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  • há 2 meses
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Transcrição
00:00Esse caso é chocante, né? É preocupante.
00:03A gente tá falando de descaso médico.
00:05E eu vou contar pra você que tá nos assistindo aí em casa
00:08um pouco do resumo do que aconteceu.
00:10João Miguel Alves da Silva, ele tinha um ano e dez meses.
00:14Todo o drama começou em setembro do ano passado,
00:16quando ele teve o diagnóstico de um início de pneumonia.
00:20E aí ele foi levado ao hospital.
00:22A família procurou tratamento pra ele, mas a médica que atendeu liberou.
00:26A criança disse que ela podia ser tratada em casa com antibióticos.
00:29E assim foi feito.
00:30A mãe, inclusive, questionou ao hospital se precisava um raio-x.
00:34A médica disse que não, porque a criança era muito pequena.
00:36Não ia expor a criança ao raio-x.
00:38Enfim, a criança foi tratada em casa com antibiótico.
00:41Um mês depois, a criança teve um problema com amidalite.
00:44E aí voltou ao hospital de novo, perguntou se precisava de um raio-x.
00:48O hospital disse que não precisava.
00:50Ia tratar em casa também com antibiótico.
00:52Foi feito assim e passou.
00:53Em janeiro deste ano, no dia 6 de janeiro,
00:56a criança teve um quadro de vômitos seguidos.
00:59Pelo menos 4 vezes vomitando.
01:01E aí a mãe, desesperada, socorreu para o hospital.
01:04E aí foi quando todo o drama começou.
01:05Estou aqui com o Thaís Paulino,
01:08que é a mãe do João Miguel.
01:10Ela vai contar pra gente um pouquinho.
01:12Após isso, quando a criança teve esse quadro de vômito,
01:15quando ela foi socorrida,
01:17o que é que se procedeu depois daí?
01:18Tá, socorremos ele.
01:21Chegando lá no hospital,
01:24o médico rapidamente pediu exames de como...
01:30Desculpa que estou muito nervosa.
01:33Exame de sangue, exame de urina, fezes, tudo, né?
01:36E um raio-x.
01:37Foi quando tiramos o raio-x
01:39e constatou que ele estava com pneumonia.
01:42A pneumonia, no caso, tinha voltado novamente.
01:44E eu questionei até a médica.
01:46Eu falei que já tinha voltado com o meu filho,
01:48pedi exames e eles não fizeram.
01:51E daí a médica falou,
01:52ó, mãe, a gente vai internar ele
01:54e ele precisa ir para a UTI
01:56para tomar o medicamento diretamente
01:58para o pulmãozinho dele.
01:59Mas ele está bem, ele está muito bem.
02:01Eu até fiquei assustada,
02:02porque quando fala em UTI,
02:03mas ela falou, não, ele vai para lá
02:05porque tem monitoramento dos médicos 24 horas
02:08e ele precisa tomar esse medicamento
02:09e colocar um acesso central.
02:11Aí tudo bem.
02:12Subimos com o Miguel,
02:13fizeram todo o procedimento.
02:14foi quando a médica cirurgiã falou
02:17que iria fazer o procedimento
02:19de colocar esse acesso nele.
02:21Quando a gente se retirou da sala,
02:24passou um tempo
02:25e foi quando a minha sogra chegou no hospital.
02:28E eu disse, vai lá ver.
02:29Ele acabou o procedimento
02:30e a médica disse que tinha ocorrido tudo bem
02:31o acesso.
02:33Quando minha sogra foi lá,
02:35minha sogra viu ele.
02:36Quando ela saiu,
02:37ela saiu bem assustada
02:38e falou que ele estava
02:39com dificuldade para respirar.
02:41E eu fiquei bastante assustada
02:44porque ele não estava,
02:45ele não chegou no hospital assim.
02:47E rapidamente eu entrei para ver
02:48como é que o meu filho estava
02:49e o meu filho estava com muita dificuldade
02:51para respirar
02:52e o quadro dele só evoluía para uma piora.
02:55Ele ficou como se fosse se afogando,
02:57bem sufocado mesmo.
02:59E daí eu chamei a médica da UTI
03:00e perguntei a ela
03:02por que o meu filho estava daquele jeito.
