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Dados da pesquisa Tecnologia Chinesa 2025, realizada pela Ipsos para a Jove, mostraram a mudança na percepção dos brasileiros sobre a inovação do país asiático. O colunista de tecnologia e inovação Igor Lopes analisou a transição cultural e o impacto no futuro do consumo.

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Transcrição
00:00Quando falamos de tecnologia chinesa no Brasil, o imaginário popular passou por uma transformação
00:11silenciosa e profunda. Dados inéditos da pesquisa Tecnologia Chinesa 2025, realizada pela Ipsos
00:19para a Jove, uma empresa de tecnologia móvel, mostram que 69% dos brasileiros têm uma visão
00:26positiva das inovações vindas da China e 74% acreditam que a qualidade dos produtos chineses
00:33melhorou nos últimos cinco anos. Este não é um número pequeno, não. Ele revela uma mudança
00:39cultural, econômica e simbólica. E quem comenta o assunto para a gente agora é o nosso colunista
00:44de tecnologia e inovação e notável do nosso canal, o Igor Lopes. Oi, Igor, boa tarde para você.
00:51Muito bom tê-lo aqui no Real Time. Tudo bem contigo?
00:53Boa tarde, Eric. Tudo bom? Prazer falar com você, prazer falar também com os nossos
00:58espectadores. Prazer é todo nosso de tê-lo aqui. Igor, por que os brasileiros começaram
01:03a confiar mais na tecnologia chinesa e o que isso diz sobre o futuro do consumo?
01:09Eu acho que tem um dado-chave nessa pesquisa, Eric, que é a percepção deixou de ser só
01:13sobre preço e passou a virar sobre performance. É a narrativa que a própria China quer passar
01:18agora pro mundo, né? De deixar ser vista como aquele país de fabricante do mundo
01:23pra virar um país inovador de fato, né? Que é provar que ele sabe inovar. E essa mudança
01:28de imagem vem aí do produto final. Marcas como a própria Jovi, a gente tem ouvido
01:32muito aí de fabricantes chineses que eles têm ouvido muito o Brasil. A própria Jovi mostra
01:38que empresas chinesas entenderam que localização importa. Então, eles vêm pra cá, eles entendem
01:42o perfil de uso do brasileiro. Entendem que, por exemplo, pro brasileiro, performance de bateria
01:48importa muito, porque o brasileiro sai de casa de manhã cedo, vai trabalhar de noite, às vezes
01:52ele ainda vai pra faculdade, às vezes ainda vai com um happy hour e só chega em casa pra dormir
01:56pro dia seguinte. O trabalhador chinês, naquele esquema de 996, né? Ele passa o dia inteiro no trabalho,
02:01às vezes ele consegue carregar o celular no trabalho. O brasileiro, tradicionalmente, passa muito tempo
02:06na rua. Então, ao entender essas nuances e ao abrir os ouvidos aí pra escutativa do consumidor,
02:12e a China tá fazendo-se muito bem, eles tão conseguindo produzir equipamentos, produzir produtos
02:17que tenham a cara dos mercados locais. Eu acho que isso tá fazendo muita diferença.
02:21E também fazendo parceria com marcas que já são consolidadas, né? No caso da Jovi, de novo,
02:25só pra citar o que foram eles que fizeram a pesquisa, eles têm uma parceria com a Asais,
02:29que é uma fabricante de lentes de celular, de lentes de fotografia muito fortes, né?
02:35Então, assim, tudo isso vai fazendo com que os produtos chineses, não só deles,
02:39mas de outras marcas chinesas, começam a ser vistas como produtos que são inovadores
02:43de fato, né? E a gente tem percebido isso que eu te falei, né? De eles procurarem saber
02:48do perfil. Tem uma feira que eu trabalho também, que a gente tem percebido, e que vem muito chinês,
02:53e a gente tem percebido que, até os dois anos atrás, eles mandavam funcionários pra cá.
02:57E atualmente, quem tem vindo são as cabeças das empresas. Eles querem estar presentes
03:01no mercado da América Latina, conversando com a latino-americana,
03:05pra poder ouvir pro latino-americano o que ele quer. E a rapidez de fabricação
03:09e de mudança desses detalhes dos produtos é muito rápida.
03:13Igor, a China está tentando liderar tecnologia também pelo hardware,
03:17pelo software ou pela narrativa?
