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A prisão preventiva de Jair Bolsonaro (PL) na manhã de 22 novembro provocou uma mobilização imediata da oposição no Congresso. Em nota, aliados classificam a medida como “ataque à democracia” e prometem resistir. Nas reuniões em Brasília, o foco passa a ser a anistia e a reorganização para 2026.

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Transcrição
00:00E a oposição está debatendo a estratégia a ser tomada após a prisão preventiva de Jair Bolsonaro.
00:07O encontro convocado para a sede do PL conta com a presença de Michele, Flávio, Carlos e Jair Renan Bolsonaro.
00:15A presença do núcleo familiar do ex-presidente é vista como um reforço e um esforço também da família
00:22para ocupar o vácuo deixado por ele e retomar o controle da articulação política da direita.
00:28Dentre as pautas debatidas está a ofensiva pela anistia e eventual apoio ao projeto que reduz as penas,
00:35além de ações em defesa de Bolsonaro e o alinhamento para evitar contradições.
00:41Também foi debatido quem falará em nome do ex-presidente durante o período de isolamento
00:45e a avaliação entre parlamentares é que Michele e Flávio devem assumir esse posto.
00:51Segundo Flávio, todas as decisões políticas serão tomadas ouvindo as lideranças locais,
00:58mas com o aval de Bolsonaro.
01:00Chamar os nossos comentaristas, vamos aproveitar que o Cristiano Beraldo está aqui no estúdio,
01:05começar com ele.
01:06Beraldo, seja bem-vindo.
01:07Uma ótima noite a você.
01:09Oposição tentando se reorganizar após essa prisão preventiva,
01:14mas em regime fechado de Jair Bolsonaro.
01:16O que muda com Jair Bolsonaro preso e como o PL e a oposição devem se organizar?
01:22Bem-vindo.
01:22Boa noite, Caniato.
01:24Boa noite, Mota, Dávila.
01:25Boa noite, audiência que prestigia diariamente os pingos nos is.
01:29Olha, Caniato, a gente vê a oposição tendo a consolidação de um processo que já estava
01:35anunciado.
01:36Afinal de contas, houve a condenação de Jair Bolsonaro.
01:39Era esperado que ele começasse a cumprir pena em regime fechado em algum momento,
01:45mas essa decisão de transferi-lo para o regime fechado, claro que gerou surpresa pelo momento
01:53em que ela aconteceu, mas sem dúvida alguma já é algo que estava ali no mapa dos próximos
02:00passos da oposição.
02:02Bom, não me parece que deveria haver algum tipo de complicação adicional ou mesmo de
02:11uma motivação extra, porque a questão da anistia ou da dosimetria, ela já tinha se
02:18tornado urgente para a oposição, para a direita que apoia Bolsonaro, a partir do momento em que
02:26ele teve a sua condenação confirmada.
02:28Então, o que me parece importante é esse esforço de Flávio Bolsonaro, sobretudo, de
02:36retomar um processo de união no universo em torno de Jair Bolsonaro, porque depois dos
02:44episódios de Santa Catarina ficou claro que havia ali um espaço para dissidências.
02:50várias pessoas que tiveram a sua carreira política em evidência, graças ao apoio que receberam
02:58de Jair Bolsonaro, estavam ensaiando um grito de independência e isso criou um caos, digamos
03:05assim, nesse universo do bolsonarismo.
03:08Então, agora, com esse episódio antecipado e inesperado, me parece que, sobretudo, Flávio
03:16Bolsonaro está tentando liderar um movimento para reengajar todos os apoiadores em torno
03:24de um mesmo propósito, de um mesmo projeto e reforçar o apoio e a liderança de Jair Bolsonaro.
03:31Não será uma tarefa fácil, ele vai ter que trabalhar muito e reconquistar essa liderança
03:38que parece ter perdido forças durante esse processo e esse julgamento de Jair Bolsonaro.
03:44Há pouco, lideranças do PL fizeram uma entrevista coletiva, conversaram com os jornalistas e
03:49adiantaram alguns pontos que foram debatidos entre esses parlamentares que compõem, digamos,
03:54a cúpula do PL.
03:56Vamos ao Rio de Janeiro, o Roberto Mota ao vivo com a gente vai trazer também as impressões.
04:00Mota, ótima noite a você, excelente semana.
04:03PL discutindo estratégias após a prisão de Jair Bolsonaro.
