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O governo dos Estados Unidos anunciou uma recompensa de até 25 milhões de dólares por informações que levem à prisão ou condenação do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. A medida se baseia em uma acusação por crimes de cartel e narcoterrorismo.

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Transcrição
00:00E olha, além do Brasil, Donald Trump tá de olho também em outro país da América do Sul, que é a Venezuela.
00:05Falou em recompensa por Nicolás Maduro.
00:08Nosso correspondente nos Estados Unidos é quem vai trazer as informações pra gente.
00:12E depois eu vou falar também sobre aquele ataque que aconteceu aí no país hoje, Elisão.
00:16Mas nós vamos começar então com essa situação política envolvendo Donald Trump e o presidente Nicolás Maduro da Venezuela.
00:22Conta aí, meu amigo, bem-vindo.
00:24Oi, Evandro. Muito boa tarde pra você, pros nossos colegas debatedores
00:28e pra todo mundo que acompanha o 3 em 1, estamos acompanhando mais esse embate entre o governo americano,
00:36dessa vez com o Nicolás Maduro, presidente da Venezuela.
00:40O Departamento de Estado dos Estados Unidos decidiu oferecer 25 milhões de dólares,
00:47algo em torno de 140 milhões de reais na cotação de hoje,
00:51por alguém que der qualquer pista sobre o paradeiro de Nicolás Maduro,
00:58que oferecer aos americanos a possibilidade de encontrá-lo e prendê-lo, viu?
01:04De acordo com as informações divulgadas pelo State Department, pelo Departamento de Estado,
01:10aqui, Nicolás Maduro é acusado de crimes relacionados ao narcotráfico e ao terrorismo internacional.
01:17A acusação formal remonta lá atrás, de 2020, sustenta que Maduro estaria à frente de um cartel conhecido como
01:26Cartel de los Soles, responsável por transportar centenas de toneladas de cocaína
01:33com destino pra cá, pros Estados Unidos.
01:36E isso com proteção de setores militares e políticos da Venezuela.
01:41Segundo a promotoria americana, ele teria usado o poder de Estado para facilitar operações de narcotráfico,
01:49e isso por mais de duas décadas.
01:51Além da recompensa por Maduro e Evandro,
01:54os Estados Unidos também estão oferecendo milhões de dólares
01:57por informações que levem aí a outros integrantes do alto escalão venezuelano,
02:04incluindo ministros, generais e ex-comandantes ligados ao regime chavista.
02:10O programa faz parte da divisão de narcotráficos internacionais,
02:15de narcóticos internacionais, perdão, do Departamento de Justiça dos Estados Unidos,
02:19que já levou à prisão outros nomes acusados de crimes semelhantes em governos da América Latina.
02:26Embora Nicolás Maduro tenha classificado a acusação como, abre aspas,
02:30farsa imperialista, fecha aspas,
02:33o Departamento de Estado americano reforçou que qualquer cidadão pode apresentar informações
02:40de forma anônima através de um programa.
02:44E essa medida, obviamente, reacende aí as tensões diplomáticas entre os dois países,
02:49mesmo após tentativas recentes, né, de se chegar aí a algum acordo.
02:55Os Estados Unidos, portanto, nesse momento, Evandro,
02:57estão caçando Nicolás Maduro e oferecendo 25 milhões de dólares.
03:03140 milhões de reais é muito dinheiro.
03:06Caramba!
03:07Mas aqui na análise eu quero trazer essa questão política envolvendo Donald Trump e Nicolás Maduro.
03:11Tá ficando cada vez mais difícil entender o que é retórica e o que não é relacionado a Trump
03:16e quais medidas são pragmáticas e outras que, muitas vezes,
03:21são apenas políticas e pra mexer com a opinião do mundo todo.
03:26Como é que você avalia se oferecer 25 milhões de dólares por Nicolás Maduro?
03:32Fábio Piperno, você que achou bem interessante aí esse anúncio.
03:36Achei um negócio esdrúxulo, né, pros dias de hoje.
03:38Veja, Nicolás Maduro é um ditador.
03:41Todo mundo já falou sobre isso aqui.
03:43É uma figura, eu acho uma figura política sórdida.
03:46Ponto.
03:46Mas Nicolás Maduro é o problema dos venezuelanos.
03:52E é assim que tem que ser no mundo, né?
03:53Cada país que trate lá do seu sistema político, dos seus governantes,
03:58eu repito, lamento muito que Nicolás Maduro seja presidente de um país.
04:04Mas aí que tá o negócio.
04:05Hoje, por exemplo, ontem, não sei, eu só tava aí lendo um texto, né,
04:08e lá, enfim, num determinado parágrafo, se comentava a fórmula,
04:14até a forma, até de certo ponto indulgente, como os principais países do mundo, né,
04:21tratam Mohamed Bin Salman.
04:23Mohamed Bin Salman, pra quem não conhece, é o ditador da Arábia Saudita,
04:27e que, aliás, a Arábia Saudita que foi, segundo a listinha internacional,
04:32o país que mais executou pessoas no primeiro semestre desse ano.
