Os Estados Unidos classificaram o cartel venezuelano 'Los Soles' como uma organização terrorista, em meio a uma mobilização militar na região. Em paralelo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que pode conversar com o líder ditador da Venezuela, Nicolás Maduro. Reportagem: Eliseu Caetano.
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NotíciasTranscrição
00:00E eu quero ainda falar do governo dos Estados Unidos que decidiu classificar um cartel venezuelano como organização terrorista.
00:06Vamos então com o nosso Eliseu Caetano, correspondente lá naquele país, para trazer informações para a gente agora.
00:12E a Venezuela avalia essa medida como uma provocação, Eliseu? Bem-vindo.
00:18Exatamente, Cine. Muito boa tarde para você, para os nossos amigos debatedores e para todo mundo que acompanha o 3 em 1 aqui nas tardes da Jovem Pan.
00:24Então a gente volta a falar ao vivo, direto dos Estados Unidos, porque o cartel de Los Soles, um dos mais conhecidos, os mais famosos cartéis de drogas do mundo,
00:32ele vai deixar automaticamente de ser uma organização criminosa para se tornar parte de um grupo, de uma organização terrorista.
00:43Pelo menos isso foi o que decidiu o governo dos Estados Unidos via Departamento de Estado, em uma nota publicada ontem,
00:49e que pegou todo mundo de surpresa, porque a partir de agora, ou melhor dizendo, a partir do próximo dia 24,
00:55e de caráter oficial, em maneira oficial, os Estados Unidos poderão fazer interferências por mar, por terra e ar na Venezuela,
01:05como fez, por exemplo, no Oriente Médio, lá atrás, no início dos anos 2000,
01:09enquanto faziam aquela caçada, aquela verdadeira caçada com relação à Al-Qaeda.
01:16Quem aí não se lembra? Inclusive, Osama Bin Laden, líder da Al-Qaeda, foi morto durante uma operação do US Navy,
01:25mesmo grupo que está neste momento, enquanto nós estamos falando aqui ao vivo, lá, em águas internacionais, próximos da costa da Venezuela.
01:33Atualmente, a operação militar americana se concentra em uma região a algo em torno de 400 a 600 quilômetros da costa de Caracas.
01:42Só que agora, a partir do próximo dia 24, com essa mudança de nomenclatura,
01:47isso vai dar ao Departamento de Estado essa possibilidade.
01:52Em termos legais, é isso que vai acontecer.
01:55Maduro não será diferente de Osama Bin Laden, por exemplo,
01:59que foi eliminado, como eu disse, nessa operação secreta que o mundo depois acompanhou.
02:04Então, o Departamento de Estado norte-americano afirmou que o cartel de Los Soles, e até por conta dessa afirmação,
02:10conseguiu mudar essa nomenclatura.
02:12Fornece apoio material a organizações terroristas estrangeiras que ameaçam a paz e também a segurança dos Estados Unidos.
02:21A gente relembra que, em julho desse ano, a gente trouxe aqui, no 3 em 1,
02:25a informação de que o Departamento de Estado já havia feito um processo similar com o Nicolás Maduro,
02:32presidente venezuelano, e que foi taxado ali naquele momento como líder da organização do cartel de Los Soles.
02:40A grande dúvida que para aqui nesse momento, Sine, é de quando um ataque,
02:46uma possível intervenção americana possa acontecer.
02:49Porque a informação de bastidor, aquilo que a gente sabe que está acontecendo na capital americana,
02:54Washington DC, é que a decisão final caberá ao presidente do país, Donald Trump,
02:59e ele ainda não sabe o que fazer.
03:02Pelo menos isso quem garante são os interlocutores em conversas nos corredores lá da Casa Branca.
03:09Então, agora é uma questão de tempo até a gente ter uma confirmação oficial
03:13de que os Estados Unidos estão fazendo uma operação em terra, no solo do território venezuelano,
03:18por ar ou por águas, saindo das águas internacionais para as águas territoriais.
03:24Eliseu, e Donald Trump, sinalizou que poderia abrir um caminho de diálogo com o Nicolás Maduro?
