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O deputado federal Guilherme Derrite alterou o relatório do Projeto de Lei Antifacção impondo um novo limite à atuação da Polícia Federal e do Ministério Público em investigações contra o crime organizado. A medida gerou forte reação de especialistas, que alertam para a perda do elemento surpresa e o risco de infiltração. O Morning Show debate se a proposta é um erro estratégico ou apenas uma disputa política entre São Paulo e a esfera Federal. Assista ao Morning Show completo:
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Transcrição
00:00combater essas facções narcoterroristas e no centro desse debate
00:03figura nesse momento como protagonista o deputado Guilherme de Ritch,
00:08ele que alterou no fim da noite de ontem, pessoal, o relatório do projeto
00:12anti-facção sobre a atuação da Polícia Federal
00:15nesse enfrentamento. Isso criou, inclusive, uma grande tensão no governo, especialmente
00:20porque ainda hoje nós teremos a votação da matéria no plenário da Câmara, tá?
00:24Então, vamos ver o que nos aguarda na sequência, não é, David?
00:28É, até no abre-alas do programa a gente chegou a citar, né, mas entre as principais críticas
00:33até a Polícia Federal se manifestou, o Gleisi Hoffmann, ministro do governo Lula,
00:37também se manifestou contra essa alteração, porque basicamente a Polícia Federal
00:42para atuar naquele território, para realizar uma investigação, até mesmo uma operação,
00:46tem que pedir a benção, vamos dizer assim, do governador do Estado.
00:50E isso, claro que entre as atribuições da Polícia Federal, que é uma esfera superior
00:54às polícias civis, por exemplo, enquanto investigação, não cabe, né?
00:58Você realmente pode ter essa interligação, porque o Derrit até chegou a defender isso
01:03durante a participação aqui no Jornal da Manhã de ontem,
01:07dizendo que o objetivo é classificar as organizações criminosas como terroristas,
01:12mas precisa ter essa interligação quando a Polícia Federal solicitar uma intervenção,
01:16uma ajuda da Polícia Civil e não necessariamente ter que pedir benção
01:20para entrar naquele território e realizar uma operação.
01:22Aí, realmente, eu vejo com uma visão equivocada do agora parlamentar, né?
01:27Licenciado no cargo de Secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrit.
01:30Não, e André, assim, tem uma questão nessa história toda que ela é absolutamente fantasiosa,
01:36porque se você parar para pensar, nós estamos discutindo formas mais eficientes
01:41para conseguir combater o crime organizado.
01:43Uma das coisas que a gente mais fala nesse programa o tempo todo
01:46é como o crime organizado está dentro de todas as esferas da administração pública e privada,
01:54como ele está já entranhado no Estado.
01:58Cada vez que eu tiver que pedir uma autorização,
02:01se eu tiver que avisar alguém que eu vou fazer uma operação,
02:05eu corro um risco enorme de levar essa operação ao fracasso.
02:10Eu corro um risco enorme de que isso seja vazado para representantes do crime organizado,
02:14que vão se organizar para não serem pegos.
02:18A gente viu a operação que aconteceu recentemente no Estado do Rio de Janeiro
02:22e grande parte do que muitos chamam de sucesso,
02:27e eu entendo que foi uma operação de sucesso também,
02:30aconteceu exatamente por conta do elemento surpresa.
02:33A hora que a gente precisa envolver mais pessoas,
02:37que a gente precisa avisar mais entidades,
02:40esse risco de perder o elemento surpresa se torna ainda maior.
02:45Inclusive isso é uma constante,
02:47ame ou odeio,
02:49mas isso é uma constante até no posicionamento do próprio presidente Donald Trump,
02:52que querendo ou não é o comandante em chefe do maior exército do planeta.
02:56Toda vez que vem um jornalista perguntar para ele,
02:58presidente Trump, qual é a sua estratégia para derrotar o Estado Islâmico?
03:01Ou a sua estratégia para invadir a Venezuela?
03:03Ele fala,
03:04none of your business, none of your business.
03:06Isso não é da sua conta.
