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Carlos Viana veio ao Pânico para soltar o verbo sobre a CPMI do INSS, o maior escândalo de corrupção envolvendo o dinheiro dos aposentados desde que o asilo do meu avô prometeu Espumas ao Vento na festa de fim de ano e levou o Fagner errado. Ele revelou como os criminosos agiam com servidores públicos (que só serviram corrupção) para desviar mais milhão que colhedora de milho. De adegas de R$10 milhões a empresas fantasmas avisadas pelo saque golpista! O senador ainda manda um recado direto sobre a blindagem política, o ativismo judicial e o motivo das decisões monocráticas do STF acabarem beneficiando quem deveria estar na cadeia.

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Diversão
Transcrição
00:00O presidente dessa CPMI, que é a CPMI do INSS, que acho que é a maior vergonha que esse país está atravessando.
00:09Pouca gente está dando a devida importância, né?
00:12Cada hora surge um assunto. Por que isso, hein, Viana?
00:15Por que eles não dão tanta importância para ele?
00:19Tem muita gente envolvida nessa história?
00:21Olha, Emílio, primeiro, boa tarde. Obrigado pela possibilidade de a gente conversar.
00:25Chamar a atenção dos aposentados brasileiros sobre o que está acontecendo.
00:28Porque são pessoas fragilizadas, gente que está na cama, pessoa que não tem condições de acessar um computador.
00:35Gente que não entende muitas vezes o que está acontecendo e que a gente tem que alertar.
00:39Esse assunto, ele não tem sido tão discutido porque envolve pessoas muito poderosas.
00:46Gente que tem muito dinheiro, advogados muito influentes em Brasília, inclusive nas cortes superiores.
00:53E que quanto mais a pessoa tem envolvimento e tem mais dinheiro, mais o habeas corpus dela é premium na CPMI.
01:00Isso.
01:00Os mais simples chegam lá, geralmente, sem nenhum tipo de cobertura.
01:05Os que devem realmente, aqueles que agiram, que trabalharam, que foram operadores, ganham o habeas corpus premium.
01:11Não precisa falar nada, muitas vezes não precisa nem comparecer.
01:14Existem aqueles, e eu preciso fazer justiça, que não comparecem porque estão no centro de uma investigação.
01:19Às vezes estão fazendo uma delação premiada, são casos diferentes.
01:23Mas eu observo, há uma diferença enorme no Brasil de tratamento.
01:27Quanto mais a pessoa tem dinheiro e amigos, mais ela é beneficiada, Amílio.
01:32E essa questão, ela mexeu com a pessoa que não tem a menor condição de defesa.
01:39Porque quando nós fomos descobrir, está acontecendo desde 2013, efetivamente, as coisas começaram a crescer de uma maneira tal.
01:48Ninguém tomou providência nenhuma.
01:51Começou lá no governo Temer a surgir grandes...
01:54Isso vou falar porque eu, como senador, vou colocar com clareza.
01:58No governo Temer, isso começou pequeno.
02:00No final do governo Bolsonaro, os sindicatos cederam lugar a associações que não representavam aposentados,
02:08clubes de desconto.
02:10E nesse governo atual, durante dois anos, a coisa atingiu bilhões de reais.
02:13Então, hoje a gente tem quase sete bilhões desviados.
02:18Perto de seis milhões de aposentados que foram roubados.
02:21E se a gente conseguir recuperar um bilhão, a gente já vai conseguir ter feito muita coisa.
02:27Você citou uma coisa importantíssima, desculpa, que você falou sobre a blindagem dos grandes, né?
02:31Peixes grandes, advogados.
02:32Que paz que está o Nelson Williams também, que foi lá e foi ouvido, né?
02:35Ele é um dos que está sendo investigado.
02:37Como é que está a história?
02:38Olha, apareceu, tem que dar declarações.
02:43Se é de advogado importante, se é parlamentar, se é uma pessoa parente de político, não tem conversa.
02:51Não importa.
02:51Ela tem que dar declarações à população brasileira.
02:54E é muito difícil uma pessoa explicar, por exemplo, num país como o nosso,
03:00porque uma coisa é nos Estados Unidos, onde o mercado, que está ali, o Sânico,
03:04o mercado deixa a pessoa milionária, muitas vezes, numa ação de bolsa.
