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Transcrição
00:00Muito bom dia. Hoje, 20 de novembro, marca o dia da consciência negra, uma data fundamental para
00:13refletirmos sobre a luta, a resistência e as conquistas da população negra no Brasil. É o
00:19momento de celebrar a cultura afro-brasileira, mas também de reconhecer que ainda há muito a ser
00:24feito no combate ao racismo e na busca por igualdade. Essa data nos convida a olhar para a nossa
00:30história e para o presente com mais consciência e responsabilidade. Para conversar sobre a importância
00:36do dia de hoje, recebemos aqui no estúdio Lene Ferreira, que é jornalista, produtora e ativista
00:43negra. Lene, bom dia, tudo bem? Seja bem-vinda. Muito bom dia, Thais. Um prazer estar aqui com
00:49vocês, né? Poder falar sobre esse dia que simboliza tanto para a gente, não só a comunidade preta,
00:55mas para toda a nação brasileira, né? Exatamente. Um dia importante para a gente trazer luz a todas
00:59as questões raciais, né? Na verdade, eu acho que o ano inteiro precisa ser debatido isso, ainda mais
01:06no momento, né? Que a internet considera que tudo é mimimi, né? Você luta ali pelos direitos é mimimi,
01:13vitimismo, exatamente. Eu queria que você conversasse um pouco sobre isso, trazendo o exemplo do que
01:18aconteceu recentemente com a atriz Thais Araújo, uma mulher negra, que era uma protagonista
01:23negra na novela Vale Tudo e que sofreu esse apagamento na novela. Então é uma data que
01:29ela rememora, né? Zumbi dos Palmares, né? Todo o quilombo, né? Todo esse movimento de
01:34resistência que nós, pessoas pretas hoje, né? Também herdamos, né? Infelizmente, precisamos
01:40ainda continuar lutando por espaços, né? Em diversas áreas, assim como Thais Araújo, né?
01:46Mesmo sendo essa grande atriz brasileira que tá ainda hoje, né? Ainda buscando dialogar, né? Com a direção, né?
01:54De uma novela pra falar o óbvio, né? Que as mulheres negras, elas precisam ser vistas num lugar de dignidade, né?
02:00De um lugar de importância que elas têm. Uma vez que, inclusive, o papel, né? Que ela representou agora em Vale Tudo,
02:07na primeira edição, teve muito mais, né? Ênfase, né? Foi muito mais valorizado quando uma atriz branca
02:15estava lá nesse lugar. Então eu acho que foi muito simbólico, porque mostra que mesmo uma grande atriz
02:20famosa, né? Com tanta publicidade que Thais Araújo faz, a referência que ela é mundialmente,
02:25ainda precisa estar ali, né? Tentando buscar esse lugar de dignidade, né? Isso é muito sério, né? E faz a gente
02:31refletir o quanto ainda a gente precisa caminhar, né? A gente sabe que a nossa sociedade, ela não tem letramento
02:37racial, né? As pessoas não têm um conhecimento muito por dentro do que é o racismo, né? E como as pessoas
02:45negras sofrem isso diariamente. Talvez por isso, as pessoas não, muita gente não se considera racista e acha
02:54que não há racismo nas questões cotidianas, né? Vou trazer aqui um outro exemplo, um exemplo doloroso,
03:01doloroso, né? Mas que precisa ser lembrado do menino Miguel, né? Muito se falou que por ele ser uma
03:07criança negra, houve esse desleixo com ele. Talvez se ele fosse, né? O filho, né? Uma criança ali loirinha,
03:16branca, talvez não tivesse sido deixada ali, né? Sem ninguém no elevador, né? Existe esse recorte
03:23racial nesse caso do Miguel e em tantos outros casos também, não é? Inclusive vamos relembrar aqui, né?