03:30É aquela coisa, né, Sine? Ele pode como não pode.
03:34Ontem, ao deixar aqui a Flora da Rumo, a Washington DC,
03:37para quem não sabe, Donald Trump mora aqui em um West Palm Beach,
03:40e pouco antes de embarcar a bordo do Air Force One, que é o avião presidencial,
03:44ele conversou com jornalistas, e uma colega perguntou para ele,
03:48mas, presidente, e aí, com relação a isso, como vai ficar a situação?
03:53O senhor poderia falar? Há uma margem de negociação?
03:56E ele respondeu, assim, abruptamente, de uma maneira bem curta, viu, Sine?
04:00Dizendo, olha, eu converso com todo mundo, eu nunca me neguei a conversar com ninguém.
04:04E vale lembrar que ele conversou com o presidente da Coreia do Norte,
04:07vale lembrar que ele conversou com o Vladimir Putin, no Alasca, recentemente,
04:10a gente acompanhou aqui. Então, a informação dele, de fato, procede.
04:13Só que daí ele continuou dizendo, olha, eu não me nego, resta saber se eles querem.
04:18A gente precisa ver se essa conversa pode ou não pode acontecer.
04:21O que a gente sabe e tem certeza é que uma possível conversa está condicionada
04:25a vários termos importantes, como, por exemplo, a liberação de terras raras,
04:31o uso e da exploração de terras raras lá da Venezuela, aqui, pelos Estados Unidos.
04:36Se uma proposta como essa não for colocada à mesa, vai ficar bem difícil
04:40para o Nicolás Maduro sair dessa enrascada que ele mesmo se colocou.
04:44Por aqui, reforço, a informação de bastidor diz que agora é uma questão de tempo.
04:49O TikTok do relógio do Maduro está tocando, está avançando,
04:54e agora é uma questão de dias ou horas até que ele seja preso pelas forças militares americanas.
05:01Eita, obrigado pelas informações, Eliseu Caetano, um abraço para você.
05:04Gani, de acordo com o que você acompanha e avalia dessa situação,
05:08o que deve acontecer e qual é a estratégia de Donald Trump em relação a Maduro
05:14e essa possibilidade de diálogo, digamos assim?
05:17Olha só, eu vejo que essa possibilidade de diálogo é muito baixa
05:20e se ocorrer o diálogo, mesmo assim, ocorrerá algum tipo de incursão militar
05:24dos Estados Unidos na Venezuela.
05:26A resta é uma dúvida de que tipo de incursão militar, né?
05:30Se vai ser uma invasão terrestre, vai ser um ataque pontual.
05:33Mas, para mim, está muito claro, desde o início, sempre defendi isso, Evandro,
05:38foi sendo construído uma narrativa, um pretexto para essa incursão militar.
05:43Por mais que o ditador, né, Nicolas Maduro, seja uma pessoa horrível,
05:49para você atacar um outro país, você precisa de uma justificativa,
05:52você precisa de um pretexto. Por quê?
05:54Porque você precisa convencer a comunidade internacional de que a atuação é legítima
05:58e você precisa também convencer o seu público interno.
06:02O pretexto foi um combate ao narcotráfico, o que não faz o menor sentido,
06:06porque você tem países muito mais produtores e exportadores de drogas
06:09para os Estados Unidos do que a própria Venezuela.
06:13Outra coisa que não faz sentido eram os ataques, as embarcações, né?
06:16Diferentemente do Rio de Janeiro, que você teve confronto ali,
06:20aí a polícia agindo em legítima defesa, não.
06:22Você tinha um destroyer com embarcações que você nem sabe quem estava dentro
06:26e o exército norte-americano atirando nessas embarcações.
06:32Pelo que eu saiba, nos Estados Unidos não existe execução sumária, né?
06:38O direito nos Estados Unidos não prevê isso, né?
06:42Então é claro que isso é um pretexto e tudo para justificar uma escalada militar
06:47dos Estados Unidos e uma mudança de regime para a queda de Maduro.
