O deputado Eduardo Bolsonaro (PL) classificou o discurso e os elogios de Donald Trump a Lula como uma "genialidade como negociador", além de afirmar que “o Brasil precisa dos EUA, reconheça isto ou não”. Já a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), disse que Lula foi "corajoso e firme" em seu discurso. Reportagem: Victoria Abel e André Anelli.
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00:00Bom, eu quero seguir um pouquinho aqui e conversar agora com a Vitória Bel, que vai trazer os bastidores desse possível encontro e o quanto isso bateu, inclusive, para a ministra de Relações Institucionais, Glaise Hoffman.
00:11Vai lá, Vitória Bel, tá fresquinha agora, tá tudo certinho aí, não precisa se abanar mais, só contar pra gente o que aconteceu. Vai lá, minha amiga, bem-vinda.
00:18Boa tarde, Evandro, boa tarde a todos que nos ouvem, nos acompanham, espero que isso não tenha vazado no ao vivo, tá calor aqui dentro do Salão Verde na Câmara dos Deputados.
00:30E a gente destaca que esse encontro entre o Lula e o presidente americano Donald Trump deve ser à distância, deve acontecer de forma online, ou por telefone, ou por videoconferência.
00:42Essa é a expectativa, por enquanto, dos integrantes do Itamaraty, porque Lula tem uma agenda bastante cheia, inclusive na semana que vem, e o que os integrantes do Itamaraty disseram é que é difícil Lula encaixar um compromisso assim de última hora, mesmo que ele seja com o presidente americano Donald Trump.
01:00Então, por enquanto, a expectativa é que esse encontro entre os dois aconteça à distância, mas é claro que existe também uma expectativa, uma perspectiva, melhor dizendo, de integrantes do Palácio do Planalto e do governo,
01:13de que se esse encontro fosse presencial, poderia ser muito mais produtivo, visto justamente o efeito, entre aspas, que o Lula provocou no presidente americano Donald Trump,
01:23e os integrantes do Palácio do Planalto, que estavam na comitiva lá em Nova York, destacaram isso, né? Como que Lula, somente com o encontro com o Trump, com um certo olhar e com algumas palavras,
01:36conseguiu, de certa forma, dobrar o presidente americano para que ele pudesse marcar o encontro na semana que vem. Essas foram as palavras de integrantes do Palácio do Planalto.
01:46E quem acompanhou a comitiva de Lula lá em Nova York contou que esse encontro foi mesmo inesperado, pegou todo mundo de surpresa, inclusive os assessores e os auxiliares do presidente Lula.
01:58O presidente Lula tinha acabado de falar no discurso dele ali na ONU, foi ali para a parte de trás do palco da Assembleia Geral da ONU, para uma antessala, onde as autoridades esperam as outras terminarem de falar,
02:09para entrarem no palco. Quando Lula saiu do palco, entrou nessa antessala, ele encontrou com o Donald Trump, que estava esperando para ser o próximo a falar.
02:19E integrantes do governo Lula, que estavam ali acompanhando esse momento, disseram que Donald Trump tomou ali a iniciativa, de certa forma, de se dirigir,
02:28de ir ao encontro do presidente Lula, de forma muito amistosa nas palavras deles.
02:32E o presidente americano, então, disse que eles precisavam conversar.
02:37E Lula prontamente concordou com as palavras de Donald Trump, dizendo que eles precisavam mesmo conversar e que era só marcar um encontro, que esse encontro, essa conversa poderia acontecer.
02:49A ministra da Secretaria de Relações Institucionais do Palácio do Planalto, a Gleisi Hoffman, falou com a gente aqui na Câmara dos Deputados,
02:59e ela disse justamente sobre esse efeito do discurso do Lula na Assembleia Geral da ONU. Vamos ouvir um trecho.
03:06O discurso do presidente Lula foi muito corajoso, muito firme, falou sobre os temas que são relevantes para o Brasil, a soberania, a democracia, o multilateralismo,
03:15defesa do nosso judiciário, achei muito importante. E, obviamente, agora esse aceno do presidente Trump querendo conversar.
03:23Pois é, o Palácio do Planalto enxergou isso com excelentes olhos, disse que é, sim, uma perspectiva de negociação aberta agora com os Estados Unidos.