03:29Justiça pra Miguel, né? Em nome de Mirtes, que é hoje essa referência também pra gente. E eu acho
03:35que inclusive quando aconteceu o caso, né? Na época que Miguel sofreu, né? Esse acidente por uma situação
03:42de negligência, de fato, não tem como negar, né? A gente sabe que uma criança, ela precisa ser cuidada,
03:48né? Ela precisa estar ali com alguém o tempo todo olhando. A gente é assim com nossas crianças em casa.
03:53Então, na época, Mirtes, inclusive, não conseguia, assim que aconteceu o caso, né? Perceber o racismo ali, né?
03:58Foi preciso que ela também fizesse um letramento racial pra que ela hoje seja, né? Essa ativista
04:03que representa todas nós, né? É do meu bairro, inclusive, né? Mirtes também, dona Marta, a mãe dela.
04:10Então, a gente percebe que não só as pessoas negras, né? Precisam ainda, muitas pessoas negras que não
04:16se reconhecem, né? Que acabam não percebendo que sofrem racismo. A minha mãe, durante muito tempo,
04:21dizia que não sofria racismo, que nunca sofrou. E é uma mulher negra, retinta, que foi criada por uma
04:25família branca, que tinha vários filhos, mas só quem acordava às três da manhã pra buscar o leite
04:31na vacaria era a minha mãe. E mesmo assim, só depois dos 50 anos de idade, a minha mãe consegue
04:36reconhecer que ela sofria racismo, né? Naquela família. Então, é um problema, porque também,
04:41né? A gente não teve uma educação racial, né? Por isso que é tão importante ter mais pessoas negras
04:46nesse espaço, né? De televisão também, em diversas áreas, pra poder também trazer um pouco, né?
04:53Do que é que representa pra gente ocupar lugares e do quanto isso é importante também
04:58pra se ter de referência pra outras pessoas negras, crianças, né? E, obviamente, é a educação, né?
05:04Thais, a gente sabe que sem educação a gente não consegue avançar. Então, a gente precisa
05:08cada vez mais que as escolas trabalhem essas pautas, que também há resistência, né?
05:12Um dia como o hoje da consciência negra, inúmeras escolas não conseguem trabalhar a pauta, né?
05:17Porque os pais vão achar que o maracatu não é coisa de Deus, porque tá muito enraizado o racismo, né?
05:22Então, é importante espaços como esse aqui, pra que a gente possa também educar, né?
05:26A população.
05:27E quando trabalham, muitas vezes trabalham até de forma estereotipada, né?
05:31Fazendo... Eu tava vendo até na internet essa semana uma influenciadora falando assim,
05:38como não trabalhar com crianças no dia da consciência negra, né?
05:41E tinha assim, né? A criança recebia um desenho de uma mulher negra e era pra completar o cabelo dela,
05:48sabe? De uma forma estereotipada, né?
05:51E aí isso me traz a um outro tema que eu gostaria de abordar com você,
05:54que ao mesmo tempo que a gente tem ainda um racismo muito forte, né?
05:58No nosso país, a gente tem uma... um empoderamento, digamos assim, né?
06:04Das pessoas negras, assim, o reconhecimento da beleza negra muito forte também, né?
06:08Mulheres que estão mostrando que seus cabelos são maravilhosos, que são lindos, né?
06:13Crianças que estão parando de sofrer, né?
06:15Com alisamento de cabelo, prendendo o cabelo, né?
06:17Existe esse outro lado, assim, que tá surgindo esse movimento do empoderamento, né?
06:23Da força negra, da beleza da mulher preta.
06:26Eu acho, eu coloco isso muito na conta do movimento negro, sabe, Thaís?
06:30Acho que a luta, né?
06:31Das pessoas que vieram antes de nós, né?
06:33Por reconhecimento, por essa conscientização racial, coletiva, né?
06:38Eu acho que é resultado também dessa luta, sabe?
06:41Porque existiram, né, mulheres como...