06:50E essa possibilidade de escalada, ela inclui também um outro personagem
06:54bastante interessante, o Fábio Piperno, que é a Rússia,
06:57que já se colocou à disposição também da Venezuela e de Nicolás Maduro
07:01no caso de uma escalada no avanço dos Estados Unidos naquele território.
07:05Isso é muito importante, isso é um aspecto fundamental, principalmente
07:09para chamar a atenção daquele público que tem uma espécie de fetiche
07:14por esse tipo de invasão feita pelo cowboy, né?
07:17Porque afinal de contas nós temos um público totalmente vassalo em relação a isso.
07:21Então, o cowboy pode querer invadir, mas e aí o outro lado?
07:26Enfim, como é que fica?
07:27Então, a Venezuela, todo mundo sabe, e aqui ninguém está aqui para defender,
07:33por exemplo, o sódio do ditador Maduro, mas a Venezuela é uma outra coisa,
07:38um país até onde se sabe independente.
07:41E a Venezuela, como é um país independente, ela tem relações com outras nações importantes,
07:47entre as quais Rússia e China.
07:49Muito bem, a Rússia já manifestou publicamente que vai apoiar o aliado.
07:55A Venezuela, inclusive, já pediu lá, lança mísseis, uma série de coisas.
08:01Não sei se tudo isso vai ser entregue, até porque a Rússia está envolvida também
08:05num outro esforço de guerra.
08:07Mas é muito provável que alguma coisa receba.
08:10Do mesmo modo, em relação à China, a China não gosta,
08:14A China, por hábito, por tradição recente, ela não tem o costume de se envolver militarmente
08:22em conflito algum, mas ela ajuda, às vezes, com recursos, como tem feito com a Rússia.
08:29Então, para que trazer um conflito aqui para a América do Sul?
08:34Sendo que o Brasil tem uma enorme fronteira com a Venezuela.
08:39Agora há pouco, lá na eleição do Chile, um dos temas muito debatidos dessa campanha,
08:46principalmente pelos candidatos da direita, foi a questão da imigração de venezuelanos.
08:54O Chile já recebeu cerca de um milhão de venezuelanos.
08:58E aqui no Brasil?
09:00Será que esse público que apoia a guerra, que quer ver a intervenção e tal,
09:05gostaria também que o Brasil recebesse essas multidões de refugiados?
09:11Quem é que pagaria essa conta?
09:13Então, um conflito aqui na América do Sul seria ruim para todo mundo,
09:18para todos, principalmente para os países sul-americanos.
09:22Ô, Piperno, eu quero falar, inclusive, dessa influência para o Brasil,
09:25porque há pouco nós conversávamos aqui com o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária
09:29do Estado de São Paulo, Tício Meireles,
09:30e ele fez uma crítica ao governo pelo fato de, em vez de se dedicar a essa negociação diplomática
09:37que envolva uma redução mais expressiva das tarifas para o agronegócio brasileiro
09:41e para outros exportadores, o Brasil acaba entrando nas discussões também relacionadas à Venezuela.
09:47Mas eu te pergunto, há necessidade do Brasil se envolver exatamente por conta do que representa
09:53a Venezuela regionalmente e dos impactos que o nosso país pode sofrer no caso de uma incursão mais grave
10:01feita pelos Estados Unidos, que foi Piperno que acrescentou algo?
10:05Não, você falou Piperno, mas acho que você queria perguntar.
10:07Ah, é o Zé, é o Zé. Desculpa, Piperno.
10:09Falei Piperno, acho que eu olhei para você e mandei para o Zé, mas é para o Zé que eu quero saber.
10:13Diga-se ao Zé.
10:14O Zé, o quadro está colocado, a Denise Campos, aliás, seja bem-vinda, Denise, mostrou, o Alan fala muito sobre essa relação
10:25que o Brasil ficou em dificuldade, porque agora está pior, piorou para o Brasil, porque há uma competição
10:31e a competição prejudica muito um produto muito forte na pauta de exportação do Brasil.
10:39Eu até entendo que o Brasil deveria elaborar melhor aí o café e não em natura, mas enfim, é o que temos, né?
