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O México passou a ser em agosto o segundo maior destino da carne bovina brasileira, ultrapassando inclusive os Estados Unidos, que teve queda após o governo de Donald Trump impor tarifas ao produto. Os comentaristas José Maria Trindade e Cristiano Vilela analisam o assunto.

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Transcrição
00:00O México passou a ser em agosto o segundo maior destino da carne bovina brasileira,
00:06ultrapassando inclusive os Estados Unidos.
00:09A queda nas exportações para os Estados Unidos ocorreu após o governo Donald Trump
00:13impor tarifas ao produto.
00:16Rodrigo Viga está de volta para a gente explica essa nova posição no ranking, né Viga?
00:24Efeito tarifácio, simples assim Soraya.
00:26Mais uma vez, bom dia para você, para o Nonato e para o ouvinte, espectador e internauta da Jovem Pan.
00:31Agora no começo do mês de agosto, houve um aumento da taxa para a entrada da carne bovina brasileira
00:38no mercado norte-americano.
00:40Passou a ser de 50%, algo considerado inviável pela associação
00:45e representa os produtores de carnes bovinas aqui no Brasil.
00:49E o que acontece em momentos como esse?
00:52É preciso buscar novos mercados, diversificar mercados, fazer muita negociação, diplomacia
00:59para que essa carne não fique sem destino.
01:03E o destino tem sido um dos principais, o México.
01:06Até bem pouco tempo antes do tarifácio, o mercado mexicano ocupava apenas a quinta posição
01:12nesse ranking de principais destinos.
01:14Mas aí, houve todo esse trabalho diplomático, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin,
01:19está no México participando dessas negociações.
01:22E aí, houve essa realocação, esse novo destino, ou nova destinação, para a carne brasileira,
01:30que tem ainda China, Chile e outros países como grandes compradores do produto brasileiro.
01:38Em paralelo, a gente tem apurado, minha cara sorar, e ouvintes, espectadores e internautas da Jovem Pan,
01:43que é um esforço muito grande por parte do governo brasileiro para isentar dessa sobretaxa de 50%,
01:50que começou a valer agora, no mês de agosto, produtos importantes que tinham como destinação principal
01:57o mercado norte-americano.
01:58Estamos falando, além das carnes, também do café.
02:01Isso sem falar na zeragem, vamos dizer assim, da taxa para Embraer, que hoje é de 10%,
02:08mas está fora do tarifácio dos 50%.
02:11É todo um trabalho diplomático, conta com negociações da diplomacia brasileira,
02:16do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e, é claro, pressões internas de empresários e consumidores
02:23para ver se consegue flexibilizar esse tarifácio, que atingiu vários setores brasileiros,
02:27numa lista de mais de 4 mil produtos, fala-se em algo como 700, 800 produtos afetados pela sobretaxa.
02:35A carne não vai estragar, não vai ficar por aqui, tem como um dos principais destinos agora
02:39o gigante mercado mexicano, minha cara Soraya.
02:44Obrigada, Viga, mais uma vez.
02:45Vamos aprofundar, então, esse tema com os nossos comentaristas,
02:49José Maria Trindade e também Cristiano Vilela, portanto, o México se tornando aí
02:53o segundo maior comprador de carne brasileira.
02:56Vilela, o substituto dos Estados Unidos, portanto, agora é o México?
03:01Faz bem, então, o Brasil tentar essa aproximação?
03:05Olha, Soraya, sem sombra de dúvida, diante de uma crise emergencial como essa que surgiu
03:11através do tarifácio norte-americano, é importante, é necessário, é fundamental
03:17que o Brasil busque alternativas e busque construir outras parcerias no campo comercial.
03:23Nós já temos tido diálogo com o Canadá, com o México agora, países que igualmente
03:29são afetados pela política do presidente americano Donald Trump e, eventualmente, com
03:35isso, podem ser construídas alianças, alianças estratégicas do ponto de vista comercial,
03:41das relações entre esses países e acabar não substituindo de uma hora para outra,
03:46porque o volume de negociação, seja de carne, seja de outros itens com os Estados Unidos,
03:52de fato era muito grande, mas pode, de alguma forma, dar espaço ao grande volume de carne
03:59bovina e esses itens que o Brasil produz.
