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O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) protocolou requerimento para convocar o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. A intenção é esclarecer declarações contraditórias sobre a Operação Contenção, que deixou mais de 120 mortos no Rio de Janeiro. Henrique Krigner e Luiz Augusto D’Urso comentaram.
Reportagem: Bruno Pinheiro
Comentaristas: Henrique Krigner e Luiz Augusto D’Urso

Confira na íntegra: https://youtube.com/live/YNcoyUGhpXE

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Transcrição
00:00Segue com informações, o que é importante você ficar sabendo, se de um lado o ministro Alexandre de Moraes espera uma resposta do governador Cláudio Castro.
00:09No Congresso também tem várias perguntas ainda sem resposta.
00:14O deputado Rodolfo Nogueira, do estado de Mato Grosso do Sul, apresentou um requerimento para convocar o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski,
00:23também apresentar esclarecimento sobre as supostas contradições em suas declarações a respeito da operação realizada no Rio de Janeiro.
00:35Segundo ele, Lewandowski, quanto o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, admitiram que foram comunicados sobre esta ação,
00:46mas que decidiram não atuar, alegando uma falta de atribuição legal.
00:52A gente vai, inclusive, ouvir o que disse o deputado Rodolfo Nogueira, hoje um pouco mais cedo, a Jovem Pan,
00:59e o que ele espera também desta convocação na Câmara dos Deputados. Vamos ouvir.
01:04Apresentei um requerimento do ministro Lewandowski para que ele possa esclarecer os atos e as omissões do governo federal
01:12na operação que envolveu o estado do Rio de Janeiro.
01:16No mínimo, contraditória fala do ministro que antes falou que o governo estadual não pediu ajuda
01:23e, diante da imprensa, o diretor da Polícia Federal declarou que a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro
01:31pediu, sim, ajuda ao governo federal.
01:34E o governo federal, inerte a toda essa movimentação, a todo esse prejuízo da segurança pública do Rio de Janeiro,
01:41nada fez. Então, o ministro será convocado para realmente prestar esclarecimentos
01:47e dar informações dos procedimentos do governo federal
01:51diante dos atos praticados pelo Comando Vermelho no estado e no município do Rio de Janeiro.
01:57Esse requerimento será analisado na Comissão de Segurança também, outros requerimentos
02:05com a expectativa também de ouvir o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
02:10Vamos ouvir, então, os nossos comentaristas sobre esta ação do Congresso Nacional.
02:15Henrique Kriegner, quero ouvir de você, então, sobre essa movimentação dos parlamentares.
02:20Deputado Rodolfo Nogueira com esse requerimento para ouvir o ministro Ricardo Lewandowski.
02:25Lewandowski, ainda existem informações que não foram esclarecidas, de fato.
02:30Há uma necessidade de uma resposta exata do Ministério da Justiça
02:34sobre essa ausência numa operação no estado do Rio de Janeiro?
02:39Com certeza, Bruno, até porque a história está mal contada.
02:43Tem um posicionamento por parte do governador do Rio
02:46e um posicionamento por parte da pasta da Justiça que realmente são conflitantes,
02:52ou seja, especialmente na questão da solicitação de apoio tático,
02:56a partir da autorização do uso de blindados da Marinha Nacional.
03:00É isso que o governo do Rio de Janeiro diz e que a pasta da Justiça,
03:04o ministro da Justiça, diz que isso não foi solicitado e muito menos negado.
03:10Também a própria Polícia Federal reconhece que houve uma comunicação
03:14por parte da equipe da Polícia do estado do Rio de Janeiro
03:20comunicando à Polícia Federal de que essa operação aconteceria.
03:23No entanto, o próprio ministro Lewandowski diz que a comunicação feita
03:27entre níveis pares, ou seja, do governador para o presidente
03:31ou talvez de um secretário estadual para o ministro da Justiça,
03:35não aconteceu e que por isso, então, essa comunicação era inválida.
03:39Acontece agora o jogo do empurra-empurra.
03:42Quem disse, quem deveria ter dito e no meio disso tudo fica a população.
03:47É muito válido as investigações políticas, as CPIs e todas as outras partes.
03:52No entanto, nós não podemos esquecer aquilo que a Marcia trouxe antes,
03:56que existe uma população que passou por uma operação,
04:01a polícia não ocupou e o território que foi, entre aspas, conquistado
04:05pode ficar vulnerável, está vulnerável nesse momento,
04:09enquanto Brasília briga nas suas burocracias.
04:12Pois é, e está tão vulnerável que ontem teve uma fala do secretário
04:16lá da Polícia Civil, dizendo que eles não tiraram aqueles corpos
04:21que a população tirou porque eles não sabiam que existiam corpos ali.