04:36E aí, lá, num determinado momento, ele mandou esquartejar, esquartejar um jornalista
04:44que lhe fazia oposição na Embaixada Saudita lá da Turquia.
04:49E não aconteceu rigorosamente nada.
04:52O Egito, por exemplo, também aliado de países importantes como os Estados Unidos,
04:57é governado por um ditador.
04:59Deu um golpe lá atrás, acabou com a primavera árabe e tal,
05:02assumiu o poder e o general tá lá até hoje.
05:04Ponto, ele é um ditador e manda matar oposicionistas.
05:08A minha questão é, do ponto de vista do caráter,
05:12da sordidez do regime e da crueldade com oposicionistas,
05:17qual a diferença entre o ditador Maduro, o ditador Sissi,
05:22ou o ditador Mohamed Bin Salman?
05:25Me parece que nenhuma, a não ser o fato de que o ditador Maduro,
05:31do ponto de vista, enfim, ideológico, ele tá lá do outro lado.
05:35O que, aliás, muito me envergonha.
05:37Mas, enfim, o fato é que governantes de esquerda
05:41também não deveriam se aliar, hipótese alguma a ele.
05:43Mas, assim, ele é um ditador tão nocivo quanto esses outros
05:49e outros tantos que a gente poderia gastar o dia aqui citando.
05:54Agora, eu fico imaginando o seguinte,
05:55e se ele resolve também pagar uma recompensa lá
05:58pra sequestrar uma personalidade do governo americano?
06:02Como é que ficaria isso?
06:03Olha, eu tava conversando aqui com o Bruno Musa nos bastidores,
06:06porque a gente, muitas vezes, a gente vai ouvindo, distribuindo
06:09e também organizando os comentários de acordo com aquilo
06:12que as pessoas têm de experiência, conhecimento e repertório.
06:15O Musa tava contando aqui que já esteve na Venezuela mais de uma vez.
06:18E pra você, Bruno Musa, como é que você avalia essa tratativa
06:22e essa iniciativa de Donald Trump
06:25conhecendo a Venezuela a partir da experiência que você teve?
06:31Pois é, eu estive em 2007, 2009 e depois em 2023.
06:35Nessa última eu fui gravar um documentário
06:36que, por sinal, ficou muito legal que a gente viveu lá
06:39dentro de Petari, que é a maior favela da América Latina,
06:42com quase um milhão de pessoas.
06:44Vivemos realidades diferentes, que a loja da Ferrari,
06:47inclusive em um dos bairros lá.
06:49Então é uma realidade que, assim, vale a pena entender,
06:52mas é triste demais.
06:5493% da população tá abaixo da linha da pobreza.
06:58Então, o que a gente vive lá é um grande ponto
07:01que todo mundo mencionou, e nós mostramos isso no documentário,
07:04que todo o processo começou pelo judiciário venezuelano.
07:09Vale lembrar que o Hugo Chaves tinha sido preso em 92,
07:12depois de 98 ele ganhou as eleições democraticamente,
07:16com uma aspiração onde a população ansiava por mudanças,
07:21um governo mais à esquerda, e começaram as expropriações ali em 2002, 2003.
07:25Portanto, é um processo de deterioração que culminou
07:28com a destruição do país ali em 2018,
07:30quando teve praticamente uma revolta social das pessoas,
07:34onde faltava absolutamente tudo nas prateleiras.
07:37E hoje você tem ali pequenas bolhas,
07:40onde todos os comércios que têm acesso a produtos,
07:44através de uma dolarização não oficial,
07:46mas uma dolarização da própria economia,
07:49têm acesso a produtos, só que pouquíssimos têm capacidade de consumo.
07:52Por volta de 7% da população,
07:54sendo que 20% foi embora do país.
07:57Muitos, inclusive, fugindo.
07:58Colômbia, Brasil, países aqui em volta,
08:01e até alguns conseguiram chegar na Europa.
08:03Então, a situação é trágica, ela é realmente muito triste,
08:07e o que tem lá é realmente um regime.
08:10Agora, me chama a atenção que na época que eu estava lá
08:13pela última vez produzindo o documentário,
08:15o ministro Celso Amorim, ele estava lá também apertando a mão do Maduro,
08:19que, por sinal, veio duas vezes ao Brasil aqui,
08:22e foi muitíssimo bem recebido,
08:24com alguns grupos, alguns políticos brasileiros,
08:27falando que a democracia na Venezuela existia.
08:31Então, eu acho que é importante que a gente repense um pouco
08:34da imagem que nós mostramos do Brasil para fora.
08:38Não é qualquer um que precisa receber uma recompensa
08:40de 25 milhões de dólares.
08:42É porque o que ele fez é realmente uma atrocidade
08:45com um país que já foi muito rico
08:46e tinha tudo para continuar sendo.
08:48Fala, Gani.
08:49Olha só, é claro que o Maduro tem que cair,
08:53ele tem que ser preso,
08:55ele tem que responder por crimes contra a humanidade.
