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A Câmara dos Deputados retomou a proposta que amplia a imunidade parlamentar, apelidada de “PEC da Blindagem”.

O presidente da Casa, Hugo Motta, colocou o texto em pauta após reunião de líderes, enquanto a oposição afirma que o projeto não beneficiará Jair Bolsonaro.

Meio-Dia em Brasília traz as principais notícias e análises da política nacional direto de Brasília.

Com apresentação de José Inácio Pilar e Wilson Lima, o programa aborda os temas mais quentes do cenário político e econômico do Brasil.

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Transcrição
00:00Após reunião com líderes partidários, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Mota,
00:06incluiu na pauta do plenário a PEC do fim do foro privilegiado e a PEC da blindagem.
00:12A PEC da blindagem amplia a proteção a parlamentares na Câmara dos Deputados
00:17ao estabelecer novos critérios para a prisão de deputados.
00:21Já a PEC do foro acaba com um mecanismo que garante a deputados e senadores
00:27foro especial quando forem julgados por crimes cometidos durante o próprio mandato.
00:33Vamos ver dois trechos importantes da PEC.
00:39Aí está.
00:40O parágrafo primeiro diz que os deputados e senadores, desde a expedição do diploma,
00:45serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal
00:48nos processos relativos a crimes cometidos durante o exercício do cargo
00:51relacionados às funções parlamentares.
00:54O segundo diz que, desde a expedição do diploma,
00:58os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos,
01:02salvo em flagrante, por crime cuja inafianciabilidade seja prevista nesta Constituição,
01:08hipótese em que os autos serão remetidos dentro de 24 horas
01:12à casa respectiva para que resolva sobre a prisão do voto
01:15da maioria de seus membros.
01:18E eles continuam aqui.
01:21No caso de prisão em flagrante, previsto no parágrafo segundo,
01:25o membro do Congresso Nacional deverá ser encaminhado à casa respectiva
01:30e assim segue a medida proposta pelos deputados e congressistas.
01:35E para falar mais sobre isso, eu convido o nosso querido Wilson Lima,
01:38que está lá ao vivo do Congresso.
01:40Wilson!
01:40Então, eu estou nesse momento com o líder da oposição, Luciano Zucco,
01:45porque tem reunião importante que vai acontecer daqui a pouco.
01:48Eu estou segurando o deputado, porque nesse momento o PL vai conversar
01:52justamente sobre essa PEC da blindagem.
01:54Esse texto, Iná, só para a gente entender,
01:56esse texto que nós exibimos na tela é o texto original do Celso Sabino,
02:00hoje ministro do Turismo, na época ele era deputado em 2021.
02:04É o texto que ele foi apresentado, inclusive, em alusão ao caso do Daniel Silveira.
02:07O relator, Lafayette Andrade, ele vai apresentar hoje um substitutivo
02:11e é justamente sobre isso que a gente vai falar agora com o deputado Luciano Zucco.
02:14Deputado, vai ter uma reunião agora para discutir esse texto?
02:17Já temos um TO desse material?
02:20Olha, estou aqui falando diretamente do protagonista pelo respeito, pela consideração.
02:26Parabéns aqui agora por essa cobertura que vocês estão fazendo no Congresso.
02:30É muito importante a gente falar de algo que hoje é uma clara perseguição na nossa visão,
02:36a parlamentares que pensam diferente do Congresso, pensam diferente politicamente,
02:43ou seja, hoje o Congresso tem um viés político muito forte.
02:47Eles não estão só avaliando a Constituição, analisando a Constituição,
02:51eles estão legislando sem ter nenhum voto.
02:54E esse projeto que traz as prerrogativas eu não vejo em zero blindagem,
02:58pelo contrário, não temos criminosos de plantão,
03:00todos aqueles que devem ter que pagar devidamente, rapidamente,
03:04mas eu dou vários exemplos para vocês.
03:06Nós não estamos tendo nenhum tipo de devido processo legal, de ampla defesa.
03:11Temos hoje 40 deputados que estão sendo investigados,
03:14estão sendo processados dentro do Supremo,
03:17porque está ali no plenário falando o artigo 53.
03:21mas o que acontece?
03:25O Supremo claramente diferencia quem é deputado da direita, conservador,
03:32e quem faz parte deste governo.
03:34Isso, na nossa visão, é grave.
03:36Hoje, vocês podem notar que tudo aquilo que se movimenta,
03:39o Supremo já age rapidamente,
03:42seja uma declaração do Hugo Mota falando que é importante analisar a anistia,
03:45no outro dia, uma nota que o Supremo Tribunal Federal está investigando
03:49o pai do Hugo Mota, nas Adipatos, ou a Columbre, o seu irmão.
03:53É sempre assim.
03:54Nós precisamos ser respeitados para que haja um trabalho efetivo aqui na Câmara.
03:59E também, logicamente, em relação ao fim do foro.
04:03Nós não temos aqui, de maneira nenhuma, achando justo,
04:07não temos a condição de recorrer, se necessário for.
04:11Eu lembro que não temos ainda o texto, provavelmente, escrito.