04:02É importante a gente destacar que o governo brasileiro tem uma atuação bastante importante
04:08nesse diálogo capitaneado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, o que demonstra que, a partir
04:15do momento que, diante de um cenário de crise, se busca uma negociação racional, madura,
04:21tratando de um viés econômico, você consegue resultados.
04:25Infelizmente, outra parte do governo, capitaneada pelo presidente Lula, tem ido por um outro
04:31caminho, pelo caminho da política, pelo caminho mais palanqueiro de se promover estratégias
04:39visando o interesse eleitoral e, com isso, entrar num conflito que não leva ninguém a
04:44lugar nenhum.
04:45O importante para o Brasil, nesse momento, é em procurar fazer com que as relações
04:51com os Estados Unidos sejam retomadas em bases comerciais adequadas, razoáveis, para
04:56ambos os lados e, em paralelo, procurar alternativas importantes como essa envolvendo o México
05:03na compra de carne.
05:04José Maria, como é que você vê esse cenário todo?
05:07Porque esse ponto que eu vi lá atrás também é muito importante, ou seja, a gente vai buscando
05:12escoar os produtos que são mais taxados lá nos Estados Unidos, casos dessa carne, por
05:17exemplo, mas não dá também para ignorar a relação comercial com os Estados Unidos
05:22como um todo, ainda que você tenha outros mercados, né, Zé?
05:25É, o mercado, ele é livre e vivo, né, ele muda.
05:30Dizem que a iniciativa privada, a empresa, foi a maior invenção da humanidade.
05:36A partir daí é que se criou tudo e tudo se transformou, a partir exatamente dessa pessoa
05:42jurídica que não existe na prática, mas que existe na nossa crença.
05:48A demonstração é de que, com um ato, você desfaz uma assinatura, você desfaz uma empresa
05:54que ela é fictícia, né?
05:56Ela depende de crédito.
05:58E foi isso que o presidente Donald Trump fez.
06:01De uma canetada, ele desfez vínculos e desfez empresas.
06:05Algumas vão fechar por falta de opção.
06:07Essa transação, ela é entre empresa privada e empresa privada.
06:14O governo só pode atrapalhar, ajuda muito pouco.
06:17Mas, mesmo assim, houve caminhos paralelos aos do governo.
06:23A CNI, Confederação Nacional da Indústria, trabalhou muito forte nisso.
06:27Criou um grupo, contratou um escritório de lobby nos Estados Unidos,
06:32e esse escritório está fazendo exatamente esta ligação entre as empresas norte-americanas
06:38e o governo, a Casa Branca.
06:41Veja bem, o Brasil exporta para os Estados Unidos, não é uma parte nobre, cortes nobres,
06:47mas a parte dianteira.
06:49E isso, para os Estados Unidos, é muito importante,
06:51porque desta parte eles fazem os hambúrgueres, processam.
06:57E isso aumenta o valor agregado.
07:00Então, veja bem, as empresas norte-americanas vão sofrer com a falta da carne brasileira.
07:07Enquanto isso, enquanto os Estados Unidos se fecham nesse mercado,
07:12é claro que estão abrindo outros.
07:14Me dizem aqui os representantes das empresas de que é impossível substituir o mercado norte-americano.
07:20Falam assim, isso é chance zero.
07:22Mas, nós podemos abrir novas possibilidades e, quem sabe, no futuro, reagrupar.
07:27A tentativa aí, nesse caso da carne, é incluir a carne e o café, incluir na lista de exceções.
07:34Mas, esta relação com o México, uma prova viva de que ninguém é insubstituível, né?
07:39E que é possível, sim, novos caminhos.
07:41Este é um exemplo.
07:43Repetindo, a exportação de carne dianteira para os Estados Unidos
07:47é uma demonstração de que o Brasil está fragilizado na indústria.
07:52Poderia exportar o produto já industrializado e pronto.
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