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O ministro do STF, Alexandre de Moraes decidiu manter a maior parte do decreto do governo Lula que aumentava o IOF. A decisão foi publicada um dia após a audiência de conciliação no STF terminar sem acordo. Dora Kramer e Deysi Cioccari analisam a vitória parcial para o governo e o alerta sobre uma possível reação negativa do Congresso.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/7dIoycFBOdU

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Transcrição
00:00Tirando agora os nossos repórteres, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal,
00:04decide manter boa parte do decreto do governo que aumentou o IOF.
00:09Direto para Brasília, Janaína Camelo chegando com as informações.
00:13Eu te pergunto o seguinte, Janaína, qual parte dessa proposta original do governo foi revogada pelo ministro do STF
00:19e sobre essa decisão do ministro. Bem-vinda.
00:25Muito boa noite para você, Tiago.
00:27Pois é, o ministro decidiu ali retomar a eficácia do decreto do presidente Lula,
00:32mas manteve ali a suspensão com relação ao chamado risco sacado, a tributação do IOF ao risco sacado.
00:40O risco sacado, ele é um tipo ali de antecipação de pagamento a empresas para fazer o pagamento a fornecedores.
00:49É um tipo, seria ali uma modalidade de empréstimo, né, que é concedido a empresários pelas instituições financeiras.
00:57E aí o ministro, ele entendeu o seguinte, que o risco sacado não pode ser entendido como uma operação de crédito.
01:04Nas palavras dele, é apenas uma antecipação de recebíveis.
01:07Então não cabia aí a tributação do IOF sobre o risco sacado.
01:12O risco sacado, ele nunca havia sido tributado, Tiago, mas ele passou a ser em maio com o decreto do presidente Lula.
01:19Então agora ele passa a ser isento novamente.
01:23Essa relação do risco sacado já tinha sido, inclusive, antecipado pelo próprio ministro Fernando Haddad ontem, né.
01:29Ontem ele disse que havia ainda uma divergência, segundo o que o ministro Alexandre de Moraes já tinha passado a ele,
01:36havia ainda uma divergência com relação a esse trecho do decreto sobre o risco sacado,
01:41mas que já havia uma convergência por parte do ministro com relação a todo o resto do decreto
01:46e que ele esperava uma resposta breve do ministro Alexandre de Moraes.
01:51Lembrando que essa resposta também do ministro veio logo após a audiência de conciliação de ontem,
01:55que não teve conciliação nenhuma, né, entre todas as partes envolvidas aí nesse caso,
02:00entre governo federal, Congresso Nacional, partidos políticos que tinham entrado com essa judicialização ali no Supremo,
02:07não teve nenhum acordo ali, porque o Planalto continuava ali defendendo a prerrogativa sobre o imposto
02:12e o Congresso também defendendo que não aceitava o aumento de imposto e aí, então, acabou sem acordo nenhum.
02:18Todos entenderam que precisavam esperar uma decisão do ministro Alexandre de Moraes e essa decisão veio hoje.
02:24Quem falou agora há pouco foi o próprio ministro Fernando Haddad, ele agradeceu ali a decisão do ministro do Supremo.
02:34A gente vai ouvir agora o que ele disse, Tiago.
02:36Conforme eu já adiantei, né, nós estávamos muito satisfeitos com a maneira como o ministro Alexandre tratou o assunto.
02:43Com muita sobriedade e colocando a Constituição acima de tudo, quer dizer, o Supremo Tribunal tem que julgar a forma da Constituição.
02:52E nós, então, estávamos confiados em que o decreto do presidente respeitava completamente a Constituição Federal, né,
03:00e houve essa questão do risco sacado que ele já tinha manifestado alguma sensibilidade em relação à controvérsia.
03:12Nós entendemos como absolutamente legítima a decisão dele, a justiça é para isso mesmo.
03:17Tiago, para o ano que vem, do total arrecadado que o governo tem previsto aí, está prevendo com o aumento do IOF,
03:29com relação ao risco sacado, o governo vai perder em arrecadação 3 bilhões e meio,
03:35que seria ali mais ou menos 12%, quase 11%, pouco mais de 11% ali, de toda a arrecadação que está prevista com esse aumento do IOF.
03:45Agora, vale destacar que essa decisão do ministro Moraes é ainda uma decisão liminar,
03:50precisa passar por referendo no Supremo.
