O ministro Alexandre de Moraes (STF) autorizou a visita da filha caçula, Laura Bolsonaro, ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Superintendência da Polícia Federal (PF).
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00:00Vamos lá pra Brasília, porque no Supremo Tribunal Federal, o ministro Alexandre de Moraes liberou uma nova rodada de visitas ao ex-presidente Jair Bolsonaro na PF amanhã.
00:11Janaína Camelo volta então pra atualizar as visitas de Bolsonaro. Quem vai amanhã? Que horas, Jana? Conta pra gente.
00:18Pois é, Márcia, olha só, o ministro Alexandre de Moraes autorizou Michele Bolsonaro, Carlos Bolsonaro e também, pela primeira vez, a filha menor de idade de Jair Bolsonaro, a Laura.
00:34Todos vão poder fazer essa visita no mesmo dia, no despacho ali do ministro Alexandre de Moraes.
00:39Ele disse que na próxima quinta-feira, entre as nove horas da manhã e as onze horas da manhã, ali num período de trinta minutos.
00:49Michele Bolsonaro e Carlos Bolsonaro já visitaram Jair Bolsonaro ali, não só uma vez, né? Já visitaram mais de uma vez e aí é a primeira vez que a Laura, a filha menor de idade, vai fazer essa visita.
01:00Nesse mesmo despacho, o ministro, ele também, ele reforça ali todas as regras pra essas visitas, viu, Márcia?
01:06Ele diz ali, por exemplo, que só podem dois familiares por dia fazer essa visita, sempre às terças e quintas-feiras.
01:14Inclusive, todas as autorizações de visita até agora só foram de familiares, tanto que nesse despacho o ministro, ele já negou ali todos os outros pedidos que haviam sido feitos a ele, né?
01:27Tinham políticos ali fazendo esse pedido de visita, outras pessoas, enfim, todos os pedidos o ministro acabou negando nesse mesmo despacho que autorizou a visita ali de Michele Bolsonaro.
01:39Carlos Bolsonaro também, a filha Laura. E aí tem uma novidade, tá? Com relação ali à alimentação de Jair Bolsonaro, porque quem estava levando ali a comida, a alimentação, algumas vezes foi Michele Bolsonaro, mas a maior parte das vezes foi o irmão dela, Carlos Eduardo Torres.
01:56E aí o ministro, nesse despacho de hoje, ele atendeu um pedido da defesa dos advogados de Bolsonaro, pedindo que estabelecesse ali as pessoas específicas pra fazer esse deslocamento ali da alimentação.
02:09E aí o ministro atendeu a esse pedido da defesa e autorizou três pessoas somente estão autorizadas a levar essa alimentação pra Jair Bolsonaro.
02:18Continua sendo ali o Carlos Eduardo Torres, que é o irmão de Michele Bolsonaro. Marcos Antônio Biapina, ele foi assessor, inclusive, de Jair Bolsonaro aqui na presidência da República.
02:30A outra pessoa é o Kelso dos Santos, ele é militar ali próximo de Jair Bolsonaro. E aí ainda com relação à alimentação, o ministro determinou o seguinte, que toda fiscalização com relação a isso vai ser da Polícia Federal.
02:43Polícia Federal também vai precisar determinar os horários pra que essa alimentação possa entrar ali nas dependências da Superintendência Federal, quais são os horários que essa comida pode ser levada.
02:54E toda fiscalização de todos os itens que vai estar entrando ali na Superintendência, tudo vai ficar a cargo da Polícia Federal com relação a essa fiscalização.
03:04Foi uma determinação hoje do ministro Alexandre de Moraes, né?
03:08Só lembrando que Jair Bolsonaro está preso, cumprindo já a pena de 27 anos e 3 meses de prisão, da qual ele foi condenado ali na trama golpista, desde o dia 25 de novembro, dois dias antes.
03:21Ele já estava preso ali preventivamente por conta da tornozeleira eletrônica, enfim, outros motivos, mas cumprindo a pena mesmo a partir, desde o dia 25 de novembro último, na Superintendência Regional aqui da Polícia Federal.
03:34Márcio.
03:36Obrigada, Janaína Camelo, pelas informações.
03:39Vamos chamar os nossos analistas agora, a Luana Tavares e o João Bellucci.
03:44Vou começar pela Luana agora.
03:46Luana, quanto mais vai passando um tempo agora, você acredita que reforça ainda, por parte dos aliados de Bolsonaro, o pedido de anistia?
03:56Pode ainda passar ou ele vai ficando cada vez mais enfraquecido, nem dosimetria eles podem conseguir aprovar um PL, né?
04:05Sim, Márcia, essa temática perdeu muita força nas últimas semanas, nos últimos meses, nós tivemos aí mais uma tentativa do governador Tarcísio, por exemplo, de contribuir nessas articulações, né?
04:22Ainda na semana passada, mas a gente viu muito pouco se movimentar, inclusive as declarações que foram feitas pelos integrantes da Câmara, foi que realmente esse tema já passou.
04:34Isso acontece porque, de fato, não houve uma mobilização suficiente capaz de fazer com que essas articulações gerassem algum tipo de impacto prático e, quando isso não acontece, naturalmente,
04:46a pauta se movimenta e outros temas tomam esse espaço, que foi o que aconteceu.
04:51E, nesse momento onde foi já decretada a prisão final, né, acatada, descartada ali todas as tentativas de recurso, legalmente não há mais espaço para se fazer uma movimentação efetiva,
05:06a não ser que haja um novo tipo de decisão dentro do cenário legislativo, o que não se entende como algo factível nem esse ano e nem no próximo ano, que já é um ano de eleição.
05:19Então, cada vez mais vai ficando afastada essa possibilidade e, agora, toda a articulação do núcleo familiar de Jair Bolsonaro e dos aliados que ele tem ali no PL e outros partidos próximos
05:33se volta para as candidaturas, para a definição, de fato, de quem vai ser, quais vão ser os nomes da composição de candidato à presidência, vice-presidência, em nome, aliado, apoiado por Jair Bolsonaro,
05:49para que eles consigam se reorganizar.
05:51E toda essa movimentação que a gente viu em relação à votação do novo ministro do STF também impacta na eleição no próximo ano,
06:00dado que essas movimentações também fortalecem, demonstram ali a fraqueza do governo e uma movimentação do Congresso mais para o centro e mais para a direita,
06:11o que inicialmente poderia beneficiar Jair Bolsonaro, porém, tem um movimento muito grande sendo feito para que haja uma candidatura mais próxima do centro
06:21que possa ter competitividade no próximo ano.
06:24Então, a gente muda, Márcia, agora essa discussão da anistia para uma discussão do que fazer com a base bolsonarista em 2026.
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