04:17Então, logicamente, esperamos que haja esta apresentação antes da votação,
04:23para que não aconteça, como, por exemplo, a aprovação do IOF,
04:27ou a diminuição do IOF, que é um projeto que foi votado aqui por 383 deputados
04:32e 81 senadores, e um ministro, sem um voto, com uma caneta, fechou o Congresso.
04:39É nesse sentido que a gente quer avançar nessas prerrogativas em relação ao fim do foro.
04:44Mas, no tocante, a quem estiver errado, que pague brevemente,
04:49mas que não seja, de maneira nenhuma, perseguido.
04:52Mas, deputado, algo que se fala aqui no Congresso é que,
04:54tanto a PEC da blindagem quanto a PEC que muda a prerrogativa de foro
04:59são dois artifícios para poder livrar o Jair Bolsonaro do Supremo.
05:02Não está nessa pauta.
05:04Isso aí, eu não sou jurista.
05:06Logicamente que tem todas as questões de se avaliar
05:09o que poderia ou não ser atingido essa questão.
05:13Eu, particularmente, eu acho de uma irresponsabilidade,
05:17de uma injustiça o que está acontecendo com o presidente Bolsonaro.
05:20Nós temos um ex-presidiário, um presidente que, aí sim, foi golpe.
05:25O cara foi, tornou ele elegível por um erro de CEP.
05:28Ah, não era Curitiba, tinha que ser Brasília.
05:30O presidente Bolsonaro tentaram de tudo.
05:31Cartão de vacina, importunação de baleia, móveis no Alvorada,
05:36um golpe que nem existiu, ele estava nos Estados Unidos.
05:39Se vocês não entenderem que o sistema existe, é pesado,
05:42estão querendo tirar aquele que está liderando as pesquisas.
05:46O presidente Bolsonaro é o único que ganha do Lula no primeiro turno.
05:50Ou melhor, declaradamente na frente no primeiro turno e no segundo turno.
05:54Mas isso, ele já lutou contra o sistema, se propõe a continuar lutando,
05:59e o sistema cobra a conta.
06:01Na minha visão, é claro, porque crime?
06:03Qual crime?
06:04Que instituição que apoiou o 8 de janeiro?
06:07Exército, Mariana Aeronáutica?
06:09Eu acho que não.
06:10Não tem nenhum comandante respondendo.
06:12Que Brasil apoiou?
06:13Que embaixada apoiou?
06:14Nenhuma.
06:15Então a gente precisa realmente ter a mesma brevidade
06:19que teve com o presidente Bolsonaro com crimes da esquerda por corrupção.
06:23Por que não se volta a debater os crimes que estavam alicerçados no governo Lula
06:27e agora no INSS?
06:29Que tentaram, inclusive, o sistema tentou botar um presidente e um relator
06:33que nem tinham assinado a CPMI.
06:36Enfim, quero agradecer a oportunidade de esclarecer.
06:38Já chegou aí o nosso relator, eu vou lá, correndo para saber um pouquinho do texto,
06:42e depois eu passo para vocês em primeira mão.
06:44Obrigado, deputado. Grande abraço.
06:46Corra lá na reunião, corra na reunião.
06:48Entrega para você, entrega para São Paulo.
06:50José Inácio Pilar.
06:51Obrigado, Wilson.
06:52Rodolfo Borges, o que você achou dessa contextualização,
06:55desses argumentos do deputado Zucco?
06:58São os argumentos do Bolsonaro.
07:02Não dá para levar tudo ao pé da letra do que o Zucco falou.
07:05Tem, inclusive, sim, ex-chefe de Força Armada
07:10implicado pela acusação da trama golpista.
07:13Agora, sobre a questão da derrubada do foro privilegiado,
07:18os deputados estão tentando fazer um arremedo na legislação
07:23que é compreensível que eles queiram se proteger do Supremo,
07:29que eles identificam como oposição a eles,
07:31mas eles vão abrir a porta,
07:32e isso está claro no texto aí,
07:35para a impunidade.
07:37Então, tem esse contexto aí que eles estão se considerando
07:39confrontados pelo Supremo e, de fato, a gente diz isso aqui cotidianamente.
07:44Alguns motivos, de fato, a oposição bolsonarista tem para desconfiar
07:48e acusar o Supremo Tribunal Federal de perseguição e tal.
07:52Agora, não dá para mudar a legislação nesse contexto
07:56sem pensar no que vai acontecer no futuro.
08:01Por outro lado, eu só queria destacar rapidamente
08:03que o ministro Gilmar Mendes, decano do STF,
08:04deu uma declaração na manhã desta quarta-feira,
08:08num seminário do LIDE,
08:10acusando o casuísmo dos deputados e dos senadores,
08:14os bolsonaristas.
08:15E, assim, o Gilmar Mendes, vamos lembrar,
08:18rapidamente, estou escrevendo sobre isso no portal do Antagonista,
08:20quem quiser saber mais detalhes, vai lá depois no portal,
08:22ele admitiu que fez uma leitura política
08:25para mudar a posição do STF sobre prisão após segunda instância.
08:29Então, o ministro Gilmar Mendes também não pode acusar
08:31os deputados e senadores hoje no Congresso de casuísmo, não.
08:36Tem muita gente errada.
08:37Na verdade, os dois lados estão muito errados nessa história.
08:41Agora, mudar o foro não vai resolver o problema do Brasil.
08:46Essa não é a questão no momento.
08:47O STF tem que se conter, mas mudar a legislação por conta disso,
08:52por conta de erros que os ministros do STF possam,
08:54porventura, estar cometendo, pode piorar muito as coisas para o país.
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