03:53Agora, esse referendo, Tiago, não tem data nenhuma porque o Supremo está em recesso, né,
03:58então, talvez ainda não se sabe só após a volta ali dos trabalhos do Judiciário.
04:03Tiago.
04:04É isso, Janaína Cabelo estão trazendo informação sobre o IOF, mais uma vez o nosso gírio com as comentaristas, Dora Kramer.
04:11Bom, é claro que é uma decisão, como a própria Janaína diz, uma decisão liminar, podemos ter uma mudança,
04:17mas tem efeitos políticos.
04:19Para o governo, claro, acho que a situação para o governo é favorável agora.
04:25A grande questão é a reação do Congresso a partir de agora, Dora.
04:28Olha, quando o Congresso deixa a decisão para ser tomada pela Justiça, precisa acatar a decisão da Justiça.
04:36Não há o que fazer, pelo menos numa situação de normalidade.
04:40Sei lá também, como a gente não tem tempos normais, tudo é possível, mas eu acho que não cabe nada além de acatar.
04:48Agora, essa decisão, alguns setores estão interpretando como uma decisão de meio termo, mas não tem meio termo nenhum, né?
04:56Porque foi dada uma vitória do governo, porque o aumento do IOF está vigorando, vai voltar a vigorar.
05:05É isso que o governo queria.
05:06E a questão do risco sacado, o próprio governo já tinha sabido que era uma questão perdida, já tinha aceitado.
05:15O ministro Alexandre de Moraes resolveu ignorar que o IOF é um imposto regulatório e que ele, nesse caso, está sendo usado para arrecadação
05:26e resolveu declarar constitucional.
05:31Então, pronto, ganhou o governo e essa é a questão.
05:34Quando os políticos não decidem entre si, não conseguem acertar os seus ponteiros e colocam essa decisão na Justiça,
05:42é a Justiça que tem a última palavra e, portanto, não cabe nenhum tipo de reação.
05:47Uma vitória política, Deise?
05:49Uma vitória política. E é o que a Dora falou.
05:52E aí tem alguns pontos também, Tiago, Dora, para a audiência da Jovem Pan aqui.
05:57O difícil aqui no Brasil é fazer justiça tributária de verdade, porque mexendo o dinheiro dos outros, todo mundo mexe.
06:03A forma como ficou, pelo menos por enquanto, o que acontece?
06:08Os pobres acabaram perdendo um pouco com isso, a classe média acabou sendo beneficiada
06:14e os ricos vão acabar encontrando uma brecha no meio disso tudo para burlar o sistema.
06:19Então, não deve mudar tanta coisa assim.
06:22O que a gente vai continuar vendo é mais ou menos o mesmo de sempre, talvez, ali à esquerda fazendo um pouco as pazes com a classe média,
06:29já que já tinham brigado ali há algum tempo atrás.
06:32Mas o fato é que os pobres mesmo, de fato, aqueles que deveriam se beneficiar com uma justiça tributária fiscal eficiente,
06:39esses não vão se beneficiar.
06:41Dora e Deise, uma rápida pergunta breve, por favor.
06:45Você já falou do Congresso Nacional, que o Congresso teria que acatar.
06:48Mas amanhã, quinta-feira, com o Congresso todo mundo quase remoto, pode haver algum tipo de reação política?
06:55Ou seja, uma nova tentativa de se derrubar o decreto, mas aí o Supremo, de novo, se posiciona, por mais que seja uma liminar, Dora?
07:01Acho que eu não tenho espaço para isso.
07:04Pelo menos não há nenhum sinal de nenhuma mobilização, articulação, por mais que Hugo Mota e Davi Alcolumbo já deveriam estar esperando,
07:14porque esse tipo de posição a gente viu ontem na manifestação do ministro Fernando Haddad,
07:20que ele estava esperando exatamente esse tipo de decisão.
07:24Eu acho que o Congresso está lá com inserção de IR, com problema de Bolsonaro, anistia,
07:34essa confusão das tarifas, acho que não vai haver nada.
07:37Mas como eu disse, eu estou achando as coisas, levando em conta critérios de normalidade,
07:44o que não é bem uma situação que a gente vive todos os dias.
07:49E o que pode ser o anormal diante disso, Deise?
07:51O anormal seria o contrário do que a Dora falou.
07:54Eles trabalharam, provocaram alguma discussão, algum debate com ênfase,
07:58mas isso não vai acontecer.
07:59Eu volto com a relatora.
08:00A Dora está...
08:01A análise dela é mais precisa.

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