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O Política em Pauta desta sexta (14) circulou por três frentes da política mineira e nacional. No primeiro bloco, o programa destrinchou o avanço do projeto que prevê o retorno de pessoas em situação de rua às cidades de origem, proposta aprovada em primeiro turno pela Câmara de Belo Horizonte na última terça-feira (11) e que reacendeu debates sobre políticas sociais na capital. Ainda nesse trecho, entrou em debate a proliferação de pautas morais e comportamentais que têm dominado a agenda do Legislativo municipal.

No segundo bloco, os holofotes se voltaram para a Assembleia Legislativa, onde a privatização da Copasa entrou oficialmente em tramitação. O programa detalhou o clima tenso entre base e oposição, que já travam embates sobre o futuro da companhia e o ritmo da análise do projeto, desde a votação da PEC do Referendo, que retirou da Constituição a exigência de consulta popular para a venda da estatal.

Fechando a edição, o terceiro bloco examinou os desdobramentos eleitorais do antigo PL Anti-Facção, agora rebatizado como Marco Legal do Combate ao Crime Organizado, e como a proposta tem sido mobilizada pela direita na construção de narrativas para 2026.

O podcast Política EM Pauta traz um balanço semanal da atuação dos políticos mineiros em Belo Horizonte, cidades do interior de Minas Gerais, Câmara dos Deputados, Senado e governo federal.

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Transcrição
00:00Olá, Política em Pauta está de volta. Depois de uma breve pausa, o podcast do Jornal Estado de
00:09Minas retorna, agora de cara nova, mas com o mesmo objetivo de te levar aos bastidores da
00:16política mineira e, por que não, nacional também. Se você já acompanhava o podcast há um tempo,
00:21provavelmente já me viu por aqui como convidada. Agora eu, Silvia Pires, retorno como repórter da
00:27editoria de política também, ao lado da minha colega que vocês também já viram por aqui,
00:32Alessandra Mello. Seja bem-vindo, Alessandra. Obrigada, Silvia, é um prazer. E estamos aqui
00:36também com o nosso novo colega Andrei Magre, repórter de política aqui com a gente. Seja
00:42bem-vindo, Andrei. Muito obrigado, Silvia. Muito feliz de fazer parte dessa retomada,
00:46nesse momento tão importante também, né? Começam a se desenvolver as articulações políticas com
00:51foco em 2026. Importante a gente estar fazendo esse projeto agora. Bom, a gente segue no mesmo
00:57projeto de antigamente, embora estejamos aqui de cara nova, vamos continuar com três blocos e,
01:04para hoje, a gente preparou um combinado de falar sobre Câmara, Assembleia e também um bloco de
01:10nacional. A gente começa falando sobre o projeto que foi aprovado na terça-feira na Câmara Municipal
01:16de retorno das pessoas em situação de rua para suas cidades. No segundo bloco, a gente vai falar um pouco
01:22sobre o encaminhamento da privatização da Copasa, que começa a tramitar oficialmente agora na Assembleia
01:28Legislativa. E, no último bloco, vamos entrar no tema do projeto de lei de antifacção, que está sendo
01:37discutido agora na Câmara dos Deputados. Então, a gente começa o primeiro bloco falando sobre a aprovação
01:43do projeto de lei para devolver a população de rua às suas cidades, que foi aprovado na terça-feira.
01:50O projeto do vereador Vili Santos, do PL. A gente tem aqui a reportagem que foi feita no dia, pelo nosso
01:59colega Pedro Serqueira. Esse projeto veio ali em meio a um monte de polêmicas, considerada uma proposta
02:08pela oposição, uma proposta higienista, que pode fazer as pessoas serem compulsoriamente devolvidas às
02:15suas cidades. Um projeto que, segundo o vereador, autor da proposta, ele está encabeçado em uma pesquisa
02:25feita pela Prefeitura de que 30% das pessoas que estão em situação de rua em Belo Horizonte têm interesse
02:31em retornar para as suas cidades. E outras 60% não são daqui, não são originárias de Belo Horizonte.
02:40Então, em vias dessa pesquisa, ele resolveu fazer esse projeto de lei. A questão é que Belo Horizonte
02:48já tem um projeto de atenção às pessoas migrantes também, que têm essa iniciativa que correlata ao
02:56projeto de lei aprovado na terça-feira, de pagar a passagem para as pessoas que querem voltar às suas cidades,
03:02de dar assistência para retirar a documentação que elas precisam para fazer esse retorno.
03:07Então, é um projeto que ainda não se sabe de onde a Prefeitura vai retirar fundos,
03:15mas ele está em tramitação ainda em primeiro turno.
03:19E, com certeza, pelo andar da carruagem, pelo que a gente conhece da Câmara Municipal de Belo Horizonte,
03:24uma Câmara, um legislativo super conservador, dominado pela extrema-direita,
03:28majoritariamente representado dentro da Câmara, com certeza é um projeto que vai passar em segundo turno.
03:35Acredito que não vai ter dificuldade, como não teve no primeiro turno, e virá a lei no segundo turno.
03:41Aí resta saber como o prefeito vai tratar, se vai vetar, como ele vai analisar essa proposta.
03:46É um assunto polêmico a questão da população em situação de rua.
03:51Realmente é um problema em todas as cidades do Brasil.
03:54A gente que roda em qualquer canto percebe isso.
03:56sabe que precisa ser tratado com um olhar especial das políticas sociais,
04:04mas isso não sei.
04:06Para mim, Micheira é uma política realmente higienista,
04:08de mandar população em situação de rua de volta para a sua casa.
04:14Como a gente viu recentemente, essa semana, um vídeo de um prefeito do Sul,
04:17Florianópolis, fazendo bravatas na rodoviária,
04:21uma coisa feia, fascista, parece.
04:26Se não tivessem emprego, moradia, ganhariam uma passagem para voltar.
04:29Depois a Defensoria Pública, lá de Santa Catarina, interveio,
04:34disse que aquilo era inconstitucional, que estava ferindo o direito das pessoas de ir e vir.
04:39O prefeito meio que se retratou, fez um outro vídeo explicando que não era exatamente
04:43ordenando que as pessoas fossem embora, mas meio que apresentando uma proposta,
04:47ele disse até em convencimento.
04:48Isso é interessante também porque a proposta do vereador Ville fala que
04:53só vão receber essas passagens as pessoas que, por livre e espontânea vontade,
04:58se manifestarem, quiserem ir para outras cidades e que tiverem comprovado o vínculo
05:03com essas cidades de origem, não necessariamente a cidade que as pessoas nasceram.
05:06Só que a Comissão de Direitos Humanos reprovou esse texto no relatório do vereador
05:12Pedro Patrus, do PT, dizendo que isso abriria margem para uma política higienista,
05:17que, como o texto não é tão claro nessa questão de como a pessoa deve se manifestar,
05:23isso abriria margem para que essas pessoas fossem, de fato, expulsas da cidade.
05:27Obrigadas embora, né?
05:29E não tem uma especificação também de como vai ser essa abordagem,
05:32não tem nenhum órgão definido para fazer o controle disso.
05:38Isso tudo ficaria a cargo da Prefeitura, né?
05:40Saber de onde que vai tirar recursos, saber qual que é o órgão que vai coordenar,
05:44como é que vai ser executado.
05:46Isso tudo abre margem para que seja uma coisa compulsória.
05:50E isso precisaria ficar muito claro, porque, claro, se a pessoa chegou a Belo Horizonte,
05:55não é daqui, por algum problema que seja econômico, financeiro, social,
06:00que seja, está em situação de rua, é louvável que a Prefeitura se preocupe.
06:05Eu vivo aqui, você quer voltar para a sua cidade, você quer retornar para a sua família.
06:09Acredito que muitos queiram retornar para a sua família e não tem essa condição.
06:13Mas esse texto amplo demais e sem amarras, o papel aceita tudo, né?
06:21Se não está clarinho ali no preto e no branco, aceita tudo.
06:25As interpretações podem ser as mais variadas.
06:27Tomara que no segundo turno, na tramitação, nessa volta da segunda,
06:32antes de virar lei, que com certeza vai virar, isso seja clareado.
06:36Porque é a única garantia de que as pessoas não serão expulsas da cidade
06:40como se fossem objetos, seres indesejáveis.
