Saltar al reproductorSaltar al contenido principal
  • hace 2 días

Categoría

🗞
Noticias
Transcripción
00:00Una investigación exclusiva revela cómo funciona la industria clandestina de cigarro paraguayo,
00:06acredite, en Brasil.
00:08Escondidas en galpones, centenas de fábricas movimentan un mercado milionario para las
00:14cuadrilhas en los dos países.
00:23Fábricas clandestinas y funcionarios prohibidos de dejar el lugar.
00:28Él hizo una pareja de fondo falsa, y para dentro todo el mundo estaba prohibido de salir.
00:36Antes de a gente salir, íbamos a tener problemas en el Paraguay con nuestra familia.
00:41¿Cuántas horas el señor trabajaba?
00:4311, 12 horas.
00:45Los relatos son de hombres paraguayos que trabajaron en Brasil, explorados por un esquema criminoso
00:52y milionario, la producción clandestina de cigarro.
00:56Es una situación que, sí, caracterizó la situación análoga de escravo.
01:00Él trabajaba de outornamento, sin derecho a descanso, sin contacto con el mundo exterior,
01:05y quedaba prácticamente cerrado, isolado dentro de estas fábricas.
01:10Una investigación exclusiva revela que el llamado cigarro paraguayo, vendido ilegalmente
01:17en las calzadas, ahora es producido en Brasil, en una conexión entre cuadrilhas de dos dos países.
01:24¿Cuánto es que está el mazo ahí?
01:25¿El mazo o pacote?
01:27¿El mazo?
01:28El mazo está así.
01:30Las fronteiras brasileiras con el Paraguay, milhares de cigarros son apreendidos todos los días.
01:36Esta embarcação caseira, fabricada no Paraguay, fue apreendida por la Policía Federal de madrugada.
01:43A carga, cerca de 100 cajas, aproximadamente 1 milhão de cigarros.
01:49Aquí, más un barco pequeño de madeira, también apreendido.
01:54Y otra carga de cigarro.
01:56A embalagem plástica, demostra que a carga atravessou a fronteira de barco.
02:06Eles têm que carregar cargas muito grandes, ficaria muito fácil deles serem vistoriados ali na ponte.
02:11Então, eles tentam fugir da fiscalização do ponto de fronteira.
02:15Então, eles acabam indo pelo rio, acabam indo pelo lago.
02:18No ano passado, os postos de fronteira da Receita Federal apreenderam 789 milhões de reais em cigarros contrabandeados.
02:28São cifras enormes, mas que já foram maiores.
02:32Em 2021, as apreensões atingiram 1 bilhão e 300 milhões de reais.
02:38Queda de 42% em três anos.
02:42Isso não quer dizer que o brasileiro esteja fumando menos cigarro paraguaio.
02:48Proibido no país por não se enquadrar nas normas sanitárias, porém mais barato que o nacional.
02:53E muito procurado, principalmente, pelos fumantes de menor poder aquisitivo.
02:59É fácil encontrar as marcas paraguaias em qualquer lugar.
03:06Quanto que está aí, moça?
03:08Seis.
03:10A contaminação do mercado brasileiro é superior a 50%.
03:14Em alguns estudos, ela chega até 54% de todos os cigarros vendidos no Brasil.
03:19Nós encontramos nesses produtos até seis vezes mais alcatel e nicotina, o que o máximo permitiu pela Anvisa.
03:26Resíduos de chumbo, pedaços de insetos, coliformes fecais.
03:31Todos esses fatores tornam esse produto um problema também de saúde pública,
03:35porque isso impacta no atendimento dessas pessoas depois em hospitais, na rede pública de saúde.
03:40A queda das apreensões na fronteira veio acompanhada de um outro movimento, no sentido contrário.
03:47O aumento das fábricas clandestinas em solo brasileiro.
03:51As marcas de cigarro paraguaias passaram a ser produzidas e até falsificadas no Brasil.
03:59Barracões que, do lado de fora, não levantam suspeitos.
04:02Dentro, máquinas que funcionam 24 horas por dia, fabricando cigarro, todos de marcas paraguaias.
04:11Nas últimas duas décadas, 76 fábricas clandestinas foram fechadas pelo país.
