Pular para o playerIr para o conteúdo principal
  • há 3 semanas
A Feira de Artesanato do Círio (FAC) estava bastante movimentada na última segunda-feira (13), atraindo visitantes de diferentes estados e países, em busca de peças únicas e histórias de empreendedores da Amazônia. Em sua 13ª edição, o evento reúne 210 expositores — sendo 159 artesãos com curadoria especializada — e estima movimentar R$ 3,2 milhões em negócios ao longo dos sete dias de programação. Promovida pelo Sebrae Pará, em parceria com o Governo, no Parque Urbano Belém Porto Futuro, a feira aposta na diversidade cultural e no empreendedorismo inclusivo como pilares de desenvolvimento regional. Para o coordenador da FAC, Igo Silva, o evento promove um espaço de oportunidades para grupos historicamente marginalizados, como ribeirinhos, quilombolas, indígenas e mães atípicas.

REPORTAGEM: Eva Pires
IMAGENS: Cláudio Pinheiro
Edição: Karla Pinheiro (Supervisão Tarso Sarraf)

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00A gente tem o objetivo de aproximar a nossa cultura, o nosso artesanato, principalmente da COP30.
00:06Nós sabemos que os pequenos negócios são grandes mantedores da economia, ajudam e fomentam a economia,
00:12principalmente para quem está começando, quem está se desenvolvendo.
00:15E aqui a gente consegue identificar muitos empreendedores.
00:18Nós temos 210 empreendedores aqui hoje posicionados no segmento principal de artesanato,
00:22mas também da gastronomia, fazedores de música, nós temos de beleza e bem-estar,
00:27nós temos indígenas, extrativistas, quilombolos, nós temos uma diversidade muito grande.
00:32E a gente quer aproximar esses empreendedores da pauta climática também.
00:37Então a FAQ esse ano vem com essa conotação de fazer com que essa percepção, essa consciência, ela se estenda até a COP30.
00:46Então a gente nisso se posiciona como uma ferramenta muito importante para que o artesão prospecte o negócio.
00:56A feira, ela tem essa conotação comercial, mas ela tem uma conotação de apresentação de produtos,
01:02de interação entre os artesãos, aqui eles se comunicam, eles fazem colaboração,
01:07eles hoje têm a possibilidade de acessar o serviço financeiro, nós temos com as instituições financeiras aqui também para ancorá-los.
01:14Enfim, a gente prepara a feira para que ele possa ter o maior volume de negócio possível nesses sete dias.
01:19E como eu disse, muitos deles aqui têm tido um resultado muito bom e é por isso que nos motiva a fazer uma feira maior, melhor e pensar em algo muito melhor para o ano que vem.
01:29Na pandemia, o pai do meu filho ficou desempregado e eu tive que me reinventar, porque antes os cuidados eram só na casa, com o filho.
01:37E aí surgiu a necessidade de pensar em algo para empreender.
01:42Eu sinto que meus produtos estão sendo bem vistos, as pessoas estão apoiando o nosso projeto e elas, quando às vezes falam,
01:51ah, nós somos projetos de mães atípicas, às vezes elas nem vão comprar, mas acabam comprando para prestigiar nosso trabalho,
01:57a gente está tendo uma receptividade muito boa.
02:00Esse evento é muito importante porque a gente consegue ser vista, a gente consegue divulgar nosso produto
02:05e a gente consegue expandir nossos contatos.
02:08A gente às vezes fica num mundo muito limitado e agora não, a gente está numa feira de uma proporção bem maior,
02:14onde a gente é visto e conhecido por muitas pessoas, aumentando a nossa questão do nosso network.
02:20Eu comecei juntando, comprando mercadoria aos poucos, das indígenas, individual, não trabalho com associação.
02:26Compro delas individualmente, elas vão até a minha loja, vêm dos artesanatos, individualmente, uma por uma.
02:32Minha expectativa é muito boa, espero vender bastante, porque com isso eu ajudo também várias indígenas e crescer, evoluir.
02:40Eu estava há oito anos sem ver o Ciri, Belém, e o artesanato é um grande atrativo da cidade, assim, estou encantada.
02:49A arte indígena me atrai muito, eu vim pelo Miriti, nem esperava ver isso, eu vim para ver o artesanato de Miriti,
02:58mas, assim, fiquei encantada com tudo, tudo mesmo, e, assim, de ver a evolução do artesanato, né, a valorização principalmente,
03:07porque a gente era acostumado com aquelas barraquinhas lá da Praça da República e só,
03:12e aí, de repente, te dar conta, assim, com esse mundo, porque está riquíssimo, né, o mundo, a cidade precisa disso.
03:20E Belém, assim, está na crista da onda e é a hora da gente valorizar o nosso artesanato, né, e mostrar para o mundo tudo isso,
03:28porque é muito lindo. E além do artesanato indígena, que é o que eu aprecio, mas, assim, tudo, tudo é lindo, né,
03:35e o manual é perfeito, né, é cultura.
03:39Esse trabalho, ele já iniciou há muitos anos, mais de 30 anos, com a minha sogra, Ana Maria,
03:45que é da comunidade Santa Maria, é uma comunidade ribeirinha, lá do Taverazinho de Beja, do município de Abaitetuba.
03:53Então, há muitos anos, ela já vem desenvolvendo artesanato, tanto de biojóias quanto outros artesanatos,
03:59mas, esse ano, nós resolvemos formalizar a empresa e fazer essa parceria com o Sebrae.
04:04E, com isso, ele abriu diversas portas para a gente, inclusive, essa participação aqui na FAC.
04:10Hoje, o nosso carro forte são as coleções de biojóias, que nós fazemos temática para cada feira,
04:17para cada evento que participamos.
04:19Fizemos uma coleção temática para o Estado do Pará, com cores da bandeira do Pará,
04:24uma coleção para a Feira do Açaí, que nós participamos, né, temática ali com a força do açaí.
04:29E, hoje, nós trouxemos a coleção também temática aqui do Sírio.
04:32A expectativa é das melhores. Nós já recebemos pessoas de diversos, até de diversos países, né,
04:38de diversos lugares daqui do Brasil, que levaram um pedacinho aqui da artesanal Amazon,
04:44levaram um pedaço da história das mulheres ribeirinhas para o mundo.
04:49E isso é o que nos deixa muito mais felizes, né, de poder contar essas histórias,
04:54poder contar a realidade de mulheres que, hoje, através de produtos da bioeconomia,
05:01conseguem, ali, melhorar a sua qualidade de vida e também a autoestima.
05:04É a primeira vez, e eu estou achando muito interessante, né,
05:08estava aqui por perto e resolvi entrar para prestigiar, né, também a nossa cultura,
05:15o artesanato, a nossa gastronomia, que é muito importante,
05:18trabalho nessa área da alimentação.
05:21Então, é muito rico o que o nosso Pará tem, por que não homenagear, né?
05:25Estando aqui, aproveitei para dar uma entrada e estou adorando.
05:28Mostra nossas raízes, falando em COP30, né, a sustentabilidade.
05:33Então, é muito importante aí.
05:35É um tema bem interessante para ser tratado, que é a Amazônia, né?
05:39Amazônia, né?
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado