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Notícias
Transcrição
00:00Xi Jinping se prepara para receber Vladimir Putin e líderes internacionais na China.
00:05Evento será comemorado com desfile militar.
00:09Ataque a tiros em escola católica em Mineápolis, nos Estados Unidos, deixa duas crianças mortas.
00:15Número de tiroteios no país passa de 280 em 2025.
00:21Navios da Marinha Americana se aproximam da costa da Venezuela.
00:25Nicolás Maduro fala em ataque à integridade territorial.
00:28Você vai ver também, Javier Milley é alvo de pedradas durante evento de campanha na Argentina.
00:36Meu nome é Fabrício Naitz, que pela próxima meia hora nós vamos navegar juntos pelos principais assuntos do mundo.
00:42O JP Internacional está no ar.
00:52Olá, seja muito bem-vindo, seja muito bem-vindo.
00:54O JP Internacional já começou e o primeiro assunto para a gente tratar é China,
00:59porque o presidente do país, Xi Jinping, se prepara para receber a partir deste fim de semana
01:05uma série de líderes mundiais em torno da cúpula da Organização de Cooperação de Xangai, a OCX,
01:12e de um grande desfile militar para marcar os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial.
01:17Os detalhes com o Grieco Routes.
01:22O encontro que acontece no domingo e na segunda-feira antecede a parada de quarta-feira na Praça Tiananmen,
01:30onde Xi passará em revistas às tropas e apresentará o arsenal de alta tecnologia chinês.
01:36Entre os convidados de destaque estão o presidente russo Vladimir Putin e o primeiro ministro indiano Narendra Modi.
01:43A presença deles ilustra como a OCX, que reúne China, Índia, Rússia, Paquistão, Irã e países da Ásia Central,
01:52além de Belarus, funciona como um espaço alternativo de influência diante do Ocidente.
01:59Mais de 20 líderes confirmaram presença, incluindo os presidentes do Irã,
02:03Massoud Peseshkian e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.
02:07Analistas destacam que, embora não sejam esperados resultados concretos,
02:12o fórum é vital para a China projetar a imagem de uma governança mundial, não dominada pelo Ocidente.
02:18O desfile militar, no entanto, reforçará um simbolismo ainda mais contundente.
02:22Xi Jinping estará acompanhado por líderes de países duramente sancionados,
02:28como é o caso de Putin, Kim Jong-un e Massoud Peseshkian.
02:31Analistas ocidentais descrevem esse grupo como um eixo da revolta,
02:36que busca remodelar a ordem global, apoiando-se mutuamente contra sanções e em disputas estratégicas.
02:44Quase nenhum líder ocidental participará dos eventos,
02:47com exceção do primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico,
02:50e do presidente da Sérvia, Alexander Vutic,
02:53ambos em rota de aproximação com Moscou e Pequim.
02:57A presença de Putin ganha contornos especiais em meio à guerra da Ucrânia.
03:01Kiev insiste em um encontro direto com Moscou como o caminho mais rápido para a paz,
03:05enquanto o presidente americano, Donald Trump, tenta mediar uma cúpula.
03:09Mas a Rússia descarta negociações imediatas.
03:12Para especialistas, Putin usará a cúpula da OCX
03:15para mostrar apoio contínuo de parceiros não ocidentais
03:18e legitimar sua aversão sobre o conflito.
03:21Já a Índia, rival histórica da China, retoma o diálogo após anos de tensão,
03:26incluindo confrontos fronteiriços em 2020.
03:29A visita de Modi é a primeira a Pequim desde 2018
03:33e sinaliza uma tentativa de reaproximação,
03:36num contexto em que os dois países enfrentam atritos comerciais com os Estados Unidos.
03:41Segundo o governo chinês, a reunião será uma oportunidade
03:44para mostrar estabilidade diante do hegemonismo e da política de poder
03:48em referência indireta a Washington.
03:50Ainda assim, ao reunir tantos chefes de Estado e governo,
03:54incluindo aliados sancionados como Rússia, Coreia do Norte e Irã,
03:58Xi Jinping sinaliza ao mundo que a China pretende se firmar
04:01como centro de uma ordem paralela, capaz de desafiar a narrativa e a influência do Ocidente.
04:07Xi Jinping e Vladimir Putin têm muito a tratar nessa próxima semana.
04:17Uma das questões é justamente isso aqui, o comércio entre os dois países.
04:22Hoje, a China é o maior parceiro comercial da Rússia,
04:26altamente sancionada desde o início da guerra na Ucrânia em 2022.