06:43Existem mulheres como a Embete de Oxum, como existem Carlas Acotirenes,
06:47Djamila de Ribeiros, mulheres negras, homens negros também, né?
06:50Abdias do Nascimento, que estiveram antes de nós, pautando essa questão da raça, né?
06:55Pautando essa questão da dignidade pra população negra.
06:58E que isso hoje a gente começa a acolher a partir disso, né?
07:01De ver as crianças já se reconhecendo com o seu black power, né?
07:04Você vê hoje muito mais, né, pessoas negras ocupando espaços no programa de televisão,
07:09seja numa novela, seja num cinema, é pouco.
07:12A gente sabe que ainda tem um caminho muito longo a percorrer,
07:15mas ao mesmo tempo simboliza também um avanço, né?
07:18E faz com que outras áreas da sociedade prestem mais atenção, né?
07:22Por que só tem gente branca aqui, né?
07:23Eu, pelo menos, faço essa leitura quando eu chego nos lugares.
07:26Então, é importante a gente reconhecer o quanto o ativismo negro, né?
07:30Foi necessário pra que hoje a gente veja mais crianças, mais cantores, cantoras, atrizes, né?
07:36Ocupando esse lugar e se reconhecendo e se sentindo belo, né?
07:39Porque eu fui uma criança que, durante muito tempo, achei meu cabelo feio, né?
07:42Durante toda a minha vida escolar, eu não aceitei meu cabelo.
07:45Então, aparecer aqui com esse black power hoje, pintado, né?
07:48Que eu fui elogiada quando eu cheguei, é uma forma também de colocar a minha raça na frente, né?
07:53E dizer assim, nossa, eu sou bela pelo que eu sou, como eu sou, né?
07:56E isso, infelizmente, gerações passadas não conseguiram, né?
08:00Viver, então é muito importante que a gente viva isso, porque a gente também é a realização dos sonhos dos nossos ancestrais, né?
08:06É, com certeza.
08:07Você trouxe, assim, um exercício muito interessante, que eu acho que se as pessoas começassem a praticar esse exercício,
08:14nos lugares, né?
08:16Nos restaurantes, na escola do filho, né?
08:18Começa a perceber quantas pessoas negras estão ocupando aquele espaço na escola do teu filho, na turma do teu filho,
08:24no restaurante que você vai no domingo, na missa que você vai ou no culto que você vai, né?
08:29Aos domingos, perceba quantas pessoas, naquela viagem, naquela excursão que você foi, né?
08:34Quando a gente começar a perceber que pessoas negras ainda ocupam muito pouco lugares, né?
08:40De sociagem, poder aquisitivo e tudo mais, a gente começa a entender o porquê das cotas serem tão importantes.
08:46Exatamente. Inclusive, quando você pega as novelas mais antigas que estão reprisando,
08:51você fica impressionada como os lugares que o negro estava eram sempre lugar de serviço, né?
08:57Sempre lugar da subalternidade, né?
09:00É chocante, assim, quando eu começo a assistir com as novelas antigas, eu digo, meu Deus,
09:04a gente começa a perceber isso muito mais hoje, porque na época da minha infância,
09:08eu estava tão naturalizado esse lugar da subalternidade que eu não percebia, né?
09:13E é só com o letramento racial que a gente vai perceber, e sim, eu acho que as cotas,
09:18elas são necessárias, porque é uma questão de reparação, né, Thaís?
09:21Então, quando a gente fala de cotas na universidade, cotas no concurso público,
09:26que algumas gestões ainda não conseguem, né, aplicar, porque não querem,
09:31por falta de sensibilidade também, a gente teve exemplos recentes de concursos que saíram sem cota,
09:36e o movimento negro cai em cima, né, a sociedade civil cai em cima, porque é preciso exigir.
09:40É porque se a gente não existe, só quem vai ter acesso são as pessoas que ao longo de suas vidas
09:45tiveram uma estrutura social muito confortável.
