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A CPI do Crime Organizado será instalada no Senado, com forte atuação da oposição, que pretende investigar a expansão de facções e a infiltração na política. O Planalto (PT-DF) teme que a comissão, que inclui nomes como o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), se torne um palanque para expor a alegada leniência do Governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT-DF) no combate a grupos como PCC e CV.

Assista na íntegra: https://youtube.com/live/7IXp5ry2E88

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Transcrição
00:01Diante do desgaste gerado pela mega-operação no Rio de Janeiro, a base governista decidiu disputar nos bastidores a presidência da CPI do crime organizado que deverá ser instalada amanhã no Senado.
00:14O Planalto se articula para tentar barrar Flávio Bolsonaro que preside a Comissão de Segurança Pública e é até agora o favorito da oposição para o posto.
00:24A ideia dos conservadores é usar o colegiado para investigar a estrutura, a expansão e o financiamento de facções e milícias em todo o país, além de apurar a infiltração dessas organizações em instituições públicas.
00:39Esse movimento do governo acontece depois de aliados do presidente da República avaliarem que a CPI tem potencial para gerar maior desgaste para o Planalto do que na própria CPMI do INSS.
00:53Chamar os nossos comentaristas, Roberto Mota ao vivo no Rio de Janeiro, a postos preparado.
00:59Mota, seja bem-vindo, ótima noite a você.
01:02Em destaque a CPI que vai apurar a atuação do crime organizado e a disputa de partidos que olham para as pautas de segurança pública de maneira muito distinta, né Mota?
01:15A presidência ficar com o Partido A ou com o Partido B determina sucesso ou insucesso de uma CPI?
01:24Bem-vindo, Mota.
01:26Essa é uma excelente pergunta.
01:29Seja muito bem-vindo de volta, Caniato.
01:32Nós sentimos a sua falta aqui.
01:35Boa noite aos meus colegas de bancada, boa noite à nossa audiência.
01:37Quando foi que combate ao crime virou uma questão ideológica?
01:44Por que existem pessoas que estão sempre contra a polícia?
01:49Por que existem organizações e entidades que fazem a defesa do crime?
01:56Não é a defesa do indivíduo.
01:58Eu não estou falando da defesa de um réu no contexto de um processo criminal.
02:04Eu estou falando da defesa da atividade criminosa.
02:07É preciso responder a essa pergunta.
02:11E eu vou dar uma dica aqui.
02:13O discurso da esquerda brasileira sobre criminalidade e segurança pública
02:18é quase todo importado direto da esquerda americana.
02:23Essa importação é feita através de um ecossistema de ONGs,
02:28muitas delas financiadas em dólar por fundações dos Estados Unidos,
02:34como aquela fundação do senhor Jorge Soros.
02:38Quem quiser saber que bandeiras a esquerda brasileira vai levantar ano que vem
02:44na segurança pública, basta olhar o que está acontecendo hoje nos Estados Unidos.
02:51Pois é, CPI do crime organizado em destaque na abertura de Os Pingos nos Is,
02:55o Dávila, Luiz Felipe Dávila ao vivo com a gente.
02:58Dávila, seja bem-vindo, uma ótima noite a você.
03:01As autoridades acordaram para as temáticas que envolvem segurança pública
03:06ou parece muito conveniente esse tipo de debate agora?
03:09Bem-vindo e suas expectativas para essa CPI que deverá ser instalada amanhã.
03:13Boa noite, Caniato, Mota, Beraldo e muito bem-vindo de volta a nossos Pingos nos Is, Caniato.
03:21Sentimos muito a sua falta aqui, como bem disse o Mota.
03:25Olha, essa história de CPI é, na verdade, uma perda de tempo.
03:31Por quê?
03:31Porque o Brasil precisa combater o crime organizado.
03:36Este combate ao crime organizado precisa de leis, atitudes e posicionamento do governo,
03:44tanto federal como os governos estaduais, completamente diferentes do que certa questão de segurança pública.
03:51Crime organizado é máfia, é uma guerra civil, é outra história.
03:57Portanto, politizar isto numa CPI não vai trazer nenhuma grande solução.
04:03Nós já sabemos o que é preciso ser feito.
04:06Nós precisamos aumentar as penas para o tipo de crime organizado.
04:12Nós precisamos melhorar, sim, a qualidade do serviço público nessas comunidades,
04:19porque senão o crime organizado sempre vai ter freguês.
04:23No sentido, já que o Estado não presta um bom serviço na segurança, na saúde, na infraestrutura,
04:28o crime organizado acaba fazendo isso.
04:30E máfia tem a ver também com algo muito importante,
04:35que é a criação do que nós já falamos aqui da pena na Itália, a lei anti-máfia,
04:41o fast track legal, ou seja, precisa ter rigor de penas,
04:45cumprimento efetivo da pena, long, cárcere duro, isso é prisão de segurança máxima,
04:52e precisa criar a tal Agência Nacional Anticrime Mafioso,
04:57que é fundamental para combater o crime organizado.
05:00Ou seja, nós já sabemos o conjunto de leis, de ações, de atitudes que o Brasil precisa tomar
05:07para enfrentar o crime organizado.
