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  • há 6 semanas
A crise econômica na Bolívia afeta a rotina da população, especialmente dos mais pobres. Os problemas resultaram em filas nos postos de gasolina, um aumento no valor do dólar e até mesmo na falta de farinha para pães.

WILLIAM WROBLEWSKI, LEONARDO NIÑO, JOAO LUSTOSAAFPTVAFP

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Transcrição
00:00Em La Paz, na Bolívia, há poucos dias das eleições gerais de 17 de agosto,
00:08consumidores percorrem dezenas de lugares em busca de pão fresco.
00:12A crise econômica deixou os padeiros sem farinha novamente.
00:17Estamos esperando com muita ansiedade a chegada das eleições para mudar este modelo que nos empobreceu bastante.
00:23A escassez de alimentos, combustíveis e dólares aumenta o descontentamento na Bolívia antes das eleições presidenciais e legislativas.
00:32Pela primeira vez em 20 anos, a esquerda não aparece nas pesquisas como alternativa de poder.
00:38Dois candidatos de direita, o empresário Samuel Doria Medina e o ex-presidente Jorge Quiroga, dominam a preferência dos eleitores.
00:46O governo do presidente Luiz Arce, que não vai tentar a reeleição,
00:49praticamente esgotou as reservas internacionais de dólares para sustentar sua política de subsídios.
00:55E importa gasolina e diesel, além de insumos como o trigo, e vende a preços menores no mercado interno.
01:01Mas sem divisas para as compras internacionais, a disponibilidade dos produtos se tornou inconsistente, resultando em longas filas.
01:09Com este governo não há esperança.
01:12Este governo tem que sair e entrar um governo que entenda como vivem os pobres.
01:17Em meio a uma inflação anual de 24,8% em julho, a mais alta desde 2008, a marraqueta, um pão semelhante ao francês,
01:27é um dos poucos produtos que não encareceu por conta do controle de preços do governo.
01:31Outros pães sem subsídio até aparecem nas prateleiras.
01:35Mas como muitos produtos, subiram de preço e não são acessíveis para todos.
01:40A escassez da marraqueta é um problema corriqueiro no mercado, assim como acontece com óleo ou arroz.
01:46Nos postos de gasolina, motoristas perdem horas de trabalho para enfrentarem longas filas.
01:53Hoje de manhã eu vim às seis e estou entrando para abastecer às onze.
01:57São mais de três, quatro horas na fila.
02:01A exportação de gás natural era o principal motor da economia boliviana e uma fonte significativa de renda para o país.
02:08Mas está em queda livre desde 2017.
02:11De acordo com o governo, no ano passado, as vendas do combustível representaram 1 bilhão e 600 milhões de dólares, quase 10 bilhões de reais,
02:19enquanto os desembolsos feitos ao exterior, por dívida externa e importações, alcançaram 5 bilhões, ou mais de 30 bilhões de reais.
02:27O valor do dólar duplicou no mercado paralelo, causando uma elevação no preço de vários produtos básicos.
02:33Não temos dólares. Há fila para abastecer, para o pão e para tudo. Vão aos hospitais e não há medicamentos.
02:40Este professor da Universidade Maior de San Andrés afirma que os bolivianos hoje, em geral, são mais pobres.
02:47O pouco que havia sido conquistado nos anos anteriores foi se perdendo.
02:54E por quê? Porque a economia se contraiu. O desemprego aumentou.
02:57Portanto, a geração de emprego pelo setor informal cresceu muito mais.
03:05Um estudo da Fundação Jubileu alerta que a pobreza atual seria de 44% se levada em conta o aumento do custo de vida,
03:13muito acima dos 36% divulgados pelo governo.
03:17Pacheco afirma que a Bolívia está à beira de iniciar um processo hiperinflacionário,
03:21já que o governo busca estabilizar a economia por meio da emissão de moeda local.
03:26Segundo o especialista, para conter a crise são necessárias medidas de choque,
03:31como uma mudança na política de subsídios e o fechamento de empresas públicas deficitárias.
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