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DiversãoTranscrição
00:00Transcrição e Legendas Pedro Negri
00:30Legendas Pedro Negri
01:00Legendas Pedro Negri
01:02Legendas Pedro Negri
01:04Legendas Pedro Negri
01:06Legendas Pedro Negri
01:08Legendas Pedro Negri
01:10Legendas Pedro Negri
01:12Legendas Pedro Negri
01:14Legendas Pedro Negri
01:16Legendas Pedro Negri
01:18Legendas Pedro Negri
01:20Legendas Pedro Negri
01:22Legendas Pedro Negri
01:24Legendas Pedro Negri
01:26Legendas Pedro Negri
01:28Doença de pele, cara e sujeira.
01:30Acertei?
01:31Não, minha filha. Toda vez que eu pego no chulap, eu lavo minhas mãos depois.
01:36Modério, seu palavreado.
01:38Seu porteiro sem vergonha.
01:40Tem nada disso, não.
01:41Ligue já.
01:48Eu quero fazer uma consulta com o senhor.
01:52Eu sou moça.
01:54Ligue já.
01:58Ó, não tem nada de indecência não, sabia?
02:01É, eu tô falando do chulapa, o meu cachorro.
02:03Minha filha, a gente sai pelas ruas aí de São Paulo, tá andando por esse Brasil.
02:07Onde a gente para, a gente toma um porre, sabia?
02:09O chulapa não pode se embriagar que vê uma gata e sai correndo atrás.
02:12O que eu saiba, todo cachorro corre atrás de gato.
02:16Não, eu tô falando de gata mulher mesmo, minha filha.
02:18Chulapa, e ó, eu vou falar uma coisa.
02:20É mulher mesmo, quanto mais magra, melhor.
02:22Porque o chulapa é louco pelo osso.
02:23Me dá o que você dá.
02:25Me dá isso aqui.
02:25Oh, meu Deus, é uma carta pra mim.
02:35Ah, tadinho, esqueci dele.
02:38Pronto.
02:39Vai, volta lá pro seu cercadinho.
02:41Vai, vai lá pro cara.
02:46Pronto, chega.
02:47Vai, vai.
02:48Vai, susto.
02:49Ai, sai daí.
02:51Ora.
02:52Ora.
02:52Ora.
02:52Ora.
02:55O que é que foi, Caçana, que fica aí?
03:18Ai, meu Deus.
03:18Ai, meu Deus.
03:19Vá, Vá, eu sou uma mulher rica.
03:39Você disse que é uma mulher rica?
03:42Perdeste o senso, com certeza.
03:43No dia que você for ao banco e sua conta não estiver no vermelho, corra, oculista, porque
03:48você tá da autônica.
03:50Eu estou enxergando muito bem, viu, Caco Tires?
03:53E acabo de ler a notícia mais maravilhosa da minha vida.
03:57O irmão mais velho do brigadeiro foi considerado louco e a justiça me escolheu pra administrar
04:05os bens dele.
04:06Hoje mesmo virá aqui um advogado que vai me passar uma procuração.
04:11Deixa eu ver essa carta aqui.
04:13Larga, larga.
04:14Larga, azulão, larga.
04:17Vai, azulão, azulão, companheiro, vai, vai ver.
04:25Um canteiro de violetas.
04:29Mas não é possível, é verdade?
04:31Uma mansão em Harvard.
04:34É?
04:34Uma cobertura em Paris.
04:37Um castelo na Escócia.
04:39Mas você não pode morar na Escócia.
04:41Porque esta mulher, antes de fazer o cabelo, é praticamente o Valderrama da Colômbia.
04:47Depois é que ajeita tudo e dá certo.
04:50Agora imaginem Cassandra com uma boininha no alto dessa construção de sainha cute soprando
04:57uma gaita de foles.
05:04Nós vamos nadar em dinheiro.
05:09Nós vamos nadar em dinheiro.
05:10Eu vou nadar em dinheiro.
05:14Você vai continuar se afogando no mar de lama.