05:10Misturar este debate com a questão de segurança pública é deixar de lado o combate à máfia,
05:17ao crime organizado, e isso, Caniato, vai continuar custando não só centenas de vidas todos os anos,
05:26como também vai pavimentar o caminho para o Brasil se tornar um narco-estado.
05:32Pois é, amanhã acontece essa sessão de instalação da CPI do crime organizado no Senado Federal.
05:39Cristiano Beraldo ao vivo com a gente vai trazer também suas impressões,
05:43expectativas para essa CPI, que deve discutir muitas questões que envolvem
05:48as facções criminosas que não surgiram ontem, né, Beraldo?
05:52Então vai ter uma porção de coisas para serem debatidas e analisadas nessa CPI.
05:57O que é preciso considerar a partir da instalação dessa comissão?
06:01Bem-vindo, boa semana.
06:02Obrigado, Caniato.
06:05Bem-vindo a você.
06:06De volta aqui à nossa casa, aos Pingos nos Isis.
06:08Espero que tenham aproveitado as férias.
06:10Boa noite ao Mota, ao Dávila, audiência que prestigia diariamente os Pingos nos Isis.
06:15Caniato, veja, a preocupação do governo não é com o tema em si.
06:20A preocupação do governo, que sabe muito bem que as CPIs são manipuláveis,
06:26que os deputados e senadores são sempre muito sensíveis ao bolso,
06:30sobretudo às vésperas de um ano eleitoral.
06:33O governo continua podendo, não bloquear, mas criar problemas, atrasos, complicações,
06:39liberação de emendas parlamentares.
06:41Tem sempre aquela indicação que pode ou não pode sair.
06:45Tem agora a indicação para o Supremo Tribunal Federal,
06:48que pode ser usado como moeda de troca para que o senador Davi Alcolumbe
06:52possa ali fazer algum movimento que preserve o governo.
06:55Então tudo isso o governo sabe usar e usa muito bem.
06:59Veja, nós temos andando a CPMI do INSS, que nós tratamos nessa CPI,
07:07ou pelo menos o Congresso trata nessa CPMI, da investigação do roubo de aposentados.
07:13Bilhões de reais que foram retirados na mão grande da aposentadoria de aposentados brasileiros.
07:21Um escândalo absurdo.
07:24Não apenas pelas cifras bilionárias, mas porque estamos falando do roubo de idosos,
07:31pessoas que passaram a sua vida contribuindo com o Brasil, recolhendo seus impostos,
07:37e que quando achavam que usufrui de uma aposentadoria tranquila,
07:41vem lá a mão grande dos amigos do governo e toma parte dessa grana,
07:45coloca esses aposentados em dívida através dos consignados,
07:49que é um outro escândalo, maior do que esse que está sendo investigado,
07:52e por aí vai.
07:54Então o governo não tem medo de CPI ou de CPMI.
07:59O governo tem medo de defender o indefensável,
08:03de defender uma bandeira que as pesquisas feitas após a operação da última terça-feira no Rio de Janeiro
08:11demonstram que a população brasileira não quer ver defendida.
08:18A população brasileira, na sua maioria, está farta de ver bandido se dar bem,
08:25está farta de viver refém do medo.
08:29Portanto, o governo estará numa posição de ver ali pessoas sendo chamadas
08:35com as quais eles têm longa convivência, que eles conhecem o histórico, conhecem a ficha corrida,
08:42que vários membros do governo, sobretudo esses que estão lá no Congresso Nacional,
08:48já por várias vezes saíram aí para dar declarações de proteção,
08:54dar declarações de que estão sensibilizados com o sofrimento desses marginais bandidos criminosos.
09:00A gente precisa lembrar que quando houve a CPI do MST na Câmara dos Deputados,
09:07que investigava invasor de terra, um grupo que não respeita o direito à propriedade privada,
09:15que é um direito sagrado, é um direito que está entre os pilares necessários, fundamentais,
09:22para a existência de um Estado democrático de direito.
09:26Mas havia nessa CPI do MST um grupo de parlamentares que defendiam descaradamente,
09:35inclusive um padre que estava lá na Câmara dos Deputados defendendo o bandido invasor de terra.
09:44Portanto, como eles não têm nenhuma vergonha de defender o indefensável,
09:51eles estão prontos para ir para a CPMI ou para a CPI defender essas organizações criminosas,
10:00para ir lá demonizar a polícia, para ficar avançando em cima do direito da população
10:07de se ver protegida pelo poder público.
10:11Entretanto, eles sabem que este tipo de defesa, às vésperas do ano eleitoral,
10:17terá um peso muito grande, proporcionará uma perda muito grande
10:24de qualquer apoio que eles esperam ter, sobretudo na campanha de reeleição do presidente da República.
10:30Pois é, falando dessa CPI que vai ser instalada amanhã, provavelmente,
10:34mas também das várias discussões que acontecem no cenário político,
10:38nota de tempos em tempos, após um crime de grande repercussão,
10:43um fato muito importante, muito relevante,
10:46a classe política se aproveita dessa situação para tentar promover mudanças.
10:53Deputados apresentam projetos, ou sugestão de instalação de uma comissão,
10:57vamos fazer uma audiência pública, isso faz parte do jogo político.
11:01Então, o uso político desse tipo de temática faz parte do jogo.