04:30Vamos dar uma olhadinha aqui nos números.
04:32Em 2019, o volume movimentado pelos dois países era de 110 bilhões de dólares.
04:38A gente vê aqui na nossa tabela, em azul claro, as importações da China
04:43e em azul escuro, as exportações para a China.
04:48E esse número foi crescendo.
04:50Em 2020, aliás, teve uma leve, que era em 2020, começo da pandemia, 108 bilhões.
04:54Em 2021, 146 bilhões.
04:58E aí vem a guerra com a Ucrânia em 2022,
05:01quando a China aparece para resgatar a Rússia economicamente.
05:06O volume subiu para 190 bilhões de dólares.
05:10Em 2023, 240 bilhões de dólares.
05:14E 2024, ainda maior, 245.
05:18Uma alta exponencial do comércio entre os dois países.
05:21Só que agora, em 2025, na comparação entre os meses de janeiro e julho,
05:27o volume tem sido 8% menor do que no ano passado.
05:30Por enquanto, 125 bilhões de dólares apenas registrados,
05:34com 69 bilhões de dólares de exportações russas para a China
05:41e 56 bilhões de dólares de importações da China para a Rússia, em direção à Rússia.
05:49O que a Rússia exporta para a China?
05:52Principalmente, petróleo.
05:54É a principal commodity russa nessas transações.
05:58E, em troca, a China tem exportado muitos bens de consumo,
06:03principalmente veículos, lá para Moscou.
06:06E isso tem caído.
06:08A exportação, por exemplo, de petróleo da Rússia para a China
06:12teve queda de 20% esse ano, um volume preocupante.
06:16E Vladimir Putin sabe, sem expectativa de que as sanções do Ocidente,
06:21impostas lá em 2022, possam cair nos próximos meses,
06:26ele precisa reforçar o comércio com a China.
06:30Não há outro segredo para Vladimir Putin.
06:33Essa vai ser um dos tons dessa conversa,
06:36uma das pautas dessa conversa entre os dois líderes na próxima semana,
06:40como a gente viu na reportagem do Grieco Holtz.
06:42Bom, para falar mais sobre isso, a gente recebe o professor
06:46de Relações Internacionais, Marcos Vinícius de Freitas.
06:50Sabe tudo sobre a China.
06:51Professor, seja muito bem-vindo ao JP Internacional mais uma vez.
06:55Um prazer falar com você.
06:57Prazer, né, meu?
06:58Fabrício, prazer, sempre conversar com você.
07:01Professor, o que explica essa queda no comércio
07:04entre os dois países nesse ano de 2025?
07:07E quais soluções podem ser apresentadas em uma eventual reunião
07:12de Xi Jinping e Vladimir Putin?
07:16Eu acredito, Fabrício, que a relação bilateral entre o Grosso e China
07:20segue forte.
07:22Se nós pensarmos, essa deve ser a 44ª ou 45ª reunião
07:29entre Xi Jinping e o presidente Vladimir Putin,
07:32o que denota uma clara evidência de uma proximidade entre os dois.
07:38Essa proximidade, claro, que foi extremamente importante
07:42nesse processo de sanções internacionais
07:45que a Rússia sofreu em razão da sua atuação na Ucrânia
07:50e da guerra na Ucrânia.
07:52Então, Pequim tem sido o fiel da balança nesse processo
07:57e que tem ajudado a Rússia a recuperar-se economicamente
08:02e, contrário àquilo que eram as projeções internacionais,
08:06conseguiu crescer economicamente.
08:08Então, quando a gente observa isso,
08:10quem está na China anota muito claramente
08:14o número de produtos russos que chegaram nas prateleiras
08:18nos supermercados da China.
08:21Você também tem mercados locais que vendem somente produtos russos.
08:25Então, a China foi muito importante nessa fase e neste processo.
08:30Agora, o grande fator de exportação da Rússia para a China
08:36é, sem dúvida, o petróleo.
08:39O que nós temos observado é que, paulatizamente,
08:42a China tem se tornado menos dependente do petróleo
08:45em razão de um investimento maciço em usinas nucleares,
08:50nessa tecnologia disruptiva do veículo elétrico
08:54e tem outras medidas que eles vêm adotando neste processo
08:59justamente para diminuir a sua dependência de combustíveis fósseis.
09:03E, por outro lado, também é uma forma de pressionar a Rússia
09:08nesse processo todo a não querer aí uma aproximação muito grande
09:14com os Estados Unidos.