03:07Mas o Brasil não é assim.
03:09O Brasil, as coisas são construídas com muito sacrifício.
03:12O Estado pesa demais nas nossas costas.
03:14Aí a pessoa, de repente, ela começa de um patrimônio de 50 milhões, 100 milhões, 200 milhões, 1 bilhão, 3 bilhões, 3 bilhões e meio, avião, iate,
03:25que não é problema nenhum, a pessoa pode ter, desde que esse dinheiro tenha sido colocado.
03:30Aí quando você vai ver, de onde estava vindo tudo isso?
03:33Por exemplo, um jovem de 28 anos que chegou lá, especialista em tecnologia de informação,
03:38criou um sistema que burlava o INSS com a cópia da identidade.
03:42O pessoal pegava a cópia do documento da pessoa, burlava a biometria, fazia um empréstimo, um desconto na conta do documento.
03:4928 anos de idade.
03:50Através da foto do RG.
03:52Através da foto do RG.
03:53Ali, esse pessoal descontou mais de 1 bilhão de reais em movimentação.
03:57E eles foram usando, para que o aposentado, o pessoal que está nos assistindo, entenda.
04:02Como que eles faziam?
04:04As associações falsas, entidades de fachada, elas faziam acordos com o INSS.
04:11Para isso, tinha servidores do INSS corrompidos, pelo menos três deles já estão presos, inclusive, estão identificados.
04:20Essas associações eram amparadas por uma pessoa que ganhou o apelido de careca do INSS, que é o principal cérebro.
04:26Que está preso também.
04:27Está preso, está lá na papuda.
04:29Esse careca, Emílio, ele criou uma série de empresas fantasmas.
04:33Meu Deus.
04:34Incluindo escritórios de advocacia, que recebiam o dinheiro.
04:37Era tanto dinheiro, que eles não se deram nem o trabalho, de certa forma, de esconder parte desse dinheiro.
04:43Você vê que temos 14 postes apreendidas, 4 Ferraris.
04:47Ostentavam tudo.
04:48Vinho, adegas.
04:49Adega de 10 milhões de reais.
04:50O aposentado chega no final do mês e tem 1.500 reais para poder sobreviver, 1.200.
04:55Pode comprar uma copa.
04:56As pessoas tinham lá vinho de 10 milhões na adega.
04:59Isso, e com o dinheiro dos aposentados.
05:02Então, esse esquema, ele não era um esquema simples, foi um erro, uma forma.
05:06Ele era um esquema muito bem montado.
05:07Bem pensado, né?
05:08Bem pensado, de gente que sabia o que fazer, poxa.
05:11Inclusive, eu fiquei sabendo que eles tinham serviço...
05:15Porque quando você liga, você tem algum problema.
05:18Você liga, tem um saque, né?
05:21Ah, sim, sim.
05:22Você ligava para o saque, que era do esquema.
05:25Sim.
05:26E o cara atendia e falava, não, fique tranquilo que eu vou resolver.
05:30O saque era golpe.
05:31O saque era golpe.
05:33É uma empresa.
05:33Exatamente.
05:35Liga para reclamar para o golpista.
05:37Nunca vi.
05:37Agora, para onde vai isso?
05:41Bem, nós...
05:41Porque agora é o seguinte, isso aí que vocês estão fazendo são os senadores, os deputados,
05:46né?
05:46É uma CP, é uma...
05:47Ele é misto.
05:48Sim.
05:49Vai para a justiça.
05:50E aí, a hora que chegar lá, que aí, os advogados grandes, aquela, né?
05:56Aquele esquema que vocês sabem muito bem, que tem em Brasília, esse jogo e tal.
06:00Você acha que vai dessa vez...
06:02Ô, Emílio, sobre o futuro, é difícil a gente fazer previsões.
06:08Eu acho que o futuro a gente constrói.
06:10A gente não fica...
06:11Ah, vai acontecer isso.
06:12Depende do que você faz hoje.
06:14Eu lhe digo uma coisa.
06:16O silêncio do processo, o silêncio do habeas corpus, ele prejudica o povo.
