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Transcrição
00:00Donald Trump confirma ataque do exército americano à embarcação venezuelana.
00:05Operação em águas internacionais deixou 11 mortos.
00:09Nicolás Maduro responde aos Estados Unidos e afirma que o país está pronto para a luta armada em caso de invasão.
00:16Acidente com o funicular de Lisboa, em Portugal, deixa pelo menos 16 mortos.
00:22E manutenção é questionada no país.
00:25Você vai ver também caso de pintura roubada por nazistas choque a Argentina e caso vai para a Suprema Corte.
00:34Meu nome é Fabrício Naitz, que pela próxima meia hora nós vamos navegar juntos pelos principais assuntos do mundo.
00:40O JP Internacional está no ar.
00:50Olá, seja muito bem-vindo, seja muito bem-vindo.
00:53O JP Internacional já começou com tudo o que aconteceu de mais importante na última semana e o que vai ser destaque na próxima.
01:00A gente começa o programa de hoje falando sobre Venezuela e Estados Unidos.
01:05A situação entre os dois países, que já era ruim há muitos anos, ficou muito pior nessa semana.
01:11Depois do governo americano posicionar os navios em águas internacionais próximo ao litoral venezuelano,
01:17o presidente Donald Trump confirmou na última terça-feira o primeiro ataque a uma embarcação saindo do país sul-americano.
01:26Onze pessoas morreram no caso.
01:28Segundo a Casa Branca, as vítimas eram integrantes do grupo de narcotráfico Trem de Aragua.
01:34O barco estaria carregado de drogas, mas as autoridades não informaram qual era a quantidade e nem quais drogas estavam nesse barco.
01:43O próprio secretário do Estado, Marco Rubio, afirmou que a embarcação provavelmente tinha como destino Trinidad e Tobago ou outro país caribenho.
01:52Ou seja, nem mesmo Marco Rubio sabe dizer para onde ia o barco.
01:57Já o presidente Donald Trump confirmou que a ação foi a primeira de várias que estão a caminho.
02:03Esse caso fez aumentar a atenção envolvendo uma possível invasão americana ao território venezuelano.
02:08Sobre essa possibilidade, a gente conversou com o analista militar, o comandante Robson Farinazo, que explicou a situação.
02:16Eu duvido que haja apoio no Pentágono para isso.
02:20Seria uma empreita gigantesca de anos, provavelmente, porque você tem um exército venezuelano de cerca de 300 mil militares, mais as milícias.
02:30E a Venezuela não é um país pequeno, é um país grande.
02:32É um país grande, é um país com diversos acidentes geográficos, é um país com densas florestas.
02:38Então, eu acho muito pouco provável uma invasão.
02:41Seria uma campanha que você teria.
02:42Você começa, depois você não sabe quando vai acabar.
02:46O modus operandi do Donald Trump com relação a assuntos militares sempre foram operações mais cirúrgicas, operações de curta duração, etc.
02:55Então, pode ser que ele faça um ataque, mas que não vai ter muito apoio internacional, porque não há uma justificativa, essa que é a verdade, uma justificativa plausível.
03:07Então, eu não sei o que ele quer conseguir com isso.
03:10Por enquanto, a gente só está vendo pressão.
03:12Mas eu acho bem pouco provável uma invasão plena.
03:16É difícil saber exatamente, com total certeza, o objetivo de Donald Trump envolvendo a Venezuela nesse momento.
03:23Mas uma coisa é certa.
03:25Uma invasão dos Estados Unidos aqui na Venezuela não seria exatamente fácil, como o próprio comandante falou.
03:31Esse aqui é um território, principalmente na região de fronteira, tanto com a Colômbia, quanto com o Brasil, quanto com a Guiana,
03:38de florestas muito densas, montanhas.
03:40É uma área difícil para uma operação militar terrestre de larga escala.
03:44Se a gente voltar no tempo, a gente lembra das dificuldades que o exército americano passou no Vietnã, uma região relativamente parecida.
03:54Esse também, as dificuldades que os Estados Unidos podem encontrar aqui na Venezuela, foi mais um dos temas que a gente conversou com o comandante Farinazo.
04:01Se a mobilização popular foi bem feita, eu não sei em que grau que ela foi feita, qual a intensidade disso tudo.
