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O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky se manifestou em discurso na Assembleia Geral da ONU. Ele disse que, se uma nação quer paz, precisa de armas para se defender. Zelensky ainda teve um primeiro encontro com Lula (PT) nesta quarta-feira (24). Fabrizio Neitzke, Dora Kramer e Thulio Nassa comentam a repercussão.

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Transcrição
00:00Agora, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez um discurso, mais uma vez, muito aguardado pela Assembleia Geral da ONU
00:07e destacou que a Rússia pode não querer parar na Ucrânia.
00:12É um alerta que Zelensky faz aos países europeus, tentando reunir apoio, reunir as tropas,
00:18para desenvolver uma linha de defesa em prol da Ucrânia.
00:21Uma tensão que já havia sido deixada muito clara quando drones russos sobrevoaram a região da Polônia,
00:30de fronteira com a Polônia, também da Estônia.
00:33Você tem países ali, fronteiriços, a Rússia, que já declararam no passado que possuem informações da inteligência
00:39de que, de fato, a Rússia não se contentaria com um avanço apenas contra o território da Ucrânia,
00:45que ela buscaria entrar em direção à Europa, países fronteriços, como no caso a Estônia, como a Finlândia,
00:53países menores que têm poucas capacidades de defesa se não estiverem juntos da OTAN, se não estiverem juntos da União Europeia.
01:01O presidente Volodymyr Zelensky explicou que, para se defender, ele precisa, sim, de armas.
01:07E a gente separou esse trecho.
01:10Hoje, ninguém, mas nós mesmos, pode garantir a segurança.
01:14Hoje, ninguém, além de nós mesmos, pode garantir segurança.
01:20Apenas alianças fortes, apenas parceiros fortes e apenas as nossas próprias armas.
01:26O século XXI não é muito diferente do passado.
01:29Se uma nação quer paz, ela precisa ter armas.
01:32É doentio, mas essa é a realidade.
01:34Vocês sabem perfeitamente bem que a lei internacional não funciona totalmente,
01:39a não ser que você tenha amigos poderosos que sejam realmente dispostos a te apoiar.
01:44E mesmo assim, ela não funciona sem armas.
01:47É terrível.
01:48Mas, sem isso, as coisas poderiam ser bem piores.
01:51Não há garantia de segurança, além de amizades e armas.
01:55Não há garantia de segurança, além de amigos e armas.
01:59O secretário do Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia,
02:06Sergei Lavrov, se encontraram nesta quarta-feira em Nova Iorque,
02:10mas eles não comentaram muito sobre a reunião.
02:12Não há grandes detalhes.
02:13Quando você mencionou, Tiago, o encontro entre Lula e Zelensky,
02:17o presidente Lula falou sobre isso na coletiva que ele concedeu antes de deixar Nova Iorque nesta quarta-feira,
02:23e disse o seguinte, que ele, Lula, é amigo de Vladimir Putin,
02:28tal qual o presidente norte-americano, Donald Trump, também é.
02:32E que se um amigo, às vezes, pode fazer bastante, dois amigos, então, podem fazer muito mais.
02:38Lula disse que vai se comprometer a conversar, no que for possível,
02:42com líderes internacionais para acabar com a guerra na Ucrânia,
02:45mas a gente sabe, esse é um trabalho muito difícil.
02:49Pois é. Bom, Fabrício, você vai voltar daqui a pouquinho para falar sobre um ataque nos Estados Unidos.
02:54Você volta em instantes.
02:55Exatamente.
02:56Hoje dá aos nossos comentaristas, mais uma vez, para falar não só sobre a participação do presidente Lula,
03:01mas também, de uma certa maneira, se houve algum tipo de avanço,
03:05alguma sinalização em relação às guerras no leste europeu e também no Oriente Médio.
03:10Dora, eu começo por você perguntando sobre essa reunião de hoje do presidente Lula com Vladimir Zelensky.
03:16Zelensky falou que Lula faria o possível e o impossível para tentar acabar com as guerras.
03:21Você destacou agora há pouco que ele, claro, foi razoavelmente bem nessa viagem internacional,
03:27porque surfou na onda de Donald Trump, criticou os Estados Unidos,
03:30mas nessa questão das guerras, que ele tentou um protagonismo lá atrás, mas não conseguiu,
03:35nesse ponto não houve avanço, até que, porque é, talvez, muito complicado falar em terminar guerras
03:44e o Brasil não tem esse protagonismo como o presidente Lula acha que o Brasil tem, não é, Dora?
03:51Tiago, primeiro que eu não falei que ele foi razoavelmente bem, não, senhor.
03:55Falei que ele foi muito bem, tá certo?
