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Will Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, analisa as consequências do "tarifaço" de 50% de Donald Trump para o Brasil. Laranja, café e carne bovina devem sofrer os maiores impactos, com risco de quebra de cadeias produtivas e prejuízos a produtores e consumidores. Ele também comenta os impactos do aumento do IOF no mercado de investimentos, ressaltando a instabilidade gerada por mudanças rápidas nas alíquotas e incentivando a diversificação para o exterior.

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Transcrição
00:00Também, já o mercado financeiro, também está em compasso de espera
00:04para o dia 1º de agosto, quando, possivelmente,
00:08se a diplomacia brasileira não contornar a situação,
00:13entra em vigor o tarifácio de Donald Trump.
00:15Estamos recebendo aqui nos estúdios,
00:17ele participa sempre direto de Miami com a gente,
00:20o Will Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue,
00:23que tem sede em Miami.
00:25Ele existe, meus amigos, tudo bem?
00:27Como vai, Will?
00:28Tudo bem, Tiago.
00:28Bem-vindo aqui, está trabalhando em São Paulo nesta semana, nesses dias, né?
00:32Estamos visitando o Brasil, exatamente.
00:34Perfeito.
00:34Bom, quais notícias você traz de lá?
00:37A expectativa de que teremos ou não teremos tarifácio
00:40ou é impossível saber, meu caro Will Castro Alves?
00:45Difícil, de fato, de saber, né?
00:47E especialmente por tudo aquilo que a gente está vendo, né?
00:51Enquanto esse negócio vai escalando.
00:52Vocês mesmos trouxeram três visões diferentes
00:55e três pessoas diferentes do governo
00:58dando mensagens diferentes.
01:00Então, fica muito confuso.
01:01Do outro lado, a gente sabe que não vale a pena pagar para ver.
01:06Trump escalou contra a China.
01:07E olha que contra a China é bem mais difícil.
01:10O buraco é mais embaixo, como se diz, né?
01:12Déficit comercial com os Estados Unidos muito maior.
01:14A necessidade de acesso a terras raras e a outro produto
01:17é muito diferente de café e suco de laranja,
01:19que você consegue substituir,
01:21que é a pauta exportadora brasileira,
01:22entre outras coisas, obviamente.
01:23Os Estados Unidos podem sentir, sim, mas nem se compara.
01:28A comparação do professor do Pitbull com o Chihuahua é pertinente.
01:32E eu acho que o mercado financeiro tem entendido isso
01:34e fica muito claro esse receio que se tem.
01:38E esse receio, normalmente, ele tende a impactar no quê?
01:42Na moeda.
01:43O real é um ativo de risco que reflete a situação de risco do país.
01:48A partir do momento que esse negócio começar,
01:50se, de fato, continuar a escalar,
01:52e a gente viu o Trump dobrar a aposta,
01:54ele falou hoje mesmo,
01:56quem comprar o petróleo russo é 100% de tarifa.
02:00A estratégia de dobrar a aposta ou de querer retalhar,
02:03me parece, não é a melhor.
02:05Oi, oi, a gente falou também,
02:07há algumas semanas,
02:08sobre a instabilidade em relação ao IOF, né?
02:11Porque isso interfere o seu trabalho lá também,
02:13que você trabalha com brasileiros, principalmente,
02:15que investem no exterior, enfim.
02:19E agora o IOF volta, né?
02:22Essa instabilidade prejudica não só você,
02:26mas também quem quer investir?
02:27Qual é o momento de aflição
02:30que os investidores estão vivendo por causa disso?
02:32Olha, Tiago, eu diria que essa do IOF foi meio que emblemático, assim, né?
02:36Porque do dia para a noite, numa caneta,
02:38você muda o imposto,
02:39depois você volta atrás,
02:42não passa no Congresso,
02:44aí vem um juiz que não foi eleito por ninguém
02:46e determina que um imposto
02:48que incide sobre a movimentação do teu próprio dinheiro, né?
02:53Você vai ter que pagar esse imposto.
02:55Então, assim, além da arbitrariedade
02:57de como foi tomada essa decisão,
03:00o fato de, do dia para a noite,
03:03esse negócio acontecer,
03:04e com muita incerteza,
03:06olha, a gente trabalha com uma plataforma de investimento,
03:08você tem que fazer tudo dentro da lei.
03:10como é que, do dia para a noite, em 24 horas,
03:12você muda todos os sistemas,
03:14todos os processos,
03:15todas as cobranças do cliente
03:17para atender essa norma.
03:18Não tem como.
03:19Essa incerteza,
03:20ela é um reflexo daquilo que a gente já viu várias vezes no Brasil,
03:24assim como a gente vê na Colômbia,
03:25no México, na Turquia,
03:26países emergentes têm isso,
03:28é uma realidade de países emergentes.
03:29O problema só é que a gente fica,
03:31a nossa vida fica exposta a isso,
03:32a nossa poupança fica exposta a isso,
03:35e os nossos investimentos ficam expostos a isso.
03:36Por isso que a gente tem chamado bastante atenção,
03:39e a verdade é que o IOF aumentou e muito
03:41a demanda pelo investimento no exterior.
03:43Porque, ora, se antes eu pagava 0,38,
03:45o governo quase aumentou para 13,5,
03:48voltou atrás, mas aumentou para 1,1,
03:50quem que me garante que amanhã ou depois,
03:52como já aconteceu,
03:53esse IOF não pode ir para 6,38,
03:56ou ainda mais,
03:56e tornar mais caro o acesso à moeda americana,
04:00tornar mais caro o acesso a investimentos lá fora,
04:02o consumo no exterior?
