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Transcrição
00:00Pagamentos do Banco Master vão drenar um terço da liquidez do FGC, que é o Fundo Garantidor de Crédito.
00:10O texto do analista Rodrigo Loureiro é destaque no site do Times Brasil, licenciado exclusivo CNBC, a este que eu mostro para vocês aí na tela.
00:20O FGC terá que desembolsar entre R$ 40 e R$ 50 bilhões para resgatar investidores que foram afetados pela liquidação extrajudicial do Banco Master, decretada pelo Banco Central nesta terça-feira.
00:39Segundo dados do sistema IFDATA, o Banco Central, que é o IFDATA que pertence ao Banco Central, o Banco Master possuía cerca de R$ 34,4 bilhões em depósitos elegíveis à garantia do FGC.
01:00Esses depósitos incluem títulos como CDBs e LCIs.
01:05Esse valor se refere ao saldo principal e não inclui os rendimentos acumulados.
01:12Por exemplo, um investimento que foi de R$ 100 mil e que tinha rendimento de mais de 20% soma R$ 120 mil.
01:21O montante de R$ 34,4 bilhões inclui apenas os R$ 100 mil originais investidos.
01:33Esses pagamentos adicionais podem girar entre R$ 5 bilhões e R$ 15 bilhões, mas o valor ainda não foi definido e trata-se de uma estimativa.
01:46Vale lembrar que há um limite por pagamento do FGC, então limitado a R$ 250 mil por CPF ou CNPJ.
01:59E para a gente falar um pouco mais sobre o caso, para entendermos os desdobramentos e principalmente quem tem o direito de reaver parte dos seus investimentos por conta do FGC,
02:12os impactos na operação e tudo mais que gira em torno do mercado financeiro, eu recebo agora aqui no Conexão o Caio Bartini,
02:23que é economista, advogado, professor e consultor jurídico, cujo telefone hoje não deve ter parado de tocar, Caio.
02:31Obrigado por ter aceito aqui a nossa manifestação também.
02:35Fico imaginando a quantidade de pessoas que estão fazendo um cálculo aí e torcendo para que o FGC os beneficie.
02:45A gente já sabe que esse seguro do Banco Central vai ter pelo menos um terço de todo seu montante drenado por essa operação de resgate,
02:54de crédito, de seguro do Banco Master.
02:58Vamos começar por aí, os direitos do consumidor, vou colocar nesses termos.
03:03Caio, quanto tempo leva para um correntista que foi então lesado por essa liquidez forçada do Banco Master,
03:14quando aciona o FGC, quanto tempo leva para ele recuperar?
03:18É um processo rápido ou ele é gradual, ele entra em uma certa morosidade que às vezes é uma característica do nosso judiciário?
03:28Boa noite mais uma vez.
03:30Boa noite, Marcelo. Boa noite a você. Boa noite a todos os nossos ouvintes, telespectadores.
03:36Hoje foi um problema.
03:38Para o nosso ouvinte entender, o FGC funciona como uma espécie de seguro dos depósitos e de alguns investimentos.
03:49Então, ele vai cobrir até, conforme já dito, 250 mil.
03:55O CPF, o CNPJ, esses valores são aplicados, tanto em conta corrente, poupança, CDBs que são elegíveis,
04:02as letras de crédito, as LCIs, as LCAs que são emitidas por banco.
04:07Então, se a pessoa tem até 250 mil no total, dentro do banco, ela deve ser ressarcida integralmente.
04:17O FGC já confirmou que fará os pagamentos, Marcelo, assim que o liquidante enviar a base de credores.
04:27Isso costuma levar cerca de 30 dias úteis após a liquidação para o recebimento da base dos credores.
04:37E aí tem uma questão.
04:38Acima de 250 mil, há um risco real de perda.
04:44Porque quando o Banco Central decreta a liquidação extrajudicial,
04:50a instituição é, entre parênteses, entre aspas, desmontada juridicamente.
04:56Agora, Caio, também existe, imagino eu aqui, todo mundo entendeu que tem essa função de, entre aspas, seguro do FGC.
05:06Ok, 250 mil.
05:08Mas também há o direito do consumidor, do correntista, entrar na justiça quando for além dos 250 mil.
05:16Aí entra num processo que talvez leve a leilões de patrimônio dos envolvidos, do banco,
05:24quiçá pode gerar aí um fundo de ressarcimento.
05:28Então, nós estamos falando de coisas diferentes.
05:30O FGC não necessariamente precisa ser acionado judicialmente.
05:34É um mecanismo do Banco Central, entendo que tem até um aplicativo que as pessoas podem preencher
05:40e fazer uma requisição automática, mas isso não impede quem tem, por exemplo, um milhão,
05:47os seus outros 750 mil podem ser buscados pela justiça ou não.
05:54Ou existe uma cláusula de que você pediu pelo FGC, o resto fica a Deus dará.
06:00Não, é justamente o que você colocou, Marcelo.
06:04O que o FGC vai fazer é justamente garantir esse montante de até 250 mil
06:11sem a necessidade de judicialização.
06:15Isso é feito de uma maneira administrativa, por isso que existe o Fundo Garantidor de Crédito.
06:21Agora, é óbvio, a gente tem que pensar o seguinte,
06:23tem processos que são promovidos contra a instituição financeira?
06:28Tem.
06:28Agora, o que nós temos que levar em consideração?