03:03E aí ela nem sabia explicar.
03:05Ela falou que iria investigar
03:07e que, porque foi um cansaço repetindo,
03:10que foi do nada esse cansaço.
03:12Ela usou essas palavras
03:13e prosseguiu, né?
03:16Quando, depois de horas também, novamente,
03:20ela...
03:21E antes disso,
03:22quando falou que ele precisava ir para a UTI,
03:25eu perguntei a ela,
03:25doutora, mas não vai entubar meu filho nada não, né?
03:27Ela disse, não, mas seu filho está ótimo.
03:29Ele não tem essa possibilidade de entubar,
03:31de entubação.
03:32Tudo bem.
03:33Quando, depois de tudo isso,
03:35foi quando ela chegou para a gente
03:38e falou que ele precisava ser entubado.
03:40E eu fiquei desesperada,
03:41questionei ela,
03:41mas doutora, a senhora falou
03:42que meu filho não precisava ser entubado.
03:44Ela, não, mãe,
03:44porque você percebeu como ele está,
03:46ele está muito cansado
03:47e a gente precisa entubar
03:49para investigar o que foi que aconteceu.
03:51E a gente autorizou,
03:53fez a entubação de Miguel
03:54e pronto, tudo bem.
03:57Quando, depois de umas horas também, novamente,
04:01que ele estava entubado,
04:02ela me chamou novamente
04:04e disse,
04:05ó, mãe,
04:06a gente não vem trazendo boas notícias.
04:09Eu disse, de novo, novamente,
04:10doutora, pelo amor de Deus,
04:12o que foi agora?
04:12Ela disse,
04:13olha,
04:14quando vai colocar o acesso,
04:16esse acesso central,
04:17corre o risco de perfurar um pulmão.
04:20e a gente não entende o porquê
04:23o outro pulmão dele também está perfurado.
04:25E daí, eu fiquei bastante assustada.
04:27Eu disse, não, doutora,
04:28mas como assim?
04:28Os dois pulmões do meu filho estão perfurados?
04:30Ela falou,
04:31é, mãe,
04:31os dois pulmões,
04:32como eu falei a você,
04:33infelizmente,
04:34perfurou um,
04:35mas o outro a gente não sabe.
04:36Eu disse,
04:36mas o meu filho não chegou aqui
04:37com o pulmão perfurado.
04:38Aí,
04:40foi quando a gente entrou em desespero,
04:42ficou muito desesperado,
04:43e ela falou que,
04:44por conta disso,
04:44tinha causado pneumotórax nele.
04:47E que precisava,
04:48ele precisava fazer uma cirurgia
04:49para colocar dois drenos,
04:51para drenar esse ar
04:52que estava saindo do pulmão,
04:53do meu filho.
04:55E quando,
04:56meu filho já estava já
04:57no estado já crítico, né?
04:58Depois que perfurou o pulmão,
04:59e aí foi a demora,
05:01sabe?
05:01Eles perfuraram onde
05:02eles não deveriam perfurar,
05:04tá?
05:04Que meu filho estava com uma pneumonia.
05:06Segundo,
05:07a demora
05:07para perceber
05:08que os dois pulmões
05:09do meu filho
05:10estavam perfurados.
05:10Uma criança de um ano
05:11e dez meses.
05:13E quando levaram
05:13o meu filho para o bloco,
05:15foi para o bloco,
05:16a gente acompanhou,
05:17ficou aguardando,
05:18e demorou também horas.
05:20Foi quando saíram
05:20com o Miguel rapidamente,
05:21foi uma coisa muito rápida,
05:23e a médica só disse,
05:24ó,
05:24deu tudo certo na cirurgia,
05:26e a gente foi acompanhando o Miguel.
05:28E eu vi quando
05:28o meu esposo,
05:29a gente acompanhando,
05:30o meu esposo falou assim
05:30para a médica,
05:31mas doutora,
05:32ele está muito pálido,
05:34doutora,
05:34ele está muito gelado,
05:35cadê o aquecedor?
05:36Vocês não aqueceram o meu filho.
05:37Aí ela,
05:38não pai,
05:38a gente vai aquecer
05:39quando chegar na UTI.
