O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil buscará um debate racional com os Estados Unidos para discutir a tarifação de 50% sobre produtos brasileiros. Segundo ele, a medida é um “tiro no pé” para os americanos, que acabarão pagando mais caro por itens como café e carne. Reportagem: Camila Yunes
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00:00O ministro Fernando Haddad demonstrou otimismo em relação à negociação entre o presidente Lula e Donald Trump sobre o tarifaço.
00:09Confira os detalhes com a Camila Yunis.
00:11O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse acreditar que uma conversa racional sobre o tarifaço de Donald Trump deve acontecer a qualquer momento.
00:21Para Haddad, as tarifas prejudicam muito a economia americana.
00:25Eu quero crer que vai se iniciar em algum momento um debate racional.
00:30Primeiro separando o que é econômico do que é político.
00:34O presidente dos Estados Unidos pode ter a preferência que ele quiser e manifestar essa preferência.
00:41Isso não é muito usual um presidente querer se meter na eleição de outro país, mas acontece.
00:49Às vezes, de sempre demonstrar simpatia e tudo mais.
00:52Acontece muitas vezes.
00:53Mas tentar usar a tarifa como arma política, na minha opinião, é um equívoco que deveria ser corrigido o quanto antes.
01:03E nós estamos trabalhando nessa direção.
01:05Primeiro é para explicar como é que funcionam os poderes no Brasil.
01:08Aqui não tem autocrata.
01:11Aqui tem presidente, tem congresso, tem supremo, mas não tem um autocrata no executivo.
01:16Haddad participou de um evento de uma instituição financeira em São Paulo.
01:21E em tom descontraído disse que o Ministério da Fazenda é um lugar incrível.
01:25O chefe da pasta também demonstrou otimismo sobre a aprovação da isenção do imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais.
01:33O relatório do deputado Arthur Lira foi aprovado pela comissão instituída pelo presidente Hugo Mota por unanimidade.
01:42Diante de um contexto em que Câmara e Senado ainda estão se acertando,
01:48a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou um projeto em caráter terminativo semana passada,
01:55também na mesma direção e eu acredito que a proposta que o governo fez foi sendo compreendida e bem recebida pelos atores de uma maneira geral.
02:09Quem também esteve neste evento foi o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.
02:13Ele disse reconhecer que a taxa de juros está elevada e que o Banco Central nunca disse o contrário,
02:19mas ressaltou que o Brasil vive o melhor momento em termos de empregabilidade.
02:24A pergunta que coloca a questão da maneira adequada é, por que mesmo com uma taxa de juros num patamar,
02:29que para qualquer outra economia seria entendido como bastante restritivo, de 10% de juros real,
02:34você ainda enxerga um mercado de trabalho que está no pleno emprego ou para lá do pleno emprego.
02:40Então isso, essa eu acho que é uma questão que essa geração vai ter que tratar.
02:47Eu acho que a gente tratou vários temas ao longo das gerações.
02:49O que quer dizer que você precisa, muitas vezes, conviver com uma dose maior do remédio e por um período mais longo.
02:56O presidente do BC também reafirmou o esforço do banco em levar a inflação à meta de 3%.
03:02Não tem atalho para a autoridade monetária e quando pega o atalho, geralmente o caminho de volta fica mais longo e você aumenta a distância para o objetivo ali.
03:12Por isso que a gente tem usado as palavras de serenidade, persistência.
03:17Eu acho que esse é um processo de a gente ter a humildade de enfrentar ali a incerteza que o ambiente nos colocou.
03:27O presidente do Banco Central explicou que alguns fatores têm contribuído para a resiliência do mercado,
03:33como os estímulos à demanda e as reformas estruturais.
03:36Ele ainda completou que a migração de política fiscal para um caráter mais progressivo
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