04:17Mais da metade só nos últimos cinco anos.
04:21São grandes estruturas que produziam cigarro ilegal e usavam marcas paraguaias de grande aceitação no mercado brasileiro.
04:30Já está dentro do território, não tem que ter a preocupação de atravessar a fronteira.
04:35É uma fiscalização a menos que eles têm.
04:37As pessoas, repito, de mais baixa renda, procuram um cigarro estrangeiro, que é o paraguai, porque é mais barato.
04:43É mais barato porque não paga imposto.
04:46Operações da polícia fecharam fábricas no Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas Gerais e São Paulo,
04:53onde os agentes encontraram a produção clandestina nas cidades de Itatiba, em Budazardes e Americana.
05:01Aqui, a fábrica estava em pleno funcionamento quando os agentes chegaram.
05:0525 homens foram presos.
05:0818 eram paraguaia.
05:09Quando da nossa incursão, tinham 14 pessoas trabalhando e 7 dormindo nesse alojamento.
05:17Era uma linha de produção ininterrupta.
05:20Eles trabalhando em escalas de revezamento.
05:23Isso demonstra a robustez da produção que vinha sendo feita lá.
05:27No país vizinho, não faltam mão de obra e fábricas produzindo 45 bilhões de cigarros por ano.
05:37Sete vezes mais do que o Paraguai consome.
05:41A maior parte do excedente vem para o Brasil em forma de contrabando.
05:46Nós estamos em Hernandárias, cidade cortada pelo rio Paraná, que faz fronteira com o Brasil,
05:52e onde tem a maior concentração de tabacaleiras, as fábricas de cigarros no Paraguai.
06:00Essa é a maior delas.
06:02Dá uma olhada no tamanho.
06:04Ocupa uma área de 190 mil metros quadrados.
06:08E a página na internet anuncia 961 funcionários.
06:16Essa é uma tabacaleira que foi desativada.
06:19Nos últimos anos, a indústria paraguaia do tabaco passou por um processo de modernização.
06:25Boa parte do maquinário antigo, que foi substituído, atravessou a fronteira e deu origem às fábricas clandestinas de cigarro no Brasil.
06:35A gente ficava, de certa forma, impressionado com a estrutura que esse pessoal conseguia montar nessas fábricas.
06:42Porque essas máquinas são máquinas extremamente pesadas, mas o que a gente apurou, essas máquinas vinham, de certa forma, desmontadas.
06:50A produção de cigarros, ainda mais de forma clandestina, não é algo simples.
06:54É preciso mão de obra treinada para montar e operar as máquinas.
06:59E é aí que entram as denúncias de trabalhadores paraguaios em condições análogas à escravidão no Brasil.
07:05Não tinha sábado, não tinha domingo.
07:08E eles ficavam nessas fábricas confinados, eles não podiam sair da fábrica para nada.
07:13E também, assim que eles chegavam aqui no Brasil, eles tinham os celulares confiscados.
07:18Eles não tinham contato nenhum com família, com o mundo exterior.
07:21Os relatos que você viu no início dessa reportagem são de paraguaios encontrados nessa fábrica na cidade de Americana.
07:29Eles foram ouvidos pela polícia e depois liberados.
07:32Eu tava só com a outra aposta.
07:36Com chinelo e nada mais, sem nenhum, nada de dinheiro.
07:41Você recebeu algum salário?
07:43Não, não pegamos nada.
07:44Nem um anúncio e caminhão fechado.
07:47Não sei como.
07:48Tentamos localizar os paraguaios no abrigo público onde foram acolhidos.
07:53Mas o grupo desapareceu.
07:56Eles já subiram, eles já foram embora.
07:58Eles ficam por conta própria.
07:59Nós fizemos também uma incidência na casa de passagem.
08:02Só que no dia seguinte eles foram para São Paulo.
08:05Para chegar até fora e depois para Paraguaios.
08:09Nós procuramos o Ministério Público Paraguaio.
08:12A promotora de Ciudad Oeste, na fronteira com o Brasil,
08:16diz que não tem dúvidas sobre a ocorrência de trabalho escravo nas fábricas brasileiras.