04:07O que deve mudar, já que o acesso a Jair Bolsonaro ficou mais difícil?
04:14Eu acho que nada muda, né, Caniato?
04:16Porque a situação é essencialmente a mesma.
04:21Boa noite a você, boa noite aos meus colegas de bancada, boa noite à nossa audiência.
04:26Eu gostaria de saber que estratégias são essas que vão ser aplicadas agora e que já
04:33não foram aplicadas há muito tempo.
04:36O sentimento de muita gente é que o Brasil entrou em um território desolado, um território
04:45onde o judiciário, em vez de promover justiça, faz o contrário.
04:51É um território onde a polícia recebe ordens para investigar e prender justamente alguns
04:58dos seus maiores defensores.
05:00E quanto tempo isso vai durar, parece que ninguém sabe.
05:06Muitos parlamentares e políticos estão se mostrando indignados com a prisão de Jair
05:14Bolsonaro, mas é como disse uma pessoa no X hoje, essa indignação para muitos deles
05:22chega tarde, chega indecisa e chega carregada de contradições.
05:29Pois é, muitos projetam que o futuro da direita estaria em um momento muito importante sendo
05:36discutido, principalmente entre as lideranças do PL.
05:39Chama o Luiz Felipe Dávila, também ao vivo com a gente.
05:42Dávila, excelente noite, semana.
05:44Quais são suas considerações depois da prisão preventiva em regime fechado de Jair
05:50Bolsonaro?
05:51O PL se organiza, debate os principais pontos e há um entendimento de que Michele e Flávio
05:57deverão receber a incumbência de serem os porta-vozes de Jair Bolsonaro.
06:03Boa noite, Caniato, Beraldo, Mota e a nossa querida audiência.
06:07O primeiro ponto a ressaltar é que a direita vai tomar conta do seu destino de qualquer
06:15jeito.
06:15É preciso ocupar o vácuo político existente, especialmente num governo desgastado, desacreditado
06:24e onde o eleitor mostra claramente que ele quer uma opção viável ao governo Lula.
06:31Portanto, os arranjos políticos continuarão a ser costurados com a prisão ou com qualquer
06:39outra situação de Jair Bolsonaro.
06:41A política não pode parar por causa de um único episódio.
06:46Portanto, esta articulação da direita começa cada vez mais a se distanciar do núcleo
06:54bolsonarista.
06:55não dá para paralisar o país em torno de um único episódio, quando na verdade a população
07:02sofre todos os dias com a falta de segurança pública, com a insegurança jurídica, com
07:09um governo que continua sendo irresponsável fiscalmente, com os roubos no INSS e nas estatais
07:18brasileiras.
07:19Portanto, a vida continua e não pode paralisar o país por causa de uma única questão.
07:26O fato é que a prisão de Bolsonaro conseguiu reavivar o projeto da dosimetria e talvez até
07:34um destaque pode ser apresentado na hora da votação para tentar aprovar a anistia ampla,
07:41geral e restrita.
07:42Mas a pauta continua, os problemas estão aí e a vontade do eleitorado buscar uma alternativa
07:51concreta ao governo Lula é mais válida do que nunca.
07:56Pois é, tem um outro aspecto importante para a gente debater.
07:59Agora, Beraldo, como o partido deve tratar dessa questão?
08:03Porque é preciso administrar, digamos, forças políticas e há questões sensíveis, né?
08:09É preciso ter sensibilidade para não pisar em falso, pisar numa casca de banana, não
08:15desagradar uma figura que talvez seja muito importante, enfim.
08:19É um sinal verde para que o partido faça aquilo que acha melhor, mas os filhos de Jair
08:23Bolsonaro terão um papel super importante nesse processo.
08:27Zé, existem vários aspectos dessa relação que estão turbulentos, digamos assim, né,
08:33A gente acompanhou nos últimos tempos as declarações do filho do presidente Jair Bolsonaro,
08:41Eduardo Bolsonaro, que fez ataques a figuras do partido, ao próprio partido, dizendo, né,
08:49que, enfim, desmerecendo, digamos assim, essa casa que acabou acolhendo todos os deputados
08:57eh, e candidatos e governadores bolsonaristas. O caso de Santa Catarina, ele é muito emblemático
09:03por causa disso, porque de um lado está o partido que fez um acordo para a reeleição
09:09do seu governador, que é um cargo super importante, de um estado muito importante para o bolsonarismo
09:17e em razão da escolha de quem será candidato ao Senado, houve uma imposição do filho de Jair Bolsonaro,
09:25Carlos Bolsonaro, que disse que ele seria o candidato em Santa Catarina.