06:45A gente vê que a população tem, em situação de rua que tem crescido, sofre com isso.
06:51Então, eu...
06:53Mas, se tratando da Câmara Municipal de Belo Horizonte, gente,
06:56uma Câmara extremamente conservadora, que só faz projetos,
06:59a maioria deles, irrelevantes para a cidade, nada nos espanta.
07:03É como a Silvia falou, já existem políticas parecidas, né?
07:06Talvez, se essas políticas fossem colocadas em prática,
07:10fossem mais acessíveis a essa população.
07:12Porque, além do projeto falar em...
07:15Você dê passagens para as pessoas voltarem para a cidade,
07:18falam também sobre facilitar a emissão de documentos para essas pessoas,
07:21que muitas vezes não estão com os documentos em dia.
07:23Mas também já existem projetos de lei e políticas públicas em BH
07:27que já facilitam esse tipo de coisa.
07:29Talvez não seja acessível da maneira que deveria.
07:32Então, essa discussão poderia caminhar também por outro caminho.
07:35A garantia para o fim da população em situação de rua é emprego.
07:40Emprego e moradia.
07:42A gente vê, às vezes, famílias morando na rua porque foram despejadas,
07:45não dão conta de pagar aluguel.
07:47Então, isso é um problema social.
07:48É uma questão social que tem que ser enfrentada com esse viés.
07:51O viés de...
07:52É um problema aqui.
07:53Porque, gente, eu não acredito e eu não acho que ninguém em sã consciência
07:57pode achar que alguém mora na rua porque quer.
08:00Que alguém mora na rua por vagabundagem.
08:03Que alguém mora na rua de desejo.
08:06Quem não quer uma cama quentinha a hora que chega em casa?
08:10Só televisãozinha para ligar?
08:11Um cafezinho para tomar?
08:13Eu não é.
08:14Eu não acredito que ninguém...
08:15Não, agora eu vou morar na rua porque é muito melhor morar na rua.
08:18Eu não vou trabalhar e vou viver de dinheiro que eu vou pedir na rua.
08:23Isso não existe.
08:24É importante também entender isso como um problema complexo da desigualdade social.
08:27Não só enviar essas pessoas para fora da cidade como se fosse resolver o problema.
08:32Na verdade, vai invisibilizar, levar esse problema para outras cidades.
08:36Então, tem que atacar mais a raiz do problema.
08:39Talvez trazer moradia, como você falou, emprego, segurança para essas pessoas
08:42para que elas não tenham a necessidade de morar na rua.
08:45Eu lembrei até dessa história, me lembrei recentemente de uma matéria que a gente fez também
08:49de uma audiência que teve na Câmara Municipal de Divinópolis
08:53em que uma pessoa, durante a audiência da Câmara,
08:56que era para discutir um projeto que tramita na cidade semelhante a esse
08:59de devolver a população e a situação de rua para a cidade de origem,
09:05de uma pessoa, durante a audiência, que propôs claramente
09:08que se desse um tiro, um tiro, um tiro para espantar e ficasse a polícia na ponte
09:18que dá acesso à cidade lá e ficasse lá e para espantar as pessoas nesse sentido.
09:23Representaram contra ele, no Ministério Público, contra essa figura que é um pastor
09:30lá da cidade de Divinópolis e ele com certeza vai ter que responder
09:33por uma proposta absurda dessa e que ela, infelizmente, às vezes reverbera
09:38em parte da população que não tem, às vezes, essa consciência
09:42da situação grave que é e da dificuldade, da complexidade que é
09:49um problema dessa natureza.
09:50E que, pelo contrário, você falou sobre a questão de assistência
09:55que pelo horizonte dá, a gente está indo num caminho inverso.
09:58A Câmara, além desse projeto de devolver a população de rua para as suas cidades,
10:03ela também está discutindo um projeto para desobstruir as vias públicas e passeios,
10:09que, na prática, é um projeto para tirar a barraca, para tirar os pertentes
10:13das pessoas que estão morando ali na rua e mais uma política para limpar o ambiente,
10:20para higienizar o ambiente e fazer essa política inversa de assistência.
10:28E que está calcado num discurso de como o que a gente está fazendo
10:32é para auxiliar, é para ajudar essas pessoas.
10:36Sim.
10:37Na Câmara de BH, como a Ale falou, a tendência é essa,
10:40de pautas sobre costumes, pautas conservadoras.
10:44E acho que entra também na questão que a gente vai falar mais para frente
10:46sobre o projeto de lei que queria impedir o Carnaval
10:50perto de até 200 metros de templos e igrejas,
10:54de instituições de cunho religioso,
10:57e que é mais uma pauta conservadora,
10:59mais uma pauta moral que está sendo dialogada ali na Câmara Municipal de Belo Horizonte.
11:05Enquanto existem outros problemas públicos e efetivos
11:08que não têm tanto destaque como a questão do orçamento.
11:12Eu até fiz um levantamento para a matéria de hoje,
11:16foi um levantamento bem por alto,
11:17mas das pautas que chegaram ao plenário na Câmara.
11:22E pelo menos um quarto delas eram pautas que tinham esse cunho
11:26de pautas de costume e pautas conservadoras mesmo,
11:30que não dizem ali da estrutura da cidade,
11:34mas dizem dessa pauta que é moralista.
11:36Não diz respeito dos problemas que a população sente no dia a dia,
11:39que é ônibus, moradia, etc.
11:42Essa do Carnaval, por exemplo,
11:44gente, o Carnaval são quatro dias,
11:48um bloco, entendeu, as igrejas estão fechadas,
11:51os templos estão fechados,
11:53se fosse para proibir, parece que até fizeram a dedo
11:55para proibir também o hospital,
11:57para não dar um viés, estão contra o Carnaval.
12:00Mas é bom lembrar que o vereador mais bem votado de Belo Horizonte,
12:04quando assumiu, quando foi eleito,
12:06e deu uma entrevista aqui para a gente,
12:08disse que o projeto dele, o Pablo Almeida,
12:10era transformar Belo Horizonte
12:12na cidade mais conservadora do Brasil.
12:14Então, parece que eles estão realmente nessa vibe...
12:18Está funcionando.
12:19É, de transformar.
12:20Porque o Carnaval gera emprego, gera renda, gera alegria,
12:25o espaço público é de todo mundo,
12:27pode ser ocupado para todo mundo.
12:29Obviamente, um bloco de Carnaval na beira de um hospital
12:31não é possível de acontecer na porta de um hospital
12:34por questão de saúde,
12:36de garantia de qualidade das pessoas
12:38que estão lá em tratamento graves ou não,
12:41mas qual é a justificativa para isso?
12:44200 metros de igrejas e templos
12:47inviabiliza o Carnaval,
12:48porque existem centenas de igrejas,
12:51milhares, eu diria, na capital.
12:52É.
12:53Então, tem que procurar lugares específicos...
12:57Para poder colocar os blocos de Carnaval
12:58que tanta alegria trazem para a cidade.
13:01É, o Carnaval de Belo Horizonte vive o auge,
13:02nunca teve tantos blocos.
13:04Alegria, renda, emprego, né?
13:05A cidade entrou na pauta do Carnaval Nacional,
13:10é destino nacional.
13:12Isso fomenta o desenvolvimento da cidade,
13:16conhecimento, atrai turista para projetos futuros,
13:19passeios futuros.
13:21É uma outra que corre o risco, com certeza, também,
13:25de ser aprovada.
13:26Essa pauta, né, Silvia?
13:27E que aí tem que ver também como é que o próprio Damião
13:30vai lidar com isso ali na hora de sancionar,
13:33porque o Carnaval do ano passado, por exemplo,
13:37eles anunciaram que era um projeto
13:40trazer grandes artistas para o Carnaval daqui.
13:42Como que vai fazer isso,
13:44se tem uma limitação ali de...
13:45Afonso Pena, por exemplo, não vai poder ser usada,
13:48porque na Afonso Pena tem uma igreja católica,
13:50que, inclusive, o Carnaval da Baianas Osadas,
13:54por exemplo, o ano passado, saiu de lá.
13:56E, inclusive, usou parte da escadaria da igreja,
13:59tranquilamente, sem estresse,
14:00com o pessoal da São José,
14:04mais bela igreja de Belo Horizonte.