11:06Você não acha que a gente está diante de uma super oportunidade,
11:09uma baita oportunidade, como há muito tempo não se via,
11:12de aproveitar essa janela de oportunidade e promover mudanças substanciais na legislação, Malta?
11:19Não há dúvida disso, Caniato.
11:22Eu acho que se abriu uma janela de oportunidade gigantesca,
11:28tão grande quanto inesperada.
11:30Quinze dias atrás, ninguém podia imaginar que essa janela ia se abrir.
11:35Agora, para que ela possa ser bem aproveitada,
11:40é preciso que as ideias certas sejam colocadas na mesa.
11:44Não adianta vir com aqueles mesmos projetos populistas de sempre,
11:50que são como se fosse o equivalente a um band-aid,
11:54para quem está precisando de uma cirurgia,
11:57e sempre um band-aid populista.
12:00O trabalho de uma CPI é político.
12:03Então, talvez, a missão importante para essa CPI
12:10seja aprofundar um pouco mais o olhar sobre potenciais ligações
12:16entre o mundo da política e o mundo do crime.
12:21O fato do qual a gente não pode fugir,
12:24porque está diante de nós todos os dias,
12:27é que há muitos políticos que sempre se posicionam
12:33contra qualquer tentativa de endurecimento da legislação penal.
12:39São políticos que fazem discursos defendendo o fim da polícia militar,
12:45defendendo a descriminalização das drogas,
12:49dizendo que nas regiões comandadas pelos traficantes,
12:53lá as regras são diferentes.
12:56A gente tem que entender isso.
12:58Então, talvez valesse a pena para essa CPI,
13:02com toda calma, com toda serenidade,
13:07com toda elegância, sem usar palavreado chulo,
13:11com absoluta calma,
13:14examinar de onde vêm essas defesas
13:18de pautas que são tão impopulares.
13:20A gente acabou de ver várias pesquisas
13:22mostrando que a esmagadora maioria da população
13:27tem repulsa aos criminosos,
13:29apoia a polícia,
13:31apoiou essa operação no Rio de Janeiro.
13:34Não custa lembrar um detalhe.
13:37Uma reflexão que vale a pena a gente fazer
13:39e que eu postei ontem no X.
13:42os partidos e os políticos
13:45que são sempre bem recebidos
13:49em áreas controladas por traficantes e terroristas,
13:54na verdade, eles estão sendo bem recebidos
13:57por traficantes e terroristas.
14:00Pois é, Davila, você sempre defendeu
14:02um macabouço de medidas,
14:05uma mudança substancial na legislação,
14:07um pacote de antimáfia.
14:08Você, reiteradas vezes,
14:11defendeu esse tipo de mudança,
14:13mas você entende que há, primeiro,
14:15vontade política.
14:16O que aconteceu no Rio de Janeiro,
14:18a mega-operação,
14:20os índices, principalmente das pesquisas
14:23que foram reveladas,
14:24que apontam o apoio maciço da população,
14:28inclusive, a população que mora nas comunidades,
14:30que apoiam esse tipo de manifestação,
14:33esse tipo de ação por parte da polícia.
14:35Você acha que esse conjunto de informações
14:38ajuda, inclusive, os parlamentares a avançarem
14:42para tentar chegar próximo a isso que você defende?
14:46Deveria ajudar, Caniato,
14:48se nós estivéssemos no primeiro ano de mandato,
14:51mas às vésperas de uma eleição,
14:54todo o palco é lugar para constranger o adversário,
14:59mostrar como você se diferencia do outro
15:02e não resolver problemas reais.
15:05Vou dar aqui um exemplo.
15:08Foi debatida, aventada,
15:09a criação da Agência Nacional Anticrime Mafioso,
15:12que é algo fundamental,
15:13é algo que funciona na Itália
15:15e é indispensável.
15:17E foi completamente massacrada
15:19pelo corporativismo,
15:21principalmente da Polícia Federal,
15:22jogando contra a criação de uma instituição como essa.
15:25Então, assim,
15:26por exemplo,
15:27outra coisa,
15:28todo mafioso,
15:29nesse cárcere duro,
15:31que ele chama essa pena dura,
15:33precisa cumprir prisão
15:34em prisão de segurança máxima.
15:37Precisa ter prisão perpétua,
15:39não pode ter visita.
15:42Agora,
15:43existe uma enorme resistência,
15:45como você sabe,
15:45essas coisas no Brasil.
15:47Então, assim,
15:48se você par do ponto
15:49que as medidas tomadas
15:51em outros países
15:52que deram resultado
15:54não vão ser adotadas aqui
15:55por questões
15:56político-eleitorais,
15:58porque, na verdade,
15:59no ano eleitoral
15:59ninguém quer mexer nesse vespeiro,
16:02a direita quer,
16:03a esquerda não quer,
16:04não vai sair nada.
16:05Então, vai virar mais um ringue
16:06de disputa
16:07político-eleitoral.
16:09E isso é perder tempo.
16:11É urgente a questão
16:13de combater o crime organizado.
16:14Nós precisamos de uma estratégia clara,
16:17estratégia
16:17de restabelecer
16:19controle territorial,
16:21estabelecer
16:22a presença do Estado
16:23nessas comunidades
16:24prestando serviço
16:25de qualidade,
16:27desmantelar
16:28o crime organizado.