04:10Mas se a mobilização popular for bem feita, as possibilidades de êxito de uma invasão tendem a zero.
04:18Essa é uma coisa.
04:19Você tem que lembrar uma outra coisa também, que é a capilaridade, tanto dos sistemas de inteligência venezuelanos,
04:26dos serviços que são bons, essa que é a verdade, é um bom serviço de inteligência,
04:30talvez um dos melhores da América Latina,
04:33como o apoio dos militares ao Maduro, até onde se sabe, ele é grande.
04:38Então, eu acho que seria uma aventura militar de difícil êxito.
04:43Agora, lógico, você pode tentar estrangular o país com bloqueios navais, etc., fazer ataques de decapitação,
04:49mas isso aí não vai ter um apoio internacional amplo.
04:54Numa era que nós temos hoje, com China e Rússia desafiando a hegemonia americana,
05:00eu acho que é bastante temerário você partir para uma aventura sem apoio internacional.
05:06Pode erodir mais ainda a situação já delicada dos Estados Unidos no cenário externo.
05:12A Venezuela tem um sistema de defesa aérea muito bom, calcado em mísseis S-300 russo e o sistema Bulk também.
05:20A coisa de uns cinco anos atrás, uma delegação da Rússia andou visitando a Venezuela,
05:25acredita-se que seria para atualizar esses sistemas.
05:28Por quê? Sistemas, com o tempo, eles vão ficando desatualizados, defasados,
05:33numa série de quesitos, aí você precisa atualizar os mesmos,
05:36rever aí a validade dos sistemas químicos, dos explosivos, etc.
05:41Então, acredita-se que essa delegação russa tenha feito isso.
05:45Nós não temos como saber se é isso ou se não é.
05:48Mas a questão não é essa.
05:49Eu penso assim, se os Estados Unidos quiserem entrar na Venezuela, eles entram.
05:54É inevitável.
05:56Vão estabelecer uma cabeça de praia, uma série de coisas.
05:59O problema é quanto tempo você vai ficar ali.
06:02E tempo é uma questão bastante importante.
06:05A gente lembra de operações dos Estados Unidos no Iraque, que durou bastante tempo,
06:09no Afeganistão também, que durou 20 anos,
06:12e nenhuma delas teve muito sucesso para os Estados Unidos.
06:15Falando em Estados Unidos, hoje, oito navios militares americanos
06:18estão ali na região de águas internacionais, próxima à Venezuela,
06:22além de um submarino nuclear.
06:24Além disso, a Casa Branca confirmou nesta sexta-feira
06:27que dez caças F-35 foram enviados para Porto Rico
06:31e devem conduzir operações na área.
06:34Agora, do lado venezuelano, tem esse número aqui interessante para a gente trazer.
06:38O país recebeu uma licença especial para voltar ao mercado americano de petróleo.
06:45E isso acarretou no quê?
06:46Depois de quatro meses de suspensão,
06:49a Venezuela voltou a exportar, em média, mais de 900 mil barris de petróleo por dia.
06:56966.484 no último mês de agosto.
07:00Esse é o histórico da Venezuela em milhões de barris de petróleo.
07:04Esse adicional vem por conta da operação da Chevron,
07:08que é uma empresa norte-americana que opera em parceria com a PDVSA
07:12ali na região da Venezuela.
07:15Um dinheiro muito importante para a Venezuela,
07:18um país que tem graves crises financeiras,
07:20que vive uma grave crise financeira,
07:22e que poderia exportar muito mais petróleo
07:24se não fossem as diversas sanções aplicadas ao país
07:28por conta do governo de Nicolás Maduro,
07:30por conta ainda também do governo de Hugo Chávez,
07:32e isso muitos anos atrás, já há mais de 10 anos atrás.
07:36É um cenário bastante complicado,
07:38mas a retomada da venda de petróleo
07:40ajuda a dar um pouquinho de fôlego,
07:42pelo menos, para Nicolás Maduro, lá em Caracas.
07:46Bom, sobre esse assunto,
07:47eu vou conversar com a professora de Relações Internacionais
07:50da SPM, Denil de Roushacker,
07:52que nos atende aqui no JP Internacional.