14:07Saiu de lá, concentrou lá.
14:08Então, por exemplo, Afonso Pena tem viabilizada,
14:10200 metros para frente,
14:12200 metros para o outro lado.
14:14Aquele quarteirão ali que chega na Praça 7
14:16não poderá ser usado mais.
14:18Só se for virar um Carnaval de evento privado ali no Mineirão.
14:23É, ali não vai poder usar mais,
14:24caso o projeto passe para o Carnaval do ano que vem.
14:27Essa via, que é uma via muito usada no Carnaval,
14:30já foi inviabilizada.
14:31Com certeza, aquela via também que tem aqui na Via Expressa,
14:34também, porque ali eu tenho certeza absoluta
14:37que deve ter uma igreja, né?
14:40Pois é, vai ser uma dificuldade, talvez,
14:42para o prefeito analisar isso,
14:43porque o Carnaval também gera uma renda muito grande para a cidade.
14:47Acredito que ele está atrás ainda do patrocinador, né?
14:49Que não conseguiu ainda.
14:50Que ainda não conseguiu.
14:51Mas, com certeza, são valores que importam para a Prefeitura.
14:55E, se tiver essa inviabilização,
14:58vai ser difícil de lidar com isso.
15:00É, esperar para ver.
15:01Se a gente vai ter um Carnaval
15:03nos moldes anteriores,
15:05em função dessa proibição.
15:08Tudo pode acontecer.
15:09Bom, então vamos seguir para o nosso próximo bloco.
15:13A gente entra agora na discussão
15:16que vem já há muito tempo
15:19pautando o debate na Assembleia Legislativa,
15:22que é a privatização da Copasa.
15:25Essa discussão começou ali com a PEC do Referendo,
15:28que era para retirar a trava que tinha na Constituição Mineira,
15:34que exigia uma consulta popular
15:37para que qualquer estatal seja privatizada.
15:43E, finalizado esse processo de aprovação dessa PEC,
15:48a gente entra agora no trâmite específico, oficialmente,
15:52de debater a privatização da Copasa,
15:55que já estava em tramitação um projeto de lei ali na Assembleia,
15:59parado na Comissão de Constituição e Justiça,
16:03e que agora entrou na pauta ontem.
16:07Eu acho que o Andrei acompanhou bem essa parte.
16:10É, vai voltar na segunda-feira.
16:13Ontem tiveram muitas obstruções ali da oposição,
16:16foram apresentadas 56 emendas
16:18na Comissão de Constituição e Justiça.
16:21E o Dorgal Andrada até apresentou o relatório dele,
16:26como relator e presidente da comissão,
16:27mas o texto só vai ser votado na segunda-feira,
16:31junto com essas emendas,
16:32e que incluem aí uma maior segurança
16:35para os trabalhadores da Copasa.
16:37Também a oposição pede que as tarifas tenham controle
16:40para que não exista um aumento brusco das tarifas
16:44quando tiver a privatização.
16:46E o próprio texto do Dorgal Andrada
16:49também prevê algumas dessas garantias
16:51e que vai ser votado na segunda-feira.
16:52Para ser aprovado,
16:54o projeto de lei ainda tem que passar por três comissões.
16:58Essa primeira é da Comissão de Constituição e Justiça,
17:01depois vai para a administração pública,
17:04depois segue para a fiscalização e orçamento,
17:08para então ser liberado para a votação em primeiro turno.
17:12E o que a oposição fala
17:14é que eles querem tentar esticar ao máximo esse debate.
17:16Jogar para o ano que vem.
17:17Exato, porque aí vai ganhar um peso eleitoral
17:19e talvez eles consigam ali convencer deputados da base
17:25a trocar o voto para que não seja privatizado a Copasa.
17:29A pressão das eleições do ano que vem,
17:31as eleições para deputado.
17:33Talvez tenha mais sucesso,
17:34porque na PEC foi mais difícil,
17:36porque não tem o trâmite em todas as comissões.
17:39Cria-se uma única comissão
17:40e essa única comissão debate sobre a PEC.
17:43E essa comissão andou rapidamente.
17:45Tudo foi muito rápido.
17:46Essa talvez a oposição especialista na obstrução.
17:52Toda oposição tem que manejar bem os instrumentos da obstrução,
17:57os regimentais, talvez consiga.
17:59E aí talvez seja a única possibilidade da Copasa não ser privatizada.
18:05porque realmente privatização é uma coisa que todo governante faz
18:09geralmente no princípio do mandato.
18:11Porque até quando termina o mandato as pessoas já esqueceram,
18:15o assunto já está mais ou menos introjetado.
18:18Mas nesse caso ela pode coincidir com o começo da campanha eleitoral.
18:22Ano que vem já temos a eleição.
18:23E a eleição já começa antecipadamente,
18:26muito antecipadamente,
18:27dos 45 dias regimentais,
18:30que é oficialmente o prazo do horário eleitoral.
18:33e talvez isso seja um problema para o governador.
18:38Houve já um desgaste muito grande semana passada, né Silvia, né Andrei,
18:42na aprovação dessa PEC.
18:44Não sei se vocês acompanharam,
18:46ela foi aprovada por um, na tábua da beirada.
18:49Não teve um voto,
18:51que foi reesitado depois do vereador Bruno Engel,
18:54a oposição contestou,
18:55a oposição entra na justiça contra essa votação,
18:59alegando que esse último voto foi dado após o prazo regimental,
19:02então ele não poderia ser computado.
19:04Então, se a corda ainda eles tentam esticar nesse sentido, né?
19:07E essa briga em relação à PEC,
19:09ela continua porque,
19:12depois de passar pelos dois turnos,
19:14ainda tem que fazer uma votação final da redação.
19:17E essa votação não aconteceu ainda.
19:19Inclusive, a oposição tem usado isso de argumento
19:22de que o projeto de lei não podia estar tramitando
19:25se a PEC ainda não foi promulgada.
19:28Porque para ela ser publicada,
19:30no caso de uma PEC,
19:30ela não precisa passar pela sanção do governador.
19:34Então, os deputados têm que fazer uma votação final,
19:38que tenha ali um quórum mínimo.
19:40E na última reunião que foi convocada,
19:44a base não conseguiu reunir esse quórum,
19:46a oposição não esteve presente.
19:48Então, como não tinha ali o mínimo necessário,
19:50eles pediram cancelamento.
19:52E até então, a PEC não foi promulgada.
19:55Então, é mais um argumento
19:56que a oposição consegue usar para falar.
20:00Então, a gente não deveria estar discutindo esse projeto aqui
20:02e tentar ir esticando essa corda
20:04até levar para 2026.
20:06Porque, teoricamente, nessa avaliação da oposição,
20:10ainda está valendo o referendo.
20:11Enquanto não foi transformado o fim do referendo em lei,
20:14o referendo, para quem não acompanhou lá para trás,
20:19o referendo foi uma trava colocada na Constituição
20:21pelo, então, governador Itamar Franco,
20:23quando ele assumiu o governo de Minas.
20:26Aqui havia uma tentativa de privatização
20:30dessas empresas por parte do governo federal.
20:34O governo Minas devia muito para a União,
20:37como deve até hoje.
20:38Então, foi colocada essa tentativa.
20:41E houve também, na época, uma venda de parte da CEMIG.
20:44E a CEMIG, o controlador minoritário,
20:46tinha a decisão final sobre as ações da CEMIG.
20:51Isso é uma coisa que Itamar bateu muito.
20:53Então, ele colocou essa trava na Constituição,
20:56uma trava aprovada por unanimidade na Assembleia Legislativa.
21:00Histórica.
21:00Histórica, com a participação de 100% dos parlamentares,
21:06ela foi aprovada.
21:08E agora, muitos que votaram, na época, por exemplo,
21:11o deputado Alencar da Silveira Júnior estava presente lá.
21:14Hoje, foi favorável ao fim do referendo.
21:17Quem estava presente, que é interessante nessa votação,
21:19o pai do, então, do hoje presidente da Assembleia Legislativa,
21:23na época ele era deputado estadual.
21:24O pai do Tadeu Leite, Tadeuzinho,
21:26era deputado estadual também,
21:29foi uma das pessoas importantíssimas na articulação dessa PEC.
21:31Ele foi secretário do Itamar Franco.
