O governo federal vai iniciar nesta quarta-feira (19) o processo para que herdeiros e pensionistas solicitem a devolução de valores descontados indevidamente por entidades nos benefícios de pessoas já falecidas. Cerca de 800 mil pessoas falecidas tiveram descontos de entidades associativas em seus benefícios. Reportagem: Julia Fermino
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00:00O INSS cria regras para devolver a herdeiros os valores descontados de forma indevida de aposentados e pensionistas já falecidos.
00:09A reportagem é de Júlia Fermino.
00:11A nova norma publicada pelo Instituto Nacional do Seguro Social, o INSS, permite a devolução de descontos indevidos,
00:20feitos em benefícios de aposentados e pensionistas que já morreram.
00:24Essa mudança atende casos ligados à fraude revelada pela Operação Sem Desconto, deflagrada em abril deste ano,
00:32que identificou cobranças irregulares feitas por entidades e associações por meio de filiações falsas.
00:39Quando o esquema foi descoberto, cerca de 800 mil pessoas que sofreram essas cobranças indevidas já haviam falecido, segundo o INSS.
00:48Mas a partir da próxima quarta-feira, os familiares dessas vítimas lesadas poderão solicitar o ressarcimento dos valores indevidos.
00:57De acordo com o INSS, o pedido poderá ser feito tanto por pensionistas quanto por herdeiros, a depender do tipo de benefício deixado pelo segurado.
01:06Para benefícios que viraram pensão por morte, o titular da pensão poderá pedir a devolução pelo Meu INSS, pelo telefone 135, pelo Prev Barco ou em agências dos Correios.
01:19E o valor será dividido entre todos os pensionistas do mesmo benefício.
01:23Já no caso de benefícios de pessoas que não deixaram pensão, o primeiro passo é garantir o reconhecimento como herdeiro na plataforma Meu INSS.
01:32E só depois, o pedido pode ser feito através dos mesmos canais daqueles que recebem pensão.
01:38Desde que a fraude foi desvendada em abril deste ano, 3,75 milhões de aposentados e pensionistas tiveram 2,5 bilhões de reais ressarcidos.
01:49E para auxiliar aqueles que ainda não contestaram os descontos indevidos, na semana passada, o governo prorrogou o prazo até fevereiro de 2026.
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