09:15A gente sempre vai se lembrar que uma das coisas que se temia
09:19já há algum tempo é que talvez o presidente Trump conseguisse atrair
09:23o Moscou para a sua esfera de influência.
09:29E, obviamente, que isso não deve acontecer,
09:32mas é sempre uma necessidade de você relembrar
09:35que a Rússia também tem uma dependência
09:38e que poderia fazer mais com a China e não flertar aí
09:42com outros eventuais parceiros neste processo internacional
09:48justamente para se livrar das sanções.
09:50Mas a impressão que eu tenho é de que a relação é forte,
09:53essa visita denota isso.
09:56O presidente Vladimir Putin vai passar quatro dias na China
10:00neste processo todo e, para mim, resta, claro,
10:03que talvez a onda de comércio não esteja refletindo um pouco
10:07neste momento, mas, com certeza, o laço é aprofundado.
10:11Agora, professor, vários pontos aqui interessantes
10:14para a gente tratar, certamente,
10:15mas eu queria focar ainda um pouquinho nessa questão do comércio.
10:18A gente viu um aumento exponencial do volume de trocas
10:22entre Rússia e China nos últimos anos, principalmente depois da guerra.
10:25Dá para a gente dizer que agora, em 2025,
10:28ele tem dado uma assentada porque houve um esgotamento
10:32dessa relação, ela não tem muito mais para onde crescer?
10:38Eu não diria isso, viu, Fabrício,
10:40porque a Rússia, não é?
10:45A Rússia é um grande país,
10:48ela tem ali uma vastidão territorial
10:52e uma enormidade de recursos naturais
10:55que, de fato, interessam à China e seu processo de expansão.
10:59Nós sabemos que a China,
11:01a China, neste processo todo,
11:05ela tem ainda dependência de recursos naturais,
11:08e, por exemplo, ela busca, ao redor do mundo,
11:11uma parceria cada vez maior
11:13com outros países.
11:17Mas o fato é de que, talvez,
11:19você tenha aí uma situação comercial
11:22e que os produtos russos podem não estar correspondendo
11:28também às necessidades chinesas neste momento,
11:32ou também o fato de que a China tem sofrido
11:34as consequências de um cenário internacional
11:38que lhe é desvantagem de russos.
11:41Não podemos esquecer que a China sofre aí ainda
11:45a questão do impacto da tributação norte-americana
11:49e também essa propaganda global,
11:52inclusive liderada muitas vezes pela União Europeia,
11:55no sentido de reduzir a atuação global da China.
11:59E isso afeta o crescimento econômico do país
12:03e, por consequência, também afeta
12:05a sua relação comercial com o resto do mundo.
12:08E, obviamente, que se o combustível fóssil
12:12for o elemento principal dessa situação,
12:15obviamente que nós vamos ver aí uma redução nisso.
12:18Então, eu não entendo como uma estagnação,
12:22mas o resultado também de uma situação global
12:25que envolve a China e que também faz com que os chineses
12:29talvez não acelerem tanto
12:32ou que também não tenham aí necessariamente
12:36todos os produtos que gostariam de adquirir da Rússia
12:40ou a Rússia não tenha capacidade de fornecer.
12:42Certo.
12:43Agora, professor, não faz tanto tempo assim,
12:45foi em maio que Xi Jinping e Vladimir Putin
12:48se encontraram.
12:48E, na ocasião, o Xi Jinping disse
12:50que os dois países deveriam ter uma amizade de ferro,
12:53uma amizade de aço inabalável,
12:55uma relação muito mais forte do que ela é atualmente.
12:59O que a China hoje pode oferecer para a Rússia?
13:01O que a Rússia pode oferecer para a China,
13:03além da questão dos combustíveis fósseis?
13:05A gente pode estar de olho, de repente,
13:07numa aproximação no campo da agricultura?
13:09Essa pode ser a saída mais óbvia,
13:12pelo menos nesse primeiro momento?
13:15Veja, Fabrício, o grande temor britânico no século XIX
13:20era uma associação entre a Rússia e a Alemanha,
13:24justamente por causa da vastidão de recursos naturais
13:28que você tem na Alemanha, na Rússia,
13:31e o capital intelectual que você tinha na ocasião na Alemanha.
13:36A mesma coisa acontece hoje em dia.