16:29Se você não tem
16:29o tal do fast track,
16:30que é outro mecanismo
16:31usado para um julgamento rápido
16:33dos membros
16:34das organizações mafiosas,
16:37o que acontece,
16:38Canhato?
16:39Quanto mais lento
16:40for o sistema de justiça,
16:42mais suscetível
16:43a corrupção
16:44e a cooptação.
16:45E eles beneficiam isso.
16:47Isso ajuda
16:48o crime organizado
16:49a se instalar
16:50nas paredes do Estado,
16:52na política,
16:53na justiça.
16:55Portanto,
16:56nós sabemos
16:57o que é preciso
16:58ser feito
16:58para enfrentar
17:00o crime organizado.
17:01O problema
17:02é que não há
17:03disposição política.
17:05O que há
17:06é mais um fórum
17:07para se debater
17:09eleitoralmente
17:10duas visões
17:12distintas de mundo.
17:14Daqui a pouco
17:14a gente vai trazer
17:15informações
17:16de uma nova pesquisa
17:17que foi realizada
17:18que reforça
17:20o apoio
17:20da população
17:21a operações
17:23como a realizada
17:24na semana passada
17:25no Rio de Janeiro.
17:27E, além disso,
17:27também dados
17:28importantes
17:29sobre
17:29as características
17:31daqueles
17:32que foram eliminados
17:33na operação
17:35da semana passada.
17:36Informações importantes.
17:37Fique aqui
17:37na sintonia
17:38da Jovem Pan.
17:39Você, Beraldo,
17:40todas essas informações
17:41que corroboram
17:43com a operação
17:43realizada
17:44na semana passada
17:45não pressionam,
17:46inclusive,
17:47grupos políticos
17:48que criticaram
17:50horas depois
17:51a operação
17:52realizada
17:53na semana passada
17:54porque caiu
17:55por terra
17:55as justificativas
17:56dadas
17:57e as defesas
17:58que foram utilizadas
17:59por esses grupos,
18:00não?
18:02Sem dúvida,
18:02Caneto.
18:03Só que nós
18:03precisamos observar
18:04que tem dois movimentos.
18:05Um é o movimento
18:06público.
18:07A esquerda
18:07é muito bem
18:08organizada
18:09do ponto de vista
18:09da militância,
18:10sobretudo militância
18:11digital,
18:12para ir formando
18:12determinadas narrativas.
18:15Então,
18:15você imediatamente
18:17começou a ver
18:19esses grupos
18:20indo para as redes sociais,
18:22manifestando
18:23um repúdio imenso
18:25à operação,
18:26à atuação
18:27dos policiais,
18:28à operação
18:29como um todo,
18:30que aquilo ali
18:30era uma chacina,
18:31isso e aquilo.
18:32Depois você teve
18:32uma comitiva
18:33de parlamentares
18:34da esquerda
18:35que foram até
18:37ali receber
18:37de tapete vermelho,
18:39que era para ter
18:40um simbolismo
18:41ainda maior,
18:42quer dizer,
18:42o governo,
18:43as autoridades
18:44estão do lado
18:45do povo
18:46sofredor
18:47da favela,
18:48o preto,
18:49pobre,
18:50que foi
18:50massacrado
18:52pela polícia
18:53opressor.
18:53É aquela conversa
18:54fiada que a gente
18:55conhece de trás
18:57para frente.
18:58E isso tudo
18:58vai sendo replicado
19:00para,
19:01se não convencer
19:02boa parte
19:03das pessoas,
19:05apesar de que
19:05muita gente embarca,
19:07inclusive apresentador
19:08famoso de canal
19:09de televisão
19:10fez um discurso
19:11lá falando
19:13que eram
19:13120 pobres
19:14coitados,
19:16pobres coitados
19:16com ficha corrida,
19:18pobres coitados
19:18com vínculo
19:19com facção criminosa,
19:21mas ainda assim
19:22pobres coitados,
19:23tadinhos lá
19:24com um fuzilzinho
19:25assim no meio
19:26da mata,
19:27tadinhos deles,
19:28não tinham opção,
19:29tinham que ficar lá
19:29com o fuzil na mão.
19:30Então,
19:31isso tudo
19:32faz parte
19:32desse esforço
19:33de criar
19:34esse ambiente
19:35no mínimo
19:36de dúvida
19:36entre as pessoas.
19:38Puxa vida,
19:39será que realmente
19:39precisava disso tudo?
19:41Será que ao invés
19:42de 120
19:42não dava
19:43para matar 119?
19:45Sempre tem aquela vida
19:45ali que podia ter salvado
19:47ou não salvou?
19:48Então vem essa conversa
19:49toda.
19:49O problema
19:50é que os números
19:51são assim
19:52muito claros.
19:54Porque o que o Brasil,
19:55o que não o Brasil,
19:56o que o brasileiro
19:57vive hoje
19:58no Brasil
19:59é algo
20:00absolutamente
20:01inaceitável
20:02num país
20:03que queira
20:04se considerar
20:06civilizado.
20:07Caniato,
20:08você fez uma viagem
20:09agora de 15 dias
20:10por países
20:11da Europa.