04:04Oi, o professor Fava estava falando
04:07que essa reação de Donald Trump
04:09em relação à questão brasileira,
04:12além de toda a questão política,
04:16existe talvez uma reação
04:18sobre essa possibilidade dos países,
04:22dos BRICS,
04:23adotarem uma outra moeda alternativa ao dólar.
04:27Para os analistas lá nos Estados Unidos,
04:28você que conversa com outros economistas,
04:31essa é uma das questões também?
04:32Isso pesou nessa decisão, nessa ameaça?
04:35Olha, Tiago, eu diria que esse foi o estopim.
04:37Sim.
04:38Sim, a gente teve uma série de fatores lá,
04:40um certo alinhamento com um outro eixo no mundo,
04:44questão de crítica do envolvimento à guerra de Israel,
04:47até mesmo a Israel,
04:48alinhamento com o Irã e Palestina e por aí vai,
04:50mas, de fato, o estopim,
04:52foi essa questão do comentário do presidente
04:56contra o dólar,
04:57questionamento do dólar como moeda de reserva de valor,
05:00como se uma junção de presidentes de países
05:03muito diferentes entre eles,
05:05e a gente fala muito dos BRICS,
05:06mas Índia e China são inimigos antigos,
05:10Brasil, Rússia,
05:12são países muito diferentes uns dos outros,
05:15e a gente fala como se fosse um bloco coeso,
05:17que, na verdade, não tem nada de coesão
05:19e que você não vai conseguir trocar a moeda
05:21de reserva de valor do mundo
05:23e que hoje não tem 90% das transações de câmbio do mundo,
05:27que é o dólar,
05:28simplesmente com uma caneta e com uma decisão.
05:30Agora, o Brasil vai lá, fala,
05:33assume essa posição aberta de ser contra o dólar,
05:36mesmo tendo um caminhão de reservas,
05:38o Banco Central tem reservas em dólar,
05:40vai lá, assume essa posição,
05:42que ela não é confirmada pelos russos e pelos chineses,
05:46porque a gente não viu ninguém,
05:48nenhum russo comentando contra o dólar,
05:50nenhum presidente chinês ou ministro chinês
05:52comentando contra o dólar.
05:55Então, o Brasil vai lá
05:55e depois ainda tem uma reunião aqui
05:57de emergentes esvaziada.
05:59Então, ficou muito claro,
06:00o Brasil foi usado, talvez,
06:02como um bode expiatório ali
06:03para falar essa questão,
06:04para mandar esse recado
06:06e agora está apagando as consequências
06:07dessa ingenuidade ou inconsequência.
06:10Will, deixa eu fechar com você,
06:11até talvez uma pergunta mais pessoal,
06:13você é um brasileiro que trabalha nos Estados Unidos,
06:16tem a sua vida lá, tem família lá
06:18e eu já te perguntei isso outras vezes,
06:21mas agora a gente vê essa escalada
06:22contra a população que não é americana,
06:26claro que você é uma pessoa legalizada,
06:28uma pessoa que trabalha lá há muitos anos.
06:30Você tem algum tipo de receio?
06:32Olha, sinceramente não.
06:34Os Estados Unidos foram um país criado por imigrantes,
06:36o que você teve, teve um exagero,
06:38de fato, as fronteiras estavam,
06:39tinha um absurdo de gente entrando,
06:41tinha muito descuidado,
06:42tem o problema das drogas que estavam entrando
06:44e o Trump foi eleito por uma parcela relevante
06:47da população americana,
06:48dizendo que ele iria controlar isso
06:50e é isso que está sendo feito.
06:51Muito se fala de perseguição a imigrantes,
06:53teve as revoltas dos imigrantes na Califórnia,
06:57é normal,
06:57conquanto que essa revolta,
06:59ela ficasse num protesto pacífico,
07:01que não foi o caso,
07:02aí, obviamente, você dá margem
07:04para a polícia eventualmente prender o imigrante
07:06e mandar de volta para o seu país.
07:08Mas os Estados Unidos foi um país criado por imigrantes,
07:1050% das maiores empresas americanas
07:13são fundadas por um imigrante
07:16ou de um filho de imigrante.
07:17Elon Musk é sul-africano,
07:19o presidente do Google e da Microsoft são indianos
07:22e por aí vai, a lista é grande.
07:24Então, aquele é um país de imigrantes
07:26criado por imigrantes
07:27e que parte dessa relevância e pujança econômica
07:30também advém de imigrantes que vão lá,
07:32criam boas empresas,
07:34fazem a sua vida.
07:35Então, não vejo esse problema.
07:37Agora, sim, havia um certo descontrole,
07:39que eu acho que é isso que o Donald Trump
07:41se propõe a fazer, a controlar.
07:45Pode vir a ter um impacto
07:47em termos de força de trabalho,
07:48porque, afinal de contas,
07:49mesmo o descontrole ajudava a ter mão de obra.
07:52É uma questão pontual
07:54que ainda não gerou problema
07:56e, eventualmente, pode gerar.
07:57Agora, desconfiança ou aquela...
08:02Como se fala,
08:03como muito se fala em relação ao receio
08:05com o imigrante, sinceramente, não.
08:06Perfeito.
08:06Will Castroves,
08:07que é estrategista-chefe da Avenue,
08:09que tem sede em Miami,
08:10que trabalha em Miami.
08:12Volto sempre aqui aos estúdios em São Paulo,
08:14mas estamos já acostumados a se falar
08:16pela imagem, pela internet.
08:19Muito obrigado, Will.
08:19Prazer. Obrigado, Tiago.
08:20Valeu.
08:20Bom trabalho e bom fim de descanso também
08:22aqui em São Paulo.
08:22Obrigado.
08:23Obrigado.
08:23Obrigado.
08:23Obrigado.
08:23Obrigado.
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