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O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT), afirmou que as medidas de proteção contra o "tarifaço" de Donald Trump contam com ações para evitar as demissões. O ministro comparou as tarifas de 50% com a época da pandemia. O economista Alan Ghani analisou o assunto.

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Transcrição
00:00O ministro Luiz Marinho afirmou que as medidas de proteção contra o tarifácio
00:05contam com ações para evitar as demissões.
00:09O Igor Damasceno chega ao vivo mais uma vez aqui no Jornal da Manhã,
00:12direto de Brasília, com os detalhes para a gente.
00:14Oi, Igor.
00:19Soraya, já está em pleno funcionamento a Câmara Nacional de Acompanhamento de Emprego.
00:24É uma Câmara, um órgão subordinado ao Ministério do Trabalho
00:28que monitora a questão da empregabilidade do país
00:31voltada para as empresas afetadas pelas tarifas de 50% do governo norte-americano.
00:38O que acontece?
00:39Aqueles empresários que forem afetados por essa sobretaxa de 50%,
00:44eles podem recorrer, podem pedir socorro ao governo federal
00:48por meio da medida provisória que já está em vigor
00:51e que prevê linha de crédito de até 30 bilhões de reais
00:55para proteger essas empresas, evitar que elas quebrem
00:58ou que haja uma demissão em massa.
01:01Só que, para ter acesso a esse crédito,
01:04o empregador precisa se comprometer a não demitir funcionários.
01:08É uma regra que foi imposta pelo governo federal
01:10justamente para evitar a demissão em massa
01:14e, consequentemente, uma recessão econômica lá na frente.
01:18Daí, o que acontece?
01:19Se mesmo tendo acesso a esse crédito,
01:22a empresa ainda assim ficar à beira da falência,
01:26ainda assim tiver o seu cofre um tanto afetado,
01:30então a Câmara Nacional de Monitoramento de Emprego
01:33vai encontrar outras soluções para evitar o fechamento dessa empresa.
01:38E que soluções são essas?
01:39Por exemplo, redução da jornada,
01:41se há redução da jornada, pode haver redução de salário,
01:44férias coletivas, a lei do lay-off.
01:47Tudo isso foi repassado pelo ministro do Trabalho e Emprego,
01:51Luiz Marinho,
01:52durante entrevista no programa Bom Dia, Ministro,
01:54do governo federal.
01:56Ele explicou as soluções
01:57que a Câmara Nacional de Acompanhamento de Emprego
02:00pode trazer para essas empresas afetadas pelas tarifas.
02:04Vamos ouvir.
02:05Você tem a possibilidade de postergar
02:07recolhimento do fundo de garantia,
02:09postergar recolhimento da previdência,
02:10você ter, a depender do grau,
02:14você ter a recorrer à lei do lay-off,
02:18a redução de jornada,
02:20compensação, férias coletivas,
02:23você ter um monte de equação aqui
02:24que o acordo coletivo pode administrar temporariamente
02:29para essa transição até que ele encontre um novo comprador.
02:35Bom, todas essas medidas que foram listadas
02:39pelo ministro Luiz Marinho
02:40são debatidas e analisadas
02:43junto às empresas que estão sendo afetadas pelas tarifas.
02:46A ideia inicial é que a linha de crédito concedida
02:49possa salvar,
02:50possa garantir o pleno funcionamento da empresa.
02:53Mas se isso não acontecer,
02:54essas outras alternativas
02:56vão ser estudadas junto aos empregadores.
03:00São mais de 10 mil empresas
03:02que podem ser afetadas por esse tarifácio.
03:06Voltamos ao estúdio.
03:07Obrigada, Igor, pelas suas informações.
03:10Vamos trazer o Alan Gani
03:11para a gente discutir um pouco dessas propostas
03:14que estão sendo já discutidas pelo governo
03:17para evitar, né, Gani,
03:18bom dia para você,
03:20que os empresários demitam seus funcionários
03:22por conta do tarifácio,
03:23algo que a gente vem acompanhando já
03:25algumas empresas realizando
03:26antes mesmo do tarifácio entrar em vigor.
03:29Exatamente.
03:29Bom dia, Soraya.
03:30Bom dia, Nonato.