06:23Ele é um desafio ao Brasil.
06:24E o que mais eles querem é silenciar.
06:28Não falar nada na CPMI, deixar só no processo, porque aí o que acontece?
06:32A justiça é lenta, demorada, tem as influências.
06:35Quando vem a condenação, lá na frente ninguém lembra mais.
06:38A CPMI hoje...
06:40Eu posso dizer com muita clareza pra você.
06:42O núcleo principal está todo na cadeia.
06:45Nós colocamos todo mundo na cadeia.
06:47Os servidores públicos que foram corrompidos.
06:50Servidor, procurador de justiça, de carreira.
06:54Pessoa que tem topo de carreira, com salário alto.
06:57Movimentando 18 milhões na conta.
06:59Envolveu a mulher dele.
07:00Encomendou apartamento de 28 milhões numa torre lá em Camboriú.
07:06Lá onde até o Neymar tem um apartamento.
07:08Sim, Gustavo Lima.
07:09O sujeito procurador de justiça.
07:12Ele foi pago pra defender.
07:14E simplesmente ele se corrompeu.
07:16Então esse núcleo, hoje já não funciona mais.
07:19Nós temos certeza de que ele está neutralizado.
07:22Nós estamos agora numa fase de identificar os últimos operadores,
07:26quem recebeu o dinheiro.
07:27Aqueles que colaboraram pra que sumissem os bilhões.
07:31Mas a gente entrou numa fase muito ruim, muito delicada.
07:35Esses servidores não teriam condições de trabalhar e fazer o que fizeram
07:39se não tivesse apoio político.
07:40Lógico, exatamente.
07:41Esse que é o ponto.
07:42Os cargos no INSS não deveria ser, mas são cargos de indicação política.
07:47Putz.
07:47Então entra, muda o governo, mudam as indicações e os padrinhos.
07:51E isso é histórico no Brasil.
07:53Essa coisa.
07:54Resultado.
07:55Esses cargos valiam muito dinheiro.
07:57Por quê?
07:58Os operadores sabiam os pontos-chave.
08:01Então esses servidores públicos, eles se revezavam nos cargos principais que tinham
08:06acesso às liberações.
08:08Faziam os pareceres para as empresas.
08:11Eram corrompidos pra que isso pudesse ser rapidamente.
08:15Então o que as empresas, elas sabiam?
08:17Esse careca do INSS, por exemplo.
08:19Então tem uma foto do atual ministro.
08:21Com 15 dias o ministro tá lá ele na mesa com o ministro e um grupo.
08:25Por quê?
08:25Influência.
08:26Era a influência de transferência de cargos.
08:29Eles sabiam como movimentar por conta dessa corrupção com os servidores públicos.
08:35Eles compravam as listas de aposentados.
08:38Compravam as listas.
08:39Listas com milhares de nomes.
08:41Milhões.
08:41E mandavam para a data prévia 50 mil, 300 mil nomes.
08:46De uma vez só.
08:47Aí ia gente que tinha morrido.
08:49Ia criança.
08:50E esse negócio de criança.
08:52Criança.
08:53Milhões.
08:54Doze.
08:55Crianças menores de idade de 12 anos.
08:57Crianças com zika vírus que foram atingidos, que tem um BPC.
09:01Eles conseguiram descontar dinheiro dessas pessoas.
09:04Gente que não consegue levantar da cama.
09:06Olha, nós temos situações em que as pessoas estão convalescentes dentro de uma casa há anos.
09:13E não tinha a menor noção do que estava acontecendo.
09:16Eles descontavam de 50 a 90 reais.
09:18Faz a conta de uma empresa que coloca lá 600 mil nomes.
09:22Pelo amor de Deus.
09:23Por mês.
09:24E é pouquinho, né?
09:25E a recuperação desse dinheiro.
09:26Porque assim, está preso a turma.
09:29Mas aí passa pra um, passa pra outro.
09:31Não tem como recuperar.
09:32Os caras ficam presos um pouquinho.
09:33Porque a gente sabe que aqui todo mundo vai solto daqui a pouco.
09:36Como que vai ser feita essa recuperação?
