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O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou publicamente que, se fosse um dos diretores do Banco Central (BC), votaria pela queda na taxa básica de juros (Selic) na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Haddad afirmou que "não sustenta 10% de juro real com a inflação batendo a 4,5%" e que os juros elevados impactam a capacidade produtiva do país.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/WDRPXFydgs0

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Transcrição
00:00O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declara que se ele fosse diretor do Banco Central,
00:06votaria para reduzir os juros.
00:09Assunto para o repórter Misael Mainete chegando com as informações.
00:13Ele ainda afirmou que o Brasil está numa situação melhor do que os analistas supõem.
00:18Lembrando, né, Misael, que a reunião do Copom começou hoje, terça-feira,
00:21e tem o desfecho amanhã, quarta-feira.
00:24Boa noite, bem-vindo, Misael.
00:28Oi, Tiago, muito boa noite para você.
00:30Para todo mundo que acompanha o jornal Jovem Pan,
00:32o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que tem alergia à inflação
00:38e que se ele fosse o presidente do BC, ele estaria baixando a taxa Selic,
00:44a taxa básica de juros, que está em 15%.
00:48Ele cita que tem vários elementos positivos para fazer essa queda
00:53e culpou os bancos por fazerem uma certa pressão em relação ao Banco Central.
01:00E aí o Banco Central não consegue fazer a baixa da taxa Selic.
01:05A gente tem a declaração do ministro, declaração essa,
01:08que aconteceu durante um evento em São Paulo.
01:11Acompanhe.
01:11Eu não sei quando, eu não sou diretor do Banco Central.
01:15Se eu fosse, eu votava pela queda.
01:17Porque não sustenta.
01:1910% de juros real.
01:23Não faz sentido.
01:24Agora, eu tenho alergia de inflação.
01:28Eu sei o que a inflação provoca na vida das pessoas.
01:32Agora, tem razoabilidade.
01:34É, ele fala em razoabilidade.
01:40Também disse que os acionistas, ou melhor, os investidores e agentes do mercado financeiro
01:46têm que tomar cuidado, porque às vezes o remédio vira veneno.
01:51Ele também criticou a utilização do boletim Focus,
01:55boletim que é usado para fazer o número da inflação,
02:00para aumentar ou diminuir a inflação.
02:02Boletim esse também defendido inúmeras vezes pelo presidente do BC, Gabriel Galípolo.
02:08Conversei agora há pouco com o economista, Thiago,
02:11o economista Maurício Nacarrodo, sobre essa situação.
02:14Se ele acha que vão baixar os juros ou não.
02:17Ele diz o seguinte, que o Copom deve manter a Selic em 15% na reunião de novembro,
02:24reforçando um tom conservador para ancorar as expectativas de inflação
02:29e preservar a credibilidade diante dos riscos, especialmente riscos fiscais e eleitorais.
02:36E é essa a expectativa da maior parte dos especialistas em economia pela manutenção da taxa Selic.
02:45Outra fonte, que eu não vou revelar o nome, fez um comentário interessante,
02:49disse que seria um tiro no pé do Banco Central se a instituição tivesse a intenção
02:57de reduzir a Selic agora com essa declaração do Haddad, que aí não faria sentido.
03:03E, relembrando o que ele disse, ele tem alergia à inflação,
03:09então realmente é necessário buscar um remédio não só por parte do governo federal,
03:14mas de um trabalho em conjunto, porque a alergia disso todo mundo tem, né?
03:18É isso, a discussão da inflação e a taxa Selic amanhã teremos, claro,
03:23com essa aposta quase unânime do mercado na manutenção de 15% ao ano.
03:28Misael Manetti, com as informações aqui de São Paulo, até daqui a pouquinho,
03:31Cristiano Vilela e Nelson Kobayashi.
03:34Kobayashi, começo por você agora essa nossa rodada aqui.