20:13Em todos os lugares
20:14que você foi,
20:15eu tenho certeza
20:16que você
20:17se deparou
20:18com uma realidade
20:19onde o que acontece
20:21no Brasil
20:21é absolutamente
20:23inconcebível.
20:25O medo
20:26que as pessoas
20:27andam na rua
20:28no Brasil
20:29não existe
20:30nesses países.
20:32Por mais que Londres
20:34tenha
20:34hoje
20:35se tornado
20:37uma capital
20:37bem mais perigosa
20:39do que já foi,
20:40Paris tem os seus problemas,
20:42mas esse
20:43constante
20:44estado de medo
20:46onde as pessoas
20:47estão tirando
20:48aliança,
20:50onde você tem
20:51que ter cuidado
20:51com o tênis
20:52que você coloca
20:53para andar na rua,
20:55onde de repente
20:56num assalto
20:57um pai
20:58perde uma filha
21:00com um tiro
21:00na cabeça
21:01simplesmente
21:03porque
21:03um bandido
21:05ficou nervoso,
21:06achou isso,
21:06achou aquilo
21:07e dá um tiro
21:08na cabeça
21:08um taxista
21:09que entra
21:10numa farmácia
21:11e de repente
21:14toma um tiro
21:15na cabeça
21:16e morre ali.
21:18Aquela cena,
21:19Caniato,
21:20que nós comentamos
21:21aqui no passado,
21:22na 25 de março,
21:24um motoqueiro
21:25que de repente
21:26foi perseguido
21:27e aí
21:28no assalto
21:29ele toma
21:30um tiro
21:30na cabeça
21:31e o que mais
21:32impressiona
21:33naquela cena
21:34ele cai
21:35já ali morto
21:36ou quase morto
21:37e a vida
21:38continua.
21:39Alguém deu um tiro,
21:40um caiu,
21:42as pessoas
21:42vão olhar,
21:43o outro vai ali
21:43meio distante,
21:45ninguém quer chegar perto
21:46e quem estava atrasado
21:47continua correndo,
21:48quem tinha outra coisa
21:49para fazer,
21:50vai fazer
21:50e fica por isso mesmo.
21:52Esta realidade
21:53não existe
21:55em país civilizado,
21:56o Brasil
21:56não é mais civilizado.
21:59Aliás,
22:00o príncipe William
22:01que chegou hoje
22:02no Rio de Janeiro,
22:03eu espero
22:04que tenha
22:05oportunidade
22:06de ter
22:06um mínimo
22:07contato
22:07com a realidade
22:08brasileira
22:09para que ele volte
22:10para a Inglaterra
22:12ciente
22:13da conversa
22:14fiada
22:15que estão contando
22:16em relação
22:18ao Brasil,
22:18em relação
22:19à COP30,
22:20em relação
22:21ao que acontece
22:22no país.
22:22então isso
22:23é tudo
22:24absolutamente
22:25inaceitável
22:26e quando a gente
22:26olha o discurso
22:27caniato,
22:28essas pessoas
22:29estão tentando
22:30confrontar
22:31algo que o brasileiro
22:32não aguenta mais
22:34e eu tenho
22:35certeza que
22:36nessa discussão,
22:37nesse embate,
22:39prevalecerá
22:40este sentimento
22:41completo,
22:42absoluto,
22:44que prevalece
22:44na sociedade
22:45brasileira.
22:46Não se pode
22:47mais tolerar
22:48a criminalidade
22:49do jeito
22:50que se fez
22:50no Brasil.
22:50Rápida parada
22:52para você
22:53que nos acompanha
22:53pela rede.
22:55Nós seguimos
22:55aqui debatendo
22:56e trazendo
22:57as informações.
22:59Trouxemos
22:59a notícia
23:00da instalação
23:01da CPI
23:02que vai apurar
23:03principalmente
23:05duas facções
23:07criminosas
23:07que são
23:08as maiores,
23:10que atuam
23:10praticamente
23:11em todo
23:11o território
23:11nacional,
23:12mas também
23:13outros aspectos
23:14que envolvem
23:14o crime
23:15organizado.
23:16E aí
23:16outros detalhes
23:18que precisam
23:18ser
23:18debatidos
23:19e analisados.
23:20Mota,
23:21o Beraldo
23:21mencionou
23:22essa viagem
23:22que eu fiz
23:23à Europa
23:24e naturalmente
23:25no meio
23:26dessa viagem
23:26as informações
23:28sobre a mega
23:29operação
23:29do Rio de Janeiro
23:30chegaram lá.
23:31Para eu explicar
23:32para estrangeiros
23:34que sabiam
23:34que eu era brasileiro,
23:36explicar aquela situação,
23:37o que acontece
23:39no Brasil
23:39e uma operação
23:41bem sucedida
23:41com mais de 100 mortes,
23:43para tentar explicar.
23:44Muitos perguntavam
23:46o Brasil está
23:46em guerra civil?
23:47Falei,
23:48está,
23:48mas há muito tempo.
23:50E aí
23:50eu repetia
23:51uma informação
23:51que vocês
23:52compartilham
23:53quase que semanalmente
23:54aqui dos 40 mil mortos
23:55aqui no Brasil
23:57por ano.
23:58As pessoas
23:58quase caíam
23:59para trás.