03:07Então, para manter o elemento surpresa,
03:08a imprevisibilidade em qualquer cenário de confronto é fundamental,
03:12e parece que vem de fogo amigo da justiça,
03:15e não só das amarras que são colocadas.
03:19Eu vou partir para um rápido break,
03:20só para quem está nos ouvindo pela rede Jovem Pan de Rádio Morning Show,
03:22segue a todo vapor e volta para vocês daqui a pouquinho.
03:26A gente segue aqui, só para dar um fecho aqui.
03:28Josias, palavra sua arredondando a bola, a gente segue em frente.
03:31Pois é, isso me parece mais um embate entre São Paulo e a Federação,
03:34que é uma coisa tradicional.
03:36Mas São Paulo, ele tende a...
03:39E a Polícia Federal, ela tem sido cada vez mais vista como instrumento do STF,
03:47como muito próximo ao governo Lula.
03:49Pode ser uma visão equivocada, mas eu acho que isso tem a ver com o que foi feito.
03:54Então, a gente vê que São Paulo tradicionalmente se opõe ao que...
04:00E você vê isso até em outros momentos.
04:02Por exemplo, Bolsonaro era o presidente, Dória era o governador.
04:06Havia ali uma oposição muito grande.
04:08Em outros momentos, repetidas vezes, a gente vê isso, né?
04:11Vamos ver aí o que vai acontecer.
04:13Mas tem um aspecto também que a gente tem que observar,
04:15porque assim, falta coordenação muitas vezes.
04:18É claro que a Polícia de São Paulo tem números exemplares
04:21em relação à queda, né?
04:24Nos mais diferentes indicadores.
04:25Números e percentuais.
04:26Mas, às vezes, batem cabeça.
04:28Como, por exemplo, a gente viu aquele policial civil que acabou morto
04:30durante uma incursão da rota e os policiais civis
04:32que estavam atuando numa comunidade aqui na Zona Sul de São Paulo.
04:36Então, se você também não tiver essa coordenação, fica complicado.
04:39Porque, às vezes, você está investigando o mesmo alvo
04:42e não tem essa coordenação.
04:44Aí, ok, você realmente pode pedir essa ajuda,
04:46ou até mesmo dar uma sondada.
04:47Agora, você ter que pedir autorização, ao meu ver, realmente é uma visão equivocada.
04:52Porque você disputa protagonismo.
04:53E não tem que disputar protagonismo.
04:55Você tem que disputar efetividade.
04:57Seja a Polícia Federal, seja a Polícia Civil.
04:59Porque a gente viu, por exemplo, durante a morte do Rui Ferraz Fontes
05:04no litoral paulista aqui,
05:05que a Polícia Federal se colocou à disposição para contribuir nas investigações
05:09e o secretário também negou essa ajuda.
05:11Disse que não precisava.
05:12Então, não tem que ficar nessa disputa de protagonismo.
05:15Não tem que realmente resolver o problema dos anseios da população,
05:18que é melhorar os indicadores de segurança pública.
05:21E, para isso, precisa realmente da autonomia entre os poderes.
05:24Total.
05:25Difícil discordar, pelo contrário.
05:27Mas que o Derrete assumiu uma bucha e tanto.
05:28Um tema espinhoso.
05:30Mas, pelo menos, a postura dele está sendo, enfim, agregadora,
05:33tentando ver diferentes partes.
05:35Mas, pelo menos, eu falo por mim aqui, imagino que pelos meus pares,
05:38mas também não vou colocar a palavra na boca de ninguém,
05:40Guilherme Sugimori.
05:40Mas, eu acho que a gente tem que ter um respeito redobrado
05:43para quem, algum dia, já trocou tiros na linha de frente,
05:47já utilizou uma fada em serviço da população,
05:50ao contrário dos especialistas de pantufa,
05:53os catedráticos aí, sempre cheios de teses,
05:56mas pouca correspondência na realidade, né?
06:00É.
06:01É.
06:02Acho que ele discorda um pouco de você.
06:05É.
