O mercado financeiro revisou levemente a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do Brasil, de 4,86% para 4,85% em 2025. Roberto Motta comentou. Reportagem: Rodrigo Viga Comentarista: Roberto Motta
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00:00Agora são 9h44, hora da gente falar de economia, aqui na programação do Jornal da Manhã.
00:05A gente vai movimentar a nossa reportagem porque pela 14ª semana seguida, o mercado revisou para baixo a estimativa da inflação para o ano.
00:14O Rodrigo Viga tem os detalhes para a gente no Rio de Janeiro, é o Boletim Focus, que é divulgado todas as segundas.
00:21Pois não, Viga?
00:21Exatamente, Nonato. É uma boa notícia, mas não é plenamente boa pelo seguinte, porque essa projeção, embora esteja caindo pela 14ª semana consecutiva,
00:35segundo projeções de analistas e especialistas a mais de 100 ouvidos pelo Focus do Banco Central,
00:40essas projeções ainda apontam para um novo estouro da meta de inflação nesse ano de 25, a exemplo do que aconteceu no ano de 2024.
00:48Então vejamos, Nonato, como você bem disse, 14ª revisão para baixo nessa estimativa de inflação para o ano de 2025.
00:55O IPCA, segundo o Boletim Focus, deve fechar o ano de 2025, pela nova projeção do Focus, a 4,85%.
01:06Na semana passada, a projeção era um pouquinho maior, 4,86%.
01:10Agora, qual é a meta para este ano de 25?
01:13O governo estabeleceu como 3% o centro da meta, que é difícil sempre de atingir,
01:18e aquela margem de tolerância é de 1,5% para cima ou para baixo.
01:21Ou seja, no limite e no extremo, a inflação pode bater no máximo 4,5%.
01:26E a projeção de agora é de 4,85%.
01:30Agora, a gente conversou com o Rafael Dubê, secretário adjunto do Ministério da Fazenda,
01:35secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda,
01:37e ele reconheceu que existe um momento de freio, de desaceleração da economia brasileira.
01:43Só que ele diz que é um movimento planejado e já previsto,
01:48uma vez que a taxa de juros, a taxa Selic, começou a subir no segundo semestre do ano passado,
01:54e hoje está em 15%.
01:55Deve fechar, assim, o final do ano, segundo a projeção do Boletim Focus,
01:59diga-se de passagem o maior patamar desde o ano de 2006.
02:04O fato é que, com inflação ainda fora da meta, não dá para se imaginar uma redução na taxa Selic.
02:11Mas a taxa Selic tem cumprindo o seu papel de tentar trazer, né,
02:15fazer a chamada convergência da inflação para a meta,
02:19mas, em paralelo, afeta a atividade econômica e também a oferta de crédito.
02:24As projeções do Focus vão mais além.
02:27Meu caro Nonato, ouvinte, espectadores e internautas da Jovem Pan.
02:30Para quem está sempre ali pensando em viajar ou fazer uma importação,
02:34comprar um produto lá de fora, uma perspectiva menor para a taxa de câmbio.
02:39No fechamento do ano, R$ 5,56.
02:42No Focus anterior da semana passada, R$ 5,59.
02:48A projeção para o PIB mexeu, mas mexeu muito pouco.
02:52R$ 2,19 é a projeção de agora do Focus.
02:54R$ 2,18 era a estimativa do Boletim Focus da semana passada,
02:59um crescimento menor do que observamos aí nos anos de 24 e também de 23.
03:05O fato, meu caro Nonato, ouvinte, espectadores e internautas da Jovem Pan,
03:08é que é uma perspectiva melhor, uma conjuntura melhor,
03:12porém, ainda não está dentro do chamado ideal.
03:15Agora, se depender dos combustíveis, talvez venha algum tipo de ajuda,
03:19algum tipo de contribuição.
03:20Por quê?
03:21Porque a Petrobras anunciou na manhã dessa segunda-feira
03:24uma redução no preço do Kiaver.
03:26O Kiaver não é esse que está aqui na bomba, não,
03:28que é vendido para carros, caminhões, veículos leves ou veículos pesados.
03:32É o combustível utilizado por aeronaves de médio e também de grande porte.
03:36A redução anunciada pela Petrobras é da ordem de 3,7%,
03:42começando a valer justamente nessa segunda-feira.
03:45Isso representa um corte no litro do querosene de aviação
03:49para aeronaves de média e grande porte de 13 centavos.
03:53No ano, a queda de 3,9%, redução de 14 centavos,
03:59segundo a Petrobras, meu caro Nonato.
04:01Está certo.
04:02Rodrigo Viga, no Rio de Janeiro, trazendo essas informações para a gente.
04:05Muito obrigado, Viga.
04:06Assunto para a gente tratar também com o Roberto Mota,
04:08que está comentando os principais assuntos de hoje aqui no Jornal da Manhã,
04:11desta segunda-feira.
04:12Mota, ainda que tenha essa redução, 14ª semana seguida,
04:16são reduções pequenas, mostram uma tendência,
04:19mas a inflação ainda assusta, né?
04:22Sem dúvida.
04:24A inflação é resultado direto da emissão de moeda.
04:28É quando o Estado imprime dinheiro.
04:31Só emissão de moeda é que causa inflação.
04:34E por que o Estado imprime dinheiro?
04:37Para pagar pelos gastos do governo.
04:39Uma queda de 4,86 para 4,85 é completamente irrelevante.
04:47O que é relevante é o efeito acumulado dessa inflação ao longo do tempo,
04:54corroindo o poder do dinheiro.
04:57Desde que foi lançado, o real já perdeu quase 90% do seu valor.
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