13:38Os Estados Unidos têm uma preocupação enorme
13:41com uma relação estreita entre Moscou e Pequim,
13:45justamente pelo fato de Moscou ter essa amplidão de recursos naturais
13:50e a China ter aí uma capacidade intelectual muito grande
13:56e que pode se beneficiar desse relacionamento do lateral.
14:01Então, nós temos esse aspecto que é fundamental,
14:04essa sinergia existente entre os dois,
14:08obviamente que houve problemas no passado,
14:10ou podemos esquecer que a aproximação da China com os Estados Unidos
14:14foi justamente em consequência de um distanciamento da Rússia,
14:19da União Soviética, na ocasião,
14:22mas a gente nota claramente que a relação bilateral
14:25aporta para a China um arcabouço de defesa,
14:30não que Beijing não tenha capacidade de se defender,
14:33mas é importante esse arsenal nuclear que a Rússia tem
14:37e o fato também de que ambos propugnam aí
14:41por uma ordem internacional multilateral
14:44uma em participação de outros atores.
14:49E automaticamente China, a Rússia, Irã,
14:54a Coreia do Norte, Venezuela, Cuba,
14:57esses países são sempre citados como o eixo do mal.
15:01E o que a gente nota é que Beijing tenta aí também influenciar
15:08neste processo para alterar essa percepção com relação à própria China
15:14nas suas parcerias e tentar, junto com a Rússia e os outros países do BRICS,
15:19estabelecer uma ordem global que seja aí mais multipolar.
15:24Agora, este relacionamento é importante porque ele é
15:28o fundamento da força necessária para o BRICS.
15:33De um lado, uma potência que é nuclearmente armada
15:36e é a que tem mais ogivas nucleares,
15:39e a outra que tem a grande economia global.
15:41Então, isso é importante até no processo de legitimação do próprio BRICS.
15:46Esse era o ponto que eu queria chegar para a gente encerrar aqui a nossa conversa hoje.
15:50Professor, Donald Trump tem feito muitos acenos para Vladimir Putin,
15:55inclusive nas negociações envolvendo a Ucrânia.
15:57A gente sabe da admiração de um pelo outro,
16:00e você já mencionou aqui uma tentativa de trazer a Rússia
16:03para a esfera de influência americana,
16:05em detrimento dessa relação com a China.
16:07Onde é que ficam os Estados Unidos nessa história
16:10se Vladimir Putin está indo para a China agora
16:13para pedir ajuda, para pedir um alívio na questão econômica?
16:18Para mim, Fabrício, a guerra da Ucrânia não é uma...
16:22Sempre foi uma guerra de procuração, como a gente chama,
16:26entre Estados Unidos e Rússia.
16:29E o que você teve ali é uma guerra frustrada
16:32por parte dos Estados Unidos,
16:34que acreditava que poderia, ao financiar a Ucrânia
16:38no seu processo de guerra,
16:42vencer ou causar um dano enorme à Rússia.
16:46Isso, inclusive, foi dito por senadores norte-americanos
16:49que viam na Ucrânia o parcerio ideal para combater os Estados Unidos,
16:53porque eles estavam entrando numa guerra
16:55sem necessariamente ter o peso do custo do sangue norte-americano.
17:00Mas o que nós temos observado
17:03é que está mais do que claro
17:05de que a Ucrânia perdeu a guerra,
17:07que Zelensky tem perdido a legitimidade do poder,
17:10e que nesse processo todo
17:13o próprio Vladimir Putin compreende
17:16que venceu o processo.
17:18E o grande fator, o processo de guerra
17:21é essa atuação que ele teve na Ucrânia.
17:25Então, os Estados Unidos,
17:26e aqui foi o fundamento da atuação de Putin
17:31nesse processo todo,
17:32era justamente uma questão de expansionismo do OTAN,
17:36que a Rússia sempre rechaçou.
17:40Então, por mais que Trump tente
17:42fazer uma aproximação com a Rússia,
17:47Putin, que já não é novo nesse cenário,
17:50tem, claro, duas coisas que são fundamentais.
17:52Em primeiro lugar, os Estados Unidos
17:54não são um parceiro confiável,
17:56porque a alegação e a promessa
17:59pós-fim da União Soviética
18:03é de que a OTAN não se expandiria
18:05na direção da Rússia,
18:07o que não aconteceu,
18:08o que nós vimos ali,
18:10efetivamente, na expansão da Rússia,
18:12incluindo vários países
18:13que pertenciam à esfera de influência
18:16da União Soviética no passado.