03:58Corrigido.
03:58É, eu sei que você foi mais do meu estilo, você sabe que eu não sou pródica em elogios, né?
04:05Mas por isso que eu fiz questão de dizer, foi muito bem.
04:08Agora, na questão dos eleitos, fez uma gentileza ali, que é óbvio, não é da alçada do Lula,
04:14a gente não tem tamanho geopolítico, peso geopolítico para isso, então uma gentileza,
04:20quando ele faz referência e o presidente vai fazer o máximo, não é da alçada do Lula,
04:26não cabe ao Lula, mas o que foi bom nesse encontro com Zelensky é que realmente aquela relação atritosa,
04:36aquela relação em que o presidente Lula se colocava de modo, assim, muito aberto em uma posição favorável ao Putin,
04:49era uma coisa realmente que não cabe a um país que deveria manter a neutralidade.
04:55O próprio Zelensky já se queixou do presidente Lula uma vez publicamente.
05:00Então, nesse aspecto, foi muito bom, porque é ótimo, é muito melhor você,
05:06principalmente num país como o Brasil, que tem ali no seu ativo, deveria ter o soft power, né?
05:13E nesse aspecto, nesse soft power, que hoje em dia já não é tão soft mais,
05:19que é a questão climática, o presidente Lula também, sim, aí ocupou um espaço que realmente cabe ao Brasil,
05:27não só por ser visto como uma potência nessa energia limpa, enfim, nesse assunto,
05:36mas principalmente porque a COP está aí em novembro.
05:42Então, foi uma oportunidade dele falar longamente sobre esse tema,
05:47até diz que se o... como é o nome, menino?
05:53Trump? Se o Trump quisesse estar, que ele convidou o Trump,
05:58se o Xi Jinping quisesse estar, também seria excelente.
06:02Nenhum dos dois vem, mas o gesto, e principalmente do tom, no tom de cordialidade,
06:11não um tom de atrito, que não é o tom adequado ao Brasil.
06:19Por isso que eu gostei tanto, porque no discurso da ONU, o presidente Lula foi duro,
06:25principalmente na primeira parte, quando ele falou da questão da soberania,
06:30criticou os Estados Unidos sem citar o nome do Trump, sem falar o nome do país,
06:36mas você pode ser duro, você pode ser firme, sem ser atritoso, sem ser grosseiro.
06:44E por isso que eu achei que eu fiz essa análise, que no conjunto,
06:48ele, o presidente Lula, adotou esse mesmo tom em toda, em toda a viagem
06:55na qual ele teve agendas muito importantes, uma delas com o Zelensky,
07:02por menos que ele possa interferir na guerra.
07:05Por isso é que as coisas chamam relações internacionais.
07:09E, Túlio, a gente discute muito o papel da ONU nesse momento,
07:13com as guerras em andamento, a guerra no Leste Europeu e também no Oriente Médio,
07:17e, de uma certa maneira, a Assembleia Geral da ONU faz barulho,
07:21os líderes de Estado fazem os discursos, mas não temos qualquer tipo de sinalização
07:26de fins de conflito e não vai ser na ONU que esses conflitos vão terminar, não é?
07:33Infelizmente, não, Tiago.
07:34Parece que o multilateralismo foi abandonado e nós vivemos uma realidade de bullying.
07:39Os países mais fortes estão dispostos a romper com os acordos internacionais
07:44e realmente invadir territórios e fazer valer as suas vontades.
07:47Em relação a Putin, o buraco é muito mais embaixo, Tiago.
07:51Eu lembro de uma entrevista que Putin deu dizendo que ele era muito fã de Tolstói,
07:56que ele era um leitor ávido de guerra e paz.
07:59E o problema é que guerra e paz realmente ambientaliza no cenário das guerras napoleônicas,
08:05na qual o território da Crimeia, de Donbés, a Ucrânia no geral,
08:09é uma questão de sobrevivência para a Rússia.
08:12Ou seja, a Rússia precisa dominar esses territórios para que ela garanta a sua sobrevivência.
08:17Porque nesse livro é dito que o tempo e a paciência são eternos beligerantes,
08:22que os tempos de paz são apenas preparatórios para futuras guerras.
08:26Então não me parece, e isso é cultural inclusive na Rússia, na política da Rússia,
08:30então não me parece que Putin vai retroceder, infelizmente, nem por conta da ONU
08:35e nem por conta da influência de Lula ou de outros atores.
08:39Infelizmente nós vivemos um tempo sombrio em que parece que a força mesmo
08:43deve ser o maior aliado para tentar frear a Rússia nesse momento.
08:48Oxalá que não escalemos esse conflito para uma guerra muito maior.
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