05:18Isso aqui é minha carta de alforria.
05:21Eu estou livre.
05:23Finalmente livre da pobreza.
05:26Pobre.
05:28Pobre.
05:30Pobre.
05:32Não adianta me pedir.
05:34Eu já vou lhe avisando.
05:35Esse dinheiro não vai ser para pagar as suas culpas.
05:39Eu não acredito que você me trate dessa forma depois de todos esses anos que eu te sustentei.
05:46Eu devia pedir indenização por ter vivido anos e anos nesse par de erros.
05:52Em gratidão, teu nome é Cassandra.
05:55Eu estou por aqui contigo, Arací, balabaniã.
05:58Eu estou por aqui contigo, tá legal?
06:01Não, quem com a fortuna fere e com a fortuna será querido.
06:04Não faz mal.
06:04Ela pode ficar rica porque eu rogo a praga.
06:07Estou vendo.
06:08Atenção, lá vai Cassandra no seu iate.
06:09Cassandra com chapelão e oxos, parecendo uma abelha.
06:11Lá vai ela.
06:12Lá vai ela desfilando.
06:13No iate, no Mediterrâneo, tropeçou, bateu a cabeça.
06:15Morte cerebral.
06:17Lá vai Cassandra dirigindo a Ferrari.
06:18Lá vai, lá vai.
06:19Bateu.
06:20O airbag da cabeça não funcionou.
06:22Entrou.
06:22Morte.
06:24Lá vai Cassandra comendo um caviar.
06:26Ela está estragada.
06:27Ela come tudo.
06:28Botulismo.
06:29Morte.
06:30E quem é que herda tudo?
06:31Quem é?
06:32Nós.
06:34Brasil.
06:39Bateu na trave, palhaço.
06:40Quem herda sou eu.
06:41Através de minha devotada esposa, Magda.
06:45Eu só vou dizer uma coisa.
06:47Se vocês ficarem ricos e me deixarem em paz, eu já terei ganho na loteria.
06:54Não adianta rogar praga, viu, Caco Antibes?
06:58No meu testamento está bem dito que a herança só irá para a mão de Magda depois que ela separar-se de você.
07:06Está bem?
07:07Portanto, reze pra que eu continue.
07:10Reze pra que eu continue viva.
07:13Senão você nunca verá a cor desse dinheiro.
07:16Está bem?
07:21Agora eu sei porque é que o paraíso era paraíso.
07:23Porque Adão não tinha sogra.
07:43Seu laquê é um espetáculo, Mami.
07:45Uma espreisada já faz a cabeça, né?
07:47Magda, minha filha, por que você está usando a minha roupa, o meu laquê?
07:54Ué, Mami, eu estou grávida, não estou?
07:56Já que eu vou ser uma futura, Mami, então resolvi dar uma ensaiada.
08:00Aí já aproveitei e já estou ensaiando, emblusando, enlaquezando tudo.
08:06Eu vou te contar, eu joguei pedra na cruz.
08:08Beuzebú me amaldiçoou.
08:11Eu durmo com a minha mulher e acordo com a minha sogra, hein, não é?
08:15Amor, falando nisso, você tem o cartãozinho de crédito do tio Vavá?
08:19Estou precisando demais ir num salão fazer caspa, cabelo e bigorna.
08:23Não é bigorna, Magda, é bigode, bigode.
08:27Ah, é?
08:28É.
08:28E desde quando mulher tem bigode?
08:30Olha, eu vou me preparar para esperar o advogado, que deve estar chegando, tá?
08:40Pobre.
08:41Vai, ô goleiro da Croácia, lá.
08:45Cabeção.
08:46Magda, estou muito preocupado, meu bem.
08:49Que amor.
08:49Estou preocupado, porque Bill Clinton, quando quiser sair da jaula e olhando você assim,
08:55vai achar que a cascacu vai ficar encolhidinho, coitado, morrendo de medo.
08:59Ah!
09:00Você ainda está aí, sua ingrata.