06:05É que você não colocou palavras na boca dele, André.
06:07Eu vejo a minha opinião pessoal sobre essa limitação da atuação da PF,
06:14comunicação às polícias locais.
06:16Eu acho completamente alucinado isso.
06:18Eu não vejo qualquer benefício.
06:20Pode ser uma questão de jogo político, né?
06:22Como você mencionou.
06:24Mas, vamos lá.
06:25Primeiro, possivelmente inconstitucional, tá?
06:27A atuação, competência da polícia definida por Constituição.
06:30Acho que é artigo 144, se eu não me engano.
06:33Tráfico, repressão a tráfico, crimes interestaduais ou internacionais.
06:38E qualquer coisa que afete os bens e interesses da União.
06:40Isso é competência constitucional.
06:42Então, não dá pra se limitar isso aí numa lei estadual,
06:46num projeto de lei.
06:47Não lei estadual, perdão.
06:49Mas numa lei não constitucional.
06:52E, é o que a Ana falou, tá correto.
06:54É mais fácil infiltrar organizações e governos locais
06:59do que a um nível federal.
07:01Quer dizer, você tá limitando uma atuação
07:03que é notoriamente eficiente, tá?
07:07Comunicar isso pra unidade que a gente justamente tem um problema
07:10de infiltração, de controle.
07:12A gente sabe disso, discute isso todo dia.
07:14É absurdo.
07:15Não vejo qualquer sentido nisso.
07:17Deus queira, espero que seja, só essa questão política.
07:21Porque qualquer outro viés de observar isso
07:24é extremamente preocupante.
07:25Se não é uma preocupação São Paulo versus federal,
07:28é o quê?
07:28Dificultar a atuação da polícia contra crime organizado?
07:32Puxa, não vejo como sustentável.
07:35Isso deve ser alterado, deve cair, acredito eu.
07:38Especialmente por causa dessa questão constitucional que eu falei.
07:42Mas, razoavelmente, não vejo como sustentável.
07:45Tem uma vez a polêmica e tanto, pessoal,
07:47em torno do PL anti-facção, que segue sendo debatido.
07:51Guilherme Derrite comandando.
07:53Muita vozeria em torno dele.
07:55Aí, pelo menos de plano de fundo,
07:57parece essa disputa por protagonismo e paternidade
08:00de, pelo menos, quem vai ditar os termos, né?
08:02Seja o governo de São Paulo que o Derrite,
08:04de certa forma, encarna.
08:05E também Polícia Federal, Governo Federal,
08:07PT e seus satélites, enfim.
08:09O que a gente quer é proteção a todos vocês do outro lado.
08:12E a nós. Será que é pedir muito?
08:13É o momento de grandeza e vontade política
08:15pensando na sociedade brasileira que não aguenta mais.
08:18Dez horas e trinta e um minutos
08:20antes da gente seguir adiante.
08:22Enfim, só, David, arredondando essa bola,
08:24a gente já vai pra Minas Gerais.
08:26Não, é porque, assim, eu vejo até uma torcida
08:28aqui no chat. Estava acompanhando o pessoal
08:29que acompanha o nosso programa, né?
08:31Alguns são contra essa medida,
08:33alguns favoráveis em relação a essa proposta
08:36do Guilherme Derrite.
08:37Mas fato é que se você
08:39torna realmente as regras
08:41mais rígidas, ou seja, o aumento
08:42de punição, como ele mesmo
08:44enfatizou aqui durante a entrevista
08:46no Jornal da Manhã,
08:47você desestimula o crime
08:48porque é aquilo que a gente já refletiu
08:50sobre esse aspecto ontem, né?
08:53Dizendo que, olha,
08:54se a pessoa realmente tem uma punição exemplar,
08:56ela vai pensar duas vezes
08:57antes de voltar a delinquir.
08:59Então, isso é um aspecto que realmente
09:00precisa ser alterado na nossa Constituição.
09:02Você viu que o seu amigo
09:03Lincoln Gaquia também chegou
09:04de carrinho no Derrite.