21:34Então, foi uma decisão importante
21:35que agora caiu
21:39e talvez a Copasa seja mesmo entregue.
21:43E foi surpreendente, né?
21:44Como que esse referendo...
21:46Foi até ter uma certa dificuldade
21:47para ser aprovada em segundo turno, né?
21:49Com essa questão do voto do Bruno Engler,
21:51o número mínimo de votos,
21:53enquanto existia uma tendência
21:54de que a aprovação seria feita com maior tranquilidade
21:57pela base governista,
21:59porque a oposição conseguiu mobilizar.
22:02A gente viu muitas pessoas
22:03foram se manifestar lá na Assembleia,
22:04principalmente trabalhadores da Copasa,
22:07só que a mudança de votos
22:08foi difícil da oposição organizar isso.
22:11Teve uma cena, inclusive, interessante, curiosa.
22:14Você falou que a oposição costuma gostar de atrasar,
22:17obstruir para atrasar o projeto o máximo possível.
22:20Nessa votação do segundo turno da PEC do referendo,
22:23existiu um processo contrário, né?
22:25A oposição percebeu que ali as pessoas...
22:27Não tinha coro?
22:28O número de vereadores da base governista
22:31era inferior ao que precisava
22:32para aprovar a proposta
22:33e tentou votar o mais rápido possível.
22:36Isso que acabou levando...
22:37Então, de ir a nessa confusão do voto.
22:38Levando a essa confusão do voto do Bruno Engler, né?
22:40A oposição impôs aí um desgaste
22:41na base do governo, né?
22:43Certamente.
22:43E também um desgaste, com certeza,
22:44ao presidente da Assembleia Legislativa,
22:46que teve que depois,
22:48no dia seguinte, na segunda-feira,
22:49vir se explicar por meio de uma nota,
22:51a Assembleia soltou uma nota,
22:52e também em suas redes sociais.
22:54Fez postagem explicando o que aconteceu,
22:57porque houve uma ação muito grande
23:01de críticas contra essa votação,
23:06na maneira como ela ocorreu, né?
23:07Do voto ser computado depois do sinal
23:10e depois do placar anunciado,
23:12que foi o placar da derrota.
23:13Quem acompanhou o vídeo nas redes sociais
23:16viu até que os deputados da oposição
23:17saíram para comemorar.
23:18Como a gente comemora um gol, né?
23:20Como as pessoas comemoram um gol, né?
23:21Tem André de Jesus levantando,
23:24comemorando a derrota da PEC do referendo,
23:27referendo mantido,
23:28e logo depois, o sinal,
23:30você estava lá, né, Silvia?
23:31A votação tensa, né?
23:33É, foi uma loucura.
23:35Teve até um momento
23:36que o André estava comentando ali,
23:39dessa questão de eles perceberem
23:40de que não tinha os deputados suficientes
23:44da base,
23:45e eles retiraram ali a oposição,
23:46retirou todos os requerimentos
23:48que eles tinham para fazer a obstrução
23:50e pediram a votação na hora.
23:53Aí teve uma inversão de papéis
23:54que a oposição costuma ser quem
23:57assume esse papel de atrasar
23:59a apreciação do texto,
24:01e a gente viu deputados da base,
24:04o Savaladares,
24:05subindo ali no plenário
24:08para poder fazer um momento de discurso,
24:11enquanto o restante ligava
24:13para a base
24:14para todo mundo voltar
24:16e conseguir fazer essa votação.
24:18Os deputados foram almoçar, né?
24:19Parece que foi isso.
24:20Saíram, esvaziaram o plenário
24:22para ir almoçar,
24:23estavam acompanhando dos gabinetes,
24:25e a oposição 100% presente,
24:27olha que ela percebeu,
24:28opa, é agora,
24:29e quase conseguiu.
24:31Foi questão de segundos, né?
24:32O Bruno Engels chegou,
24:33O Bruno Engels chegou na Assembleia
24:36de bermuda e chinelo.
24:40Chegou na entrada,
24:41depois trocou de roupa
24:42para poder conseguir entrar,
24:43então foi bem apertado.
24:45É, se tivesse perdido o elevador
24:47para ir para o gabinete dele,
24:50tivesse, sei lá,
24:51custado um sinal a abrir lá
24:54para ele atravessar,
24:54o Bruno Engels mora lá perto da Assembleia,
24:57a gente sabe disso,
24:57porque durante a campanha para prefeito
24:59ele fez esse relato,
25:01que ele mora ali pertinho da Assembleia
25:02para poder ir a pé para cá,
25:04da casa para o trabalho.
25:05Qualquer coisinha que acontecesse ali,
25:07um sinal fechado,
25:08um carro parado ali,
25:10a PEC do referendo tinha caído.
25:12É muito interessante o que você falou,
25:14que mesmo sem ter conseguido barrar
25:15a PEC do referendo,
25:16a oposição ainda fez uma certa comemoração
25:18de ter conseguido esse desgaste
25:20para o governo, né?
25:21De ter colocado em pauta isso,
25:23esse voto difícil do Bruno Engels.
25:26Então, o discurso da oposição ali,
25:28logo depois da votação,
25:29também foi em tom positivo,
25:30de que estava crescendo a luta
25:33contra a privatização da Copasa,
25:35apesar do referendo ter sido aprovado.
25:39Mas acho que quem sofreu mais na pele
25:41isso aí foi o Tadeu Leite,
25:42porque o governador está muito distante
25:44dessa questão.
25:45O governador Osema,
25:47ele trata somente de pautas nacionais,
25:49assuntos que têm a ver com o desejo dele
25:51de sair candidato a presidente.
25:54Então, o governador não está acompanhando
25:56no dia a dia, né?
25:58Depois, mais tarde, ele fez uma postagem, né?
26:00Depois de toda a polêmica.
26:02Comemorando.
26:03Ele fez uma postagem bem depois, né?
26:06Foi um prazo depois.
26:08Foi no mesmo dia?
26:10Acho que foi no dia seguinte.
26:11No dia seguinte.
26:12Aí isso também houve uma reclamação, né?
26:14Da demora.
26:15Porque o ônus vai ficando todo
26:16em cima do parlamento.
26:18Porque a cara de quem está colocando lá
26:20é a carinha dos parlamentares
26:22que estão votando contra o referendo, né?
26:24Enquanto que o governador que vai
26:26e deve deixar o comando do Estado
26:28no ano que vem
26:29para se dedicar à sua campanha eleitoral
26:32está meio que ali blindado, né?
26:34Sim.
26:35Mas vale lembrar também que essa PEC
26:37foi proposta,
26:39foi entregue pelo Osema em 2023.
26:41Não é um debate de agora.
26:43Ele conseguiu retomar essa discussão
26:45com a chegada do Propag,
26:48o programa de refinanciamento
26:49da dívida de minas com a União.
26:52Então ele conseguiu enfiar isso ali no pacote.
26:55E agora paira uma dúvida também
26:58em cima do Propag,
26:59porque no termo de adesão
27:01ele colocou inclusive a CEMIG,
27:04que é a companhia de energia de minas
27:08que também precisa passar por uma nova PEC
27:11do referendo para poder aprovar
27:13que ela seja privatizada
27:15sem a consulta população
27:18e aí depois abriu um projeto de lei.
27:21E é uma questão muito polêmica
27:22que em conversas anteriores ali
27:25o próprio presidente da Assembleia
27:27já tinha sinalizado que a CEMIG
27:29não seria discutida.
27:31É, que seria meio que protegida, né?
27:32Uma resistência bem maior
27:33em relação ao...
27:34Mas isso tudo também, né, gente?
27:35Eu acho que há também
27:36nessa questão toda do Propag aí
27:38uma falha do governo federal
27:40que não deixa muito claro, né?
27:42Até hoje não se afirmou claramente.
27:47Não temos interesse,
27:49o governo federal não tem interesse
27:50na Copasa.
27:51O Matheus Simões já disse,
27:52vice-governador em entrevista,
27:54que o governo não teria.
27:55Mas a gente quando questiona
27:57o governo federal sobre isso,
27:59a gente não tem reposição clara.
28:01Também não há uma posição clara
28:02do governo federal
28:03sobre a avaliação da Codemig,
28:06que talvez a federalização da Codemig
28:09fosse suficiente para bancar
28:11o que o Estado precisa oferecer
28:13de ativos, 20% do que ele deve.