05:41E aquele movimento todo,
05:43quando,
05:43assim que a gente entra,
05:44que a gente passa
05:44da porta da UTI com o Miguel,
05:47rapidamente,
05:48eles começaram a fazer
05:49uma massagem cardíaca
05:50no meu filho.
05:51E nisso,
05:52eu vi tudo,
05:53presenciei tudo.
05:54E eu entrei em desespero.
05:56Foi um desespero muito grande.
05:57A gente correu,
05:58chamou a médica,
06:00e nisso,
06:01demorou muito tempo,
06:02eles lá com o Miguel,
06:03todo o procedimento,
06:04e depois eu desfaleci,
06:06eu totalmente perdi o sentido,
06:08e o meu...
06:09Rapidinho,
06:11a gente quer saber agora
06:13uma coisa,
06:15a questão judicial.
06:16E eu queria chamar,
06:17a gente entende o seu drama,
06:19pensei que você está
06:20bastante abalada,
06:21eu queria chamar o advogado,
06:22para ele vir aqui
06:23falar com a gente,
06:24o Ricardo Rodrigues,
06:25ele está acompanhando o caso.
06:26Doutor,
06:27como é que fica a situação?
06:29Porque está sendo enxergado
06:30isso como uma negligência médica,
06:31como é que a justiça
06:33está tratando desse caso?
06:34Boa tarde a todos
06:35que estão nos assistindo,
06:36esse caso é um caso
06:37muito especial para a gente,
06:39não é só mais um caso
06:40dentro da advocacia,
06:42até porque eu como pai,
06:44você disse no início
06:44da reportagem
06:45que não teve o privilégio
06:46de ser pai,
06:47mas eu tenho o privilégio
06:48de ser pai de duas crianças,
06:50e é muito difícil
06:51sempre ouvir
06:52Thaís e Gibson,
06:53Gibson falando sobre isso.
06:57Então,
06:57a gente está atuando
06:58em várias frentes,
06:59a gente está atuando
07:00junto à DPCA,
07:02a gente noticiou o fato
07:03à DPCA,
07:04fomos muito bem recebidos
07:06pela delegada
07:07doutora Maria de Lourdes,
07:08pelo delegado
07:09também doutor Geraldo,
07:11mas a gente tem outras
07:12frentes que a gente
07:13precisa atuar nesse caso,
07:15não só na delegacia,
07:17mas também nós abrimos,
07:19pedimos a abertura
07:20de uma sindicância
07:21junto ao CREMEP
07:22para que apure
07:23a conduta
07:24dos eventuais médicos
07:26que estejam envolvidos
07:27envolvidos nesse caso,
07:28e também vamos ingressar
07:30com a ação
07:31no âmbito cível.
07:33Mas no que tange
07:34aqui nesse momento,
07:35a gente acredita
07:36que não faz
07:37um desenvolvimento
07:38causal lógico
07:39uma criança
07:40chegar
07:41clinicamente
07:42bem,
07:43em que pese
07:44quem procura um hospital
07:46não está
07:46na perfeição
07:48de sua saúde,
07:49procura um médico
07:51com a suspeita
07:52de um início
07:52de pneumonia,
07:53que era o que já
07:55tinha nos laudos
07:56anteriores,
07:57e sair de lá
07:58com dois pulmões
08:00perfurados
08:01na busca
08:02de um acesso
08:02central.
08:04Então,
08:04se fosse apenas um,
08:06já seria um problema
08:08grave,
08:09mas ela teve
08:10dois pulmões
08:11perfurados.
08:11Então,
08:12a gente acredita
08:13que há aí
08:15um erro médico,
08:16mas não somos nós
08:18que vamos
08:19atestar
08:20esse erro.
08:21É preciso
08:22que o inquérito
08:23policial
08:24se desenvolva,
08:25evolua,
08:27para que ele
08:27aponte
08:28efetivamente
08:29se isso é fruto
08:30de um erro médico,
08:31se é uma causa
08:32corriqueira,
08:33se é normal
08:34ter dois pulmões
08:35perfurados.
08:36A minha pouca
08:37ciência
08:38na medicina
08:39diz que não é
08:40um desenvolvimento
08:41causal lógico,
08:42e por isso
08:43a gente foi
08:44procurar
08:45a polícia
08:47para que a polícia
08:48tome as providências.
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