18:18Em segundo lugar,
18:19o fato de que os norte-americanos
18:22sancionaram a Rússia
18:25como nunca foi feito em nenhum país,
18:28inclusive se apropriando
18:29dos recursos econômicos do país,
18:32e que gerou justamente
18:34essa onda global
18:35contrária à continuidade
18:38da dolarização da economia global.
18:40Então, são dois fatores importantes
18:42que Putin leva em consideração
18:44e que, ao olhar para Beijing,
18:47ele vê justamente o contrário.
18:49O parceiro que está
18:50neste processo de reconstrução
18:52da ordem global,
18:54claro que tem uma influência
18:55muito maior
18:56por causa da presença
18:58comercial da China no mundo,
19:00e também um parceiro
19:02que lhe ajudou muito
19:04no momento em que os países
19:06do Ocidente
19:07praticamente fecharam
19:08as portas à Rússia.
19:10Conversamos com o professor
19:11de Relações Internacionais,
19:12Marcos Vinícius de Freitas,
19:14sempre disposto para falar
19:15aqui com a gente
19:15no JP Internacional.
19:17Professor, muito obrigado
19:18pela sua participação
19:19mais uma vez.
19:21Eu que agradeço
19:22pela oportunidade.
19:23Até a próxima.
19:24Está ouvindo esse barulho?
19:25É o Radar Internacional
19:26chegando por aqui
19:27pedindo passagem
19:28com as principais notícias
19:29da semana.
19:36Ele capta tudo,
19:38as principais manchetes,
19:40o que aconteceu de mais importante
19:41nos últimos dias
19:42e o que está acontecendo
19:44ao redor do mundo.
19:46Tudo isso no Radar Internacional
19:47que a gente vai começar
19:48a partir de agora,
19:50falando sobre Venezuela.
19:52O governo venezuelano
19:53foi à ONU reclamar
19:55da presença de navios
19:56da Marinha Americana
19:57na área próxima
19:58ao litoral do país.
20:00Oito embarcações
20:01foram enviadas
20:01pela Casa Branca,
20:02incluindo um submarino nuclear.
20:05E aí são mais de 4 mil militares
20:06e cerca de 2.200
20:08fuzileiros navais.
20:10A Venezuela está alegando
20:11táticas de intimidação
20:13e tentativa de ataque
20:14à integridade territorial.
20:16E convocou a população
20:17a se alistar ao exército
20:18e a milícias
20:19para contornar a ameaça.
20:21Aí a gente tem
20:22uma disputa de diversões.
20:23Os Estados Unidos,
20:24oficialmente,
20:25falam que estão combatendo
20:26o tráfico de drogas internacional,
20:29mas que tem essa opção,
20:30essa força disponível,
20:32caso precisem invadir
20:33o território venezuelano.
20:35Isso vai dar muito pano
20:37para a manga.
20:37As relações entre Caracas
20:38e Washington
20:39já não são boas,
20:41vão ficar ainda piores.
20:42Vamos para os Estados Unidos,
20:43então,
20:43porque por lá
20:44o presidente Donald Trump
20:45decidiu cancelar
20:47a proteção do serviço secreto
20:48para a ex-vice-presidente
20:50e candidata democrata
20:51à Casa Branca,
20:53Kamala Harris.
20:54Em geral,
20:54os ex-vices
20:55costumam receber
20:56seis meses
20:57de proteção
20:58do serviço secreto
20:59depois que eles deixam o cargo.
21:01Mas o ex-presidente
21:03Joe Biden
21:03tinha estendido
21:04esse destacamento
21:05até janeiro do ano que vem
21:07por um motivo
21:08que não foi especificado.
21:09Kamala deve viajar
21:11pelos Estados Unidos
21:12no próximo mês,
21:13agora em setembro,
21:14começando a guarinha,
21:15divulgando seu novo livro
21:16107 Days,
21:19que conta a história
21:20da campanha presidencial
21:21do ano passado,
21:22que durou justamente
21:23107 dias,
21:24tal qual o título do livro.
21:26A gente fica nos Estados Unidos,
21:27mas agora em Mineápolis.
21:29Duas crianças morreram
21:30em um ataque a tiros
21:31em uma escola católica
21:33lá na cidade,
21:34nos Estados Unidos.
21:36O local foi invadido
21:37por um homem
21:38de 23 anos
21:39com três armas.
21:41Em um vídeo
21:41que tinha sido gravado
21:42anteriormente,
21:43ele conta
21:43sofrer de depressão
21:44e ser fascinado
21:46por ataques em massa.