09:02Ingrávida, aí eu serei uma futura mami.
09:06Magda, mas o que é que aconteceu com você?
09:09Caco, pelo amor de Deus, alguém tem que cuidar da cabeça dela.
09:12Ah, e você conhece um cabeleireiro bom?
09:13Eu conheço, meu bem.
09:15Ele é um espetáculo de cabeleireiro, trabalha no manicômio, viu?
09:17É, mas você, meu amor, desculpe.
09:19Manicômio só tem manicure, entendeu?
09:23Se eu quero...
09:25Aí, seu caco, por falta de Magda nova, passou o ferro na sogra.
09:38Essa não é Cassandra, Neide, é Magda.
09:43Minha voz continua a mesma, mas os meus cabelos...
09:47Quanta diferença, né?
09:50Magda!
09:52Cala a boca!
09:53Site!
09:54Junto!
09:56Morta!
09:56Tô gostando dessa história.
10:01É tudo que um homem sempre quis dizer pra sogra.
10:04Site, Cassandra!
10:06Vai, seu caco, posso brincar também?
10:08Morta, Cassandra!
10:09Morta!
10:10Ô, Magda!
10:12Vai lá dentro, vai descansar um pouco, que talvez você acorde melhor.
10:15É bom mesmo, porque essa história de lá aqui deixa a cabeça tão pesada.
10:19Conheide, você podia me ajudar a carregar um pouco esse cabelo, que tá pesado demais?
10:24Ah, é claro.
10:24Mas doido é bom contrariar, né?
10:26Vem, vem, vem, calma.
10:28Vem.
10:29Ah, Jesus.
10:30Calma, leva com cuidado.
10:32Vamos, vem, vamos.
10:34Ai, gostoso, Neide, obrigada.
10:37É de Lapa!
10:40É de Lapa!
10:42É de Lapa!
10:43É de Lapa sumiu!
10:48É de Lapa sumiu!
10:54É de Lapa, é de Lapa!
10:56E, mamã, que você gosta de uma chulapa, tudo bem.
11:00Agora, chorar por ela já é demais.
11:02Gente, mas pera um pouquinho aí, mas que história de chulapa é essa?
11:06O meu cachorro chulapa, meu Deus!
11:09Foram tantas emoções, nós juntos, eu e chulapa, tantos porres.
11:18Lembro naquela quarta-feira do dia 28 de setembro de 74.
11:23Eu estava tomando banho embriagado com chulapa, o sabonete caiu.
11:28Chulapa veio por trás, eu estava de quatro, ai, foi um passeio lindo no quarteirão.
11:35Eu engatava em chulapa, ele rodava latindo.
11:38Eu estou sentindo tanto tempo.
11:48Chulapa bebia pra caramba, ele me amava.
11:52Peraí, peraí, Rimbabá, nunca ouvi falar que cachorro bebe, o que é isso?
11:57Chulapa bebe sim, dona Magda, não fala, poxa!
12:00Quer tomar uma bolacha agora ou quer ficar com duas pra depois?
12:05Ah, para com isso também, vocês vão começar a brigar agora.
12:08Ô, Rimbabá, fica tranquilo aí, fica calmo que o teu cachorrinho vai aparecer.
12:13Vai aparecer morto!
12:15Morto!
12:17Porque o destino de cachorro de pobre é ser atropelado por carro de pobre.
12:22Porque o sonho de pobre é comprar um carro.
12:24Aí junto, dinheirinho, junta, todo mundo junta, cada um dá um pouquinho, compra uma bilina, 72.
12:30Aí pendura aquele bonequinho no retrovisor de pelúcia.
12:35Aí domingo, pobre, insera, abelina, insera.
12:39Aí vamos passear, vem!
12:40Aí os pobres glomeram, vai entrando tudo dentro do carro.
12:43Aí vem a tia, vai isenta, as crianças, aí senta.
12:47Aí vai pra praia, a mulher gorda na frente com aquela camisinha de viscote, com aquela banha pulando.