28:15Ele deve 180 bilhões.
28:17Então, mais ou menos 36 bilhões
28:19ele precisa oferecer em ativo
28:21para poder abaixar os juros.
28:22Não há uma posição clara
28:24do governo federal
28:25sobre Copasa, sobre CEMIG,
28:28sobre Codemig.
28:29Então, a responsabilidade aí
28:30por essa privatização,
28:32talvez o futuro tenha que ser
28:34justamente dividida, né?
28:36Caso venha dar errado
28:37a privatização da água,
28:39por exemplo,
28:39que muitos estados
28:40estão revertendo essa privatização,
28:42outros estados brasileiros,
28:44em função de problemas,
28:45porque há dúvidas
28:47se vai chegar água
28:49nos municípios pequenos.
28:50A Copasa, inclusive,
28:52criou uma companhia
28:53só para abastecer
28:55os municípios pequenos
28:56do norte de Minas,
28:57a Copanor,
28:58que são locais em que
29:00esse serviço é praticamente
29:02deficitário,
29:04o Estado tem que arcar 100%.
29:05Então, talvez, futuramente,
29:07caso isso dê errado,
29:08essa responsabilidade
29:10tem que ser dividida também
29:11com o governo federal,
29:13que não é claro,
29:14não só nesse quesito,
29:16em muitos outros quesitos
29:17referentes ao Propag.
29:19Uma coisa inexplicável,
29:21mas...
29:22Essa falta de comunicação
29:24do governo federal
29:25também tem parte
29:26e uma falta de diálogo
29:27com o governo Zema.
29:28O governo Zema
29:29tem dificuldade
29:31de dialogar com o governo federal
29:32do presidente Lula.
29:33Quem conduziu essas conversas
29:34foi principalmente
29:34o Tadeu Leite,
29:35como representante
29:37do Legislativo,
29:38mas mesmo assim
29:38fazendo papéis
29:39que cabem mais
29:40ao Executivo.
29:41Até o Rodrigo Pacheco
29:43intermediou um pouco
29:44essas conversas,
29:46mas a gente vê
29:46que ainda tem esse ruído
29:47entre a comunicação
29:48do governo estadual
29:49com o governo federal,
29:50que talvez esteja dificultando
29:51esse tipo de análise.
29:53É, é isso mesmo.
29:55Gabriel Azevedo,
29:56quando se lançou candidato
29:57semana passada,
29:58Gabriel Azevedo,
29:59ex-vereador,
29:59presidente da Câmara Municipal
30:01de Belo Horizonte,
30:01ex-presidente,
30:02quando se lançou,
30:03foi muito um desparte
30:04do discurso dele nessa linha,
30:06de como essa falta
30:07de diálogo atrapalha.
30:09E isso é uma responsabilidade
30:10dos ambos lados,
30:12porque na República,
30:14independente de críticas
30:15de problemas
30:16que vocês tenham,
30:18que os entes da federação tenham,
30:19o diálogo é necessário.
30:21E tem que estar acima
30:23das questões partidárias
30:24e políticas.
30:26Vamos ver o que vai dar.
30:28A Copasa promete ainda
30:30um trabalhinho
30:32que o governo
30:32vai ter que enfrentar
30:33para fazer todo esse caminho.
30:35Mas o governo,
30:36essa semana,
30:37já publicou
30:38um fato relevante
30:40da Copasa,
30:40já anunciando
30:41que vai contratar,
30:43que precisa ser contratada
30:44uma empresa
30:45para fazer todo o levantamento
30:47e a modelagem
30:48de como vai ser
30:49essa privatização.
30:50Então, acho que
30:50para o governo de Minas,
30:52a privatização da Copasa
30:53vai passar
30:55e já é meio que
30:56um assunto garantido,
30:59apesar de todo
30:59esse desgaste.
31:00Foi publicado
31:01esse fato relevante,
31:02salvo engano,
31:02sexta-feira passada.
31:04O governo
31:04queria fazer isso
31:05da forma mais rápida possível,
31:07como você falou,
31:07para evitar o desgaste
31:08nas eleições,
31:09considerando que o governo...
31:10Já agilizou
31:11nesse fato relevante
31:12já antes da aprovação
31:13do fim do referendo,
31:15da privatização.
31:16O público aprovou
31:17o referendo,
31:18já anunciou
31:19para o mercado
31:19que foi aprovado
31:20e que agora
31:21o passo futuro
31:22é essa garantia.
31:23Ele fala
31:23nesse fato relevante
31:25que está no site
31:25da Copasa
31:26que, inclusive,
31:27uma das preocupações
31:28do Estado
31:29é a garantia
31:29do saneamento.
31:31E uma das críticas
31:32da oposição
31:33é que o projeto
31:34que veio de privatização
31:35da Copasa
31:36é muito enxuto.
31:37Não fala
31:38sobre os imóveis.
31:39Quatro páginas.
31:39Não fala
31:40sobre os imóveis
31:41da Copasa.
31:42A Copasa
31:43tem muitos imóveis.
31:44Não fala
31:44sobre o saneamento
31:45das pequenas cidades.
31:46Não detalha
31:47essas questões.
31:48Não detalha
31:48nem quantos funcionários
31:49a Copasa tem
31:50para fazer
31:51essas garantias
31:52que eles colocaram
31:53ali nas emendas.
31:55Que dificilmente
31:56vão passar.
31:57Acredito
31:58que dificilmente
31:58vão passar.
31:59Foi instituído
31:59o substitutivo
32:00número um
32:01pelo relator
32:02do Agão Andrada
32:03que já institui
32:04esse,
32:05no parecer,
32:06essa garantia
32:08de que
32:08os empregados
32:10da Copasa
32:11vão ter
32:11o emprego
32:12assegurado
32:13durante 18 meses
32:14até após a privatização.
32:15Mas a oposição
32:16considera isso ainda pouco.
32:18Não sabe
32:18se essa garantia
32:19vai ser
32:20só durante
32:21esses 18 meses
32:22e aí depois
32:22as pessoas
32:23vão ser demitidas
32:24imediatamente.
32:25Enfim,
32:25ainda existe esse debate.
32:26como foi o que
32:27aconteceu
32:27com o metrô
32:28de BH.
32:29Tinha essa salvaguarda
32:31ali na concessão
32:32e passado
32:34esse período
32:35de garantia
32:36o sindicato
32:37começou a denunciar
32:39que as pessoas
32:39estavam sendo demitidas.
32:41E essa salvaguarda,
32:42por exemplo,
32:43não conseguiu
32:44ser aprovada
32:45quando extinguiu
32:46isso a BH Trans
32:47no processo
32:47de extinção
32:48da BH Trans.
32:49Foi tentada
32:49uma salvaguarda
32:50para os trabalhadores
32:51da BH Trans,
32:51empregados públicos,
32:53concursados
32:53e também não houve
32:54essa garantia.
32:55Eu também acho
32:56que mesmo
32:56constando
32:57no substitutivo
32:58eu acho difícil
32:59a base do governador
33:01concordar
33:02com isso.
33:03Ainda mais
33:04que a gente sabe
33:04que o governo
33:07exema
33:08é um governo
33:08com muitas críticas
33:10ao servidor público.
33:11É o calcanharzinho
33:13de aqueles
33:13do governador
33:14nessa questão
33:15é o relacionamento
33:18com o servidor público.
33:19Ele já fez
33:20vários depoimentos
33:22com críticas
33:22ao servidor público
33:23nesse sentido
33:24de que o servidor público
33:25não trabalha.
33:28Então pode ser
33:28que esse entendimento
33:32e acredito
33:32eu que seja
33:33também
33:33entendimento
33:34da base
33:35do governo.
33:36É tentar
33:36para salvar
33:37a SEMIG
33:38e acho que
33:38eu sou a mesma oposição
33:39jogando isso
33:40bem lá para frente.
33:42E para isso
33:42ela vai precisar
33:43contar com a ajuda
33:43do presidente da Assembleia.
33:45Vamos ver
33:45o que vai ser.
33:46E esse ataque
33:47ao serviço público
33:48também é uma marca
33:49ideológica
33:50do governador
33:50Romeu Zema
33:51como membro
33:52do Partido Novo
33:52também.