09:39O senhor falou, ah, se for um bilhão ou quanto for, pelo menos a gente recupera um pouco.
09:43Vou lhe dar um exemplo interessante.
09:45Um sindicato.
09:46Certo.
09:47Sindinap.
09:48Cujo vice-presidente é público e notório.
09:51Não estou aqui colocando nada.
09:53Porque a minha função é tentar ser o mais isento possível.
09:56Porque esse não é um escândalo de um governo.
09:58Isso é um problema que veio de vários governos.
10:00Mas, por exemplo, o irmão do presidente Lula é vice-presidente de um sindicato chamado Sindinap.
10:05Certo.
10:06Esse sindicato tinha duas contas no exterior.
10:11Duas contas.
10:12Os outros todos tinham offshore, que é uma empresa conhecida, ou então estavam em paraísos fiscais.
10:18Nós já descobrimos várias contas nas Ilhas Virgens Britânicas e temos rastro de dinheiro
10:23que foi mandado para outros locais e de lá transferidos pra fora.
10:27Como o Brasil tem muitos acordos internacionais hoje contra a lavagem de dinheiro, uma parte
10:33a gente vai ter condições de identificar onde foi parar.
10:36A outra parte...
10:37Só Deus sabe.
10:37Só Deus sabe onde está.
10:39Então, por exemplo, um sindicato como esse.
10:42A gente fala um sindicato de prestação de serviços.
10:45Tá tudo bem.
10:46Sacou quase 7 milhões de reais do caixa.
10:48Por que isso?
10:49Por que?
10:49Pois é.
10:50Me conte.
10:51Como é que um sindicato...
10:52Um sindicato que desconta das pessoas 50, 60, 70 reais aqui de São Paulo...
10:57Isso.
10:57Tanta dinheiro.
10:58Saca 7 milhões.
10:59Com o que foi feito desse dinheiro?
11:01Não.
11:02Simplesmente o presidente chegou lá com um habeas corpus prêmio, como eu gosto de dizer,
11:06não falou absolutamente nada.
11:08Não deu explicações.
11:09Agora, as pessoas estão sabendo o que está acontecendo.
11:13Essa que é a grande vantagem de uma CPMI.
11:16Nós temos hoje uma audiência que chega a 800 mil pessoas nos assistindo.
11:20Mas a CPMI pode ter essa interferência?
11:24Como assim?
11:25Do STF?
11:26É.
11:27Infelizmente.
11:27Por que?
11:28Mas isso aí não é...
11:29Porque...
11:30Que eu saiba.
11:31CPMI é político.
11:33Sim.
11:33Vocês vão lá, fazem o levantamento e tal.
11:35Aí que vai para o Supremo.
11:37Para ver se realmente vai para frente ou não.
11:40Não é assim que sempre funcionou?
11:42Deveria ser assim.
11:44Mas sempre foi assim.
11:45Não.
11:46De uns tempos para cá, deixou de ser assim.
11:48Eu vou falar como senador agora.
11:51A Constituição de 88, vou ser rápido nisso, criou um sistema chamado de freios e contrapesos.
11:56O que é isso?
11:57O judiciário julga, o legislativo legisla.
12:00Isso.
12:01Quando não há uma lei, o judiciário tem que frear, devolver a dúvida para o legislativo
12:06e perguntar.
12:07Preciso de uma lei.
12:08Isso não está acontecendo.
12:09Hoje, eu chamo de ativismo judicial.
12:12Hoje, o Supremo Tribunal Federal legisla.
12:15Sim.
12:15Está uma decisão e obriga todo mundo.
12:18É um absurdo que um ministro calhe a boca de 81 senadores com 81 votos.
12:24A gente tem que ter coragem de mudar isso com responsabilidade.
12:26Ninguém está aqui vingativo, falar assim, ah, vou vingar do STF.
12:30Não.
12:30Mas a gente tem que começar a repensar o país.
12:32Porque uma CPMI, ela não está na dependência ou a comando do STF nem da Polícia Federal.
12:39Nós somos uma comissão independente.
12:41Mas constantemente nós temos recebido habeas corpus de pessoas que ou não vão ou simplesmente
12:50chegam lá com o direito de ficar caladas.