03:36Lembrando que a gente contava já anteriormente aqui no 3 em 1, diversas vezes a gente contou que nos bastidores do Palácio,
03:44ou melhor dizendo, o Itamaraty, vinha tentando fazer esse diálogo com os Estados Unidos,
03:48por meio de parlamentares americanos, tentando encontrar brechas para conversar com o presidente americano,
03:53mesmo diante das negativas da Casa Branca.
03:56Agora, muito provavelmente, esse diálogo vai ficar mais fácil, inclusive, entre os técnicos do Itamaraty.
04:02Evandro.
04:03As informações, viu, Vitória Bel, e por descolar esses bastidores também de como esse encontro todo aconteceu,
04:09e o quanto isso repercute para as autoridades.
04:11E falando em repercussão, saio da Vitória Bel, e vou para o André Anelli, porque teve repercussão também com o deputado Eduardo Bolsonaro,
04:19que está nos Estados Unidos, e disse que esse posicionamento do presidente Donald Trump não foi surpresa em relação a essa possibilidade de encontro com Lula.
04:28E por que que não foi surpresa, hein, André Anelli? Conta aí para a nossa audiência, bem-vindo.
04:32Obrigado, Evandro.
05:02Conseguir, então, fazer negociações internacionais, logo depois de ter colocado na mesa,
05:08de ter colocado, então, toda a imposição dos Estados Unidos em relação ao Brasil, principalmente em questões políticas.
05:16A gente relembra que o presidente americano tem usado, então, as questões relacionadas à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro
05:23como um argumento para tentar impor, então, e para já impor, na verdade, todo o tarifaço de 50% sobre os produtos importados do Brasil,
05:34e mais do que isso, também a aplicação da lei Magnitsky contra autoridades brasileiras.
05:39Só que, diante de um elogio do presidente americano Donald Trump ao presidente Lula, ainda no contexto da Organização das Nações Unidas,
05:47o deputado federal licenciado fez elogios, ele contemporizou, minimizou todos esses elogios, então,
05:55que o presidente Donald Trump fez ao presidente Lula.
05:58Ele acabou afirmando que isso já era esperado do ponto de vista estratégico, justamente, então,
06:04porque faz parte de todo um modus operandi do presidente americano Donald Trump nas negociações internacionais.
06:12Eu vou ler, inclusive, aqui, um trecho da postagem do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro.
06:19Abre aspas.
06:20Para quem conhece as estratégias de negociação de Donald Trump, nada do que aconteceu foi surpresa.
06:26Ele fez exatamente o que sempre praticou.
06:28Ele levou a atenção, aplicou pressão e, em seguida, reposicionou-se com ainda mais força à mesa de negociações.
06:37Fecha aspas.
06:38Essa aqui, na verdade, é uma longa publicação.
06:42Esse é apenas um trecho no qual, então, Eduardo Bolsonaro faz uma defesa do presidente americano Donald Trump
06:49e minimiza todos os elogios feitos ao presidente americano.
06:53A gente relembra ainda, conforme já foi noticiado aqui na Jovem Pan,
06:56que, na semana que vem, deve haver um encontro, então, bilateral entre o Trump e Lula.
07:02O próprio presidente americano Donald Trump é quem fez essa confirmação,
07:06depois de, segundo ele, ter encontrado o presidente Lula por cerca de 20 segundos,
07:12enquanto trocava de lugar ali na Assembleia Geral da ONU,
07:15entre um discurso, no caso, o discurso brasileiro,
07:18que, então, o primeiro, tradicionalmente feito na Assembleia e, em seguida, o discurso americano.
07:25Foi nessa troca, então, dos dois que iriam discursar,
07:31é que houve esse encontro rápido entre os líderes americano e brasileiro
07:35e que, portanto, então, ficou acertada essa conversa que deve ser por telefone na semana que vem
07:41e que agora é minimizada por Eduardo Bolsonaro, ele que se encontra nos Estados Unidos
07:46trabalhando favoravelmente às sanções americanas sobre o Brasil.
07:51Evandro.
07:51Muito obrigado pelas informações, André Anelli. Um abraço pra você.
