O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou uma alta de 1,3 ponto, alcançando a marca de 89,8 pontos. Segundo o levantamento, este é o maior nível atingido pelo indicador desde dezembro de 2024, sinalizando uma melhora na percepção das famílias sobre a situação econômica. O economista Alan Ghani analisa os dados e o impacto no mercado.
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00:00Assunto, hora de falar de economia, porque o índice de confiança do consumidor da FGV subiu 1,3 ponto em novembro, 1,3 ponto em novembro, chegando a 89,8 pontos.
00:12É o maior nível desde dezembro do ano passado.
00:15Alan Gani segue aqui com a gente no estúdio para analisar esse assunto também.
00:19Gani, qual é a tua impressão? O que a gente pode tirar de conclusão desse dado da Fundação Getúlio Vargas?
00:24Olha só, Nonato, são três meses de altas consecutivas, então é um indicador positivo.
00:30O índice de confiança do consumidor basicamente mede duas perguntas.
00:37A primeira é como é que está a situação de consumo atualmente e se o consumidor pretende consumir mais futuramente.
00:45Houve melhora nos dois componentes.
00:48Provavelmente essa melhora decorre do mercado de trabalho aquecido, a taxa de desemprego no Brasil está em 5,6% e do arrefecimento da inflação.
00:58Embora ainda elevada, mas a inflação agora girando um pouco abaixo de 5% no acumulado de 12 meses.
01:06Por outro lado, é claro que o jogo não está ganho e traz preocupações.
01:10Apesar desta melhora no índice de confiança do consumidor, a inadimplência continua muito elevada.
01:19E essa inadimplência é elevada por anos de inflação, por um aumento do custo de vida e, claro, também pela alta taxa de juros.
01:28Então vamos monitorar de perto como é que vai ser a trajetória do índice de confiança do consumidor,
01:34que é um indicador importante, um bom termômetro da atividade econômica.
01:39E, Gany, você falou que a inadimplência continua alta e agora tem Black Friday, final de ano tem compras de Natal também.
01:45E aí, janeiro é um mês difícil para o brasileiro.
01:48Perfeito, Paula.
01:50Olha só, a gente tem que tomar muito cuidado com essas compras por impulso.
01:55Se você está inadimplência, ou seja, se você está com a sua conta atrasada ou mesmo até insolvente, não conseguiu pagar,
02:03o que você deve procurar fazer é limpar o seu nome, ou seja, acabar com a sua dívida,
02:10porque isso vai te prejudicar para a abertura de conta, para pegar crédito.
02:15Mas muitas pessoas, infelizmente, acabam tentadas por essas promoções, por Black Friday, enfim,
02:24e acabam consumindo e não quitando as suas dívidas.
02:27E aí formam uma outra dívida, porque não vão ter como pagar e ficam com dívidas acumuladas.
02:32Então, a prioridade, primeiro, é quitar as dívidas.
02:36Agora, é claro que se você não tem dívidas, está com o nome limpo, enfim,
02:40aí aproveite a promoção de Black Friday e outras promoções aí de final de ano.
02:47É muito louco, né?
02:47Porque é uma coisa retroalimenta a outra, inclusive na questão dos juros.
02:51Porque se você tem uma inadimplência muito grande, é difícil para a instituição financeira pensar
02:56não vou aumentar juros porque a inadimplência continua alta.
02:59Exatamente, porque o risco para a instituição financeira aumentou.
03:03Então, perante esse risco maior, ela cobra uns juros maiores, exatamente, não é natureza?
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