07:54Professora, seja muito bem-vindo ao nosso programa.
07:57Eu que agradeço o convite, Fabrício.
07:59Professora, a gente tem uma situação bastante delicada
08:03entre Estados Unidos e Venezuela já há algum tempo.
08:06O presidente Nicolás Maduro falou que os canais de comunicação
08:09entre os dois países acabaram sendo arruinados,
08:12e ele culpou a Casa Branca por isso.
08:14Há a possibilidade de uma reaproximação entre esses dois países?
08:19Há a possibilidade de uma saída negociada dessa crise nesse momento?
08:23Olha, é mais difícil nesse momento
08:28de sair alguma negociação, por alguns fatores.
08:32Um deles é que o Marco Rubio, que é o secretário de Estado,
08:36ele tem uma posição muito ideológica
08:40e é muito de pontuar que não há negociação com o regime Maduro.
08:47Então, ele vem de um histórico de pressão,
08:51mesmo antes de estar no governo como senador,
08:56pressionando a Venezuela.
08:58Então, essa posição dificulta uma abertura de negociações.
09:05E aí coloca que é um dos objetivos do próprio governo Trump,
09:10que é a derrubada do governo Maduro,
09:13de ter um governo que seja mais alinhado aos Estados Unidos.
09:18Então, isso entra na retórica da pressão,
09:21mas ela também é um objetivo da posição americana.
09:26E, de outro lado, o próprio Trump utiliza esse embate com a Venezuela
09:33para reforçar uma posição que ele tem interna nos Estados Unidos,
09:38que é de ser cada vez mais duro no combate ao narcotráfico
09:43e a regimes que possam ter alguma ligação com o narcotráfico.
09:48Então, e essa é uma das principais acusações feitas,
09:54tanto pelo Trump quanto pelo Rubio,
09:56sobre o Maduro,
09:58de que o Maduro é o líder dos grupos e dos criminosos
10:05que acabam afetando a segurança interna nos Estados Unidos.
10:10Então, essa conjuntura doméstica e essa visão histórica de embate
10:17com o próprio regime chavista e o regime Maduro
10:22coloca aí muito mais dificuldade para se ter algum tipo de estabelecimento de negociação.
10:30Mas há uma pressão importante e há também um interesse americano
10:36de que se tenha uma maior exploração do petróleo.
10:42Mas eles não entendem que esse interesse econômico
10:46seria possível num governo tão contrário e tão opositor aos Estados Unidos.
10:53Professora, você falou um termo que me chamou muita atenção,
10:56que é a palavra retórica.
10:57Porque, de um lado, a gente tem a retórica norte-americana,
11:00Casa Branca, falando que essa é uma operação que eles estão conduzindo
11:04contra a ação de grupos de narcotráfico aí na região.
11:07Eles falam especificamente de dois, o trem de Aragua e também o cartel de Los Soles.
11:12Do lado da Venezuela, a retórica é de que a Venezuela está sendo ameaçada,
11:16que há uma ameaça à integridade territorial venezuelana
11:20por conta desse posicionamento das Forças Armadas dos Estados Unidos
11:24e, inclusive, esse ataque que a gente viu na terça-feira.
11:29Qual retórica está mais próxima da realidade ou há um meio do caminho entre os dois?
11:36Há uma ação americana para conter o narcotráfico e há, de fato, também uma ameaça territorial
11:41à Venezuela nesse momento?
11:42É, acho que há os dois, Fabrício.
11:46De fato, o Trump colocou esse como um objetivo na sua relação com os países da América Latina
11:52de que é a questão do combate ao narcotráfico e ao crime transnacional.
11:59Então, ele vem pressionando o México, vem pressionando a Colômbia, Peru,
12:04para que haja uma ação mais dura dos governos latino-americanos
12:11frente à questão da expansão do narcotráfico.
12:16No caso da Venezuela, eu acho que aí tem outros elementos, como a gente já falou.
12:20Ele tem um elemento ideológico muito forte nessa questão.
12:25Com relação ao Maduro, tem uma lógica de aumentar o nacionalismo interno.
12:35Então, as ações dos Estados Unidos geram sempre maior apoio,
12:42enfraquece a oposição, que é vista como aliada dos Estados Unidos.