07:55Bruno Musa, quero saber a tua avaliação sobre esse discurso do deputado Eduardo Bolsonaro,
08:00de que a fala de Trump não foi nenhuma surpresa e que tudo tem a ver com o planejamento
08:05pra uma negociação que vá atender exatamente todas as vontades de Trump,
08:10porque ele sempre se coloca como protagonista em qualquer mesa que vá negociar.
08:15Você concorda com o Eduardo Bolsonaro que seja assim?
08:20Veja, vamos lá.
08:22Eu queria até fazer um adendo do meu primeiro comentário aqui,
08:24que foi basicamente a respeito do, sobre o comparativo,
08:30o eventual comparativo do Lula com o Maduro e o Miguel Dias Canez de Cuba.
08:37Não foi isso, eu mencionei.
08:39Será que num extremo isso poderia chegar a acontecer?
08:43Esse é o primeiro ponto.
08:44Mas o discurso do Eduardo Bolsonaro,
08:47que obviamente está inflamado e motivado ali pelo lado emocional dele,
08:52tem um ponto que eu faço, que eu vou em convergência com ele,
08:57que é justamente isso, essa possibilidade de encurralar Lula em uma conversa.
09:03E encurralar Lula em uma conversa foi o que eu falei,
09:05eu acredito que isso vai favorecer a polarização para os dois lados
09:09e cada um se vitimizar e se esconder atrás do seu próprio discurso
09:15para a sua militância própria.
09:17Então eu acho que esse ponto é importante,
09:20o Lula provavelmente terá que se proteger desse discurso,
09:24inclusive saiu agora, segundo a própria Folha de São Paulo,
09:27enquanto a gente estava falando,
09:2830 segundos antes de eu entrar aqui para dar a minha opinião,
09:31segundo a Folha de São Paulo,
09:32que membros importantes do governo brasileiro
09:36estariam preocupados com a eventual reunião
09:39e que isso pudesse encurralar Lula
09:42e colocá-lo numa pressão que ele não conseguisse sair dela,
09:46mais ou menos como aconteceu com Zelensky,
09:49que virou aquele palco para o mundo inteiro ver.
09:52E vale a pena mencionar também um post que o Jason Miller fez,
09:56que fala o seguinte,
09:57Brasil precisa parar com a perseguição política
10:01e o plano é simples.
10:03A coisa mais inteligente que o Lula pode fazer é chutar,
10:07ele usa kick, chutar morais para fora do governo.
10:11Ou seja, me parece que tudo isso,
10:14e esse post foi após o comunicado
10:16da eventual reunião que possa vir a acontecer,
10:19do chamado para a reunião.
10:21Ou seja, não me parece que o governo Trump irá voltar atrás.
10:26Ele vem batendo,
10:27essa semana nós tivemos as novas sanções,
10:29incluindo a esposa do Alexandre de Moraes,
10:32então não me parece que de um dia para o outro ele iria arrefecer.
10:35O que me dá margem e substância
10:37para continuar acreditando.
10:39Acreditando, será uma reunião de muita pressão.
10:42Se for online, talvez um pouco mais baixo,
10:45o Lula consiga driblar isso,
10:46mas é importante mencionar que,
10:49no meu entender, o Lula não vai voltar atrás,
10:53não vai tirar o pé do acelerador,
10:55o Trump não vai tirar o pé do acelerador,
10:57e isso pode, e na minha opinião,
10:59deverá continuar escalando.
11:00Então isso faz com que eu tenha essa convergência
11:03com esse início do depoimento
11:05ou da fala de Eduardo Bolsonaro,
11:07que pode ser e deve ser uma estratégia do próprio Trump
11:11para pressionar o Lula.
11:13Entendi, Musa.
11:13Agora, o deputado Eduardo Bolsonaro
11:15também sinaliza nessa postagem que ele faz
11:17que essa conversa, ela serviria como uma estratégia de Trump
11:21para pressionar o presidente Lula
11:23sobre a anistia,
11:25que é um tema que tem sido bastante debatido aqui no país.