24:00Então,
24:00para explicar
24:01a situação
24:01que nós vivemos
24:03e essa
24:04operação policial,
24:06as pessoas
24:07não acreditavam,
24:07porque geralmente
24:08a interação
24:09é Brasil,
24:10futebol,
24:11carnaval,
24:12Copacabana,
24:13Ipanema,
24:14são aquelas coisas
24:14que tradicionalmente
24:16os estrangeiros
24:17querem tratar
24:18e interagir
24:19com os brasileiros.
24:20Mas,
24:20nessa minha viagem,
24:22ficaram curiosos
24:22para saber
24:23dessa operação.
24:24Mas,
24:25Mota,
24:25pegando um aspecto
24:27destacado pelo Beraldo,
24:28as narrativas
24:29que eram usadas,
24:30principalmente por grupos
24:31progressistas,
24:33grupos políticos
24:33mais à esquerda,
24:35caíram por terra,
24:36eles precisaram
24:37ajustar o discurso.
24:38Você já identificou
24:39uma mudança
24:41nessa estratégia
24:42de comunicação?
24:43Porque,
24:43assim,
24:44aquelas pesquisas
24:45praticamente inviabilizaram
24:47as justificativas
24:48que eram dadas
24:48até hoje.
24:49Mota,
24:49um minuto e meio,
24:50por favor.
24:52Essas narrativas
24:53já caíram por terra
24:54há muito tempo,
24:55Caniata,
24:55há uns 20 anos,
24:57mas isso não significa
24:58nada,
24:58elas continuam
24:59sendo apresentadas
25:01por boa parte
25:02da mídia,
25:02por autoridades,
25:04para eles
25:04não faz diferença
25:05nenhuma
25:05a realidade
25:07ou a narrativa.
25:09O que eu acho
25:09que aconteceu
25:10de diferente,
25:12foi um divisor
25:13de águas,
25:13na minha opinião,
25:14nessa operação
25:15do Rio,
25:16foi o preparo
25:18da polícia,
25:19o preparo,
25:20inclusive do governador
25:22do estado do Rio de Janeiro,
25:24de todos os policiais
25:25que falaram,
25:27o preparo,
25:28a clareza,
25:29a articulação
25:30e a coragem moral.
25:33Eu acho que
25:34poucas vezes
25:35eu vi
25:36autoridades
25:37da segurança pública
25:39dizendo
25:40o que deveria
25:41ser dito,
25:43com elegância,
25:44sem recorrer
25:45a nenhum
25:46vocabulário
25:47chulo,
25:48se expressando
25:49com clareza,
25:49mas com firmeza
25:51moral.
25:52E essa
25:53firmeza moral,
25:54eu percebi,
25:55contaminou
25:56uma parte
25:57da mídia
25:58que começou
25:59as notícias
26:02sobre a operação
26:03falando
26:04de uma forma,
26:06quando percebeu
26:07o que estava
26:08acontecendo,
26:10deu uma volta
26:11de 180 graus.
26:13Então,
26:13eu acho que
26:14isso foi
26:15um momento histórico
26:16que eu espero
26:17que marque
26:18uma virada.
26:19Pois é,
26:19importante
26:20essa pontuação
26:22do moto
26:22em relação
26:23à cobertura
26:24feita.
26:25Quero só chamar
26:25atenção,
26:26para você que nos acompanha,
26:27para a enquete do dia
26:28que trata
26:29daquela mudança
26:30na legislação.
26:32Mudar
26:33a legislação
26:34e equiparar
26:34facções
26:35como grupos
26:35terroristas.
26:36Se puder,
26:37vote na enquete
26:37que está publicada
26:38no portal
26:39da Jovem Pan.
26:41Recebendo toda
26:42a rede
26:42Jovem Pan,
26:43as notícias
26:44mais importantes
26:45do dia,
26:45sempre com a análise
26:46dos nossos comentaristas,
26:47passar para o Luiz Felipe Dávila
26:49para também
26:50fazer uma análise
26:51sobre a percepção
26:53também
26:53da mídia,
26:55né, Dávila.
26:55Houve uma mudança
26:56importante,
26:57acho que o Mota
26:58trata dessa questão,
27:00porque se você
27:00analisa
27:01a maneira
27:01como
27:02os principais
27:04veículos
27:04trataram da questão
27:06no dia
27:06da operação
27:08e nos dias
27:09seguintes,
27:10houve uma mudança
27:11e um ajuste,
27:12inclusive no editorial,
27:13né?
27:14Caíram na real?
27:16Não dá
27:17para brigar
27:17contra a maioria
27:19da opinião
27:20pública,
27:20Caniata.
27:21A maioria
27:21da opinião
27:22pública,
27:22no momento
27:23que fizeram
27:24as tais
27:25pesquisas
27:26e enquetes,
27:27deu apoio
27:28disparado
27:29à operação
27:30no Rio de Janeiro.
27:31Aliás,
27:32quanto mais
27:33no olho
27:33do furacão
27:34maior o apoio
27:36nas comunidades
27:37chegou
27:37a oitenta
27:38e seis
27:39por cento
27:40e aí
27:41quanto mais
27:42distante,
27:42aí chega em Brasília,
27:44principalmente no Congresso,
27:45na bancada da esquerda,
27:46aí cai para
27:47vinte,
27:48trinta
27:48na apoio,
27:49né?