12:48Então, para o Maduro também esse embate não é algo que seja negativo,
12:55mas há um temor, sim, de parte do governo e de setores militares da Venezuela
13:03de que possa ter algum tipo de investida maior dos Estados Unidos
13:10e ter aí uma intervenção direta americana.
13:14Como colocado anteriormente, ela tem custos muito altos para os Estados Unidos,
13:18é uma intervenção direta, mas o objetivo de mudança do regime,
13:23de levar o regime do Maduro a um estrangulamento e uma perda de sustentação,
13:31isso de fato é algo de interesse dos Estados Unidos,
13:36o que levaria a uma mudança interna.
13:40Tem muitos fatores difíceis nessa equação.
13:43O Maduro tem o apoio do Exército, tem uma capacidade de mobilização muito grande
13:49ainda de grupos da população, a oposição está enfraquecida.
13:56Então, são elementos internos que dificultam uma intervenção direta
14:00sem uma confrontação e uma posição venezuelana.
14:05Então, sim, tem esse temor, mas ela também é parte do uso da capacidade da campanha do próprio Maduro
14:16para conseguir se sustentar no poder.
14:20A professora Daniel de Rosacker mencionou o fortalecimento de encolás Maduro
14:24dentro do território venezuelano.
14:26Vamos voltar um pouquinho no tempo, porque não faz muito tempo assim
14:29que a Venezuela promoveu uma votação, um plebiscito dentro do país
14:33pela anexação do território de Esequibo,
14:36que fica aqui na fronteira entre Venezuela e Guiana,
14:40um país fronteriço muito menor,
14:43e essa é uma reivindicação histórica da Venezuela pelo território de Esequibo.
14:48Nessa semana, teve eleições na Guiana
14:50e o presidente Irfan Ali foi reeleito para um segundo mandato.
14:54Vou voltar a falar com a professora Daniel de Rosacker.
14:57Professora, essa movimentação que Nicolás Maduro fez em relação a Esequibo
15:03foi vista como uma tentativa de trazer a população em torno de uma pauta comum
15:07e fortalecer a figura do presidente.
15:10Dá para a gente dizer que uma ameaça dos Estados Unidos à Venezuela
15:14pode também acabar fortalecendo Nicolás Maduro
15:17pela população entender que o país está sendo alvo de uma ameaça estrangeira?
15:22Sim, o Maduro tem usado isso a fazer alistamento geral,
15:30então ele mobilizou a opinião pública,
15:32um temor constante, Fabrício, em vários países da América Latina
15:37pelo histórico do relacionamento com os Estados Unidos,
15:40que é ter intervenções diretas americanas.
15:44Só que a gente vive um outro contexto político no mundo
15:48com novas geografias de poder
15:52que tornam essas ações de intervenção mais custosas
15:58e que geram não só o custo militar,
16:02mas também em termos de capacidade de conseguir apoios,
16:08como também foi dito antes.
16:10Então, o próprio Maduro sabe disso.
16:14Ele sabe que para os Estados Unidos
16:17seria algo que teria muita dificuldade
16:21de entrar no país e conquistar,
16:25mas ele utiliza para mobilizar e para conseguir enfraquecer,
16:29e aqui o ponto acho que é importante,
16:31enfraquecer a oposição,
16:39que tradicionalmente sempre foi ligada aos Estados Unidos.
16:45Professora, um dos temas que a gente conversou,
16:48até inclusive com o comandante Farinazo,
16:49tem a ver com a atuação de países estrangeiros
16:52que não acreditam que nesse momento
16:54se justifique um ataque à Venezuela,
16:57uma ação mais incisiva contra a Venezuela.
17:00O quanto que isso prejudica a posição americana nesse momento?
17:05Dá para a gente falar até, inclusive,
17:06de um certo isolamento da Casa Branca
17:08no cenário internacional?
17:11Olha, é difícil falar de isolamento, né?
17:14O Trump tem aliados,
17:15tem ainda países que são importantes como aliado,
17:19mas apesar de ter tido aí muitos problemas em diferentes áreas
17:25e ter uma grande desconfiança com relação ao governo
17:30e seus interesses, principalmente econômicos.
