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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano, o maior patamar registrado nos últimos 20 anos. A decisão ocorre mesmo diante da revisão para baixo das projeções de inflação do mercado financeiro.
Reportagem: Matheus Dias

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Transcrição
00:00E o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu manter a Selic em 15%.
00:06Já nos Estados Unidos, o Federal Reserve, o Banco Central americano, retomou o ciclo de afrouxamento monetário
00:12e anunciou um corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros.
00:18Os detalhes na reportagem de Matheus Dias.
00:22Pela primeira vez em 2025, o Banco Central norte-americano cedeu as pressões de Donald Trump
00:28e reduziu a taxa de juros no país.
00:31A alíquota fica agora na faixa entre 4% e 4,25%.
00:37Mesmo com a inflação ainda fora da meta desejada,
00:40Jerome Powell, presidente do Federal Reserve,
00:43disse que o mercado de trabalho pouco aquecido,
00:46a queda na criação de vagas e o aumento do desemprego
00:49foram determinantes para o aumento dos juros nos Estados Unidos.
00:53O Fed prevê ainda pelo menos duas quedas de 0,25 pontos percentuais ainda esse ano.
01:00O economista Pedro Paulo Silveira interpreta que a ação do Federal Reserve
01:03deixa de lado a motivação de conter a inflação
01:06e concorda pela primeira vez em nove meses com os pedidos de Trump.
01:12E sinalizou também que está muito mais preocupado com o ritmo do mercado de trabalho,
01:17que começou a desacelerar agora e isso coloca em risco o crescimento da economia,
01:22do que com o ritmo de queda da inflação.
01:25O economista diz ainda que a queda dos juros norte-americanos
01:28tem um efeito positivo no mundo todo.
01:30Uma taxa de juros menor nos Estados Unidos
01:32permite que a economia global opere com juros menores em todos os países,
01:39isso inclui o Brasil, vai trazer um refresco para o Brasil,
01:42vai permitir que o real ande um pouquinho mais do que já tem andado
01:46e vai permitir que a gente comece a pensar na redução da taxa de juros no ano que vem.
01:51No Brasil, o movimento foi o inverso nessa chamada superquarta.
01:55Na reunião do Copom, a decisão do colegiado do Banco Central foi unânime
01:59pela manutenção da taxa de juros em 15%, a maior dos últimos 19 anos,
02:05que mantém o Brasil com a segunda maior taxa de juros do mundo,
02:09atrás apenas da Turquia.
02:11A justificativa foi a preocupação do Banco Central com a inflação,
02:15que está atualmente em 5,13%, valor acima do teto de 4,5%.
02:22A meta do BC é de 3%, contando com novas quedas na conta de luz, na gasolina e em alimentos.
02:30Jason Vieira, economista-chefe da Leve, diz que o Banco Central ainda está longe do teto da meta
02:35e ainda mais longe da inflação ideal.
02:38Porque ainda existe uma inflação desancorada,
02:42ainda não chegou nem próximo do que nós podemos considerar a meta da inflação,
02:46ainda que a inflação esteja declinando.
02:49Portanto, não há razão para o Banco Central reverter uma política monetária
02:53que está em tese tendo sucesso no combate à inflação
02:56para simplesmente agradar alguma questão política ou coisa parecida.
03:01Jason diz que os juros devem ser mantidos em 15%,
03:04já que a Selic só tem efeito direto na queda da inflação depois de seis meses.
03:10Em alguns casos, até nove meses depois da elevação.
03:14E como o Banco Central elevou as taxas no final de agosto,
03:17o efeito real só deve ser notado a partir de março de 2026.
03:22Provavelmente, inclusive, a primeira reunião de 2026 pode ser de manutenção.
03:26Existe, assim, essa possibilidade,
03:28porque o efeito defasado da última elevação de juros de política monetária
03:31vai recair lá no primeiro trimestre.
03:35Ou seja, aquela decisão que levou os juros a 15%
03:37tem o seu efeito direto na economia só lá na frente,
03:41só naquele período específico da economia.
03:45E é ali que o Banco Central pode virar e dizer o seguinte,
03:47olha, agora virou a chave, eu posso finalmente começar a cortar os juros.
03:51Para a Confederação Nacional da Indústria,
03:53a manutenção da taxa de juros considerada estratosférica
03:57é injustificada e agrava o sufoco do setor.
04:01A CNI avalia que a decisão do Banco Central ignora sinais claros
04:05de desaceleração da atividade econômica e queda da inflação,
04:09conjuntura que demanda urgência na redução de juros
04:12para evitar prejuízos maiores à economia e aos trabalhadores.
04:17O Copom volta a se reunir nos dias 4 e 5 de novembro,
04:21no penúltimo encontro do ano.
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