09:48Eu tive recentemente numa escola particular, pra levar um MC que eu trabalho, que é a Bione,
09:54e a gente ficou impressionada por só ter, acho que duas pessoas negras na escola.
09:59Isso numa escola muito bem estruturada, com línguas, né, os professores falavam em inglês com os estudantes,
10:05e você vê, quando chega na hora de um vestibular, será que aquele menino lá, né,
10:10de, sei lá, do Iburo, de uma comunidade, né, do meu bairro também, que é o Barro,
10:14vai ter condição de disputar esse lugar, essa vaga no vestibular, né, tete a tete?
10:18Será que ele vai ter condições de disputar essa vaga?
10:21A gente vai ver que não, né, porque a gente vai olhar também a precarização, né,
10:25das escolas também na periferia, a gente vai entender que muitas vezes, por inúmeros motivos,
10:29inclusive de abandono, né, de, enfim, né, sociais mesmo, não consegue acessar, né, Thaís,
10:34as dificuldades que são impostas.
10:36Claro, é diferente do aluno, que o pai leva de carro, que faz cursinho, que faz inglês,
10:42pro aluno de comunidade de periferia, cuja maioria são pessoas negras,
10:47que precisam pegar dois ônibus pra ir pra escola, que precisa trabalhar pra ajudar na renda em casa.
10:53Eu quero que você faça uma reflexão, quantas vezes você que tá aí em casa foi atendido por um médico negro?
10:59Quantas vezes você foi atendido, né, por essas questões...
11:03Inclusive, o curso de medicina é super concorrido, né, Thaís?
11:06Exatamente.
11:06E eu acho que a gente poderia até fazer essa investigação mesmo, de pegar a lista, né,
11:10dos aprovados dos cursos de medicina e ver qual é a cor, né, dessas pessoas, né,
11:14porque é que elas estão nesses lugares, né, como é que elas conseguem acessar.
11:17Pra você saber que o curso de medicina, por exemplo, é muito concorrido, né?
11:20Sim, exatamente.
11:22Ô, Lene, e assim, que reflexão, assim, além de todas essas super importantes que você tá fazendo,
11:27você traz pra que as pessoas que, de fato, né, tenham essa consciência de que precisam, né,
11:34adentrar na luta antirracista, o que elas podem fazer ali no dia a dia?
11:38Por exemplo, elas podem rever conceitos ou palavras que dizem, né,
11:42uma coisa que a gente ouve muito, é dizer assim, ah, aquela negra é bonita.
11:46Primeiro que não se refere à mulher, né, se refere à cor da pele, né,
11:49aquela negra é bonita, mas porque ela tem traços finos, né?
11:54Ou aquela história quando a gente diz assim, às vezes tem uma pessoa que é negra, retinta,
11:59diz assim, ah, o moreno ali, aquele moreno, né?
12:03Então são sutilezas do nosso dia a dia que estão ali embasadas total de racismo.
12:07É, eu acho que a mudança acontece a partir de um lugar também, né, da educação.
12:13Eu acho que quando eu não entendo sobre algo, por exemplo, né, a luta indígena, né,
12:17que é tão importante, porque a nossa ancestralidade também vem desse lugar do povo indígena, né,
12:20do povo africano, então o que é que eu vou fazer para eu não falar absurdos, né,
12:25para eu não ofender essas pessoas que já foram ao longo da história tão violentadas?
12:29Eu vou ler, eu vou estudar, eu vou seguir aquela influenciadora que está pautando, né,
12:35é um debate importante na rede social, eu vou ver quais são os livros,
12:39o que é que a literatura está aí mostrando, apresentando para mim,
12:42para que eu possa ter mais instrução na hora que eu vou me colocar,
12:45ou na hora que eu vou me referir a uma pessoa, seja uma pessoa negra,
12:48seja uma pessoa indígena, seja uma pessoa com deficiência,
12:51então eu acho que a gente precisa ter essa predisposição também
12:54para entender que o Brasil, historicamente, é racista, né,
12:58estruturalmente ele é racista, e como é que a gente vai mudar isso?