17:34Agora, ele teria aí muita dificuldade de conseguir apoio de fato,
17:39principalmente porque qualquer tipo de intervenção ou ação
17:44iria para o Conselho de Segurança
17:46e China e Rússia provavelmente se aliariam ao regime Maduro
17:52para comprar e daria apoio ao Maduro.
17:55Não necessariamente um apoio direto,
17:59mas o semelhante ao que nós vimos com relação
18:03a um momento de maior crise entre Israel e Irã,
18:10em que as posições de vários países
18:14de fato se colocarem contra uma nova intervenção internacional.
18:21O Maduro teria apoio dos países da América Latina,
18:26especialmente porque qualquer intervenção dos Estados Unidos
18:28sempre coloca aí o temor de que você teria outros países
18:34que poderiam também sofrer esse tipo de intervenção.
18:38Cuba, Nicarágua, Salvador.
18:42Então, isso também geraria uma comoção muito forte
18:45na América Latina e seria novamente um contraponto
18:49para a posição do próprio governo Trump.
18:53Antes da gente pegar aqui uma ponte aérea para outros continentes,
18:56você mencionou a América Latina.
18:58Há algum papel a ser desempenhado pelo Brasil,
19:01talvez, que é um país que faz fronteira com a Venezuela
19:04e que é a maior força aqui da região,
19:07ou mesmo pela Colômbia,
19:09que também é um outro país fronteiriço à Venezuela?
19:12Há alguma coisa que esses países possam fazer
19:14em relação a esse conflito?
19:16Talvez para dissuadir a Casa Branca,
19:18acalmar os ânimos, enfim, qualquer tipo de movimentação?
19:21Nesse momento nenhum desses países tem acesso aos Estados Unidos
19:26e a Casa Branca e, ao contrário, estão tentando esse acesso
19:31para resolver seus problemas com o Washington e com o Trump.
19:37Então, ter uma mobilização de repúdio,
19:43de apoio à Venezuela,
19:47até isso poderia acontecer dentro desse temor de países que poderiam ser os próximos,
19:55mas não de uma posição mais capaz de mudar o cenário.
20:00E a gente sempre tem que lembrar que o próprio Maduro sofre um isolamento muito forte
20:08de outros países, como a Europa,
20:12como países que também poderiam pressionar os Estados Unidos
20:18para que não tivessem intervenção,
20:20mas também não são países que apoiam o governo Maduro
20:25ou uma posição de permanência do Maduro.
20:27Então, é um cenário que dificultaria muito
20:31apoios explícitos ao Maduro,
20:34apesar das críticas que podem acontecer a uma intervenção americana.
20:38Um dos temas que eu conversei também com o comandante Farinazzo, professora,
20:41tem a ver com uma possível participação de Rússia e também da China,
20:46dois países que têm relações próximas com a Venezuela,
20:49relativamente próximas,
20:51mas ele descartou a possibilidade desses países intervirem militarmente
20:54e disse que seria um apoio mais de bastidores.
20:57Qual é o tipo de apoio que a Rússia e China podem fornecer para a Venezuela nesse momento?
21:04Talvez até de fazer uma pressão na Casa Branca, em algum aspecto?
21:09Olha, pressão possível,
21:12bloqueio dentro do Conselho de Segurança da ONU,
21:16com a aplicação de vetos, a atuação americana,
21:19a articulação com outros países, inclusive da América Latina,
21:27mas uma atuação direta não tem sido nem o perfil da China
21:33em nenhum dos embates, em nenhuma das situações de crise
21:36que a gente tem acompanhado nos últimos meses.
21:41Então, poderia até ter algum tipo de apoio da Rússia em termos de armamentos,
21:47mas a Venezuela já recebe esse tipo de apoio da Rússia,
21:54já usa equipamentos russos,
21:56mas também não tem recursos para mais equipamentos,
21:59na compra de equipamentos.
22:01Então, seria algo que estaria muito no campo do apoio formal e diplomático
22:10à Venezuela, mas não uma ação direta.
22:14E mesmo nesse momento em que a gente está vendo essa escalada
22:18da ação americana,
22:21não se vê nenhuma sinalização desses países.
22:26E também porque a questão do narcotráfico é um problema global.