12:52Não deveria ser assim.
12:54Porque testemunha tem que falar.
12:56Lógico.
12:57Não, pelo testemunha, ela tem que dizer.
12:58E a comissão é independente.
13:00Mas hoje está um desequilíbrio tão grande nessa questão dos poderes no Brasil
13:04que a gente precisa parar e começar a pensar o país.
13:08Que essa aí, aquela comissão do Senado americana que os caras se cagam de medo.
13:13Sim.
13:13Que é o depoimento.
13:14Ah, né?
13:15Não, não.
13:15Com o Zuckerberg.
13:16A gente assiste nos filmes.
13:18Seria isso, né, senador?
13:21Tem blindagem.
13:21Esse é o princípio.
13:23Mas não tem sido assim no Brasil hoje.
13:25Hoje no Brasil, qualquer assunto, o Supremo Tribunal Federal dá uma decisão e para.
13:30O futuro do Brasil é meio...
13:32A gente está vivendo num momento difícil, né, senador?
13:35É algo que a gente tem que pensar.
13:38Porque nesse próprio julgamento, né?
13:41O próprio julgamento a gente vê aí do Bolsonaro.
13:44Porque é um negócio que a gente já sabe o que vai ser.
13:47O cara que está julgando ele é inimigo declarado.
13:50Exato.
13:50Não é só um, né?
13:51Sim.
13:52A primeira...
13:53Morte.
13:53É inimigo declarado.
13:55E se você der o seu voto contra, acontece o que aconteceu com o Fux.
14:00Né?
14:00Exato.
14:00É um negócio meio louco, né?
14:03Você vota com todo mundo.
14:03É um negócio meio louco e parece...
14:06É como esse caso aí que a gente está falando do INSS.
14:09A imprensa não fala.
14:11Por quê?
14:12Eu não sei.
14:13É?
14:13Por quê?
14:13Eu também não sei por que...
14:15Por que que essas...
14:16Qual o entendimento?
14:17A gente aceita esse julgamento assim como, sei lá, tem gente que é inimigo mesmo.
14:22Sim.
14:22E comemora, né?
14:25E é algo que a gente tem que pensar para o futuro do Brasil, né, senador?
14:29É esquisito, viu?
14:30Eu concordo com você e vou colocar mais uma vez aqui.
14:34Nós precisamos pensar o Brasil com muita responsabilidade, com equilíbrio, sem revanchismos.
14:40Que há um desequilíbrio por parte do STF e o extrapolamento, inclusive, uma expansão das leis de uma forma indevida existe.
14:49E quem precisa corrigir isso é o parlamento.
14:51Somos nós que fomos votados, é quem temos que criar leis para poder corrigir.
14:57Essa questão do 8 de janeiro, por exemplo, não concordo com quem depredou, não concordo com quem incentivou.
15:03Pessoa que quis pôr bomba tem que pagar por isso.
15:05Mas pessoas que foram para lá, numa manifestação legítima dela, que não entrou, não invadiu, leva 14 anos, há um erro aí.
15:14Sim.
15:14Um erro grave.
15:15E quem tem que corrigir isso é o parlamento.
15:17Eu vou apresentar um projeto de lei, porque eu não entrei nessa história da anistia, porque isso virou um nicho muito do pessoal do Bolsonaro e do PL.
15:27Eu não sou do PL.
15:28O que eu fiz?
15:29Estou pensando.
15:30Nós não precisamos de uma nova lei.
15:33Uma anistia, uma outra lei.
15:34Nós não precisamos de dosimetria.
15:36É só a gente pegar a lei e corrigir ela.
15:39Eliminar os artigos que deram vazão a essa visão de vingança que virou o STF hoje.
15:46Eu posso falar para vocês.
15:47Mas isso não é mais poder, senador?
15:49Não, pelo contrário.
15:50O senhor trabalha com poder.
15:52Pelo contrário.
15:53O cara não é poder que está em jogo.
15:56Não, não.
15:57Eu digo o seguinte.
15:58O poder é algo que você pega o poder, o poder está lá.
16:01Você não quer largar o osso.
16:02Claro.
16:02Claro.
16:03Sim.