13:02A gente só vai mudar isso com informação, com conhecimento.
13:05Então, antes de falar qualquer coisa, vai lá,
13:07ai, não, mete a mão no cabelo da gente,
13:09ai, que cabelo lindo, você não vai meter a mão no cabelo de uma pessoa sem pedir licença,
13:13ai, de verdade, gente, como assim?
13:15E mesmo que não fosse, é meu, então, não é chegar e meter a mão no cabelo da pessoa,
13:21também, quando você se refere, como você traz aí de exemplo, né,
13:23ah, ela é uma mulher negra bonita, né, você não diz isso com a mulher loura,
13:27ela é uma mulher loura bonita, até a gente fala,
13:29a loura é morena, tem umas músicas, uma coisa que você brinca,
13:33mas eu acho que sempre vem de um lugar de depreciação, né,
13:36como se, apesar de ser negra, ela é bonita.
13:39Então, eu acho que esse cuidado na linguagem, na forma que a gente se dialoga,
13:44a gente comunica, diz muito sobre consciência, né,
13:47já que a gente está falando do dia da consciência negra, né,
13:50e eu acho que a consciência negra não é só para as pessoas negras,
13:52no sentido de perceber que o Brasil, historicamente,
13:55ele é formado pela cultura, né, pelo comportamento, né,
13:59por essa herança afro, essa herança afrodiaspórica que a gente fala,
14:02que vem dos países da África,
14:05então, é perceber que essa consciência precisa ser coletiva,
14:08porque ela nos forma enquanto povo, né.
14:09Exatamente, Helene.
14:10Olha, está ótima a nossa conversa aqui,
14:12só que a gente vai fazer um rápido intervalo,
14:14e daqui a pouco, a gente volta.
14:24Fala bem você?
14:24Tudo bem?
14:26Olha só por onde eu estou passando,
14:29pelo vestibular Senac,
14:32e agora chegando na Faculdade Senac, aqui em Recife.
14:35No bairro de Santo Amaro,
14:36quem me recebe é Michele.
14:38Tudo bom?
14:39Parabéns, seja muito bem-vindo à Faculdade Senac.
14:42Vamos fazer esse roteirinho,
14:44o aluno que sai do vestibular,
14:47que entra na Faculdade Senac,
14:49no curso de Gastronomia.
14:51Vai aprender o quê, Michele?
14:53Nossa, entre tantas expertise que são desenvolvidas nesse curso,
14:58a gente sabe que o aluno sai preparado
15:00para ser um grande empreendedor no mercado de trabalho.
15:02E hoje, Michele, você vai me ajudar,
15:05você vai comigo até ali do outro lado,
15:07que a gente vai conhecer os alunos
15:09que estão fazendo curso de gastronomia
15:11e que acabaram de empreender.
15:13Muito bacana isso, né?
15:15Ou seja, eles montaram um espetinho,
15:17você já viu?
15:17Eles montaram um espetinho ali na frente,
15:19eles estão colocando em prática,
15:21já nesse ambiente mais controlado,
15:23um espetinho,
15:24mas criando casca
15:26nesse mercado gigante de gastronomia
15:28que tem aí fora.
15:30Bora lá.
15:31Bora, bora simbora.
15:32Bora.
15:32Olha onde estamos.
15:35Já comeu no espeteco?
15:36Ainda não.
15:38Vamos ver aqui essa beleza.
15:40Fala, pessoal.
15:42Tudo bom?
15:44Como é teu nome?
15:45Arthur.
15:46Eita, que breguinha boa.
15:47Aumenta o breguinha.
15:50Rapaz, um breguinha desse
15:52com o espetinho.
15:53Não tem que correr melhor, né, Arthur?