03:20Eu acho que é um pouco dos três, sabia? Porque a China, né? Pra quem não conhece,
03:24eles têm uma coisa do governo que eu acho muito interessante, que é o plano quinquenal.
03:28Chamamos de plano quinquenal.
03:30E a cada cinco anos o governo decide, olha, vamos olhar pra isso aqui
03:33ou vamos olhar pra isso aqui. Os últimos cinco anos eram voltados mais pra energia limpa,
03:37então você vê o resultado, né? Carros elétricos, a grande maioria vindas da China,
03:41placas pra captação de energia solar, 99% delas vindo da China.
03:45Então é um plano que tradicionalmente funciona muito bem.
03:48E esse próximo plano quinquenal tem a ver com isso,
03:51de mudar essa percepção do país, de ser um país que quer ser visto como um país inovador.
03:56Então tudo isso muda, né? E isso tecnologia é grande por macia, né?
03:59Você pega 5G com as questões ali de empresas chinesas e empresas norte-americanas,
04:05vamos usar de uma, vamos usar de outra.
04:07Bateria, IA generativa, semicondutor.
04:09Então conquistar o imaginário do consumidor é quase tão importante
04:12quanto dominar a cadeia produtiva.
04:14Brasileiros já estão aí, sete em dez, associando China a isso,
04:18a bateria, design, inovação e tal.
04:20Estão ajudando a China a vencer essa disputa simbólica
04:22que ela ainda enfrenta em alguns mercados, principalmente Estados Unidos e Europa.
04:26Então eu acho que passa um pouco por isso, né?
04:29Esse atual ciclo que vai até 2026 é a força sagrada clara,
04:33que é transformar a China numa líder global inovação,
04:36isso é o que eles querem.
04:37E eu acho que eles têm trabalhado bem para fazer isso acontecer.
04:42Agora, Igor, o Brasil está preparado para lidar com a China
04:45que não quer vender apenas produtos, mas cultura e influência tecnológica também?
04:49Olha, se a primeira fase foi essa chegada dos produtos baratos, né?
04:54Que a gente viu aí nos últimos anos,
04:56a segunda foi esse avanço aí de marcas premium,
04:58a gente está falando aí da própria Jovi, Huawei, VYD,
05:01dá para citar tantas outras.
05:03A gente agora está entrando no que eu considero ser uma terceira fase,
05:06que é a China que desenha tecnologia para o Brasil.
05:09Por conta de tudo isso que eu estava conversando antes, né?
05:11Explicando antes de ouvir o brasileiro
05:13e conseguir produzir e criar alternativas,
05:17criar desenhos específicos para o Brasil atendendo demandas específicas do brasileiro.
05:21E ser percebida por isso.
05:23Então, nessa fase, esses dados aí, né?
05:25Como dessa pesquisa da YJUVI,
05:27deixam de ser curiosidade, viram um termômetro, na verdade.
05:29Porque entender como o brasileiro vê a China hoje
05:31é entender quem vai liderar essa próxima década de dispositivos,
05:34de carros elétricos, IA embarcada,
05:37o futuro da experiência digital como um todo.
05:39Igor, sete em cada dez brasileiros,
05:42então, já enxergam a China como inovadora.
05:45O brasileiro já também consegue enxergar a China como referência
05:51mais do que uma alternativa neste momento ou ainda não?
05:55Olha, eu acho que a gente está caminhando para isso, né?
05:57Sete em cada dez é um número super positivo.
06:00E a percepção positiva registrada hoje, não.
06:02Eu não acredito que seja uma tendência,
06:03acredito que seja mais uma transição mesmo.
06:05Então, na prática, quanto mais a China investir aí
06:07em inovação centrada no usuário
06:09e mais marcas personalizando produtos para o Brasil,
06:13com qualidade, mais natural vai ser.
06:15A gente trata a China aí como uma referência tecnológica.
06:17Eu acredito que isso deve vir aí nos próximos anos,
06:20nem na próxima década.
06:21As coisas estão tão rápidas, né, Eric?
06:22Porque nos próximos anos aí, nos próximos poucos anos,
06:25a gente deve começar a perceber essa consolidação
06:28um pouco mais forte ainda do que já se vê atualmente.
06:32Igor Lopes, obrigado, viu, pela sua participação no Real Time.
06:36É sempre bom conversar contigo.
06:38Um ótimo final de semana para você.
06:40Um grande abraço.
06:41Um abraço para vocês também. Valeu.
06:42Valeu.
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