21:47As vítimas
21:48tinham 8 e 10 anos de idade
21:50em mais um caso
21:52de violência armada
21:53no país.
21:54Outras 17 pessoas
21:55ficaram feridas.
21:56são mais de 280
21:58ataques a tiro
22:00nos Estados Unidos.
22:01Só nesse ano
22:02de 2025,
22:03a gente está ainda
22:03no mês de agosto.
22:05Ou seja,
22:05até dezembro,
22:06até acabar o ano,
22:07vai passar dos 300
22:08facilmente.
22:09Quase um por dia
22:10lá no país.
22:11A gente comentou
22:12aqui no JP Internacional
22:14sobre aquele caso
22:14que teve em Nova York.
22:16Um cara que veio
22:17de Las Vegas
22:18até Nova York,
22:19cruzou o país
22:20com uma M4,
22:21invadiu o prédio
22:22da NFL
22:23e também matou
22:23muita gente.
22:24Ou seja,
22:25fiscalização,
22:26não tem funcionado
22:27muito bem.
22:28Os americanos
22:28defendem o direito
22:30ao armamento,
22:31ao porte
22:31e à posse de armas,
22:33mas essa política
22:34pode ser,
22:36talvez,
22:36revista em algum momento
22:37ou pelo menos
22:38mais restrita
22:39para uma parte
22:40da população.
22:41Vamos virar a página
22:42aqui do Radar
22:42Internacional?
22:43Argentina agora.
22:44O presidente
22:45Javier Milley
22:46foi retirado
22:47às pressas
22:47de um evento
22:48de campanha
22:49em Lomas de Samora,
22:50no sul de Buenos Aires,
22:52após ser alvo
22:52de pedradas
22:53e garrafadas
22:54de manifestantes.
22:56Ele estava
22:56acompanhado
22:57da irmã,
22:57Karina Milley,
22:58que está no centro
22:59de uma investigação
23:00de corrupção
23:00no país.
23:01Ela estaria envolvida
23:02em um esquema
23:02de suborno
23:03na compra
23:04de medicamentos
23:05da Agência Nacional
23:06de Pessoa
23:07com Deficiência,
23:08a Andes,
23:09recebendo cerca
23:10de 3% a 4%
23:11por operação
23:12e faturando
23:13pelo menos
23:1480 mil dólares,
23:15800 mil dólares,
23:16perdão,
23:17por mês.
23:18Esse caso
23:18está sob sigilo
23:20de justiça.
23:21Agora,
23:21mantendo aqui
23:22na América Latina,
23:23mas um pouco mais
23:24para cima,
23:24vamos para o México.
23:26Senadores saíram
23:27no soco
23:27em pleno parlamento.
23:29Os legisladores
23:30estavam debatendo
23:31um pedido
23:31da oposição
23:32para que os Estados Unidos
23:33intervenham militarmente
23:35contra cartéis
23:36de narcotráfico
23:37no território mexicano
23:38quando as agressões
23:40começaram.
23:41A briga foi protagonizada
23:42pelo líder governista
23:44Gerardo Fernandes
23:45Noronha
23:46e o líder
23:47da oposição
23:48Alejandro Moreno,
23:49que já haviam
23:50se estranhado
23:51por conta
23:51de acusações
23:52envolvendo
23:53Nicolás Maduro
23:53em outra sessão
23:55lá no Senado.
23:56E só para vocês
23:56terem ideia,
23:57Noronha
23:57tem recebido críticas
23:58por possuir
23:59uma casa
24:00de cerca de
24:013 milhões e meio
24:02de reais.
24:03Isso foi descoberto
24:03recentemente.
24:04Enquanto Moreno
24:05é suspeito
24:06de corrupção
24:07pelo período
24:08em que ele era
24:08governador
24:09do estado
24:09de Campeche
24:10ainda na década
24:11passada.
24:12A presidente
24:13Cláudia Sheinbaum
24:14tentou dar uma
24:14acalmada nos ânimos
24:15lamentou o caso
24:16mas disse que foi
24:17a oposição
24:17que causou toda a briga.
24:19Isso também
24:20não é lá
24:20muito democrático
24:22vamos dizer assim.
24:23E agora
24:23no Japão
24:24porque o calor
24:25não está dando
24:25trégua em Tóquio
24:27a capital do país
24:28registrou um recorde
24:29de 10 dias consecutivos
24:31com temperaturas
24:32acima dos 35 graus
24:34Celsius
24:35nesta semana.