03:38Parece que a fase de namoro com Gabriel Galípolo já se foi,
03:42e claro que o ministro da Fazenda foi questionado nesse evento em que ele esteve,
03:47falando sobre a taxa básica de juros.
03:48Agora, tem também aquela discussão sobre a Faria Lima,
03:53a Faria Lima que tem a ver com as questões das ações,
03:58de que forma o governo trava esse embate com o Banco Central,
04:02mesmo com o Gabriel Galípolo sendo nome de escolha do presidente Lula?
04:07Dá a impressão que a Faria Lima é o bicho-papão, né, Tiago?
04:10Essa fala do ministro Fernando Haddad tem razão.
04:14Eleições 2026, aí não importa se é o Gabriel Galípolo,
04:18não importa se foi indicado do próprio presidente Lula.
04:21Está chegando o momento do discurso ser afiado para colocar a culpa nos outros
04:25por qualquer coisa negativa.
04:27A taxa de juros está alta, isso é culpa do Banco Central.
04:29Se eu estivesse lá, Faria, diferente.
04:32Quando há pouquíssimos dias o ministro Fernando Haddad falou,
04:35e nós repercutimos aqui no jornal Jovem Pan que ele quer deixar o legado.
04:38Um dos legados dele, a taxa baixa de inflação na sua gestão,
04:45que não é fruto do seu trabalho, é fruto dessa taxa alta de juros do Banco Central
04:51que ele tanto critica.
04:53Desde 2022 nós estamos com a taxa básica de juros,
04:56a taxa Selic, nos dois dígitos, superando os 10%.
05:00E em razão disso é que ao longo do tempo nós fomos conseguindo diminuir
05:07a pressão inflacionária e a inflação e ainda assim não atingimos a meta,
05:12porque o meio da meta é muito baixo na faixa dos 3%.
05:15Mas ele celebra o resultado, critica a causa do resultado,
05:20que é o Banco Central.
05:21Isso aí em ciência de psiquiatria se chama bipolaridade.
05:26Olha, mas essa discussão é velha aqui no Brasil.
05:28Eu lembro no governo Fernando Henrique, ouvi Lela,
05:31essa discussão, remédio amargo, taxa de juros mais alta.
05:36De qualquer forma, fica esse embate que vai se propagar para o ano eleitoral também,
05:42porque é o que tudo indica, o Banco Central não vai reduzir,
05:44se reduzir vai reduzir muito pouco.
05:46Com certeza, Tiago.
05:47O fato é que todo mundo quer taxa de juros menor.
05:50Quem não quer?
05:51Claro que todo mundo quer.
05:52Agora, precisa de condições objetivas para que isso aconteça.
05:56A taxa de juros alta não está nessa posição à toa.
06:00Ela está nessa posição por uma série de fatores econômicos
06:03que obrigam o Banco Central, por responsabilidade,
06:07à manutenção desses patamares.
06:09Ora, enquanto o governo não fizer a lição de casa,
06:12e aí especialmente o próprio ministro Haddad,
06:14enquanto chefe da pasta econômica,
06:17nós não vamos ter uma mudança nesse quadro.
06:20E aí, Tiago, o que chama muito a atenção
06:22é a mudança de discurso do ministro Haddad.
06:26Fernando Haddad, que começou o terceiro mandato do presidente Lula,
06:30sendo talvez o adulto na sala,
06:32aquele que tinha uma voz ponderada,
06:34dialogava com diferentes setores,
06:37e que, ao longo especialmente desse ano,
06:40passou a adotar um discurso extremamente politizado,
06:43um discurso muito na linha das polêmicas
06:46trazidas pelo presidente Lula,
06:48e que fez com que Haddad se afastasse do centro político
06:52e se afastasse especialmente desse segmento do mercado
06:56que ele, na condição de ministro,
06:58deveria ser o primeiro a ter um bom diálogo,
07:01a manter uma boa conversa com um setor
07:04que é importante para a economia do país.
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