11:27Nós não estamos falando da anistia relacionada
11:29à questão da dosimetria de penas
11:31e a redução das penas no Brasil,
11:32mas sim uma anistia ampla e irrestrita,
11:34porque tem um trecho que o Eduardo Bolsonaro menciona.
11:37Ao final, Trump ainda arrebatou
11:39que sem os Estados Unidos o Brasil vai mal.
11:41Ou seja, não há para onde correr.
11:43O Brasil precisa dos Estados Unidos.
11:45Reconheça isto ou não.
11:47Entende por que confiamos na anistia
11:48ampla, geral e irrestrita?
11:50Agora, ao pegar esse trecho aqui
11:52da fala de Eduardo Bolsonaro,
11:53dá a impressão de que ele seria
11:55um representante dos Estados Unidos
11:57e não do Brasil, Alangani.
11:58É, olha só, essa questão da anistia, né,
12:01seria a única saída, pelo menos a curto prazo,
12:04Evandro, para Jair Bolsonaro.
12:07Em relação a uma mudança de entendimento
12:09do Poder Judiciário ou Poder Executivo,
12:12o governo mudar a cabeça do Poder Judiciário,
12:15isso daí é muito improvável.
12:17Mas tirando o Judiciário,
12:19a gente está falando de pressão política,
12:20porque a discussão que está acontecendo
12:21sobre a anistia envolve os poderes
12:24legislativo e executivo,
12:25quando a gente olha também para uma pressão
12:27que é feita pela situação no Congresso Nacional,
12:29para que a anistia ampla e restrita não passe.
12:32Você entende que essa reunião
12:33de Donald Trump com Lula
12:34pode servir como uma pressão
12:36que alteraria um posicionamento
12:38do governo e dos governistas
12:41em relação à pauta da anistia no Brasil?
12:43Olha, eu acredito que seja muito difícil.
12:45Dos governistas, muito difícil.
12:48Agora, em relação ao pessoal do Centrão,
12:52aí sim, esse pessoal tem preço,
12:54esse pessoal é mais maleável,
12:56esse pessoal tem medo de sanção, Evandro,
12:59e aí, talvez não mais dosimetria,
13:02mas dar um passo atrás
13:04e voltar a falar de uma anistia
13:07ampla e restrita,
13:09mas que não abarque a elegibilidade
13:11de Jair Bolsonaro.
13:12Não sei se o Centrão vai abrir mão disso daí, né?
13:14Mas talvez que dê a liberdade
13:16a Jair Bolsonaro,
13:17mas Jair Bolsonaro fora da eleição de 2026.
13:21Para mim é muito claro
13:22o que o Centrão quer.
13:24O Centrão gostaria de alguma anistia
13:27a Jair Bolsonaro,
13:28talvez até uma anistia com a sua liberdade,
13:31em troca.
13:32Os votos de Jair Bolsonaro
13:33para o candidato do Centrão,
13:35provavelmente, até agora,
13:37Tarcígio,
13:38mas o Centrão quer Bolsonaro
13:40fora do jogo em 2026.
13:42Ô, Felipe Monteiro,
13:43você entende que o deputado Eduardo Bolsonaro
13:44tem a razão nessa,
13:46digamos, interpretação
13:47que fez o discurso de Trump
13:49ou está sendo muito criativo?
13:51Não, está sendo muito criativo, né?
13:52Não tem razão alguma
13:53esse post do Eduardo Bolsonaro
13:55falando que foi previsível, né?
13:57Ele já esperava do Trump
13:58algo semelhante, né?
14:00Quando você pega, por exemplo,
14:01a comitiva do Brasil, né?
14:03Todo mundo do Lula ao Vieira
14:05fica assim com os olhos bugalhados,
14:07estou falando da gente,
14:08coloca no ouvido a tradução.
14:11E tem uma hora também
14:11que tem um take no Rubio, né?
14:14E o Rubio também fica surpreso
14:15com o Trump elogiando o Lula.
14:16Ou seja, todo mundo ficou surpreso
14:18com a atitude do Lula
14:19em...
14:21do Trump
14:22em elogiar, né?
14:23O Lula, né?
14:24Fazer um aceno ao Lula.
14:25Menos Eduardo Bolsonaro.