10:46Por outro lado, essas declarações políticas do presidente Lula estão demonstrando claramente que os Estados Unidos
10:53estão colocando o Brasil, assim, mais do lado da Rússia e da China do que, como é tradicionalmente, dos Estados Unidos.
11:02E isso envolve, evidentemente, retaliações comerciais.
11:07É claro que é até louvável que se defenda a América Latina.
11:15É claro que se entenda que, apesar de um ditador, apesar de ser uma pessoa nefasta,
11:22a gente olha de longe, assim, não vê os dramas pessoais do dia a dia de um país que vive numa situação como a Venezuela.
11:31Uma oposição lá, um líder de oposição, significa ir para a cadeia ou ser assassinado, no mínimo, né?
11:39Então, assim, mas esse embate político acaba, sim, espelhando o lado econômico e isso é grave.
11:47Fala, Bruno Moza.
11:50Bom, vamos lá. Eu trouxe um exemplo outro dia a respeito de uma analogia um tanto quanto tosca.
11:54Se o teu vizinho fizesse uma festa todos os dias com som até as quatro da manhã, isso não atrapalharia.
12:00Ou seja, mandar drogas para lá, passando por vários países, interfere, sim, em outros países.
12:05Não é simplesmente, ah, Venezuela é um país independente.
12:08Ela está afetando diretamente outros países e mais.
12:11Um país onde 20% da população fugiu.
12:13Eu estive lá três vezes.
12:15Então, fugiu porque, enfim, a gente sabe o regime que passa.
12:20E o que a gente está vendo, no final de semana, o próprio Nicolás Maduro falou frases impactantes
12:25em que ele está tentando colocar a única forma que ele vê como saída.
12:30Obviamente, se Trump atacar, a Reuters divulgou uma mensagem de uma pessoa militar da Venezuela
12:36sob anonimato, falando que eles não durariam sequer duas horas em ataques americanos,
12:41o Nicolás Maduro falou que está espalhando todos os grupos militares,
12:45inclusive o que eles chamam de coletivos que comandam as regiões montanhosas.
12:50Caracas é um vale.
12:51Está no meio das montanhas.
12:52São comandadas por facções criminosas que eles chamam de coletivos.
12:56Eles estão colocando todas essas pessoas espalhadas por 280 locais na Venezuela inteira.
13:01Nicolás Maduro, se quiser eu estou com aspas dele aqui.
13:03para tentar instaurar a anarquia lá dentro, comandada, digamos assim,
13:09por esses grupos militares e por essas facções criminosas.
13:14Porque seria a única maneira, segundo Maduro, de tentar mostrar para o mundo
13:18que seria um ato injusto o Trump tentar invadir a Venezuela como um todo.
13:24Então, isso geraria um caos na Venezuela, em Caracas como um todo,
13:29o que poderia gerar uma imagem impactante para o restante do mundo.
13:32Enquanto isso, o Trump, o Maduro, vem pedindo abertamente ajuda,
13:36tanto para o Putin quanto para a China, como são regimes autoritários como o dele.
13:41Além de enviar recados também aos Estados Unidos, pedindo que o país não avance
13:46sobre o território venezuelano.
13:49E é sobre isso que eu quero avançar também aqui com os nossos comentaristas.
13:52Mas antes eu quero receber quem nos acompanha pela rádio.
13:55Bem-vindos.
13:55Que bom ter vocês por aqui nesta segunda-feira para a gente começar com bastante informação,
13:59opinião crítica no nosso 3 em 1.
14:01Eu sou o Evandro Cine e te seguimos juntos pela próxima uma hora.
14:05E aí, Alangani, você entende que Nicolás Maduro percebe que o objetivo de possível derrubada
14:12do regime se aproxima e Donald Trump seria capaz de levar ou provocar essa mudança naquele país?
14:20Olha, eu vejo que na Venezuela as chances são muito mais reais.
14:24Donald Trump tentou isso no Irã, não conseguiu, só que o Irã é um país muito, mas muito mais complicado
14:30do que a Venezuela, até pela proximidade em relação à Rússia.