33:53É um partido
33:53que prega
33:54essa questão
33:55das privatizações
33:56que prega
33:56o Estado mínimo
33:58então faz sentido
33:59não é nenhuma surpresa
34:01que ele haja
34:01dessa forma
34:02então talvez
34:03seja até um ponto
34:03que ele vai destacar
34:04na campanha dele
34:05para presidente
34:05se ele conseguir
34:06privatizar Copasa
34:07como ponto positivo.
34:09Só que a gente sabe
34:09que esse tipo de medida
34:10ainda é bastante
34:11impopular
34:11entre esses servidores
34:12entre essa categoria
34:13que é muito forte
34:14politicamente
34:15tem uma capacidade
34:16de mobilização
34:17muito grande
34:18então
34:18por mais que seja
34:20um ponto considerado
34:20positivo
34:21pelo vereador
34:22e pelo governador
34:23e pela base ideológica
34:24dele
34:25pode ser uma dificuldade
34:26que ele vai ter que lidar
34:27na campanha.
34:27É com certeza
34:28esperar para ver
34:29ainda vai dar dor de cabeça
34:30para o governador
34:31e para a oposição
34:32que vai ter que
34:33fazer ali
34:35um esforço
34:36enorme
34:38para poder barrar
34:38vamos ver
34:39eu acredito que não vai ser barrado
34:40a minha opinião
34:41é que ano que vem
34:43mais rápido possível
34:44a Copasa
34:45já está
34:45na mão
34:46da iniciativa privada
34:47porque tem outros projetos
34:49já tramitando
34:49para preparar
34:51a Arçai
34:52que é a companhia reguladora
34:54da própria Copasa
34:55para que ela assuma
34:57esse papel de fiscalização
34:58também
34:58esse projeto
34:59já está bem avançado
35:00praticamente
35:00um deles está liberado
35:02para aprovação
35:03no primeiro turno
35:04e o outro
35:05continua avançando
35:06é a agência reguladora
35:07de saneamento
35:08e esgurir
35:09Arçai
35:09é isso
35:11bora para ver
35:11esses próximos capítulos
35:13muitas emoções
35:14esse final de ano
35:15o final de ano
35:15geralmente na Assembleia Legislativa
35:16é meio morno
35:17fica só o orçamento
35:19e esse ano
35:20promete
35:20muitas emoções
35:21até porque nós temos novembro
35:23tem novembro para votar
35:25que já estão na metade de novembro
35:28e mais uma quinzena de dezembro
35:31vamos ver
35:3230 dias
35:33então passando para o nosso
35:35terceiro bloco
35:36a gente entra no tópico
35:38do PL Antifacção
35:40que agora é chamado
35:42de Marco Legal
35:43do Combate
35:44ao Crime Organizado
35:45que foi entregue
35:47pelo presidente Lula
35:48à Câmara dos Deputados
35:50e é um projeto
35:51que vem aí
35:52cercado de polêmicas
35:53e assim como
35:54essa questão
35:54da privatização
35:55da Copasa
35:56também
35:56vai acabar sendo
35:58um palco eleitoral
35:59para
35:592026
36:01um tema importante
36:02a ser discutido
36:03aí nos próximos
36:04meses
36:05o presidente
36:08da Câmara
36:08Hugo Mota
36:09ele trouxe
36:10o Guilherme
36:11de Ritch
36:11que era o secretário
36:13de Segurança Pública
36:14de São Paulo
36:15para ser o relator
36:17desse projeto
36:17e aí em meio
36:19a essa decisão
36:19que vieram ali
36:20várias polêmicas
36:22inclusive
36:23algumas tentativas
36:26de desidratar
36:27a atuação
36:28da Polícia Federal
36:29uma das cláusulas
36:31que estavam
36:32constantes
36:33no projeto
36:34de lei
36:34era
36:35de
36:37limitar
36:39a atuação
36:40da PF
36:40para que ela
36:41tivesse que fazer
36:42as suas
36:43operações
36:44somente com
36:45autorização
36:45dos estados
36:46então se por exemplo
36:48tivesse que investigar
36:49uma facção criminosa
36:50aqui em Minas Gerais
36:51teria que ter
36:52o aval do Zema
36:53o que poderia ser usado
36:55como um discurso
36:55de eu não quero
36:56a polícia do Lula
36:57mexendo no meu estado
36:59essa parte
37:01específica
37:02foi retirada
37:04do projeto
37:04depois de
37:05várias controvérsias
37:06mas
37:08ainda consta
37:09nesse projeto
37:10um esvaziamento
37:11financeiro
37:12da PF
37:13então
37:14os fundos
37:15federais
37:17que a Polícia Federal
37:18recebe
37:19agora vão ser
37:19transferidos
37:20para os estados
37:21para reforçar
37:22as polícias
37:23dos estados
37:23mas a Polícia Federal
37:24que tem essa atuação
37:26principalmente
37:26em relação
37:27a crime organizado
37:28ela vai ter
37:30uma perda
37:30anual
37:31de cerca
37:32de 360 milhões
37:33é
37:34muito dinheiro
37:35agora você imagina
37:36a Polícia Federal
37:37tem que ter
37:37autorização
37:38do governador
37:40para poder fazer
37:40uma operação
37:41e se o governador
37:42em questão
37:43for investigado
37:45é só a gente lembrar
37:46o tanto de governador
37:47do Rio de Janeiro
37:48praticamente todos
37:49foram presos
37:51todos
37:51acho que salvo engano
37:52só Benedita
37:53não foi presa
37:53Garotinho
37:54Cabral
37:56todos
37:57tem problemas
37:58com a justiça
37:59então tem que ter
38:00essa autorização
38:01para fazer
38:01uma investigação
38:03e se por acaso
38:04a Polícia Federal
38:05tiver que pedir
38:05investigação
38:06para investigar
38:07um deputado
38:07por exemplo
38:08apurar envolvimento
38:09de deputado
38:09federal
38:10em esquema
38:12de venda
38:12de emenda parlamentar
38:13nós temos visto
38:14isso acontecer
38:14no Brasil inteiro
38:15nas emendas PIX
38:16como é que faz
38:18o governador
38:19vai ter
38:19e se o governador
38:20for aliado
38:21do deputado
38:22que vai ser investigado
38:23isso não existe
38:24isso é uma excrescência
38:25um absurdo
38:25absoluto
38:26que foi retirado
38:27um recuo
38:28do derrite
38:29ele recuou
38:30dada a pressão
38:31que sofreu
38:32e as críticas
38:33que sofreu
38:33por esse projeto
38:34que foi taxado
38:36como uma extensão
38:38do projeto
38:38da blindagem
38:39que teve
38:40que houve também
38:41o recuo
38:41em função
38:42da pressão popular
38:43não faz o menor sentido
38:44é só a gente lembrar
38:44o histórico
38:45da Polícia Federal
38:46Brasileira
38:47a maioria absoluta
38:48das operações
38:48que envolvem
38:49autoridades federais
38:50de relevância
38:52foram feitas
38:53pela Polícia Federal
38:54para quem
38:54é jovem
38:55e não se lembra
38:56a quadrilha
38:58desbaratada
38:59pela Polícia Federal
39:00de superfaturamento
39:01de ambulâncias
39:02a máfia das ambulâncias
39:03que usava
39:04emendas federais
39:05Polícia Federal
39:06que fez esse trabalho
39:08de investigação
39:09um trabalho muito bom
39:10a investigação
39:11feita pela Polícia Federal
39:13há mais tempo
39:13que envolvia
39:14uso de recurso
39:16federal
39:16para patrocinar
39:17festas
39:19festas
39:20superfaturadas
39:21fraudadas
39:22também
39:22com emendas federais
39:24atuação
39:25da Polícia Federal
39:25hoje a gente
39:26está vendo aí
39:27graças inclusive
39:28a reportagem
39:28do Estado de Minas
39:29o uso
39:31enorme
39:32de recursos
39:32federais
39:33novamente
39:34para bancar
39:35festas
39:36então
39:37ação da Polícia Federal
39:39então são muitos casos
39:40INSS
39:42a máfia do INSS
39:43quem está investigando
39:44a máfia do INSS
39:46e deflagrou a operação
39:47Polícia Federal
39:48então teria que ter
39:50autorização do Estado
39:51ontem a Polícia Federal
39:52fez uma incerta
39:53aqui em Minas Gerais
39:54envolvendo