14:26Ou seja, com certeza
14:27é uma interpretação
14:29completamente criativa
14:30do Eduardo Bolsonaro
14:32em relação a táticas
14:33de negociação do Trump.
14:34Claro, o Trump é muito imprevisível.
14:36Pode ser que antes do dia acabar
14:38ele vá a público xingar o Lula, né?
14:40Mas sim, mas o fato é que
14:42na Assembleia Geral da ONU
14:44o discurso do Trump
14:46em favor do Lula
14:47pegou todo mundo surpresa.
14:49Agora, o Fabrício Naidsky,
14:51embora o presidente Donald Trump
14:52sinalize certa preocupação
14:54com os movimentos relacionados
14:56ao ataque das liberdades
14:57aqui no Brasil,
14:58a impressão que sempre dá
15:00é que isso tem muito mais a ver
15:01com a atuação da justiça
15:03e até em alguns momentos
15:04do governo brasileiro
15:05com as empresas norte-americanas,
15:07principalmente aquelas big techs
15:09que atuam no Brasil,
15:10do que de fato com essa história
15:12que, assim, digamos,
15:13seria mais local relacionada
15:15à anistia, ao 8 de janeiro,
15:17à prisão de Jair Bolsonaro.
15:18Você entende que na hora
15:19da negociação,
15:20Trump talvez possa assumir
15:21uma posição mais pragmática
15:23do que ideológica nesse sentido?
15:25Qual que é a tua avaliação?
15:27Certamente, Evandro.
15:28Um dos motivos, inclusive,
15:29pelo qual o Donald Trump
15:30ano passado convocou Jerry Vance
15:32para ser vice dele,
15:33candidato a vice ainda,
15:35antes da eleição,
15:36era o fato de que Jerry Vance
15:37tinha uma interlocução muito grande
15:39com as empresas,
15:40esse setor das big techs,
15:42algo que Trump não tinha em 2016
15:45e não tinha em 2020.
15:47Esse é um setor que tem muito dinheiro,
15:49banca muita coisa
15:50de uma campanha eleitoral
15:51e esse setor bancou muito
15:53da campanha eleitoral
15:54de Donald Trump
15:54e a gente vê,
15:56pela forma como as empresas
15:57têm agido
15:58desde que Trump voltou ao poder
16:00em janeiro desse ano,
16:02que, de fato,
16:03eles estão fechados.
16:06Há um grande acordo
16:07entre o governo dos Estados Unidos
16:10e as big techs americanas
16:12para que eles caminhem
16:13lado a lado,
16:14possam um ajudar o outro
16:16no que for possível
16:17e Donald Trump deve cobrar
16:18o presidente Lula
16:20em relação a isso.
16:22Quando a gente volta,
16:23no tempo,
16:23duas semanas atrás,
16:24no dia,
16:25na quinta-feira,
16:26em que o Supremo Tribunal Federal
16:28condenou o ex-presidente
16:29Jair Bolsonaro
16:30por tentativa de golpe,
16:31a reação imediata
16:33do presidente Donald Trump
16:34lá na Casa Branca,
16:35ainda naquele 11 de setembro,
16:38foi relativamente,
16:40eu não vou dizer com desprezo,
16:42mas mostrou que ele não dá
16:43tanta importância assim
16:45a esse assunto.
16:46Ele tem algo um pouco pessoal,
16:48porque ele diz
16:48que foi perseguido
16:49pela justiça americana
16:50quando estava fora do cargo
16:52e isso o toca pessoalmente,
16:55mas não é a prioridade,
16:57ou pelo menos não aparenta
16:58ser a prioridade de Donald Trump
17:00pelo discurso do presidente.
17:02Quem se posiciona mais ativamente
17:03em relação a isso
17:04é o secretário do Estado,
17:05Marco Rubio,
17:06que é latino
17:07e que olha aqui
17:08para essa região
17:09com os olhos mais abertos.
17:12O que a gente pode imaginar,
17:14Evandro,
17:14é o seguinte,
17:15é que o mundo,
17:16ele está numa mudança
17:17muito grande
17:18e os Estados Unidos
17:20estão nesse momento
17:21numa briga indireta
17:22com a China
17:23pelas chamadas zonas de influência,
17:25as esferas de influência.