14:36Diga-se de passagem, até o Irã recusou a ajuda da Rússia.
14:40A Rússia ofereceu ajuda ao Irã faz um ano, dois anos, mais ou menos, mas o Irã recusou.
14:46No caso da Venezuela, isso é muito mais fácil.
14:49Eu não vejo, diferentemente do que tem sido vazado na imprensa, de que a Rússia vai entrar numa guerra por procuração.
14:57Ela já tem ali um desgaste muito grande na Ucrânia.
15:00Isso não faz sentido, não tem uma identificação ali com o povo venezuelano, muito embora seja um parceiro de Maduro.
15:08Mas o interesse dela é no leste europeu.
15:12E a China, aqui na América Latina, é muito mais também uma questão econômica.
15:16Então eu vejo que os Estados Unidos não terão esta resistência.
15:19E sim, há uma possibilidade real de queda, de mudança de regime, sim, na Venezuela.
15:25É interessante esse seu ponto de vista, Gani, porque ele vai de encontro também com parte do que comenta o nosso telespectador ali.
15:32Mora em Roraima, fronteira com a Venezuela.
15:34Quem ver a realidade que esse povo está passando pelo criminoso Maduro,
15:37entenderia por que é válido, a todo custo, retirar esse criminoso do poder.
15:42E aí tem uma palavra aqui que me chama muita atenção.
15:45Válido a todo custo.
15:47Porque o a todo custo indica, inclusive, uma incursão terrestre, né?
15:51Que é, digamos, uma decisão que poderia ser considerada bastante extrema por parte da comunidade internacional.
15:59Como é que se avalia, Piperno?
16:01De fato, há um drama fronteiriço, sim.
16:03Eu disse, em parte, isso no comentário anterior.
16:06Isso é uma realidade.
16:07O que, obviamente, uma invasão do cowboy não vai resolver o problema.
16:11Primeiro que, embora os Estados Unidos acusem a Venezuela, por exemplo, de exportar drogas,
16:18de ter um cartel que vai agir dentro dos Estados Unidos,
16:24me parece que isso, primeiro, não tem nenhuma comprovação.
16:28Segundo, por enquanto é só um mero exercício retórico.
16:32Terceiro, o crime existe dentro dos Estados Unidos há muito, há décadas, por não falar de certo.
16:42Aliás, Al Capone não é exatamente um personagem contemporâneo.
16:45Sempre existiu isso.
16:47Então, não é culpa de algum cartel venezuelano.
16:50Outra coisa, todo mundo sabe que o grande interesse dos Estados Unidos,
16:56e não sejam ingênuos a ponto de levar esse tipo de consideração moral,
17:01de estamos lutando, vamos lutar contra o crime organizado.
17:05Então, é isso.
17:06No caso da Venezuela, tem dois componentes, o ideológico e também o de petróleo.
17:13É isso também que eles querem.
17:15Agora, imagina, por exemplo, Maduro resolvendo,
17:18bom, então eles vão atacar aqui, vamos espalhar esse conflito.
17:22Eu vou invadir via esse equibo, eu vou invadir a Guiana.
17:25E lá tem empresa americana instalada e produzindo petróleo.
17:29E aí, como que fica isso?
17:32Detalhe, os Estados Unidos, pelo menos no tempo lá do governo Reagan,
17:36havia um pouco mais de sinceridade nesse tipo de incursão.
17:40Naquela época, logo depois de ter havido lá a Revolução Sandinista,
17:44eles bancavam o tal comandante zero, Eden Pastora, um guerrilheiro,
17:49que atuava para tentar derrubar o regime sandinista.
17:53Mas aquilo era declarado.
17:56Quando tiveram, quando removeram o Manuel Antônio Noriega lá do Panamá,
18:00também aquilo foi declarado.
18:02Por quê?
18:03Porque havia uma razão ideológica.
18:05Não precisavam inventar essa coisa de cartésia.
18:08No caso do Noriega, até um pouco.
18:11Mas no caso lá do comandante zero, não.
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