39:56um deputado federal
39:57também
39:59a Polícia Federal
40:01não clareou
40:01o que seria
40:02o envolvimento dele
40:03mas um deputado federal
40:04que passou
40:05mineiro
40:05Euclides Péter
40:06que passou emenda
40:07para uma entidade
40:08ligada
40:09a uma das confederações
40:11uma das associações
40:12investigada
40:13por desvio
40:14de descontos
40:16irregulares
40:17no INSS
40:19de aposentados
40:20e pensionistas
40:21então para todas
40:22essas operações
40:23teria que comunicar
40:24previamente o Estado
40:26pedir previamente
40:27autorização
40:27e qual a garantia
40:29de que esse governador
40:30não passaria
40:30a informação para frente
40:32a gente não pode partir
40:33do princípio
40:33que os governadores
40:34que todo mundo
40:35que vai estar no poder
40:36é sempre honesto
40:39o ideal seria isso
40:40mas a gente não tem
40:41essa garantia
40:42então um órgão policial
40:44tem que ter autonomia
40:44para agir
40:45não tem sentido isso
40:46e que é uma medida
40:47que acabaria
40:48facilitando
40:50inclusive o crime
40:50organizado
40:51justamente por essa questão
40:52de a gente não pode
40:54confiar nessa
40:55indoneidade
40:56da pessoa
40:57então
40:57ele pode passar
40:59a informação
41:00se ele estiver envolvido
41:02nessa
41:02pode até autorizar
41:03a operação
41:04mas pode passar
41:05está aqui
41:05a operação
41:06está em curso aqui
41:07eu estou acompanhando
41:08você fica sabendo
41:09dela de antemão
41:10é só pegar o histórico
41:11dos governadores
41:12do Rio de Janeiro
41:12presos
41:13só pegando o histórico
41:14por aí
41:15a gente vê que
41:16por exemplo
41:16no Rio de Janeiro
41:17poucas operações
41:18a não ser as contra
41:19a população
41:21nas favelas
41:22talvez essas
41:22continuassem
41:23exercendo
41:24essas que chegam lá
41:25e matam mais de 100 pessoas
41:26que se empilham
41:27um corpo
41:28coloca um corpo
41:29do lado do outro
41:30talvez essas
41:31continuem acontecendo
41:32nas favelas
41:33e a operação
41:34de quem financia o tráfico
41:37esse combate
41:38às facções criminosas
41:39que foi justamente
41:39o que motivou o projeto
41:41e que ganhou muita relevância
41:42depois da mega operação
41:44no Rio de Janeiro
41:44que matou
41:45121 pessoas
41:46a mão do governador
41:47Cláudio Castro
41:48ainda surge esse debate
41:50de que
41:51a polícia militar
41:52do estado do Rio de Janeiro
41:53efetivou
41:54essa operação
41:55mas
41:56essa organização criminosa
41:59que no caso
41:59foi o comando vermelho
42:00que foi o principal alvo
42:01dessa operação
42:02ela não se articula
42:03só no Rio de Janeiro
42:04mas ela tem articulações
42:05no país
42:06e que está na América do Sul
42:08internacionalmente
42:08então é necessário
42:09ter uma
42:10que a polícia federal
42:12também consiga intervir
42:13para pensar
42:15que esse movimento
42:16se articula
42:17nacionalmente
42:18não só o comando vermelho
42:19mas também o PCC
42:20que talvez seja
42:21mais ainda presente
42:22ao longo do país
42:23e mesmo tendo
42:24a situação de São Paulo
42:25é preciso que
42:26seja
42:27que o governo
42:29enxergue isso
42:29de uma forma mais abrangente
42:31e quem garante
42:32que não há também
42:34pessoas do PCC
42:35e do comando vermelho
42:37infiltrado no estado
42:38porque o crime organizado
42:39é isso
42:40o crime organizado
42:41é o crime
42:43infiltrado nas estruturas
42:44do estado
42:45é claramente isso
42:46o crime organizado
42:48prospera no Rio de Janeiro
42:49na ausência do estado
42:50e no conluio do estado
42:52com o crime
42:53fato notório
42:55e a gente viu isso
42:56pelas reportagens
42:57que surgiram
42:58depois da operação
42:59no Rio de Janeiro
42:59que mostravam
43:00a polícia pedindo ajuda
43:02ao crime organizado
43:03para liberar carro
43:04esse conluio
43:05que é uma coisa histórica
43:07que a gente cansou de ver
43:08cansa de ver
43:09todos os dias
43:09o dia a dia
43:10nas reportagens
43:12mas o governo
43:12ainda vai sofrer
43:13uma dificuldadezinha
43:14o governo federal
43:15por causa desse assunto
43:16né Silva
43:16nessa questão
43:17de enquadrar como terrorista
43:19
43:19exatamente
43:20essa questão
43:21a direita tem
43:22batido muito
43:23tentado defender
43:24esse enquadramento
43:25das pessoas que
43:26se identificam
43:27com organizações criminosas
43:29como sendo igual
43:30a organizações terroristas
43:32isso é uma coisa
43:32que é posta em prática
43:33em outros países
43:34como El Salvador
43:35que é muitas vezes usado
43:36como um exemplo
43:37de combate
43:38à criminalidade
43:39do presidente Bukele
43:40inclusive o governador
43:41Zema esteve lá
43:42em El Salvador
43:43esse ano
43:43e durante esse debate
43:45sobre segurança pública
43:46mais recente
43:47ele tem trazido de volta
43:49esses vídeos
43:50essas fotos
43:50de quando ele esteve
43:51em El Salvador
43:51que considera
43:53um lugar
43:53que tem um exemplo
43:55de combate
43:55à criminalidade
43:56e o Nicos Ferreira
43:58também está lá agora
43:59aprendendo sobre
44:00esse combate
44:00então
44:01é uma pauta
44:02muito cara
44:03para a direita
44:03essa questão
44:04da segurança pública
44:05e é interessante
44:06observar
44:07essa questão
44:08do enquadramento
44:09como terrorista
44:10porque a esquerda
44:10por outro lado
44:11diz que isso pode
44:12abrir uma prerrogativa
44:13para que
44:14outros países
44:15principalmente os Estados Unidos
44:16entre
44:18interfiram no país
44:20porque combate ao terrorismo
44:21é uma questão internacional
44:22e aí a esquerda
44:23argumenta que
44:24o terrorismo
44:25seria quando
44:26a organização
44:27quer tomar o Estado
44:28ou quer fazer uso
44:29do Estado
44:30enquanto as organizações
44:31criminosas
44:31essas facções
44:32elas meio que
44:33se aproveitam
44:34da ausência
44:35do Estado
44:35nas cidades
44:36a gente vê
44:36nas comunidades
44:37nas favelas
44:38onde elas têm
44:38a maior gerência
44:39é isso mesmo
44:40e a população
44:42nas pesquisas
44:43de opinião
44:43é favorável
44:44mas eu acho também
44:45que nessas questões
44:46da pesquisa de opinião
44:47talvez não seja
44:48muito claro
44:49para a população
44:49o que é
44:51enquadrar uma facção
44:52como o terrorismo
44:53a facção realmente
44:54criminosa
44:55ela causa um terror
44:56talvez não haja
44:57essa noção
45:00muito clara
45:01do problema
45:02que isso vai ser
45:03mas é fato
45:04que a segurança pública
45:06é um assunto
45:07que pega
45:08e é um assunto
45:09que está na pauta
45:09e a direita
45:10viu
45:10nessa possibilidade
45:12desse assunto
45:12de retomar um pouco
45:14o protagonismo
45:15que ela perdeu
45:16nos debates nacionais
45:17em função
45:18de ter metido
45:19os pés pelas mãos
45:20na questão do Trump
45:21do tarifácio
45:22de ter metido
45:24os pés pelas mãos
45:25na PEC da blindagem
45:26que teve que recuar
45:27em função
45:28do absurdo
45:29que era a PEC da blindagem
45:30você precisaria
45:32a PEC da blindagem
45:33ela tem muita semelhança
45:34com essa questão
45:35da transformação
45:37do fim
45:40do poder
45:40da Polícia Federal
