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O governo da Rússia saiu em defesa da China e emitiu uma declaração formal alertando o Japão. Moscou avisou que "responderá duramente" caso Tóquio posicione mísseis em ilhas próximas a Taiwan. A ameaça ocorre em meio à crescente tensão geopolítica na Ásia.
O Japão, um aliado estratégico dos Estados Unidos, tem intensificado sua presença militar na região em resposta à pressão da China sobre Taiwan.


Assista à íntegra: https://youtube.com/live/ulS9-F5PD0s

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Transcrição
00:00Agora, saque internacional, a Rússia sai em defesa da China ao alertar que se reserva o direito de responder duramente
00:07caso o Japão prossiga com o plano de instalar mísseis em uma ilha próxima a Taiwan.
00:13Luca Bassani, microfone internacional, uma nova tensão, pra variar, está rondando naquela região.
00:20É isso, Luca, boa noite pra você, bem-vindo.
00:23Exatamente, Tiago. Boa noite a você, a todos que nos acompanham.
00:26Então, isso tem sido um novo desdobramento depois das falas da premier japonesa, Sanae Takahichi,
00:33que disse que poderá utilizar a ilha que pertence ao Kinawa, de Yonagumi, a cerca de 110 quilômetros apenas de Taiwan,
00:40para colocar mísseis japoneses que pudessem, de fato, proteger os taiwaneses em uma possível incursão chinesa.
00:48Esta fala foi extremamente mal recebida em Pequim.
00:52O próprio presidente Xi Jinping disse que o Japão adota uma postura belicosa que pode arrastar a Ásia para uma guerra.
01:00E agora a própria Rússia, que ainda está envolvida em uma guerra dentro do leste europeu,
01:06disse que defenderia a China e a protegeria caso o Japão estivesse presente neste conflito.
01:13A gente não pode esquecer que a guerra ideológica entre japoneses e russos é muito antiga,
01:19desde pelo menos 1905, quando o Japão surpreendentemente derrotou o Império Russo.
01:24E até hoje, mesmo no século XXI, ainda há questões territoriais não resolvidas no Pacífico entre russos e japoneses,
01:32algo que agora se evidencia com as falas do presidente Vladimir Putin,
01:36que precisa também decidir, em relação à guerra da Ucrânia, este plano de paz que tem sido amplamente discutido pelo presidente Donald Trump.
01:45Nesse cenário muito complexo e sem resolução, o presidente norte-americano que tem adotado a postura mais moderada,
01:53dizendo que neste momento é melhor não se falar sobre independência de Taiwan, sobre incursões militares na Ásia,
01:59já que o mundo ainda está acometido com outras guerras regionais e isso seria muito ruim para a economia global,
02:06considerando a importância econômica do Japão, da China e, obviamente, também Taiwan,
02:11com a produção de chips e semicondutores de alta tecnologia.
02:15Ô, Luca, e por falar em tensão, Donald Trump falou hoje novamente sobre as ofensivas na Venezuela.
02:22Deu datas, deu prazos, já revelou o que os Estados Unidos podem ou não podem fazer naquela região?
02:27Olha, Tiago, se tratando de uma questão que também é muito delicada no aspecto militar,
02:34o presidente lida com isso de uma maneira bastante ambígua, uma ambiguidade estratégica.
02:40Ele disse que, em breve, algumas ofensivas terrestres poderão começar dentro da Venezuela,
02:46lembrando que muitos barcos, muitas embarcações, tanto no Mar do Caribe quanto no Oceano Pacífico,
02:53têm sido abatidas com a argumentação de que estaria acabando com o tráfico de drogas,
02:58que tem trazido uma epidemia do uso de entorpecentes dentro dos Estados Unidos.
03:04Mas, ao mesmo tempo, muitos acreditam que isso tem a ver com a tentativa de mudança de regime em Caracas,
03:10já que essa dicotomia entre Washington e os venezuelanos,
03:15ela é antiga, principalmente desde o começo deste século XXI.
03:18Por enquanto, ele não deu um prazo exato, também não falou qual é a maneira como eles podem acabar atacando a Venezuela,
03:27mas não podemos esquecer que, recentemente, o Cartel de los Soles,
03:31que é considerado um dos principais produtores de entorpecentes e também exportadores através do narcotráfico,
03:38tem Nicolás Maduro como a sua principal liderança, segundo a Casa Branca,
03:43e este grupo foi designado como uma associação terrorista durante a semana passada,
03:48o que daria, na visão norte-americana, jurisprudência para que eles pudessem intervir no território venezuelano,
03:54seja costeiro, seja até mesmo terrestre,
03:57algo que preocupa não só o próprio Nicolás Maduro,
04:00que pede para que uma guerra não aconteça,
04:03mas também os outros países sul-americanos,
04:06que, eventualmente, seriam afetados com uma crise de refugiados e problemas econômicos,
04:10caso o continente se veja em meio a um conflito militar com o maior exército do mundo.
04:16É, bem lembrado, com a sua experiência de cobertura de guerras aí na Europa,
04:19a gente sempre fala da questão dos refugiados,
04:21e isso pode acontecer também aqui na América Latina.
04:25Bom, descanso para você, Luca, a gente volta a se encontrar amanhã.
04:28E agora...
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