06:30Nenhum juiz, nesse momento, ele pode determinar a penhora direta contra o banco.
06:36Nenhuma execução individual pode continuar nesse momento.
06:40Então, quem tinha processo vai ter que habilitar o crédito na liquidação.
06:46O processo, ele deixa de ter um efeito prático e imediato.
06:49Para que isso?
06:50Isso é para garantir uma igualdade, uma paridade entre os credores.
06:55É uma proteção jurídica, na verdade, com a finalidade de impedir privilégios individuais.
07:02O que não significa que aqueles que têm valores maiores não possam buscar reaver.
07:10E aí, cabe ao liquidante pegar a quantidade de ativos que a instituição tem, fazer a devida venda,
07:19transformar isso em dinheiro e, a partir daí, então, verificar dentro de um quadro geral de credores,
07:25aqueles credores que têm determinadas garantias, aí vai entrar numa ordem de pagamento dos credores para que possam receber.
07:33Caiô, abusei aí dos seus conhecimentos como advogado, agora como economista e consultor na parte econômica.
07:44Depois que a casa desmorona, aí todo mundo ficou olhando,
07:47ah, eu realmente estava percebendo as rachaduras e tudo mais, né?
07:52Agora chegamos no ponto que já é tarde demais.
07:55Porém, que isso sirva como um amarelo piscante de atenção para eventuais casos em que enxerguemos essas rachaduras
08:05e já façamos uma previsão de que a casa venha a desmoronar.
08:10Quais são esses indícios?
08:12A gente passou aqui, obviamente, né?
08:14O Times Brasil, licenciado exclusivo do CNBC, que tem um DNA de negócios.
08:17Foi o nosso grande assunto do dia, nós nos debruçamos na nossa cobertura para falar sobre isso.
08:24Mas, né, ouvimos, quer dizer, antes do mais, ouvimos ao longo do dia,
08:28é, esses CDBs com alta promessa de retorno, começa a ser um ponto fora da curva.
08:36Tirando isso, e aí, Caio, queria abusar dos seus conhecimentos como economista e consultor,
08:42o que a gente tem que ficar de olho quando o milagre é muito grande e a gente tem que desconfiar do santo?
08:51O que a gente tem que olhar para entender que isso possa vir a acontecer de novo com outras instituições financeiras?
08:59Não quero tirar aqui a presunção de honestidade de ninguém, mas o que chama atenção, né,
09:05um caso típico aqui do Banco Master, que talvez possa servir de alerta para o correntista, para o investidor,
09:13para não cair nessa armadilha de novo.
09:16Marcelo, o que você colocou é fundamental.
09:20No mercado financeiro, nas questões econômicas, nas questões tributárias, não existe mágica.
09:27Se a pessoa, ela acha que ela vai ter um determinado tipo de investimento,
09:35cuja rentabilidade é completamente fora do padrão, algo de errado não está certo.
09:44Então, a gente pode elencar aqui que foi uma falha de governança
09:47que foi agravada por decisões de risco financeiro gigantesca.
09:52Eu posso colocar para você que dois fatores aqui caminharam juntos
09:56e ambos, eles aparecem de maneira muito clara,
10:01tanto nos documentos quanto nas investigações.
10:04O primeiro fator que a gente tem, que é justamente esse modelo financeiro arriscado.
10:11Veja, o Banco Master, ele captava pagando muito acima do mercado.
10:16Os CDBs, eles eram pagos de até 140% em cima do CDI,
10:24que é o crédito interbancário.
10:28E, nesse caso, ele investia, observe você, Marcelo,
10:32ele investia em precatórios, ele investia em empresas em dificuldade,
10:37ele operava a carteira de crédito com um lastro totalmente contestado,
10:42ele enfrentava uma deterioração crescente de liquidez.
10:47Então, o modelo já é matematicamente insustentável.
10:51E sem dizer da falha de governança.
10:54Então, a operação Compliance Zero, o que ela fez?
10:58Ela revelou indícios, primeiro, de emissão de títulos falsos,
11:03depois de fabricação de carteiras irregulares.
11:06Aí houve também a substituição de vários ativos após a ocorrência da fiscalização.
11:15E, como se não bastasse, o critério de gestão fraudulenta e temerária.
11:20Então, não é apenas um risco, é uma quebra de confiança institucional.
11:25A liquidação extrajudicial não é o fim de um banco,
11:28é o atestado formal de que realmente a governança colapsou.
11:34Então, realmente, o que você disse, o investidor,
11:38ele tem que saber onde ele está colocando o dinheiro, Marcelo.
11:40Ele não pode simplesmente acreditar nos contos de fada
11:45que são apresentados por instituições sob o argumento de que ele vai ganhar mais.
11:52Bom, pois é.
11:54Perdão.
11:55O dito popular serve, né?
11:57Quando a esmola é muito grande, o santo que desconfia do que está acontecendo.
12:00Caio Bartini, obrigado pela primeira leva de esclarecimentos.
12:06A gente vai se falar muito porque ainda tem muita água para passar debaixo dessa ponte.
12:11Queria agradecer aqui ao Caio Bartini, que é economista, advogado, professor,
12:15consultor jurídico e deu aí uma luz no fim do túnel do que está acontecendo.
12:19Caio, obrigado mais uma vez.
12:21Até uma próxima.
12:21Até a próxima.
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