03:31Bom dia a toda a nossa audiência.
03:33Bom, primeiro que você tem
03:34o impacto fiscal dessas medidas
03:36na ordem de 10 bilhões de reais também.
03:40Depois é muito difícil tirar essas linhas de crédito,
03:43tirar o subsídio.
03:44Mas uma vez que você deu, né,
03:47ou deu não,
03:48ou forneceu ali a linha de crédito,
03:51você não pode obrigar a empresa a não demitir.
03:56Isso porque as empresas já operam
03:59de uma maneira racional.
04:00Quer dizer, a empresa, ela não quer demitir, né?
04:03Ela não demite um funcionário
04:04porque ela tem mau coração.
04:06Significa que existe uma viabilidade econômica
04:11para o negócio acontecer
04:12e ela tem uma determinada margem de lucro para operar.
04:16Então, se ela está demitindo,
04:18significa justamente para garantir
04:20a sobrevivência da empresa médio e longo prazo
04:23e muitas vezes até a curto prazo mesmo.
04:26Em sentido contrário,
04:28quando uma empresa está expandida,
04:29o que ela faz?
04:30Ela contrata, ela está agindo racionalmente
04:32porque ela precisa de mais mão de obra.
04:34O que a gente observa
04:35é que em todos os países
04:38que a gente observou
04:39uma interferência do governo
04:42no mercado de trabalho,
04:43quando você obriga a empresa a não demitir,
04:46e isso significa uma interferência
04:48em preço também,
04:50você acaba gerando o efeito contrário.
04:53Muitas vezes você pode gerar
04:55um problema lá na frente
04:57dessa empresa ter uma elevação dos seus custos
05:00e não sobreviver economicamente.
05:02Então, eu não acredito que a solução passe por aí.
05:05Ok, você quer dar a linha de crédito,
05:08tudo bem,
05:09mas não obrigue a empresa a ter essa contrapartida
05:13porque muitas vezes a realidade se impõe
05:15e o remédio pode ser ainda pior.
05:18Ô, Gani, será que dá para a gente comparar mesmo
05:21com a época da pandemia,
05:22à medida em que na pandemia
05:23a gente tinha um travamento total
05:25das ações,
05:26não só na economia,
05:28mas nos mais variados setores da sociedade?
05:30Dessa vez é uma reacomodação
05:32a partir da ação do Donald Trump
05:35e a gente tem a possibilidade
05:36de descobrir ou buscar outros mercados.
05:40Talvez seja tipo pandemia
05:42num primeiro momento,
05:43mas acho que depois isso vai se arrefecer.
05:46Donato, perfeito.
05:47que você falou,
05:48eu acredito que há uma superestimação
05:51em relação aos efeitos.
05:52Vamos lá.
05:53Primeiro, os Estados Unidos
05:55representam 2% do PIB brasileiro,
05:59apenas 2%.
06:01Como tem uma série de exceções,
06:02esses 2% já caíram para próximo de 1%.
06:06Aí teve as exceções do ácido alumínio
06:08que a gente deu ontem,
06:10então deve ser menor ainda.
06:12Então, provavelmente,
06:13esses setores vão acabar se reacomodando,
06:16vão encontrar soluções.
06:18É assim no setor privado.
06:20De tempos em tempos,
06:22acontecem imprevistos
06:24e as empresas acabam encontrando soluções,
06:27se readequando.
06:29Então, seria mais interessante observar primeiro
06:32como é que vai ser este efeito
06:33para depois, eventualmente,
06:35tomar uma solução.
06:36É muito diferente
06:38do que aconteceu na pandemia.
06:40ali houve um travamento total da economia,
06:43cadeias produtivas inteiras
06:45foram descontinuadas.
06:49Foi um choque de oferta e de demanda,
06:51tudo fechado.
06:53Então, você também não tinha produção,
06:55as pessoas não consumiam, enfim.
06:58Então, é uma situação muito diferente.
07:00Acredito que talvez a gente esteja
07:03literalmente aí jogando dinheiro no lixo.
07:06Por quê?
07:07Porque esse dinheiro que está indo para a empresa
07:11vem do nosso bolso
07:12e já numa situação fiscal bastante delicada.
07:16Está falado, Gany.
07:17Até já.
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