22:31Então, a lógica de combate ao narcotráfico também
22:36é algo que para esses países e no mundo
22:39é algo que eles têm também se enfatizado à necessidade.
22:45Então, isso coloca a situação venezuelana em um outro patamar.
22:51Bom, conversamos com a professora de Relações Internacionais da ESPM,
22:54Denil de Rose Hacker.
22:55Professora, muito obrigado pela sua participação.
22:57Olha, acho que foi uma das entrevistas mais longas,
22:59mas também uma das mais proveitosas aqui do JP Inter.
23:02Eu que agradeço o convite. Obrigada.
23:05Obrigado. Volte sempre.
23:07Bom, agora está chegando a hora dele,
23:10o Radar Internacional, com todas as manchetes
23:12do que aconteceu de mais importante ao redor do mundo.
23:22Chegou o Radar Internacional.
23:24Tudo o que aconteceu, você fica sabendo,
23:26é que a partir de agora o JP Inter não deixa passar nada.
23:28Vamos conferir então o que foi destaque ao redor do mundo,
23:31começando pela Itália, uma notícia triste para o mundo da moda.
23:36O estilista Giorgio Armani, um dos maiores ícones da moda,
23:39criador de um verdadeiro império na indústria do luxo internacional,
23:44morreu aos 91 anos de idade.
23:47O italiano abriu a famosa Casa Armani em 1975, em Milão,
23:51a capital da moda mundial,
23:53e se tornou um dos principais nomes do setor.
23:56O velório vai ser fechado, mas uma capela ardente foi aberta ao público
24:00neste sábado e vai até amanhã no Teatro Armani,
24:04das nove da manhã às seis da tarde, lá em Milão.
24:08Agora, a principal dúvida é o que vai acontecer com o Império Armani,
24:13já que ele não deixou herdeiros.
24:15Todo mundo quer saber do que vai acontecer nesse caso aqui.
24:19Bom, vamos passar para Portugal, uma ponte aérea ali na Europa.
24:23Um descarrelamento provocou mortos e feridos
24:25no tradicionalíssimo funicular de Lisboa,
24:29a capital de Portugal, na quarta-feira.
24:32O elevador da Glória, que liga a Praça do Rocio, na Baixa,
24:35até o bairro Alto, colidiu contra um prédio durante a tarde.
24:39As autoridades investigam as causas do acidente,
24:42mas uma das questões mais discutidas
24:44é a da falta de manutenção apropriada.
24:46Manutenção que é feita por uma empresa externa.
24:50Quem opera os funiculares, os elevadores, é a Carris.
24:53Mas quem faz a manutenção, desde 2007, é a MEN.
24:57E aí tem uma discussão.
24:59A Carris fala que a manutenção não é apropriada.
25:01O sindicato dos trabalhadores da Carris
25:03já reclamava disso há muito tempo.
25:06Entre as vítimas fatais estão os cidadãos britânicos,
25:09sul-coreanos, canadenses,
25:11além de uma francesa, um suíço, um americano e um ucraniano.
25:15O pessoal que já foi para Lisboa sabe.
25:17Nessa época do ano verão europeu,
25:19a cidade fica lotada de turistas.
25:22Mais de 3 milhões de pessoas pegam esse serviço de funicular por ano.
25:27E ali na região era um declive de 48 metros,
25:30entre a parte baixa, na frente da Praça dos Restauradores,
25:33na Praça do Rocio,
25:34e a parte alta, já no bairro Alto de Lisboa.
25:38Um caso muito trágico, que chamou muita atenção.
25:41Agora a gente vai para a Ásia,
25:42porque no Afeganistão,
25:44um terremoto de magnitude 6 na escala Richter
25:46provocou mais de 2.200 mortos.
25:49O tremor já é o mais fatal em décadas na história do país.
25:53Outras 4 mil pessoas ficaram feridas na província de Kunar.
25:58E mais de 7 mil casos foram destruídas,
26:00tanto em Kunar, mas também em Lagã e Nangahar,
26:03no nordeste do país.
26:05O governo do Talibã pediu ajuda internacional,
26:07principalmente pela dificuldade de acesso às áreas atingidas,
26:11muitos deslizamentos de terra,
26:13e também no abrigo à população,
26:16que perdeu absolutamente tudo.