12:52Chega na estrada, a tia do pobre fala, tô com um problema no destino.
12:57Eu preciso me aliviar.
13:00Aí encosta, vai, encosta o carro.
13:02Já vai, fazendo aquele horrível congestionamento na estrada.
13:07A véia atrás de um arbusto.
13:10As crianças comendo um sanduíche de prisuntada, vomitando no par de entrada.
13:14A véia não tem com o que se limpar.
13:16Vai com papel de sanduíche mesmo.
13:18Olha, é uma coisa, já para uma Brasília pra ajudar, com outro chevette que queimou, ferveu ali na frente.
13:25Eu tenho honra, pobre!
13:27Seu cachorro, seu cachorro uma hora dessa morreu embaixo das rodas de uma abelina, de uma Brasília ou de um chevette.
13:43Numa hora dessas, já virou sabão e tá lavando um sovaco de pobre.
13:48Não, não, não!
13:51Deixa, deixa, não fica assim, não fica assim, calma.
13:54O teu cachorrinho vai aparecer, ó, eu vou, eu tenho aqui um calmante.
13:58Você toma umas gotinhas de vez em quando, você vai ficar bom, o teu cachorro vai aparecer.
14:04Não toma é muito, tá?
14:06Que esse, esse tranquilizante é muito forte.
14:09Meu cachorro, chulapa.
14:13Neide?
14:15Neide, meu uísque!
14:17Chulapa!
14:21Você morreu, chulapa!
14:24Chulapa é você!
14:29O meu cachorro, chulapa!
14:31Você acha que eu usaria um casaco de pele de vira lábora?
14:35Pensei que eu não sei, sanguinolenta, mas o meu cachorro...
14:39E não pode mais a mão em mim, senão eu vou fazer pano de chão do seu corpo.
14:43Dona Caçada, tá aqui seu uísque, querida.
14:46Pra deixar que eu vou servir, que eu já tô servindo de copeiro também.
14:50Ótimo, aproveita e toma bronca no meu lugar, porque eu não tinha uísque, eu botei mática da mesma cor, tá?
14:54É.
14:56Você viu seu uísque, viu?
14:58Mulher má, mulher ruim.
15:00Pessoa, pessoa que...
15:02O que é isso, rapaz?
15:03O que é que eu tô indo aí pra trás daí?
15:06Porra!
15:08Iiiiih!
15:11Tá vingando louco, porra!
15:14O que é que você vai fazer vingando aí, porra?
15:16Iiiih!
15:17Iiiih!
15:18Iiiih!
15:18Iiiih!
15:19Iiiih!
15:20Iiiih!
15:21Iiiih!
15:22Iiiih!
15:23Iiiih!
15:24Iiiih!
15:25Você...
15:26Como diria o Ian Chesp?
15:28Iiiih!
15:29A vingança é uma coisa que se serve geladinha!
15:33Iiiih!
15:34Iiiih!
15:35Iiiih!
15:36Iiiih!
15:37Iiiih!
15:38Iiiih!
15:39Iiiih!
15:40Iiiih!
15:41Iiiih!
15:42Iiiih!
15:43Iiiih!
15:44Iiiih!
15:45Iiiih!
15:46Para!
15:47Iiiih!
15:48Iiiih!
15:48Iiiih!
15:49Iiiih!
15:50Iiiih!
15:52Iiiih!
15:54Iiiih!
15:54Iiiih!
15:55Iiiih!
15:56Iiiih!
15:56Desculpa aqui, mas isso não é uísque!
15:58Iiiih!
15:58Iiiih!
15:59Não é uiisque, mas vai deixar você numa onda legal, viu?
16:02Iiiih!
16:04Iiiih!
16:04Iiiih!
16:05Iiiih!
16:06Iiiih!
16:06Iiiih!
16:07Iiiih!
16:08Iiiih!
16:09Iiiih!
16:10Iiiih!
16:11Don Cassano?
16:12Ei, Don Cassano!
16:13Iiiih!
16:14Ai, meu Deus do céu!