09:06Pois é.
09:07E é um especialista, assim...
09:09Gaquia meteu, né?
09:10Abro aspas aqui,
09:11eu confio bastante.
09:12Eu confio bastante.
09:12Ele falou,
09:13projeto de Derrite pode excluir
09:14Polícia Federal,
09:15Ministério Público e afetar
09:16operações contra o crime organizado.
09:19Palavras fortes de alguém
09:20com credibilidade nessa frente, né?
09:21E qual foi a maior operação
09:23já realizada contra o crime organizado
09:25já feita no nosso país?
09:27A Operação Carbono Oculto.
09:29Quem coordenou tudo isso,
09:29apesar da disputa de protagonismo,
09:31pelo menos o embrião,
09:33foi o Ministério Público
09:34do Estado de São Paulo.
09:34Então, assim,
09:35a gente tem que tornar legítima
09:37a ação dessa força de segurança
09:39que enfrenta, de fato, o crime
09:41e tem serviço de inteligência exemplar.
09:43Eu também acompanho muitas fontes
09:46que estão ligadas
09:47ao serviço de inteligência da PM.
09:49Olha, é um serviço exemplar,
09:50a gente não pode ficar dando
09:51muitos detalhes, assim,
09:52sobre o que eles fazem,
09:53mas realmente eles têm
09:54uma atuação muito forte
09:56em relação à identificação
09:58das pessoas ligadas
09:59ao crime organizado
10:00e até mesmo para conseguir
10:01desarticular essas quadrilhas.
10:03Então, assim,
10:04a gente vê efetividade
10:06nessas ações.
10:07E o Lincoln Gakia,
10:07que é uma autoridade
10:08que há mais de 20 anos,
10:10inclusive é a mais ameaçada
10:11do nosso país
10:12pelo crime organizado, né?
10:14Assim, a pessoa número um,
10:16realmente, contra o crime,
10:18realmente a gente tem que
10:20trazer à tona
10:21a lucidez de ouvir
10:23uma voz como essa.
10:25Não, sabe o que...
10:25Agora, só para também
10:26não ficar na crítica, Aninha,
10:27só em termos,
10:28para dar o todo aqui,
10:29o Lincoln Gakia também elogiou
10:30pelo menos a parte que,
10:32enfim, os métodos ali
10:33de asfixia financeira,
10:34de sufocamento
10:35do financiamento,
10:36ele elogiou também
10:37o cumprimento de pena
10:39em regime fechado
10:40por completo
10:41e também a proibição de fiança
10:42em duto
10:43aos faccionados
10:44narcoterroristas.
10:45Então, não é que foi só
10:46críticas e cuspindo marimbondos,
10:48não, também teve elogios.
10:50Aninha?
10:50Não, sabe, André,
10:51eu acho muito curioso
10:52que muitas vezes
10:53a gente vê
10:54essa briga por protagonismo, né?
10:58A gente está aqui discutindo
11:00ah, o governo federal,
11:01ah, o governo do estado
11:02de São Paulo,
11:03como se o crime organizado
11:05fosse algo muito fácil
11:07de ser combatido
11:08e que a gente não precisasse
11:10de uma efetiva
11:12integração
11:13das forças
11:14de todos os entes federativos.
11:16Então, o que a gente vê
11:17são tentativas
11:18de trazer
11:19a centralização
11:20de poder
11:21para um ou para outro lado
11:22quando, na verdade,
11:23acho que todo mundo
11:24tinha que tirar
11:25um pouquinho
11:26da sua autoestima,
11:28sentar na mesa
11:29como adultos
11:30e entender
11:30como cada um
11:31pode contribuir
11:32sem ter que ser considerado
11:34o pai
11:35ou o principal
11:36ou quem foi
11:37que conseguiu.
11:38Porque a gente está
11:39diante de uma guerra
11:40que a gente já discutiu
11:41aqui inúmeras vezes
11:41que não é justa.
11:43É uma guerra
11:44que, assim,
11:45a gente já começa
11:46numa situação
11:47muito vulnerável.
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