16:03É o vácuo.
16:04Nós precisamos de um judiciário independente e forte.
16:08Nós não precisamos de um judiciário vingativo nem que extrapole a função dele.
16:12Quem decide qual é o limite do judiciário somos nós.
16:17Exato.
16:17É o parlamento.
16:19A gente quer confiar no judiciário.
16:20Então, por exemplo, se eu tenho uma lei que está mal escrita, que deu uma série de
16:26possibilidades de extrapolamento, inclusive para penas absurdas, para quem não cometeu
16:31crime de verdade, então a gente tem que mudar essa lei.
16:33O parlamento tem o dever de mudar a lei.
16:36Nós não precisamos criar uma outra lei.
16:38Não é só a gente corrigir o trabalho que foi mal feito lá.
16:40Mas, senador, como faz isso?
16:41Então, mas vamos lá.
16:41Não, não.
16:42Deixa eu só pensar uma coisa com o senador aqui, que o senador é...
16:44O senador é senador.
16:46É senador.
16:46Senador.
16:47É, só tem 81.
16:48Exato.
16:49Tem poucos.
16:49Já, já eu vou colocar a coisa do senador aqui.
16:51Muita gente está pensando, muita gente está pensando que isso vai mudar na próxima eleição.
16:58Mas se for poder, isso não muda mais.
17:02Isso vai ficar 50, 60, 70 anos aí.
17:06O senhor sabe disso.
17:07Sim.
17:08Emílio, eu sou realista e estrategista.
17:13Eu aprendi na minha vida a não entrar numa guerra para perder.
17:17A gente, se vai entrar numa guerra para perder, melhor não entrar.
17:20Sim.
17:20Então, nós precisamos analisar o que está acontecendo no Brasil hoje.
17:24Ano que vem, vem eleições.
17:27Vou dizer para vocês, eu sinto decepcionar muita gente, se for o caso.
17:31A maior mentira que vai ser dita é que nós vamos fazer impeachment de ministro supremo.
17:36Isso não vai acontecer.
17:38Eu vou explicar rapidamente para vocês vão entender.
17:40A Constituição de 88 deu ao Supremo um poder quase que ilimitado.
17:46Hoje, a decisão de um ministro tomada enquanto ministro só pode ser questionada na corte.
17:53A única maneira do parlamento decididamente conseguir fazer um impeachment de um ministro é se a gente investigar os escritórios paralelos de familiares e descobrir que ali existiram vantagens usando o cargo.
18:07Aí não tem conversa.
18:09Nós tentamos fazer isso com a chamada Operação Lava Toga.
18:13Certo.
18:13Que não recebeu o apoio devido, não vou entrar no assunto aqui, mas não recebeu o apoio.
18:17Agora, quando a gente olha para o Supremo, a gente diz assim, nós precisamos de uma corte política?
18:23Não.
18:24Nós precisamos de uma corte independente, técnica.
18:27Então, a gente tem que começar a pensar o seguinte, decisões monocráticas.
18:31Nós temos que acabar com isso.
18:32Certo.
18:33Decisão só pode ser tomada por turma.
18:35Porque um ministro vai lá, dá uma canetada, obriga um parlamento a colocar uma CPMI, por exemplo, que não existia.
18:44Isso acontece.
18:45Você está com um projeto legítimo sendo votado, aí vem o Supremo e manda parar a votação.
18:49Por interesse pessoal.
18:50Por interesse.
18:51Isso tem que acabar.
18:53A gente tem que ter a coragem de fazer esses ajustes.
18:56Volto a dizer, para ter um judiciário independente e que possa trabalhar a favor do país como um equilíbrio, como uma república e não como está hoje.
19:05Você falou muito bem.
19:06Quem está julgando Bolsonaro, e aqui eu não estou dizendo se ele é inocente ou se ele é culpado.
19:10Sim, claro.
19:11Quem está julgando Bolsonaro é parte na ação.
19:14Isso.
19:14Não deveria estar julgando.
19:14Exatamente.
19:15E todo mundo sabe o resultado disso.
19:18Então, a gente...
19:18Cartas marcadas.
19:19É, para que que...
19:21Desculpa, Gordão, você tem a pergunta?