24:35Foi a primeira vez
24:37que esse fenômeno
24:37aconteceu
24:38desde o início
24:39dos registros
24:40em 1875.
24:42O Japão
24:42já teve nesse ano
24:43os meses de junho
24:44e julho
24:44mais quentes
24:45da história
24:46e isso tem afetado
24:47até mesmo
24:48aquelas famosas
24:49cerejeiras japonesas
24:50que estão florescendo
24:51mais cedo
24:52do que o normal
24:52e às vezes
24:53nem as flores
24:55aparecem
24:55porque o outono
24:56e o inverno
24:57já não são mais frios
24:58o suficiente.
24:59São as mudanças
25:00climáticas
25:00se refletindo
25:01em todos os cantos
25:03do mundo
25:03incluindo no Japão.
25:05Esse foi o Radar
25:06Internacional
25:06dessa semana
25:07semana que vem
25:07ele está de volta
25:08com mais manchetes.
25:16O governo dos Estados Unidos
25:18chocou o mundo
25:20na última semana
25:21depois de anunciar
25:21que iria comprar
25:2210% das ações
25:23da Intel
25:24a gigante
25:25conhecida pela produção
25:26de chips
25:27e microprocessadores.
25:29A empresa está passando
25:30por uma série
25:31de dificuldades financeiras
25:32e também discussões
25:34com a Casa Branca.
25:35O CEO
25:35Lippe Boutin
25:36foi alvo de críticas
25:38de Donald Trump
25:39nas últimas semanas
25:40com o presidente
25:40norte-americano
25:41afirmando que o executivo
25:43deveria deixar o cargo
25:45por conflito
25:46de interesses.
25:47No acordo
25:48o governo dos Estados Unidos
25:49deve gastar cerca
25:50de 8,9 bilhões
25:52de dólares
25:53o equivalente
25:54a 20 dólares
25:54por ação.
25:55Tem até um descontinho
25:56ali porque na época
25:57do acordo
25:57as ações estavam avaliadas
25:59em 24 dólares.
26:00A Intel
26:01já afirmou ter recebido
26:02quase 6 bilhões
26:03pela negociação
26:04mas a Casa Branca
26:05disse que os detalhes
26:06ainda estão sendo discutidos.
26:08Ainda assim
26:09esse caso é emblemático
26:10ainda mais porque
26:11o Estado americano
26:12tem aumentado a presença
26:13em empresas privadas.
26:15Só neste segundo mandato
26:17de Donald Trump
26:17o país já adquiriu
26:19a chamada
26:19Golden Share
26:20da US Steel
26:21uma siderúrgica
26:22em Pittsburgh
26:23que havia sido comprada
26:24por uma empresa japonesa
26:26e também uma participação
26:27de 15%
26:28na NPMaterials
26:30que faz a exploração
26:31de minerais
26:32de terras raras.
26:33Donald Trump
26:34já anunciou
26:34que esse tipo
26:35de movimentação
26:36deve continuar acontecendo
26:38com a expectativa
26:39de que os próximos passos
26:41possam estar ligados
26:42à indústria
26:42da defesa.
26:44Mas isso nos leva
26:45a algumas questões.
26:46A primeira delas
26:47essa participação
26:48dos Estados Unidos
26:49em empresas privadas
26:50pode indicar
26:51um novo capitalismo
26:53de Estado
26:53no país?
26:54Bom, sobre esse assunto
26:55a gente conversou
26:56com o William Castro Alves
26:57estrategista-chefe
26:59da Avenue
26:59e ele vai contar
27:00para a gente
27:00a sua opinião.
27:02Ela passou
27:03as suas ações sofreram
27:04ela passou por mudança
27:05na sua governança
27:06novos acionistas
27:08e por aí vai.
27:10E isso tudo
27:11ainda não colocou
27:12de volta
27:13a Intel
27:14num vetor
27:15de crescimento
27:15num campo
27:16de crescimento.
27:17Isso justifica
27:17a entrada
27:18do governo americano?
27:19Não, não necessariamente.
27:21Mas já no governo Biden
27:23isso é importante
27:23que se diga
27:24não foi no governo Trump
27:25no governo Biden
27:26a gente teve
27:27o chamado
27:27Chips Act
27:28com linhas de crédito
27:31importantes
27:32com a participação
27:34maior do Estado
27:35incentivando
27:36empresas de tecnologia
27:37e desde o governo Biden
27:40ela já capturou
27:4111 bilhões de dólares
27:43do governo americano.
