Advogado de jornalistas do Grupo Liberal agredidos na COP detalha andamento do inquérito

O Liberal

Três jornalistas do Grupo Liberal — Wesley Costa, Ísis Bem e Vanessa Araújo — foram agredidos na última sexta-feira (14), dentro da Blue Zone da COP 30, em Belém, pelo prefeito de Parauapebas, Aurélio Goiano (Avante). Ísis e Vanessa sofreram xingamentos e ofensas de cunho de gênero, enquanto Wesley levou um tapa no rosto durante a cobertura. Após uma semana do episódio, o advogado que atua na defesa dos jornalistas, detalha o andamento do caso.   REPORTAGEM: O LIBERAL IMAGENS: ARQUIVO PESSOAL

Transcript

00:00Nesse momento, a autoridade policial aguarda a expedição do laudo pericial

00:05por parte da Polícia Científica do Estado do Pará,

00:08para assim comprovar a materialidade do delito de lesão corporal

00:12sofrido pelo jornalista Wesley Costa.

00:14É importante frisar que são três vítimas.

00:17Wesley Costa, Isis Ben e Vanessa Araújo sofreram ataques verbais

00:21e Wesley Costa também sofreu agressão física.

00:25A prova da materialidade é imprescindível

00:27para dar continuidade nas investigações,

00:30somada, é claro, à retiva das vítimas e demais testemunhas

00:33que podem ser ouvidas ao longo de toda essa investigação.

00:37E a expectativa é a melhor possível.

00:39Acreditamos no trabalho da polícia, é claro,

00:42respeitando todos os direitos constitucionais do prefeito,

00:45porém, a reprobabilidade da sua conduta,

00:48não só no ato delituoso, como também nos atos posteriores,

00:53insinuando também que o Wesley teria cometido outros crimes,

00:56distorção, insinuando também que todos os jornalistas estão mentindo,

01:01só demonstram cada vez mais o alto grau de censura e reprobabilidade da sua conduta,

01:06assim como também a sua intenção durante todo esse evento.

01:12Estamos atentos, acreditando fielmente no trabalho da polícia

01:15e, é claro, na expectativa que esse laudo pericial saia o mais rápido possível

01:19para que as investigações possam avançar.

01:22Após a expedição do laudo pericial,

01:25acreditamos que a autoridade policial

01:27deva oficiar o Tribunal de Justiça,

01:30requerendo autorização para continuar

01:32com as investigações, tendo em vista o foro privilegiado do prefeito.

01:37Ao longo das investigações, o prefeito deva ser ouvido,

01:40outras testemunhas que já foram arroladas no inquérito policial também

01:44possam ser ouvidas pela autoridade policial.

01:46Acreditamos fielmente no trabalho da polícia civil,

01:50assim como vamos continuar acompanhando esse caso,

01:52não só em sede policial, como também durante a ação penal

01:56para que o prefeito seja responsabilizado em todas as suas condutas delitivas.

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