19:23Não, é porque eu acho muito válido o que o senhor está falando, só que assim, tem que mudar, tem que ser dessa forma.
19:30Inclusive, mexer na lei, como o senhor falou.
19:34Só que a gente sabe que no Senado tem muito senador com rabo preso.
19:39Que se o cara puxa uma pastinha e fala assim, você vai votar nisso aí?
19:43Olha aqui, olha o que eu vou relembrar aqui.
19:45E vai...
19:46E os caras não vão votar.
19:48Você acredita que na próxima eleição possa haver uma renovação?
19:52Possa haver uma consciência das pessoas e falar, cara, eu não vou votar mais nesse cara, porque eu sei que ele tem rabo preso.
19:57Eu sei que lá o STF pode puxar uma pastinha dele com pendências, como a gente viu há muitos anos atrás e sempre foi e sempre parece que vai ser um ciclo vicioso, como o Emílio está falando, e que não vai ter um fim.
20:09E Pitman não vai ter, mudança de lei não vai ter e a gente vai ficar nessa, vai ficar em decisão de quem manda e não vai ficar quieto aqui, obedecendo.
20:17Olha, a gente precisa dar um passo de cada vez.
20:20A questão de acabar com uma decisão monocrática é uma decisão que o Senado já aprovou, está na Câmara.
20:26A Câmara agora tem que ter a coragem de votar e de colocar.
20:30Outra questão, nós precisamos discutir mandato para os ministros do Supremo.
20:34É uma decisão do Parlamento.
20:36Colocar um ministro lá por 10 anos, ele fica 10 anos como na corte alemã, por exemplo.
20:41O Brasil imita tanto o direito alemão, se entram lá com 45 anos, ficam 30 anos na corte.
20:48A gente precisa discutir isso, eu tenho defendido.
20:50Vamos criar mandato para os ministros do Supremo, que a gente vai renovando a cada 10 anos.
20:55Mas todo mundo explica isso, não consegue, não.
20:57Não, só para concluir, por causa dessa renovação.
21:00O rabo preso, é isso que incomoda, não só a mim, mas como muitas pessoas.
21:04Porque a gente vê, chega senador e fala, ah não, vamos fazer, vamos fazer.
21:08Aí chega lá na hora, pipoca e fala, ah não, veja bem, mas é que tem outras coisas.
21:12A gente vê, inclusive a direita, eu falo da direita porque a gente fala bastante da direita aqui.
21:18Porque chega na hora, a direita vota com a esquerda e fica tudo certo.
21:23A gente sabe, você acha que pode ter uma renovação ano que vem?
21:26Você acredita nisso ou vai do jeito que der?
21:29Eu espero, eu espero que isso tudo que nós estamos passando, que ensine a população.
21:34Porque o voto é livre, ninguém pagou ingresso lá no Congresso, não.
21:37Sim.
21:37Todo mundo lá.
21:38Lógico.
21:38Agora, nós, essas decisões, elas dependem muito de firmeza de quem comanda o parlamento.
21:45Sim.
21:46É quem comanda o parlamento, é quem tem que propor essas decisões.
21:50E eu volto a dizer, nós não podemos tomar decisões com a visão vingativa, com a visão, ah eu vou ving...
21:55Não.
21:55Pois é.
21:56Tem que ser uma questão de equilíbrio, para que a gente possa ter um judiciário em que a população volte a confiar totalmente.
22:02Porque nós precisamos desse judiciário.
22:04E quem tem que fazer isso, somos nós.
22:06Claro.
22:06Agora, do jeito que nós estamos andando hoje, existe uma coisa, existe o mundo que a gente quer viver e o mundo que a gente vive.
22:13O mundo que a gente vive, ele é duro.
22:16Já tem uma frase famosa aí, o sistema é bruto.
22:19É bruto.
22:19E é bruto.
22:20Se você não souber lidar com ele, acontece o que aconteceu com o Bolsonaro.
22:24O sistema te pega, né?
22:25Ele não soube lidar com o sistema, e não foi por falta de tentar ajudar.
22:29Sim.
22:30Foi vice-líder dele durante quatro anos, de falar, olha, vamos com calma, não é assim, não é desse jeito,
22:36não dá para começar uma guerra todo dia.