16:15O negócio deu certo mesmo.
16:18Jovem, o que você fez com ela?
16:20Eu matei.
16:27Eu matei.
16:28Jovem, o que você fez com ela?
16:58Jovem, o que você fez com ela?
17:28Jovem, o que você fez com ela?
17:58Jovem, o que você fez com ela?
18:28Jovem, o que você fez com ela?
18:30Jovem, o que você fez com ela?
18:34Jovem, o que você fez com ela?
18:36Jovem, o que você fez com ela?
18:38Jovem, o que você fez com ela?
18:42Jovem, o que você fez com ela?
18:44Jovem, o que você fez com ela?
18:46Jovem, o que você fez com ela?
18:48Jovem, o que você fez com ela?
18:50Jovem, o que você fez com ela?
18:52Jovem, o que você fez com ela?
18:54Jovem, o que você fez com ela?
18:58Faz uma massagem, vai.
19:00Esse cabelo tá tão pesado que eu não tô aguentando com essa dor no torcicolo aqui.
19:03O problema é teu se o pescoço não aguenta.
19:05É porque a tua cabeça é oca, desgraçada.
19:07Tudo bem, quer me ajudar?
19:08Oca.
19:09Vou pedir ajuda pra mami.
19:10Não, não, não, eu faço.
19:11Eu faço.
19:12Senta aqui.
19:13Sua mãe está morta.
19:14Morta de cansaço.
19:15Ai, delícia.
19:17Morta, me aconteceu umas coisas tão engraçadas.
19:21Sabe que eu fui no açougueiro e ele me confundiu com a mami?
19:24Perguntou quando é que eu ia dar um pulo na casa dele.
19:28Será que ele vende carne lá também?
19:34As acascacu quem diria, hein?
19:36Dando uma de frigorífico, fornecendo carne pro açougue.
19:40É por isso então que ele me apalpou e disse que eu tinha o colchão duro.
19:48Magda, eu te proíbo de sair na rua vestida de Cassandra.
19:51Todo mundo vai achar que você é ela.
19:55Mas é isso.
19:57Claro, é isso que eu vou fazer.
19:59Fornecer carne pro açougue também.
20:01Não, Magda.
20:03Magda, sua mãe me pediu, presta atenção, sua mãe me pediu
20:07pra que você receba um advogado que vem aqui do lugar dela.
20:11Sem condição, meu amor. Não posso receber o advogado.
20:13Por que não?
20:14Eu não sou nem espírita.
20:16Eu sou médium, mas não sou trabalhada ainda.
20:18Para aí! Escuta!
20:21Escuta!
20:23O advogado vem aqui tratar da procuração do seu tio
20:26que ficou completamente louco, o irmão do brigadeiro, compreendeu?
20:29Compreendi.
20:31Ok, agora é só uma pergunta. O irmão do brigadeiro, quem é? O Quindinho?
20:36Não, não, não.
20:38Calma a boca, Magda!
20:40Quando a procuração chegar você assina, nem que seja com um dedão.
20:42Tá, do pé ou da mão?
20:44Por favor, não se preocupe, eu vou pesquisar.
20:48Presta atenção. Presta atenção.
20:51Olha bem pra mim.
20:53Olha pro meu dedo.
20:54Você não é Magda.
21:10Você é Cassandra, a sogra coral.
21:13Eu não sou Magda. Sou Cassandra, a sogra coral.
21:17Vai assinar a procuração e passar a fortuna para mim.
21:21Vou passar a fortuna pra mim.
21:23Ah não, pra você não, pra mim.
21:25Pra você não, pra mim!
21:28Pro Caco, pronto!
21:29Pro Caco, pronto!
21:31Cassandra!
21:33Cassandra!
21:35Ô Cassandra!
21:36Ô Caco, você viu Cassandra?
21:38Claro, Vavá, eu tô aqui.
21:40Você endoidou de uma vez?
21:41Não, é excesso de laque, deixa, deixa.
21:44Falando nisso, eu tenho que passar uma segunda mão.