27:50Quando,
27:50se chegar a isso,
27:51vai ver que o
27:52o Datamota
27:53colheu que não chegou
27:54nem nos dois por cento
27:55na bancada da esquerda.
27:57Mas o fato é isso,
27:58quanto mais distante
27:59da cena,
28:00menos apoio.
28:01As pessoas que vivem
28:03no olho do furacão
28:04querem a volta
28:06da ordem,
28:07querem segurança,
28:08querem levar a vida
28:09de cidadão
28:10de bem
28:11e, para isso,
28:12o Estado brasileiro
28:14precisa recuperar
28:16esses territórios
28:17que hoje são controlados
28:19pelo crime organizado.
28:20Daí, Canhato,
28:21a estratégia,
28:22como eu venho
28:23enfatizando,
28:24totalmente diferente
28:25de combater bandido.
28:27Combater crime organizado
28:28é outro jogo,
28:30é uma guerra.
28:31precisa de outras armas,
28:34não só estratégia militar,
28:37estratégia de segurança,
28:39regime penal,
28:41tudo diferente.
28:42É outra história.
28:44E parte pela qual
28:46o crime organizado
28:47vem avançando tanto
28:48é porque nós tratamos
28:50da mesma coisa,
28:50do cara que rouba celular
28:52ao crime organizado.
28:53São coisas
28:53completamente diferentes.
28:55e esta atitude
28:57que hoje
28:58no Congresso reina
28:59misturar as duas coisas,
29:00tudo vira facção criminosa,
29:02vira política de segurança,
29:04está errado.
29:06São duas coisas diferentes.
29:07Nós precisamos combater
29:08os problemas
29:10da segurança pública
29:11e nós precisamos
29:13enfrentar a máfia,
29:15o crime organizado.
29:16porque se nós
29:17continuarmos confundindo
29:19essas duas coisas,
29:20Caniato,
29:20a única coisa
29:21que acontece
29:22é que o crime organizado
29:24cada vez ganha
29:25mais poder,
29:27território
29:27e infiltração,
29:29tanto na política
29:30como na justiça
29:32e nos negócios legais.
29:33Pois é,
29:35deixa eu só
29:36passar para o Cristiano Beraldo
29:37que tem um aspecto
29:38importante
29:39que diz respeito
29:40àquela janela
29:41de oportunidade
29:42que o Mota mencionou
29:43no início do programa,
29:44Beraldo,
29:45e é preciso lembrar
29:46das manifestações
29:47de 2013,
29:48aquele movimento
29:49que começou em 2013,
29:51aquilo foi crescendo,
29:52crescendo
29:53e muitos consideram
29:54que todo aquele movimento
29:56culminou no impeachment
29:57de Dilma Rousseff
29:58três anos depois,
29:59praticamente,
30:00em 2016.
30:01não comparando
30:03exatamente
30:04os dois movimentos,
30:05mas, assim,
30:06praticamente as pautas
30:07de segurança pública
30:08e esses debates
30:09tomaram conta
30:10da imprensa.
30:11Desde a semana passada
30:12só se fala nisso.
30:14E aí, naturalmente,
30:15o Congresso Nacional
30:17acaba se aproveitando
30:18também
30:19dessa oportunidade.
30:20O Dávila menciona
30:21a dificuldade
30:22em promover mudanças
30:23robustas
30:25no final
30:25de uma legislatura.
30:27Você não acha
30:27que mesmo assim,
30:28mesmo olhando
30:29para o cenário eleitoral
30:30do ano que vem,
30:32não temos uma grande
30:32oportunidade
30:33de promover mudanças
30:34importantes
30:35na legislação,
30:36Beraldo?
30:38Não.
30:39Nós não precisávamos
30:40nem dessa operação
30:41para ter essa oportunidade,
30:42Caniato.
30:43É irracional
30:44nós observarmos
30:46o que acontece
30:46no Brasil
30:47nas últimas duas décadas
30:49e não percebermos
30:52a urgência
30:53na mudança
30:54da legislação penal.
30:56só que as mudanças
30:58que foram acontecendo
31:00elas foram
31:01no sentido
31:02de alisar,
31:03de passar a mão
31:04na cabeça
31:05dos criminosos.
31:06A gente
31:07viu o Brasil
31:08caminhar
31:09na direção oposta
31:10do razoável,
31:11da lógica.
31:13Hoje,
31:13o que nós temos,
31:14primeiro,
31:16quando você olha
31:16para aquelas manifestações
31:18lá de 2013,
31:192014,
31:20essas manifestações
31:21aconteceram
31:22quando as pessoas
31:23queriam dar um basta
31:24na corrupção,
31:26queriam dar um basta
31:27num país inviável
31:28que o Brasil
31:29tinha se tornado
31:30custo de vida alto,
31:31as pessoas com
31:32baixo poder aquisitivo
31:34e as pessoas
31:35queriam extravasar
31:36aquilo.
31:37E elas puderam
31:38ir para a rua,
31:39se reunir
31:40em manifestações
31:41que foram
31:41cada vez maiores
31:43e depois colocaram
31:44a presidente da república
31:45naquele momento
31:46como a responsável
31:48pelo desastre
31:49que o Brasil vivia.