22:38Pois é.
22:38Não é?
22:38Você não enfrenta o sistema dessa maneira.
22:40Você tem que ter sabedoria de ir mudando aos poucos.
22:43Porque vai mudar tudo?
22:45Não vai.
22:45Mas, pelo menos, a gente conseguir mudanças que o país consiga se reequilibrar, porque hoje está um desequilíbrio absurdo.
22:53Essa questão do INSS, gente, é uma demonstração clara de como que se rouba bilhões.
23:00A CGU, que é a Controladoria Geral da União, descobre o roubo, anuncia que está sendo roubado, ninguém toma providências.
23:08E só depois que a Polícia Federal começa uma operação, é que a coisa para.
23:13Aí vem uma CPMI, e aqui eu quero dizer com clareza que muita gente faz críticas,
23:18só depois que a gente colocou na televisão, na rede social, que hoje bomba,
23:23que na televisão, nos principais jornais, não aparece nada.
23:25Não aparece, não entra nada.
23:26É pequenininho.
23:27Mas na rede, está bombando, porque os aposentados que estão em rede estão acompanhando.
23:31Aí começaram as prisões, as apreensões, porque chamou atenção o escanto,
23:36senão era mais um que ia para debaixo do tapete.
23:37Exatamente.
23:38Qual é o comportamento do governo federal em relação à CPMI do INSS?
23:43O que ele fala? Assinou? Quer que vá para frente? Quer ser investigado?
23:47Ele está apoiando a CPMI?
23:48Olha, eu vou ser muito franco com você, equilibrado.
23:53Naquilo que envolve operadores terceirizados, há um consenso geral.
23:56Mas quando a gente fala, por exemplo, em chamar para prestar declarações,
24:02como testemunha, o irmão do presidente Lula, o governo blinda.
24:05O Frei.
24:06É, o Frei Chico. Por que isso? Ele é culpado? Não sei.
24:09É, mas por que ele não pode dar o depoimento?
24:12Pois é, agora, ele, já que o presidente do sindicato dele não falou nada,
24:16o vice-presidente e os diretores têm que dar declarações.
24:18É lógico, certo. Por que não vão?
24:20Lógico, é óbvio.
24:21Mas eles foram blindados?
24:22Foram blindados.
24:23Totalmente blindados.
24:24E é como você põe fé na...
24:25Depende de volta da maioria.
24:26As outras questões, por exemplo, coloquei para votar quinta-feira,
24:31a convocação do Jorge Messias, da AGU.
24:35Uma pressão terrível para não pôr, outros para colocar,
24:38e falou, olha, eu vou fazer o meu papel.
24:40Apareceu ou não apareceu? Ele sabia, não sabia.
24:43Tomou providências? Não.
24:44Então ele tem que vir cá explicar por que ele não tomou providências.
24:47Vou colocar em votação.
24:48Está uma confusão geral.
24:51Para o Messias?
24:51Mas eu vou fazer a minha parte.
24:53Eu não blito.
24:54Vai ser votado no Senado agora, inclusive.
24:56O Messias?
24:57Exato, o Messias.
24:58Eu não estou falando...
25:00Volto a dizer, que ele prevaricou, né?
25:03Tem uma passada...
25:04Mas tem que saber.
25:04Mas ele tem declarações a dar como advogado.
25:07Por que não tomou providências?
25:08Sim, sim.
25:08E isso tudo.
25:09Aí pode chegar lá e falar assim, não, eu tomei, são sigilosas, não pode divulgar.
25:12Acabou o problema.
25:13É isso.
25:13Mas eu espero que não se blinde, né?
25:16Que a gente possa ouvir ao interesse do país.
25:19Então essas coisas é que não podem deixar a gente desanimar.
25:23Porque são muitos obstáculos.
25:25Mas essa CPMI, ela já marcou história.
25:28São nove pessoas presas.
25:30Outras quatro por falso testemunho.
25:33Lá chegaram lá mentindo.
25:34O senhor deu voz de prisão, né?
25:36É, se mentir lá, eu dou voz de prisão.
25:38Não, não, não.
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