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  • 07/07/2025
O dólar opera em alta, de 0,54% a 5,45%, nesta segunda-feira (07), com uma nova ameaça de tarifas de Trump ao Brics e seus aliados. Além disso, outro fator que influencia na movimentação da moeda, é a aproximação do prazo final de negociação das tarifas protecionistas impostas pelo presidente dos EUA. Alan Ghani analisa.
Comentarista: Alan Ghani

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Transcrição
00:00A economia ainda, o dólar opera em alta de 0,54% nesta segunda, aos 5,45%,
00:07com uma nova ameaça de tarifas de Trump ao BRICS e seus aliados.
00:13Alan Gani está aqui com a gente para trazer mais detalhes e informações a respeito disso.
00:17Gani, o Trump não está muito satisfeito com essa história aí.
00:21E é isso que está mexendo com o dólar no dia de hoje, pontualmente?
00:25É isso, e tem outros fatores também, Nonato.
00:27Dia 9, na quarta-feira, é aquele prazo final de negociação das tarifas protecionistas,
00:35que o Trump deu um prazo de 90 dias para vários países.
00:39Então a gente não sabe se a partir dali virão novas tarifas protecionistas ou se a questão está resolvida.
00:47Além da questão do dia de hoje, de 10% adicional para os países dos BRICS que adotarem medidas anti-americanas.
00:56Além disso, aos fatores internos, toda essa incerteza em relação ao IOF,
01:02que o Supremo Tribunal Federal suspendeu tanto o aumento do governo quanto a decisão do Congresso Nacional,
01:09aquele PDL que derrubou o IOF.
01:12Isso também traz incerteza.
01:13Todas essas incertezas, sejam elas internas ou externas,
01:19acabam indo para o preço, o que explica a alta da moeda norte-americana.
01:24Gani, quando a gente fala de incerteza, claro, é até difícil mencionar o patamar de todas essas tarifas.
01:31E quando a gente vem falando desde o começo do ano do tarifácio, do tarifácio,
01:34ainda a gente não conseguiu ver todo o impacto refletido na inflação e também no dólar?
01:39Bom ponto, Soraya. O que acontece?
01:42Saiu uma reportagem no Financial Times que mostrou que no mês de maio
01:47a arrecadação via tarifas para o governo norte-americano foi recorde.
01:5224,2 bilhões de dólares quadriplicou em relação ao ano anterior, subiu 25% em relação a abril.
02:02Então, o efeito arrecadatório para os Estados Unidos, no primeiro momento, foi positivo.
02:08Mas a gente ainda não tem o efeito na inflação.
02:12Há muitos analistas nos Estados Unidos, muitos economistas que dizem que esse efeito virá no terceiro trimestre.
02:20Portanto, os dados de inflação do terceiro trimestre e a gente observar também como é que vão se comportar
02:26os preços no varejo norte-americano serão essenciais para a gente ter uma maior clareza da magnitude deste impacto.
02:37Agora, de qualquer maneira, para o Brasil não houve nenhum impacto mais significativo.
02:44Isso porque o Brasil não foi fortemente atingido, ficou ali no campo de 10%,
02:50então não foi fortemente atingido pelos Estados Unidos e também mantém um comércio aberto com a China.
02:57Ô Gani, mas esse cenário que a gente está acompanhando, a gente está, claro, focado no Brasil, né?
03:01Porque moramos por aqui.
03:02Mas ele também afeta os demais países do BRICS, por exemplo, na África do Sul, uma Índia.
03:09A China eu nem vou dizer porque a China também é alto o suficiente.
03:13Mas os demais países acabam sendo afetados também ou não?
03:15Acabam, acabam sim, né?
03:17Então, por exemplo, se entrar em vigor essa tarifa de 10% para os países dos BRICS, claro, né?
03:23Esses países aí são importantes economias.
03:25Então a gente está falando de Índia, a gente está falando de China, que mantém comércio ativo com os Estados Unidos.
03:32Além do que eles já foram taxados, né?
03:34A China já tem uma tarifa protecionista de 30% que os Estados Unidos colocaram contra eles.
03:41Então 10% seria ali agora 40%.
03:45Tem um outro ponto também.
03:47As cadeias hoje, globais, elas são interligadas.
03:50Então muitas vezes você não tem nada a ver lá com a guerra tarifária.
03:55Você é um país que não foi atingido.
03:57Mas acontece que, por exemplo, num carro você tem componentes do Japão, você tem componentes da Alemanha, você tem componentes da China e você é importador deste automóvel.
04:09Então acaba que indiretamente você é atingido por conta desse efeito em cadeia, né?
04:16As cadeias globais hoje são muito complexas e interligadas.
04:19Então, mesmo que haja um aumento pontual para um determinado país, isso pode atingir demais países, Nonato.
04:27Ô, Mota, será que há espaço ainda para que Trump faça novos adiamentos dessas tarifas?
04:33E aí a gente vai ver o dólar subindo e descendo por vários dias consecutivos.
04:40É, eu acredito que sim.
04:42Essas medidas do Trump, elas não são medidas puramente econômicas.
04:47Existe um pensamento político por trás delas.
04:51Que é o pensamento de retomada do protagonismo dos Estados Unidos na cena mundial.
04:58Então, eu acho que países que querem manter um bom relacionamento com os Estados Unidos, que fazem esforço nesse sentido, não tem muita coisa a temer.
05:10Quem deve ficar preocupado nesse novo cenário são os países que buscam alinhamento com outras potências, como a China, a Rússia ou o Irã.
05:22Isso tudo, com certeza, tem um peso muito grande nas decisões tomadas por Donald Trump.
05:29A principal preocupação dele é a dívida americana.
05:34É uma dívida muito grande, que muitos críticos dizem que pode se tornar impagável.
05:40E a dívida americana afeta o valor do dólar.
05:44Porque se chegar um dia em que os Estados Unidos não conseguirem mais honrar essa dívida,
05:50o dólar vai sentir o impacto imediatamente.
05:53O que acontece é que hoje ainda não existe nenhuma alternativa para o dólar como moeda mundial.

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