15:55Né?
15:56Fala, meu velho.
15:57Tudo bom?
15:57Tudo bem.
15:58Como é teu nome?
15:59Silvio.
16:00Sou aluno do Senac.
16:01Que período?
16:02Terceiro período.
16:03Terceiro período,
16:04vocês estão metidos desse jeito já?
16:05É.
16:06Abrindo o negócio,
16:07tudo empreendendo.
16:08Exatamente.
16:09Eu tenho um sócio, né,
16:10hoje, né?
16:10É o Arthur, não?
16:11Não, é o Lucas.
16:12O Arthur é o estagiário.
16:13O Arthur é funcionário nosso aqui.
16:15O Arthur é o funcionário.
16:15A gente tem três funcionários hoje.
16:18Já consegue colocar em prática
16:19aquilo que você aprende
16:20naquele prédio lindão
16:22ali da faculdade.
16:23Aqui no espeteco
16:24você já consegue
16:24colocar em prática?
16:26Olha, com certeza sim.
16:27Antes de a gente abrir
16:28o nosso espetinho,
16:29a gente fez todo o processo
16:30que o Senac ensinou.
16:31Tanto de ficha técnica
16:32como do processo
16:34que a gente faz
16:36de compras,
16:37como a gente deve comprar,
16:39onde a gente deve
16:40incluir o valor do produto.
16:41Tudo isso aí a gente faz aqui.
16:43A gente bota
16:43em prática aqui mesmo.
16:45Que legal, gente.
16:46Eu cheguei de surpresa
16:46que o espeteco acabou de abrir.
16:48Os meninos estão ali
16:50preparando ali
16:51os espetinhos.
16:51Eu vou querer experimentar
16:52um, viu, cara?
16:53Com certeza.
16:54Ele amou, né?
16:55Ô, Lucas, chega aí.
16:56Lucas é teu sócio, certo?
16:57É, o meu sócio.
16:58Lucas é meu.
16:58Tá se arrumando ainda, cara.
17:00Tá bonitão.
17:01Lucas, terceiro período,
17:03empreendedor.
17:04Me conta essa experiência, cara.
17:06Velho, eu já empreendi antes.
17:08A gente olhou esse piteiro aqui,
17:10olhamos esse espaço.
17:12Entramos em contato com a dona
17:13e foi rapidamente
17:15a gente abriu no poitinho.
17:16Chega aqui, Michelle.
17:17Vem cá.
17:18Michelle, que é coordenadora
17:19aqui da Faculdade Senac.
17:21Michelle, que orgulho do nada, né?
17:23É, a gente tem uma grata surpresa
17:26quando a gente vê
17:27que os nossos alunos
17:28não só conseguem desenvolver
17:30essas competências
17:31como colocaram em prática, né?
17:33E aí, depois ainda tem
17:35um outro caminho.
17:36É terminar o curso
17:37e ir fazer a sua especialização.
17:39Pra que eles possam
17:41se especializar mais ainda
17:42naquilo que eles conseguiram
17:44desenvolver, né?
17:45Cozinha nacional,
17:46cozinha internacional.
17:46Cozinha internacional,
17:48cozinha brasileira,
17:49a gente tem,
17:50existem sonhos
17:51que podem ser feitas também,
17:53às vezes,
17:53numa área de panificação,
17:54numa área, assim,
17:55como um serviço desse
17:57que tem um mix
17:58muito focado,
18:00como é o próprio espetinho
18:02e no que a gente vai fazer
18:03pra se diferenciar
18:04dos demais no mercado, né?
18:06Então, gente,
18:06agora vamos experimentar
18:07esse tal espeteco
18:09pra ver se é bom mesmo.
18:10Chegou o grande momento,
18:11Michelle,
18:12dá uma olhada.
18:13Eu tô vendo.
18:14Vai, você quer?
18:15Tem certeza.
18:16Vai primeiro, vai.