09:29E isso desfaz um acordo do partido e do governador com outro partido, que é o PP,
09:36que está na base de apoio do governador e que será estratégico para a reeleição de Jorginho Melo.
09:44Entretanto, além disso, você tem casos semelhantes sendo replicados em outros estados.
09:51E isso tudo vai criando uma fragilidade, porque quando a gente trata da importância dessa campanha
09:59para o presidente do partido Valdemar da Costa Neto, é fundamental.
10:03O Valdemar está investindo, literalmente, dinheiro do seu partido
10:08para construir uma grande bancada de deputados federais na eleição do ano que vem,
10:15que seriam eleitos, conforme o plano, a partir do apoio e da proximidade com Jair Bolsonaro.
10:22Quando Jair Bolsonaro está inabilitado de participar do debate, de fazer postagens,
10:28de gravar vídeos, participar da eleição, e ao mesmo tempo você tem os membros da família Bolsonaro
10:34se colocando à margem das decisões do partido, aí cria-se um problema muito grave.
10:42Porque, no final, quem decide quanto cada eleição terá de dinheiro para fazer campanha
10:48é Valdemar da Costa Neto, é o presidente do partido.
10:52Portanto, em algum momento haverá necessidade de sentarem para fazer um acordo
10:58e cada um terá o seu quinhão de interesses atendidos.
11:03Mas eu não tenho a menor dúvida que, quando se trata do interesse de Valdemar da Costa Neto
11:09em fazer uma grande bancada de deputados federais, ele fará aquilo que é melhor para o seu projeto.
11:16Mesmo que, para isso, ele tenha que criar rusgas e desgastes com os filhos de Jair Bolsonaro.
11:22Pois é, agora, Mota, uma prisão inesperada bagunçou um cenário que já não era dos mais organizados?
11:28Porque a gente sabia que, dificilmente, Jair Bolsonaro conseguiria sair da domiciliar.
11:34Havia uma expectativa lá atrás.
11:36Ah, ele sairia da domiciliar, faria aquele anúncio de quem seria a pessoa que receberia o seu apoio
11:43e, possivelmente, dirigiria alguma coisa para os apoiadores.
11:48Não houve esse momento.
11:49Continuou na domiciliar e agora em regime fechado, ainda que preventiva.
11:53O partido tem que passar à frente dele, assim, pensando quantas decisões não precisam ser tomadas
12:00e não necessariamente o partido tem acesso a Jair Bolsonaro, né?
12:04E aí muitos se perguntam, bom, talvez dar um voto de confiança para os filhos,
12:09os filhos vão receber essa responsabilidade?
12:12O que a gente pode esperar nessas articulações?
12:15Em pouco tempo, alguma coisa precisará ser decidida.
12:17Eu acho que já foi decidido há muito tempo, Canialto.
12:22Eu sou sempre voto vencido aqui, mas eu mantenho o meu voto.
12:27Tarcísio de Freitas já foi escolhido como sucessor de Jair Bolsonaro,
12:31admitindo-se que não aconteça nenhum episódio extraordinário daqui até o ano que vem.
12:40São dois pontos aí que eu acho que vale a pena ressaltar.
12:42O primeiro é que eu não vejo como a prisão de Jair Bolsonaro possa ser considerada inesperada.
12:49O que acontece é que entre um episódio absurdo e outro,
12:54a gente às vezes esquece que está vivendo no Brasil de hoje.
12:57A gente respira um pouco mais tranquilamente.
13:00As coisas às vezes têm uma aparência superficial de normalidade.
13:05A gente até acha, né, que está vivendo num país normal.
13:08Aí acontece outra coisa para lembrar a gente onde é que nós estamos vivendo.
13:13Então, eu realmente não entendo como alguém pode ter sido surpreendido com a prisão de Jair Bolsonaro.
13:21Outra coisa que me surpreende, Caniato, é essa aparente tranquilidade de muitos políticos,
13:30que às vezes me dão a impressão que estão fazendo política na Suíça ou na Suécia,
13:35e que caracterizam essas coisas que estão acontecendo como Jair Bolsonaro
13:41como se fossem exclusivamente, totalmente restritas a Jair Bolsonaro.
13:47Mas não são.
13:49Quando a gente olha para o que está acontecendo na política brasileira,
13:52outras coisas aconteceram a outras pessoas por coincidência.