26:18A situação no Afeganistão, a gente já sabe,
26:20não é fácil há muito tempo.
26:22Vamos mudar a nossa página aqui
26:23e ver o que aconteceu na China.
26:25O presidente chinês, Xi Jinping,
26:27recebeu o russo Vladimir Putin,
26:29o norte-coreano Kim Jong-un
26:31e diversas autoridades internacionais.
26:33Nessa semana, a gente já tinha falado disso
26:35no JP Inter da semana passada, você lembra?
26:37A agenda foi marcada por uma série de reuniões bilaterais
26:41e reforçaram a relação entre os países,
26:44mesmo que não tenha tido nenhum grande anúncio,
26:46pelo menos até o momento.
26:48Xi Jinping negou que esses três países,
26:50China, Rússia e Coreia do Norte,
26:52estejam conspirando contra os Estados Unidos.
26:55Mas o desfile militar lá em Pequim
26:57mostrou que os chineses estão muito bem preparados
27:00nas forças armadas.
27:02Inclusive, um ponto para a gente destacar aqui,
27:04Donald Trump viu uma foto de Xi Jinping
27:07com o presidente russo Vladimir Putin
27:09e também com o Narendra Modi,
27:11premier indiano,
27:12e não gostou nada, nada disso.
27:15É algo que vai dar o que falar,
27:16ainda vai mexer com muitas peças no tabuleiro.
27:19Ainda falando de Donald Trump,
27:21o presidente americano recorreu à Suprema Corte
27:24por conta das tarifas,
27:25que foram julgadas ilegais pela Corte de Apelações de Washington
27:29na semana passada.
27:31O presidente tem pressa
27:32para que a Suprema Corte decida julgar o caso.
27:34Por quê?
27:35Porque uma das principais preocupações
27:37é de que as taxas possam acabar caindo de fato.
27:40E aí os Estados Unidos iriam precisar pagar
27:42multas e indenizações aos países afetados,
27:45quem sabe até mesmo o Brasil.
27:47Uma saída é que o tema seja avaliado pelo Congresso,
27:49que é quem deve decidir sobre taxação.
27:51Mas isso não é certeza de vitória para a Casa Branca,
27:54então é bom ficar de olho também.
27:56Agora a gente vem aqui para a Argentina,
27:57América do Sul.
27:58Por lá, a Argentina, a justiça argentina, melhor dizendo,
28:02proibiu que a imprensa divulgue áudios gravados ilegalmente
28:06de Karina Milley,
28:08irmã e chefe de gabinete do presidente Javier Milley.
28:12Ela é investigada pelo escândalo envolvendo subornos
28:14na compra de medicamento na Andes,
28:17a Agência Nacional para Pessoa com Deficiência,
28:19também outro tema que a gente já tratou aqui.
28:21O governo afirma que Karina foi gravada de forma ilegal,
28:25mas não fala sobre a autenticidade dos áudios.
28:27E a semana foi difícil para Javier Milley.
28:30Mais uma vez, o presidente precisou sair às pressas de um evento de campanha
28:34na província de Buenos Aires.
28:36Ele também teve um veto revertido no Congresso pela primeira vez
28:40e teve que intervir no câmbio para conter a alta do dólar.
28:44Semana nada fácil para Javier Milley,
28:46prestes a concorrer às eleições de meio de mandato às legislativas,
28:50para ver como é que a população está avaliando o governo dele por lá.
28:54É algo que é muito debatido e que a Jovem Pan vai ficar de olho.
28:57O radar internacional não vai deixar passar.
29:00E eu tenho certeza que você vai continuar acompanhando tudo aqui com a gente.
29:02O JP Internacional dessa semana vai ficando por aqui,
29:12mas a gente segue de olho em tudo o que acontece ao redor do mundo.
29:15Nosso próximo encontro é no sábado que vem e, claro,
29:18ao longo de toda a programação da Jovem Pan News.
29:21Muito obrigado pela sua companhia,
29:22bom feriado da independência nesse domingo e até a próxima.
29:25A opinião dos nossos comentaristas não reflete necessariamente
29:31a opinião do Grupo Jovem Pan de Comunicação.
29:38Realização Jovem Pan
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