18:16Vou primeiro.
18:17Porque eu tô vendo.
18:18É de quem é esse aqui?
18:18Carne de sol com queijo.
18:20Eu tô com água na boca,
18:21eu tô com uma boca na água,
18:23minha filha,
18:23de tanta água que tem.
18:25Que maravilha,
18:26que maravilha.
18:27Gente, é o seguinte,
18:27eu vou deixar vocês,
18:28muito obrigado,
18:29eu adorei esse espetinho.
18:31Michelle, muito obrigado.
18:32Vou continuar minha jornada Senac,
18:35só que agora eu vou conversar
18:36com um casal
18:37que, diferente dos meninos
18:38que continuam estudando
18:40aqui na faculdade,
18:41esse casal já saiu.
18:42Certo.
18:42É egresso da faculdade
18:44e também já tá voando
18:45no mundo da gastronomia.
18:47Perfeito, perfeito.
18:48É uma honra sempre
18:49a gente poder presenciar
18:51essa excelência
18:52que é o que a gente preza
18:53nos nossos ambientes pedagógicos
18:56da faculdade Senac.
18:57Parabéns, viu?
18:58Chegamos agora
18:59pra conversar com
19:00Wagner Francis.
19:01Tudo bom, Wagner?
19:02Tudo bem, Tiago?
19:03Tudo ótimo.
19:03Cara, eu tava conversando
19:04com os colegas seus agora
19:06de anos à frente.
19:07Eu tava agora
19:08no espetinho,
19:09os meninos estudantes,
19:11coisa que você vivenciou
19:1210, 15 anos atrás.
19:15O Wagner,
19:15ele é proprietário
19:16de um buffet
19:18chamado Francis,
19:19um sucesso aqui na cidade.
19:20E é um case
19:21que a gente tem, né, Wagner?
19:22De quem trilhou
19:24a faculdade Senac
19:25e a faculdade Senac
19:26abriu portas pra você, certo?
19:28Total, Tiago.
19:28É como eu costumo dizer,
19:30a faculdade Senac
19:31foi que, de fato,
19:32foi uma chave
19:33de abrir várias portas
19:34de oportunidade
19:35na minha vida, né?
19:36De me tornar chefe consultor
19:38pra poder realmente
19:39ir ganhando experiência
19:40e abrindo a mente
19:41e vendo que a gastronomia,
19:43o que antes
19:44eu achava
19:44e que pra muitas pessoas
19:46acham que gastronomia
19:47é só o ato de cozinhar,
19:49é o ato de estar ali
19:50na cozinha,
19:50preparando pratos,
19:52elaborando pratos
19:53e não é.
19:53Na verdade,
19:54gastronomia,
19:54ela é muito mais ampla, né?
19:56É a parte de gestão,
19:57é a parte de controle,
19:58é a parte de finança,
20:00é gestão de pessoas,
20:01gestão de negócios
20:02e quem mais abriu portas
20:04pra mim realmente
20:04na época
20:05que eu estava lá no Senac
20:06foi os meus professores.
20:08Foram esses professores
20:09que realmente
20:10me indicaram
20:10pra algumas consultorias,
20:12pra alguns empregos
20:12por onde eu passei
20:13antes de abrir
20:14o meu próprio negócio.
20:15Então, você que é estudante,
20:17se liga nessa dica,
20:18realmente se empenhe,
20:19se dedique,
20:21busque realmente
20:21plantar em vários solos,
20:23em vários terrenos
20:24que a colheita acerta.
20:25Que legal.
20:27Thaís,
20:27tá contigo.
20:28Vamos agora
20:29pra nossa agenda cultural
20:30com dicas
20:31pro fim de semana
20:32com a nossa querida
20:33Luana Fernandes.
20:34Bom dia, Luana.
20:36Bom dia, Thaís,
20:37e bom dia pra você
20:38que nos acompanha.