21:46Com licença, Vavá.
21:48Mas...
21:50Ô Caco, o que que é isso?
21:52Ela ficou louca?
21:53Não, Cassandra precisa saber disso.
21:55Onde é que ela está, Caco?
21:56Vavá, Vavá, Vavá.
21:57Sente-se, por favor, sente-se.
21:59Sente-se.
22:01Eu tenho uma coisa muito delicada pra conversar com você.
22:03Eu quero que você não tenha um choque.
22:06A situação é grave?
22:08O que foi?
22:10Aconteceu uma coisa terrível com a Cassandra.
22:12Que isso?
22:13Cassandra foi raptada por bandidos perigosíssimos.
22:16Eu não acredito.
22:17Por bandidos, Caco?
22:19Vacínoras, uma falange francesa.
22:21A falange Moulin Rouge.
22:23Meu Deus, coitado da minha irmã.
22:26Ô Caco, nós temos que chamar a polícia.
22:27Não, não, não faça isso, não faça isso.
22:29Deixa os bandidos se comunicarem conosco primeiro.
22:32Vá que eles liguem, dá o ocupado, sabe como é bandido?
22:34Pobre, deu o ocupado, dão logo um pipoco nos cornos da vítima.
22:37Sim, mas... e o que é que a gente vai fazer?
22:39Eu vou pensar em alguma coisa.
22:40Eu não vou mais ficar tomando conta de defunto não, rapaz.
22:43Ora, pô, ficar ali dentro ali três horas ali pra aquela velha morta?
22:46Vou não.
22:51É uma panda, cara.
22:53Cala a boca, idiota.
22:55Cala a boca. Faz uma coisa.
22:56Pega a extensão, finge que você são os bandidos pedindo resgate pro Vavá.
23:00Vá, vá, vá, vá, vá.
23:01É um bandido perigoso.
23:02Vavá, rápido, atenda o telefone, devem ser os bandidos.
23:05O telefone não tocou?
23:06Claro que não.
23:07É um telefonema de bandido, você quer que eles alertem a polícia?
23:09Veja.
23:10Ah, tá certo.
23:12Alô, é Wanderlei Matias.
23:14Alô, Vavá.
23:17Sim.
23:18Aqui quem está falando é o bandido.
23:20O bandido.
23:22Bandido.
23:23Como é o nome do bandido?
23:24Qualquer um, qualquer um.
23:25O bandido qualquer um.
23:27Qualquer um.
23:28Sei.
23:30Cuidado para não revelar o crime.
23:34Não conta pro advogado.
23:35Advogado.
23:36Cuidado para não contar para o advogado.
23:40Pois não, senhor bandido.
23:41Pode deixar.
23:42Advogado, como é o nome do advogado?
23:44O advogado anda.
23:46Não conte para o advogado anda nada, nada.
23:49Do que você sabe.
23:52Escute.
23:53Quero lhe dizer.
23:54Muito importante.
23:56Ouva.
23:57Dê aumento de salário para o Ribamar.
24:00Para.
24:02Sim, para não falar nada pro advogado anda.
24:04Alô, alô.
24:06Ô Caco.
24:07Ele desligou, mas...
24:08Mas ele nem pediu resgate, nem nada.
24:10Não vão pedir mesmo não, meu filho.
24:11Eles vão já telefonar pro senhor, dando dinheiro pro senhor, sabe pra quê?
24:14Pro senhor ir buscar a dona Cassandra lá.
24:16É.
24:17Meu Deus do céu.
24:18Eu tenho que salvar minha irmã.
24:19Eu tenho que arranjar dinheiro pra esse resgate.
24:21Meu Deus do céu.
24:22Seu Caco, você ouviu a dona Cassandra?
24:23Não porque tem um homem aí, o doutor Saban, querendo falar com ela.
24:26Tá subindo aí.
24:27Eu vou chamá-la.
24:28Magda!
24:29Magda!
24:30Magda!
24:31Ele quer falar com o dono Cassandra e ele chama a dona Magda?
