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O 1º Batalhão e a 1ª Cia IND PVD da PMMG, realizam ações com mulheres em situação de rua, vítimas de violência doméstica no bairro Santa Efigênia em Belo Horizonte nessa quinta (14).

Imagens:
Quéren Hapuque/EM/D.A Press

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Transcrição
00:00O trabalho de prevenção à violência doméstica, ele ocorre de forma muito eficaz,
00:06através de parcerias, quando a gente realiza ações entre batalhões,
00:12entre companhias independentes, para a promoção e impedir que ocorra essa violência contra a mulher.
00:20Na data de hoje, por exemplo, essa ação é uma parceria entre dois batalhões,
00:25para levar informação às pessoas em situação de rua,
00:30para que elas possam, aquelas mulheres vítimas da violência,
00:33entendam como funciona o protocolo de resposta,
00:37entendam como funciona a lei Maria da Penha,
00:39para posteriormente buscar subsídios para se proteger
00:45e ter o conhecimento da lei para futuras diligências, futuros encaminhamentos.
00:53A prevenção à violência doméstica, ela atende milhares de casos de mulheres vítimas de violência doméstica.
01:00Ao longo dos anos, nós temos diversos relatos de casos de sucesso,
01:05alguns nos quais a vítima rompeu o relacionamento com o agressor,
01:09e outros que, inclusive, ela manteve o relacionamento,
01:12mas de forma saudável a partir do nosso acompanhamento.
01:15A violência doméstica é um fenômeno muito complexo.
01:19Não é um caso especificamente de polícia.
01:22A polícia militar é um dos braços que o Estado tem que alcança essa vítima.
01:27Mas, muitas vezes, ela chega a ser atendida nessa rede protetiva à mulher
01:32através de órgãos como atendimento psicossocial,
01:36o Bem-vinda é o órgão do município de Belo Horizonte responsável,
01:39pelo NUDEM, que é a Defensoria Pública Específica da Mulher Vítima de Violência Doméstica,
01:45pelo Ministério Público, pela Delegacia de Mulheres.
01:49Então, nós trabalhamos em rede porque entendemos que é um fenômeno
01:52que precisa de várias frentes de enfrentamento.
01:55Bom, o nosso atendimento, ele não modifica quando a vítima está em situação de rua.
02:00O que nós percebemos é que, às vezes, há uma dificuldade em localizar essa mulher.
02:04O nosso protocolo consiste em fazer visitas alternadas às partes envolvidas num caso de violência doméstica.
02:12Então, ele inicia com a inclusão da vítima.
02:15Quando nós localizamos essa mulher e ela aceita ser incluída,
02:18a gente passa a monitorar a parte autora, que pode ser tanto um homem quanto uma mulher.
02:23E o que acontece em relação às vítimas de violência doméstica que estão em situação de rua
02:28é que elas possuem, além dessa dependência psicológica, que ela é frequente em todos os casos,
02:36elas têm um plus, porque elas se sentem seguras num relacionamento amoroso.
02:41Então, pelo dever de lealdade que elas entendem que esse homem ou essa mulher
02:45conferem maior segurança a ela,
02:48elas muitas vezes não aceitam falar com a gente toda a real situação que ela está sendo vitimada.
02:54Então, é um obstáculo, tanto a localização dessa mulher em situação de rua,
02:59quanto ela aceitar ser monitorada.
03:01E nesses casos, quando há negativa, qual que é a ação que a polícia pode fazer de alguma forma?
03:08Bom, a nossa atuação, a gente sempre imagina que, de certa forma, é espalhar sementes num terreno.
03:15Nós nunca sabemos qual vai germinar.
03:17Muitas vezes, no primeiro contato com essa mulher, a gente não logra em conseguir incluí-la no nosso programa,
03:24em monitorá-la e realmente resolver a situação de violência.
03:27Mas não só nas vítimas que estão em situação de rua, quanto as demais,
03:32como o nosso serviço é voluntário, a gente faz questão de explicar como que funciona o nosso serviço.
03:38A gente fala sobre o ciclo da violência doméstica.
03:41Muitas vezes, elas nem sabem que estão vivendo um relacionamento abusivo.
03:45Então, a gente imagina que, talvez não naquele momento, mas em outro,
03:50ela vai saber o que procurar, qual órgão para cada coisa,
03:54porque a gente trabalha em rede aqui em Belo Horizonte.
03:57E muitas vezes, a porta de entrada não vai ser a polícia militar,
04:00por alguma resistência que ela possa ter.
04:02Então, nós oferecemos a mão e explicamos quais órgãos estão à disposição dela.
04:09Jéssica, começa falando um pouco sobre você.
04:11Quantos anos você tem?
04:12Quanto tempo que está em BH?
04:13Olha, eu chamo Jéssica Barbosa Souto.
04:16Eu tenho 36 anos de idade.
04:19Quanto tempo que você está em BH?
04:20Tem dois meses que eu fico em BH, para Belo Horizonte.
04:23Bora em Belo Horizonte.
04:25Eu sofri violência tanto verbal, quanto física e psicológica.
04:30Por parte de quem?
04:31Por parte do meu irmão.
04:32Você chegou a mencionar aqui de apanhão da rua de outras mulheres.
04:36Ele é agressivo mesmo, ele é agressivo.
04:37Nós dois nunca deu certo, nós dois.
04:39Por isso que eu me afastei da minha família.
04:41Já tem mais de...
04:43Acho que já tem um ano que eu não vejo minha família mais.
04:45Tem muitos anos.
04:46Tem quanto tempo que você está na rua, Jéssica?
04:48Já tem dois meses que eu vim para cá.
04:49Dois meses.
04:50Então, você saiu de casa?
04:51Dois meses eu saí de casa.
04:52Eu sempre fui independente.
04:54Eu sempre corretada das minhas coisas.
04:55Eu morava sozinha numa casa que era um cômodo, um cômodozinho com o banheiro.
05:01Existe o primeiro protocolo de resposta, que é aquele em que a ocorrência, a violência está ocorrendo.
05:07E a viatura, o militar desloca com a viatura para fazer aquele primeiro atendimento.
05:12Houve as duas partes, é encaminhada a delegacia de mulher.
05:17E, posteriormente, existe o protocolo de segunda resposta,
05:20que é aquele realizado pela Companhia de Prevenção à Violência Doméstica.
05:23Nesse protocolo, a vítima é orientada, ela é acompanhada em momentos posteriores
05:31para conhecer a Lei Maria da Penha, ser direcionada às redes de proteção,
05:36aos órgãos competentes que lhe darão maior assistência.
05:41E esse é o serviço que é o protocolo de segunda resposta.
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