20:40Wicked Parte 2
20:41estreia hoje
20:42nos cinemas
20:43de todo o Brasil.
20:45O filme
20:45dá continuidade
20:46à história
20:47de Glinda
20:47e Elfaba,
20:48que precisarão
20:49se reunir
20:50para levar o bem
20:51e a esperança
20:52à cidade de Otis.
20:54Já quero assistir, hein?
20:55E o Shopping
20:56Pátio Olinda
20:57entra ainda mais
20:59no clima natalino
21:00com a apresentação
21:01de Carol Levi
21:02neste sábado.
21:04O espetáculo
21:05começa às 4h30 da tarde
21:07na varanda panorâmica
21:09do piso L3.
21:11A entrada é gratuita,
21:12não perde, hein?
21:14E ainda falando
21:15sobre o Natal,
21:16o Shopping Camará
21:17em Camaragibe
21:18preparou uma programação
21:20especial
21:21para a criançada
21:21neste sábado.
21:23A turma do Mickey
21:24convida a todos
21:25para celebrar o Natal
21:27junto com eles
21:28a partir das 4h da tarde.
21:30Corre,
21:31que a entrada é gratuita.
21:32Tchau, gente!
21:33Um cheiro!
21:35Obrigada, Luana.
21:36Gente, olha,
21:37a gente está com
21:37a Lene Ferreira,
21:39que é jornalista,
21:40produtora,
21:40ativista,
21:41negra,
21:42falando hoje
21:42sobre o dia
21:43da consciência negra,
21:45um dia super importante.
21:46E agora, Lene,
21:47queria que você falasse
21:47um pouquinho
21:47sobre o seu trabalho
21:48como produtora,
21:50certo?
21:50divulgar o seu Instagram
21:51para quem quiser
21:52lhe acompanhar,
21:53saber do seu trabalho,
21:55você fala um pouquinho.
21:58Bem, eu,
21:58como vocês já ouviram,
22:00eu sou Lene Ferreira,
22:01sou produtora,
22:01também estou à frente
22:02de um projeto
22:03que se chama Qualtune,
22:04além disso,
22:05também de um portal
22:06que se chama Afoitas,
22:07que é uma mídia negra
22:08independente,
22:09composto por mulheres negras
22:10e indígenas.
22:11A gente tem pautado
22:13também essa questão
22:13da racial,
22:14a partir do protagonismo
22:16das mulheres.
22:16e a nossa intenção
22:18é justamente
22:19a partir da cultura,
22:20da música,
22:21da dança,
22:21do teatro,
22:22das linguagens artísticas
22:24empoderar,
22:25levar mensagens
22:26de conscientização,
22:28especialmente
22:28para a junta
22:29de preta periférica,
22:30que está precisando
22:31muito de incentivo,
22:33de estímulo
22:33na periferia.
22:35Com certeza.
22:35Olha, Lene,
22:36muito obrigada
22:37pela sua participação aqui.
22:39Volte mais vezes
22:40aqui para conversar
22:41com a gente,
22:42para trazer assuntos,
22:43debates tão importantes,
22:44esses esclarecimentos,
22:47trazer todo esse aprendizado
22:50aqui para a gente
22:51em várias áreas
22:52em que você atua.
22:54Está certo?
22:54Muito obrigada
22:55pela participação aqui.
22:58E olha,
22:58antes da gente
22:59encerrar o programa,
23:00deixa eu mostrar
23:01a nossa decoração
23:02de Natal linda
23:04que foi montada
23:05pela Ferreira Costa.
23:06Linda essa árvore,
23:08super tendência
23:09esse degradê
23:10aqui de bolas.
23:11Obrigada,
23:11Ferreira Costa,
23:12pelo carinho
23:13e obrigada pelo carinho
23:14da sua audiência.
23:15Te espero amanhã
23:16na sexta da resenha,
23:18às 8h35 da manhã.
23:20Giro!

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