13:57Uma coincidência terrível.
13:59São sempre políticos de direita que têm grande apoio popular
14:04e que representam algum tipo de ameaça ou ao Estado ou ao governo atual.
14:10Então, como é que se pode achar que...
14:14Basta você olhar a sequência desses acontecimentos.
14:17Como é que se pode achar que isso tudo, esta sequência,
14:21termina lá no final em um episódio normal, tranquilo, super razoável?
14:27Eu fico espantado com isso.
14:30Tem uma informação, inclusive, viu, Dávila,
14:32que a defesa de Jair Bolsonaro e outras lideranças
14:36tentarão articular a possibilidade de ele retornar para a prisão domiciliar.
14:42Dadas as circunstâncias e as últimas informações,
14:45você vislumbra alguma possibilidade de ele voltar para o domiciliar, Dávila?
14:49É difícil, porque hoje tudo é arbitrário,
14:54é o voluntarismo da justiça que impera sobre os fatos.
14:59Se fossem os fatos, Jair Bolsonaro, neste momento,
15:02não deveria sequer estar em prisão domiciliar.
15:05Mas aqui os fatos não contam mais.
15:07O que contam hoje é a interpretação personalíssima dos fatos
15:12na Suprema Corte Brasileira, que decide o que é a lei,
15:17mesmo que essa interpretação não esteja de acordo com a Constituição.
15:22Então, Canhata, é impossível entender qual será,
15:26se isso vai ter alguma mudança ou não,
15:29por causa da questão de saúde.
15:30Se tivesse, ele não deveria nem ter sido preso
15:32na sede da Polícia Federal.
15:35Agora, o ponto é,
15:36se o Jair Bolsonaro não endossar Tarciso agora ou não,
15:41não importa, a direita tem duas escolhas.
15:44Ou vai com o Tarciso de Frentas como o candidato mais competitivo
15:47com apoio dos demais partidos,
15:49ou nós teremos três, quatro candidatos à presidência da República.
15:53São os dois cenários,
15:54mas são dois cenários que, evidentemente,
15:56vai mudar a estratégia da oposição.
15:59Mas não existe escolha muito fora disso.
16:03Ou teremos três, quatro candidatos à presidência da República
16:06da direita,
16:07ou nós temos um candidato mais competitivo hoje,
16:10que é o Tarciso de Freitas.
16:11Em fato, não adianta postergar muito tempo,
16:15porque a própria política vai se encarregar desse desfecho,
16:20porque, como nós cansamos de repetir aqui nos pingos dos is,
16:24temos eleições para governos estaduais,
16:27para o Senado, para a Câmara Federal e Assembleias Legislativas,
16:31e não dá para esperar eternamente, até o último momento,
16:36para tentar blindar os candidatos de eventuais ataques do governo.
16:40Isso não existe.
16:41A política tem o seu tempo,
16:42o tempo de construir as candidaturas,
16:45o tempo de sedimentar as alianças,
16:47o tempo de lançar nomes,
16:48de, inclusive, testar nomes.
16:50Então, eu entendo que isso vai acontecer de qualquer forma.
16:54O Mota traz um ponto importante,
16:55que é a anormalidade do país.
16:57Mas nós vivemos vários ciclos de anormalidade.
17:01E a oposição tem que saber jogar com a anormalidade.
17:05Porque o fato é,
17:06mudar o rumo do país neste governo é impossível.
17:11Enquadrar o Supremo Tribunal Federal,
17:14achar que algum tipo de autocontenção terá,
17:16ou que o Senado fará o seu papel como o contrapeso,
17:20isso não vai acontecer.
17:21Então, vamos ter que jogar de acordo,
17:26sim, regras estranhas, voláteis, que mudam.
17:29Mas o Brasil tem uma longa história disso.
17:31A oposição, o Partido Democrata, por exemplo,
17:33na época do Getúlio Vargas,
17:35foi isso aí, lutou.
17:36O MDB, na época do governo autoritário,
17:39foi assim.
17:40A UDN, no tempo de Getúlio Vargas.
17:42Então, é assim que funciona.
17:43Infelizmente, o Brasil vive vários ciclos de anormalidade
17:49com pequenos soluços de normalidade.
17:53Por isso, é assim que os partidos e os políticos
17:57tendem a aprender a navegar
17:58em mares turbulentos em grandes períodos de anormalidade.
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