27:44Ora,
27:45se você investe
27:4711 bilhões
27:48de dólares
27:48em uma empresa
27:49normal seria
27:50que você tivesse
27:51algum poder de influência
27:52dentro dessa empresa
27:53afinal de contas
27:54é bastante dinheiro
27:55do contribuinte americano
27:56sendo colocado
27:57na Intel.
27:58Bom,
27:59daí para você
28:00se tornar acionista
28:01você confunde
28:02com conta que
28:02é quase que semântica.
28:04Então assim,
28:04eu diria que não é
28:05um novo capitalismo
28:07de Estado
28:08que o Trump
28:08está promovendo
28:09e isso tem a ver
28:10um pouco
28:11com o próprio
28:11rumo
28:13da Intel.
28:14E aí nessa falta
28:15de direcionamento
28:17ou na falta
28:17de achar
28:18um vetor de crescimento
28:19ou mesmo
28:20da empresa
28:21se achar
28:21digamos assim,
28:22o governo americano
28:24viu
28:24num ponto
28:25estratégico
28:26importante
28:26a Intel.
28:28Ora,
28:28a Intel
28:29pode ser
28:30a fábrica
28:30de chips
28:31e reduzir
28:32a dependência
28:32americana
28:33de Taiwan.
28:34Agora em relação
28:35aos próximos passos
28:36a gente falou
28:37que os Estados Unidos
28:37podem mirar
28:38a indústria
28:39de defesa.
28:41O secretário
28:41de Comércio
28:42Howard Lutnick
28:43destacou que
28:43empresas como
28:44a Lockheed Martin
28:45que fabrica
28:46aeronaves militares
28:47e mísseis
28:48já tem um governo
28:49americano responsável
28:50por 97%
28:51do faturamento.
28:53Então será que
28:53é por aí
28:54o caminho
28:54dos Estados Unidos?
28:56Pense o seguinte,
28:57dentro de um capitalismo
28:58esquece Estado
28:58a gente não tendo
28:59o governo
29:00duas empresas
29:02se você tem
29:02uma empresa
29:03que ela
29:0398%
29:06da receita
29:07dessa empresa
29:08deriva de uma outra
29:09essa segunda empresa
29:10vai ter muita influência
29:12sobretudo aquilo
29:12que essa empresa faz.
29:14É normal
29:14e vai querer
29:15exercer
29:16esse poder
29:17de influência.
29:18Se aproveitar
29:19desse poder
29:20de influência
29:20agora
29:22quando entra
29:22o Estado
29:23parece que
29:24não pode
29:25porque é o dinheiro
29:26público
29:26é o dinheiro
29:26dos contribuintes
29:27que estão indo
29:2898%
29:29do orçamento
29:30ou da receita
29:31dessa empresa
29:31derivada
29:32do dinheiro público
29:33então é normal
29:34que o dinheiro
29:35interesse público
29:36seja cuidado
29:38seja priorizado
29:39afinal de contas
29:40olha
29:41grande parte
29:42das receitas
29:43da empresa
29:43derivam
29:44exatamente
29:44das minhas compras
29:45e o poder público
29:46tem que cuidar
29:47bem
29:47desse dinheiro público
29:48então acho que tem
29:49um pouco disso
29:50e tradicionalmente
29:52historicamente
29:53o setor de armamento
29:54e defesa
29:54foi um setor
29:55muito conectado
29:56obviamente
29:57ao governo
29:58é importante que tenha
29:59porque é um
30:00principal comprador
30:01então eu vejo
30:02obviamente como
30:03até que ponto
30:04a gente vai ter
30:05essa interferência
30:06no ponto em que
30:08fique simplesmente
30:08para ter um maior
30:10escrutínio
30:10maior controle
30:11dos gastos públicos
30:12o maior
30:13administração
30:15um gerenciamento
30:16melhor
30:17de como
30:17esse dinheiro
30:18é empregado
30:19e entender
30:20como que a empresa
30:21está desenvolvendo
30:22outros produtos
30:23e serviços
30:23que podem atender
30:24ainda melhor
30:25o governo
30:26o JP Internacional
30:28dessa semana
30:29vai ficando por aqui
30:30mas a gente segue de olho
30:31em tudo o que acontece
30:32ao redor do mundo
30:33nosso próximo encontro
30:34é no sábado que vem
30:35e claro
30:36ao longo de toda a programação
30:38da Jovem Pan News
30:39muito obrigado pela sua
30:40companhia
30:40e até a próxima
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