04:25Existe ali uma deficiência de comunicação, Luiz Augusto Durso,
04:28muito grave também dentro do governo do Rio de Janeiro.
04:32Cláudio Castro fala uma coisa, a Polícia Civil fala outra,
04:35e aí esse desentendimento acaba também deixando uma falta de credibilidade
04:40para a população, falando, ué, quem é que está falando a verdade?
04:43Em quem eu devo confiar?
04:45Nesse momento, não seria importante sentar realmente todo mundo,
04:49unir ali as narrativas em prol da população que é a mais afetada?
04:54Marcia, sua leitura está perfeita.
04:56Eu até ia falando de você me perguntar se isso,
04:58se o Brasil estivesse na barriga de sua mãe,
05:01ele nasceria de três meses,
05:03porque a gente não tem paciência de esperar toda a gravidez.
05:08E por quê? Porque nós já vemos o Supremo reagindo e já querendo questionar,
05:12aí o ministro Alexandre de Moraes já fazendo perguntas,
05:15nós vemos já a Polícia Federal dando uma manifestação,
05:18a Secretaria de Segurança Pública ou o governador do Rio dando outra,
05:22e tudo isso vem antes mesmo de a gente ter a investigação sobre a operação em si
05:27e os resultados do que ali aconteceu de fato, quais foram eventuais abusos ou não,
05:33se houve falha do governo federal, pela Polícia Federal,
05:36se o governador do Rio tem responsabilidade,
05:39tudo isso já vem como necessária resposta em uma semana.
05:43Faz dois dias que aconteceu a operação e nós já estamos cobrando todas essas respostas.
05:47Isso é muito ruim, como você bem destacou, Marcia,
05:50porque aí as narrativas vão surgindo, as interpretações, as histórias não vão se conectando
05:58e aí a gente vende para a população a nossa absoluta incompetência em todos os sentidos,
06:04não só na comunicação pública, mas também para averiguar uma situação de fato.
06:09A operação aconteceu, bastante gente morreu e precisa ver se houve erro,
06:13se houve abuso ou não, se houve legítima defesa.
06:15A investigação que deve responder, isso é uma investigação estadual,
06:20competência do Rio de Janeiro, para depois, eventualmente,
06:22nós termos a supervisão da Polícia Federal, do Ministério Público Federal,
06:27para aí depois, quem sabe, se o Supremo for provocado,
06:30ele participar olhando o resultado dessas investigações
06:32e não uma semana depois o ministro chamar para uma audiência,
06:36questionar as figuras envolvidas.
06:39A gente quer nascer de três meses e isso faz muito mal até para os fatos,
06:43porque a gente conhece, eu trabalho todo dia com investigações criminais
06:47e a gente sabe que isso tem um tempo para se ter as informações
06:50e ter as conclusões.
06:52Não dá para querer resolver em uma semana uma questão tão complexa como essa.
06:56E até acaba atrapalhando a própria investigação, o mérito da investigação,
07:01do urso, quando você, por exemplo, tira os corpos daquele jeito,
07:05sem uma perícia adequada, sem ter colocado ali realmente a polícia no local.
07:09Então, vai ter que ter uma investigação muito específica para saber
07:14o que aconteceu ali com cada um, quem são essas pessoas.
07:17Até agora, a gente não sabe o nome dessas pessoas que foram mortas.
07:20Não foi divulgado.
07:22A gente não sabe quanto o governador gastou nessa operação.
07:25Ele também não divulgou.
07:27Então, assim, existem muitos pontos que ainda precisam ser esclarecidos, né, Dulce?
07:30E se me permite, Marcia, desculpa interrompê-la,
07:33teve até uma imagem que viraliza nas redes sociais,
07:35divulgada por alguns deputados, mostrando que a própria população
07:39poderia estar tirando ali uma roupa de certos indivíduos que foram baleados
07:45e morreram para descaracterizá-los, se são ou não da facção,
07:49para vender uma narrativa de uma situação de abuso.
07:53Então, olha que absurdo isso, porque a gente teria que preservar o local
07:56da investigação para que se tenha o resultado.
07:58Mas como o local, o Estado não tem acesso permanente,
08:02a gente está sob o comando das facções nesses locais,
08:05o Estado tem que sair depois da operação.
08:07E aí fica, abriu o prazer de certas figuras ali da comunidade
08:11ou até da própria facção, de alterar o local do crime
08:15ou do abuso ou da situação, da operação, digamos assim,
08:19para vender uma narrativa.
08:20Ou seja, a gente também, mais uma vez, declara incompetência,
08:22porque sequer a gente pode saber se houve ou não algum problema ali,
08:25porque a gente não tem nem a preservação do local da operação.
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