31:51Só que hoje,
31:52Caniato,
31:52quando você olha
31:53para esse
31:53perdão,
31:54esse tema
31:55da violência,
31:57da criminalidade,
31:59quem é que tem
32:00coragem de ir
32:01para a rua?
32:02Vamos fazer
32:03uma manifestação
32:04ali na Avenida Paulista,
32:06na Nossa Senhora
32:07de Copacabana,
32:08na Avenida Atlântica
32:08no domingo,
32:09com a foto
32:10do Doca?
32:12Quem é que vai estar
32:12no pelotão de frente
32:13em cima do carro
32:14de som,
32:15falando
32:15tem que matar
32:16o Doca?
32:17Não tem gente
32:18para fazer isso não,
32:19porque eles sabem
32:21que para vir um drone
32:22jogar uma bomba
32:23em cima desse carro
32:24de som
32:25não custa
32:25muita coisa.
32:27Nós estamos
32:27vivendo
32:28na absoluta
32:31insegurança.
32:32Esse tema
32:33da criminalidade
32:34se tornou
32:35um tema
32:36que tem
32:37consequências
32:38devidas
32:39para as pessoas
32:40que entram
32:40nesse enfrentamento.
32:42Então,
32:42a gente está
32:43diante de um problema
32:44que deveria haver
32:46consciência
32:47por parte do governo,
32:48deveria ter consciência
32:50por parte da maioria
32:51do Congresso,
32:52porque há de uma parte
32:53importante,
32:53mas não da maioria,
32:55e mudar por completo
32:56a forma de se tratar
32:57criminoso no Brasil.
32:59Mas o que nós
33:00observamos logo
33:01depois da operação,
33:02Caniato?
33:03Primeiro,
33:04o ministro da Justiça
33:06desautorizando
33:08o diretor-geral
33:09da Polícia Federal.
33:10Tomou um pito público
33:12porque disse
33:13que foi consultado
33:14ou foi informado
33:16sobre a operação,
33:17mas achou
33:17que não tinha
33:18como a Polícia Federal
33:20ajudar.
33:21Tomou um pito público,
33:23não pela resposta
33:24de dizer que não tinha
33:24como ajudar,
33:26mas o ministro
33:27foi dizer
33:28que, na verdade,
33:30e comunicação
33:31de subalterno
33:32não importa.
33:34Que o que vale
33:35é comunicação
33:36com o primeiro escalão,
33:37com ele,
33:38o governador,
33:39com o ministro,
33:39com o presidente
33:40da República,
33:41demonstrando
33:42que não
33:43há autonomia
33:45da Polícia Federal
33:46nesse momento
33:47no Brasil.
33:47só que as pessoas
33:49assistem a isso
33:50de forma pacífica,
33:52serena,
33:52tranquila.
33:54Ninguém foi pra cima
33:55desse ponto
33:55que é fundamental
33:57para que a Polícia Federal
33:59possa fazer o trabalho
34:00para o qual ela foi
34:01concebida pra fazer.
34:02Ela não está fazendo
34:03porque o ministro
34:04deixou claro
34:05que ele não fez.
34:05Se não falar com ele,
34:06não combinar primeiro,
34:07não vai fazer nada.
34:09Depois,
34:10nós temos
34:11essa
34:12reação
34:14que houve
34:14do próprio
34:15Supremo Tribunal Federal
34:16que hoje está
34:16em visita lá
34:17com o governador.
34:20Criou-se primeiro
34:21o governo federal,
34:21criou lá
34:22o grupo de trabalho
34:24e tal,
34:25o governador
34:25com aquela cara
34:26de ontem
34:27na entrevista
34:28coletiva
34:29com o ministro
34:29da Justiça,
34:30aí hoje está lá
34:31o ministro
34:32do Supremo Tribunal Federal
34:34fazendo a visita
34:35ao Rio de Janeiro.
34:36Vocês acham
34:37que o ministro
34:38está incentivando
34:39o governador?
34:40Vocês acham
34:40que o ministro
34:41foi até lá hoje?
34:42Porque,
34:43de novo,
34:43nós estamos falando
34:44de 40 mil homicídios
34:45por ano.
34:46Morreram 120 naquele dia,
34:48mas já morrem
34:48em média 100 no Brasil.
34:50Não mudou em absolutamente
34:51nada a nossa estatística.
34:53A única coisa
34:54que mudou
34:55é que dessa vez
34:55foram 100 bandidos
34:57criminosos
34:57que morreram.
34:59Fora os quatro
35:00heróis da polícia
35:02que perderam a vida
35:03no combate.
35:04Então,
35:05o governador
35:06já está recebendo
35:07todas as pressões
35:09do mundo
35:09para recuar,
35:10para que não haja
35:11uma segunda operação,
35:13para que o combate
35:14ao crime
35:14não se dê
35:15da forma
35:16que ela precisa se dar,
35:17que é enfrentar a guerra
35:18pelo que ela é,
35:18uma guerra.
35:20Então,
35:20eu não vejo
35:21consequências profundas
35:24e mudanças profundas.
35:25E não vejo
35:26uma mudança
35:27de legislação
35:28simplesmente
35:29porque esta cúpula
35:30do poder
35:31não se interessa
35:32por isso.
35:32não vejo
35:34não vejo
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