08:59Aliás, se eu puder pegar esses 25 milhões,
09:01e aqui pegar o Maduro, eu me prontifico.
09:04Agora, brincadeiras à parte,
09:07eu vejo que há uma sinalização do que os Estados Unidos
09:10estão fazendo em relação a isso.
09:12Eu vou pegar uma carona aqui no comentário que o Piperno fez.
09:15E, de fato, os Estados Unidos, na sua política externa,
09:20eu não vejo assim...
09:22Eu já até tive essa fase acreditando que os Estados Unidos
09:26agem por defender a democracia no mundo,
09:30essa visão meio neocom.
09:32Então, ele vai interferir em vários países
09:36visando sempre esse objetivo.
09:38Hoje, eu vejo que é bem diferente.
09:41Na verdade, concordo com o Piperno,
09:43os Estados Unidos têm parcerias com países que são ditatoriais.
09:47A Arábia Saudita é um deles.
09:49A Arábia Saudita é uma ditadura brutal,
09:52um total de respeito aos direitos humanos,
09:54e não interessa os Estados Unidos confrontarem a Arábia Saudita.
09:58Então, interessa, na ocasião, o Iraque,
10:00não interessa a Arábia Saudita.
10:02Então, por que isso?
10:03Se fosse pela democracia apenas,
10:05seria contra todos esses países.
10:08Portanto, tem uma simbologia em relação ao Maduro.
10:13O Trump está dando um recado para o mundo.
10:16Quando ele tarifa pesadamente a União Europeia também,
10:20com essa guerra tarifária,
10:21agora, com essa questão na Venezuela.
10:23É de volta, e eu acho que o Zé falava sobre isso anteriormente,
10:27é de volta esse protagonismo dos Estados Unidos.
10:30O Trump dá essa mexida no mundo,
10:32é a política do Big Stick, falando o seguinte,
10:34olha, nós temos novamente esse protagonismo
10:38num momento em que o mundo,
10:41ele deixa, Evandro, de ser uma ordem unipolar
10:44para voltar a ser uma ordem multipolar.
10:46E, evidentemente, isso incomoda bastante o Washington.
10:50O Zé Maria Trindade, arremate aí, meu amigo.
10:53Zé, essa oferta, ela é,
10:58eu preciso dizer que ela é tradicional nos Estados Unidos.
11:01Aqui no Brasil, essa possibilidade é recente,
11:04mas as ofertas por informações são meio que tímidas,
11:08se comparadas aos Estados Unidos.
11:12Em alguns estados, isso remonta a ter séculos lá,
11:15na época do Velho Oeste,
11:17que as pessoas tinham profissionais de caçadores de recompensa.
11:23Então, isso é uma tradição nos Estados Unidos,
11:25e alguns estados mais, outros menos.
11:27E isso é uma demonstração política,
11:29de prioridade para capturar bandidos.
11:33O Nicolás Maduro é considerado nos Estados Unidos
11:37como um narcotraficante.
11:40Ele coordenaria um país que seria um narcoprodutor.
11:44Agora, veja bem, a Venezuela era um país próspero,
11:48que crescia com base na extração de petróleo,
11:52um petróleo de boa qualidade.
11:55Tinha várias empresas, inclusive do Brasil lá,
11:59refinando e fazendo prospecção e tal.
12:02E aí chega a ideia do Nicolás Maduro,
12:06iniciado ali no Hugo Chaves, de populismo.
12:11E aí, assim, é igual um livro,
12:14que os dois primeiros capítulos são bons,
12:16e os outros são preços,
12:17e você é obrigado a ler tudo.
12:19Então, assim, no início foi bom,
12:21porque tinha dinheiro, tinha capital,
12:22e aí depois as empresas saíram,
12:26o Hugo Chaves tomou,
12:28tomou uma refinaria da Petrobras,
12:31e o Brasil não reagiu, deveria,
12:33porque é um produto brasileiro,
12:35uma empresa brasileira,
12:36e deu no que deu.
12:37A Venezuela está lá,
12:39dizem que parou de comer cachorro,
12:41porque acabaram os cachorros
12:42para serem comidos, para se terem uma ideia.
12:45Então, o Bruno falou muito bem aí,
12:48informações sobre a Venezuela
12:50são muito difíceis.
12:52Eu converso aqui com pessoas
12:53especializadas em informações,
12:55e dizem que é tudo muito difícil
12:57de saber os equipamentos bélicos da Venezuela,
13:01ninguém sabe as condições e tal,
13:03fica muito difícil obter informações
13:06que é um país que se fechou.
13:08Mas, de qualquer maneira,
13:09essa recompensa, ela é galhofa,
13:11ela não pode ser real.
13:13Se os Estados Unidos quisessem,
13:15montavam uma operação,
13:16e poderia, sim, buscar o Hugo Chaves,
13:18sem oferecer esse dinheiro aí para tecê-los.
13:20O Nicolás Maduro.
13:22Olha, ainda falando sobre...
13:23Ah, desculpa, é ódio.
13:24A gente mandou o Hugo Chaves aí,
13:26sem problemas, né?

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