08:21Um regime de escravidão total.
08:26Eles são privados da documentação.
08:28Eles não podem se comunicar com nenhum familiar.
08:31Eles dormem, comem e trabalham no mesmo lugar.
08:35Estão em condições não humanas.
08:37Às vezes com temperaturas altíssimas.
08:40Condições insalubres de trabalho.
08:42Alguns não trabalham com as mínimas ferramentas para a proteção de sua saúde.
08:46Temos a informação que alguns são severamente castigados.
08:51São ameaçados de morte.
08:54Ex-funcionários de Tabacaleiras Paraguaias são recrutados para trabalhar no Brasil.
09:00É mão de obra especializada para as quadrilhas.
09:03As investigações mostram que alguns são enganados sobre o que vão fazer.
09:07A segunda, o Ministério Público do Paraguai, a maioria sabe em que condições vai trabalhar.
09:24Mesmo assim, é atraída pelos salários, que podem ser quatro, cinco vezes maiores do que o que recebem no Paraguai.
09:30O fator determinante para esse grupo de pessoas vulneráveis, justamente, é a necessidade econômica.
09:39Eles recebem uma proposta muito tentadora, porque a proposta e o pagamento são muito altos.
09:46No Brasil, as fábricas clandestinas de cigarros são chamadas de buracos.
09:51Por suas condições e pela forma como são privados de suas liberdades.
09:56E mantidos ali, sem nenhum contato com o exterior.
10:00Durante o fechamento das fábricas no Brasil, a polícia descobriu vários desses buracos.
10:06Neste, no Rio de Janeiro, não havia janelas no alojamento.
10:10E a entrada dos funcionários era feita por uma abertura improvisada na parede.
10:16Encontramos este paraguaio perto de Ciudad Oeste.
10:20Ele não quer mostrar o rosto.
10:21Porque a maioria das pessoas que estão trabalhando lá são conhecidas aqui.
10:28Você tem medo?
10:29É.
10:30O trabalhador paraguaio passou mais de um ano no estado do Rio de Janeiro.
10:34Ele conta que operava uma máquina que produz insumos para o cigarro.
10:38Ele não possuía nenhum vínculo empregatício ou contrato.
10:42Mas a empresa em que trabalhou tinha condições muito melhores que as das fábricas clandestinas
10:48para onde ia o material produzido por ele.
10:50O dono aparecia de vez em quando, mas só não falava com a gente.
10:57Os donos eram paraguaios ou brasileiros?
10:59Brasileiros.
11:01Ele sabia que conterrâneos trabalhavam nos buracos, mas só teve contato com os colegas
11:07quando todos voltaram ao Paraguai.
11:09Se te convidassem para trabalhar no buraco, você iria?
11:18Agora mesmo, não.
11:22Por quê?
11:24Por medo, né?
11:25Liberdade.
11:27Não tem preço, não.
11:27As investigações avançam no Brasil e no Paraguai.
11:33Mas o silêncio das vítimas é um dos maiores entraves para o combate dessa exploração.
11:39Essas pessoas que são submetidas a um regime de escravidão não colaboram,
11:44não facilitam com nenhum tipo de informação.
11:47Isso não significa que não vamos chegar a saber ou conhecer a identidade dos suspeitos,
11:52mas sim assumir e dizer com toda a responsabilidade que isso faz com que as investigações sejam muito mais lentas.
12:03Os negócios entre criminosos dos dois países preocupam as autoridades
12:09que tentam conter o avanço rápido desse mercado milionário, ilegal e tóxico para a saúde.
12:16As facções cooperam nessas áreas.
12:18É uma associação criminosa internacional voltada à fabricação de cigarros ilegais dentro do território brasileiro.
12:27E esse aspecto dos locais onde essas fábricas estão sendo colocadas,
12:32ele é para facilitar a distribuição e o expoamento desse produto ilegal
12:37em regiões mais distantes da fronteira Paraguai-Brasil.
12:41A gente fecha uma, daqui a dois meses abrir outra,
12:44para poder dar conta de atender esse mercado em crescimento aqui no território brasileiro.
Sé la primera persona en añadir un comentario
Añade tu comentario

Recomendada