar o ataque.
43:45Enquanto isso, o detetive bobalhão vai ficar andando por aí, vivinho, por pouco tempo.
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