17:27O Trump não quer deixar
17:28a América Latina,
17:29o Marco Rubio, principalmente,
17:31não quer deixar
17:31a América Latina
17:32se desgarrar
17:33dos Estados Unidos
17:34tanto assim.
17:35Então vai ser necessário
17:36ler algum tipo de afago,
17:37mas a preocupação maior
17:38certamente
17:40é com as empresas americanas.
17:41Fabrício Nadesky,
17:42muito obrigado
17:43pela tua contribuição
17:44conosco até aqui,
17:45mas se tiver mais coisas,
17:46meu amigo,
17:47volte já já.
17:48O espaço está aberto para você.
17:49Obrigadão
17:50por essa uma hora
17:52de bastante informação,
17:53conteúdo e análise
17:54que você trouxe aqui para a gente.
17:56Um ótimo trabalho.
17:56Até daqui a pouco, então.
17:57Até daqui a pouco.
17:58Inclusive,
17:59a gente vai continuar nesse tema
18:00e eu quero trazer um pouquinho
18:00mais de análise com nossos amigos
18:02também sobre essa interpretação
18:04que é dada aí
18:04por Eduardo Bolsonaro.
18:06E você que nos acompanha
18:07pela rádio,
18:08seja muito bem-vindo.
18:09É um prazer ter você por aqui
18:10para a gente debater,
18:11trazer opinião crítica
18:12e nesse momento
18:13estamos unidos
18:14em todas as plataformas
18:15exatamente para falar
18:16sobre as repercussões
18:18dos discursos
18:19de Lula e Trump
18:20na Assembleia Geral
18:22da ONU
18:23e também o quanto isso
18:24repercute para
18:25aqueles que são aliados
18:27de Jair Bolsonaro,
18:28a exemplo do deputado
18:29Eduardo Bolsonaro,
18:30que achou
18:31na fala
18:32de Trump
18:33convidando
18:34Lula
18:35para um encontro
18:35na próxima semana
18:36uma estratégia
18:37genial.
18:39E aí,
18:39o Alangani,
18:40o Felipe Monteiro
18:41fala que
18:41Eduardo Bolsonaro
18:42foi bastante criativo
18:44nessa análise.
18:45Você entende
18:45que sim
18:46ou que talvez
18:47ele tenha razão
18:48que tudo faça parte
18:49de uma estratégia
18:50de pressão intensa
18:51sobre o presidente
18:52brasileiro?
18:53Evandro,
18:53eu vou confessar
18:54que eu fico
18:55muito na dúvida.
18:56O que eu posso dizer
18:57aqui é que
18:59cada lado
19:00vai explorar
19:00uma narrativa.
19:02Então,
19:02a esquerda,
19:03o PT,
19:04vai dizer
19:05que a simpatia
19:07do presidente Lula
19:08conquistou
19:09o Donald Trump
19:10e que ele fez
19:10um belo discurso
19:11e que o Trump
19:12agora quer negociar
19:13com o Lula
19:14e que o Lula
19:15foi muito bem
19:16na ONU.
19:16Por outro lado,
19:18a direita,
19:18principalmente a direita
19:20bolsonarista
19:20vai dizer
19:22que não,
19:22que Trump
19:23joga aí
19:25um xadrez
19:27geopolítico,
19:28ele é muito estratégico,
19:30é uma estratégia
19:30de negociação,
19:32ele já fez isso
19:32no passado,
19:33aí trazem
19:34o próprio exemplo
19:35do Zelensky,
19:36a gente não sabe,
19:38quer dizer,
19:38a gente vai saber
19:39no final das contas
19:40se ocorrer
19:41de fato
19:42este encontro
19:43e quais serão
19:44os próximos passos
19:46se vai haver
19:47mais retaliação
19:48contra o Brasil.
19:49É isso que a gente
19:50vai saber
19:51quem é que estava certo,
19:52qual narrativa
19:53estava certa.
19:54Por enquanto,
19:55eu acho que é precipitado
19:57dizer se Donald Trump
19:59de fato está fazendo
20:00um afago
20:01ao presidente do Brasil
20:02ou se é uma estratégia
20:04de negociação
20:04por parte dele.
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