45:41para você
45:42investigar
45:44um deputado
45:44que seja
45:45um deputado
45:45um vereador
45:46você precisaria
45:46de autorização
45:47do legislativo
45:48para poder investigar
45:50o que daria
45:51margem
45:52para coisas absurdas
45:53e segue
45:54essa linha
45:55essa lógica
45:56da Polícia Federal
45:58ter que pedir
45:58autorização
45:59dos estados
46:00para poder fazer
46:01as operações
46:02da maneira que
46:03houve recuo
46:04na blindagem
46:06houve recuo
46:06no terrorismo
46:07mas esse é um assunto
46:08que vai
46:09mobilizar
46:11porque o governo Lula
46:12acho que já tem
46:13essa noção
46:13de que a questão
46:14da segurança
46:15é uma pauta principal
46:16é o grande calcanhar
46:17de Aquiles
46:18do governo Lula
46:19a gente viu
46:20essa popularidade
46:21do presidente
46:22crescendo
46:22para as eleições
46:23do ano que vem
46:24nos últimos meses
46:25desde essa abertura
46:27do diálogo
46:27com o Trump
46:28da questão
46:29do tarifácio
46:30e também
46:30dessa derrota
46:32da direita
46:32na Câmara
46:33com a PEC
46:33da blindagem
46:34e a PEC
46:35da Anistia
46:35que também ficou
46:36o PL da Anistia
46:37na verdade
46:38que ficou também
46:39meio capenga
46:40a gente viu ser reduzido
46:41para a PL
46:41da dosimetria
46:42e meio que parece
46:43que saiu de pauta
46:44nem a direita
46:46mais toca tanto
46:47nesse assunto
46:48e o governo Lula
46:49agora tem que lidar
46:50com essa dificuldade
46:51de se comunicar
46:52sobre a segurança pública
46:53porque existem
46:54várias declarações
46:55do Lula
46:55que pegam muito mal
46:56popularmente
46:57como ele disse
46:58que os traficantes
46:59também são vítimas
47:00dos usuários
47:01uma fala que
47:02Lula não deveria
47:03falar sem ler
47:04discurso antes
47:05pois é
47:06pegou muito mal
47:06e a direita
47:07se aproveita muito
47:08desse debate
47:08tem uma comunicação
47:10mais efetiva
47:10com a população
47:11e que essa discussão
47:12vai ser como a gente
47:13conversou antes
47:15um palanque
47:16para a direita
47:17o próprio
47:18Deirich
47:18ele já se anunciou
47:20como pré-candidato
47:21ao Senado
47:21então toda essa discussão
47:23do projeto de lei
47:24já vai ser
47:25uma projeção
47:26para ele
47:27e para o Tarcísio
47:28de Freitas
47:28também
47:28que é do mesmo
47:29partido
47:29do Deirich
47:30e o governador
47:31né Silvia
47:31Zema
47:32que essa semana
47:34investiu muito
47:36nesse tema
47:36em suas redes sociais
47:38falou muito
47:39sobre esse tema
47:40ele esteve
47:42inclusive no Rio de Janeiro
47:43para levar apoio
47:45ao governador
47:46do Rio
47:46depois de toda
47:48a operação
47:49do governo
47:51
47:52e ele
47:53é uma maneira
47:54que ele sempre
47:54levantou também
47:55
47:55a gente viu
47:57essa reunião
47:57de governadores
47:58também
47:58como
47:59esses governadores
48:01principalmente
48:02o Jorginho Melo
48:03o Ratinho Júnior
48:07o Ibanez Rocha
48:09representado
48:09pela vice-governadora
48:11se colocando
48:12também como um grupo
48:13meio à parte
48:13do bolsonarismo
48:14
48:15eles tentando
48:15tomar esse protagonismo
48:16considerando que
48:17um deles
48:18vai ser um candidato
48:20possível
48:21da oposição
48:22contra o presidente Lula
48:23o Ratinho Júnior né
48:25é
48:25o governador Zema
48:26já é o pré-candidato
48:28
48:28mas o Ronaldo Caiado
48:30também já é pré-candidato
48:31enfim
48:31mas
48:32dando a entender
48:33que vai ter uma união
48:34maior dessa direita
48:36não necessariamente
48:37voltada para o bolsonarismo
48:38voltada a um nome
48:39da família Bolsonaro
48:41então é interessante
48:42observar esse movimento
48:43também
48:43e parece que o governador Zema
48:44é o menos
48:45que tem menos destaque
48:47dentro dessa concessão
48:48como a gente viu
48:48nas pesquisas
48:49essa semana
48:50eles sempre aparecem
48:52nos últimos lugares
48:55não é um nome tão conhecido
48:57e não é um nome tão
48:58mas o nosso colunista
49:02que sempre dá notícia
49:04em primeira mão
49:04exclusiva
49:05o primeiro jornalista
49:06a dizer que Matheus Simões
49:08ia filiar no PSD
49:09lá no ano passado
49:11que ninguém acreditou
49:12todo mundo ficou
49:13incrédulo
49:14Orion Teixeira
49:15anunciou em primeira mão
49:17a filiação
49:17do Simões ao PSD
49:20para disputar o governo de Minas
49:22disse essa semana
49:23que Zema
49:24que Tarcísio
49:26quer Zema
49:27como candidato
49:27a vice-presidente dele
49:29na chapa dele
49:30caso ele dispute
49:32a presidência da república
49:34e não o governo de São Paulo
49:35Orion deu isso
49:36como uma confidência
49:38que teria sido feita
49:40pelo Baleia Rossi
49:41presidente do PMDB
49:42que esteve em Minas Gerais
49:43semana passada
49:44na segunda passada
49:45para o lançamento
49:46da candidatura
49:47do vereador Gabriel Azevedo
49:48ao governo de Minas
49:49ex-vereador Gabriel Azevedo
49:51ao governo de Minas
49:52teriam confidenciado
49:53esse desejo
49:54então pode ter
49:56essa composição
49:58como ele acertou
50:00lá para trás
50:01nosso colunista
50:04super cheio
50:05de boas fontes
50:06ele deu essa notícia
50:08essa semana
50:08e esse projeto de lei
50:10vai ser a oportunidade
50:10perfeita
50:11para já começar
50:12a levantar o Tarcísio
50:13projetar ele
50:14é
50:15vamos ver
50:16porque a direita
50:17está sem
50:18ainda sem saber
50:19qual caminho
50:20ela vai tomar
50:21o SAB garante
50:22o presidente do PSD
50:23garante
50:24que o Catirio Júnior
50:24vai ser candidato
50:25mas o Tarcísio
50:26que é o candidato preferido
50:28que é o que melhor
50:29performa nas pesquisas
50:30ainda tem declarações dúbias
50:32sobre vai ser o candidato
50:34ou não
50:34se vai ser para governador
50:35porque governador
50:36ele tem
50:36a reeleição garantida
50:38pode disputar o governo
50:40a presidência da república
50:41na próxima eleição
50:42na próxima
50:44na seguinte
50:44não essa na outra
50:45em 26
50:472030
50:48então não sabemos ainda
50:51mas essa é a pauta
50:53que deu aí
50:54essa semana
50:54um fôlegozinho
50:56para a posição
50:56apesar de não ter
50:58derrubado o Lula
50:59o Lula
50:59estagnou
51:00não cresceu
51:02em relação
51:04às últimas pesquisas
51:05apontou a Quest
51:05que tem feito
51:06levantamentos
51:07frequentes
51:08de avaliação
51:10não só do governo
51:10mas
51:11das intenções
51:12de voto
51:12para presidencial
51:13não caiu
51:14não subiu
51:15se manteve ali
51:16que acho que no final
51:17o saldo foi até bom
51:18devido às declarações
51:19desastrosas do presidente
51:21nesse campo
51:23da segurança pública
51:24o saldo até foi positivo
51:26então Política em Pauta
51:29fica por aqui
51:29a gente volta
51:30na próxima semana
51:31obrigada Alessandra
51:33pela participação
51:34um prazer
51:35obrigada Andrei
51:36obrigado Silvia
51:37você pode acompanhar
51:39o Política em Pauta
51:40no seu tocador
51:41de podcast preferido
51:42até a próxima semana
51:43e aí
51:48a gente tem que ver
51:49o
51:50a gente tem que ver
51:50a gente tem que ver
51:50a gente tem que ver
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