24:33Tá doido.
24:34Não, não, não.
24:35Esquisito.
24:36Quem foi?
24:37O safado que me trancou no armário.
24:40Ai meu Deus do céu.
24:42Meu Deus do céu.
24:48Eu já tava morto.
24:53Ele morreu.
24:54Por que a dona Cassandra lá, menina?
24:55Meu amor, a morte é a primeira vez.
24:59Dona Cassandra me perdoa, dona Cassandra.
25:03Me perdoa.
25:04Tá brincando.
25:09A mulher voltou, gente.
25:11Não ligar não, dona Cassandra.
25:13Ele encheu a cara de alpiste.
25:14Quem ficou de ressaca fui eu, né?
25:17Ai, que tortura horrível.
25:19Peraí que eu ajudo a senhora.
25:21Para, para, para, para.
25:22Para a direita, para a direita, para a esquerda.
25:25Vira o jogo.
25:26Vai, vai, dona Cassandra.
25:27Vai, vai.
25:34Doutor Saboia, entre por favor.
25:35Dá licença, dá licença.
25:36Dá licença, dá licença.
25:49Muito, muito obrigado.
25:51Com gentileza, a casa é sua, viu?
25:53A dona Cassandra está?
25:55Tô.
25:56Onde é que eu assino?
26:00Muito prazer.
26:01A senhora tem um pouquinho de paciência, porque primeiro preciso saber se a senhora está de posse de todas as suas faculdades mentais, né?
26:10Faculdades mentais.
26:12Eu não terminei nem quarto ano primário.
26:25Doutor Saboia, o senhor não precisa examinar, a minha sogra Cassandra é uma mulher perfeitamente lúcida, normal.
26:36Minha cabeça está ótima, olha, o senhor pode ver. O senhor gostou?
26:39Hã?
26:40É puro laque.
26:42Tá vendo?
26:43Sabe, até que eu passei um pouco nos cabelinhos aqui de sovaco.
26:47Exagerei, eles endureceram, eu fiquei assim, parecendo que tinha sido assaltada.
26:51Cala a boca, Cassandra!
26:52Sit!
26:53Doutor Saboia, sit!
26:54Gente, sit!
26:55A senhora vai me desculpar, mas infelizmente eu tenho que fazer um exame, um ligeiro exame.
27:05Umas perguntas que, como os senhores devem estar sabendo, o irmão do brigadeiro foi acometido de uma loucura tremenda.
27:13E eu então vim aqui trazer a procuração para que os bens deles sejam dirigidos pela senhora.
27:21E eu quero saber se a senhora está sã para eu poder passar a procuração para a senhora.
27:27Passar a procuração, certo, porque ela está amassada.
27:31Eu vou lhe fazer umas perguntas muito simples.
27:32Claro!
27:33Muito simples!
27:34Deixa eu tirar a minha carteira, ver se está tudo certo.
27:36Ela está aqui.
27:37A primeira pergunta simples eu quero saber.
27:39Eu quero saber.
27:40É uma palhaça!
27:41É uma palhaça!
27:42Cala a boca!
27:43Viu?
27:44Eu te mando pro ciclo, tu vai virar mulher bala, desgraçada!
27:46Eu vou lhe fazer umas perguntas muito simples.
27:48Claro!
27:49Muito simples!
27:50Deixa eu tirar a minha carteira, ver se está tudo certo.
27:55Ela está aqui.
28:00A primeira perguntinha simples eu quero saber.
28:07Pois não?
28:08Qual o número do seu telefone?
28:10Mas o que é isso?
28:11Que abuso é esse?
28:12O senhor está pensando que tipo de mulher sou eu que no primeiro encontro já vai dando
28:16logo o telefone?
28:17Hein?
28:18Senhor...
28:19Ele está fazendo viadinho na sua cabeça!
28:21O quê?
28:25Chifrinho!
28:30Que sábio!
28:32Que sábio!
28:33Eu estou gostando.
28:34Está começando bem, sabe?
28:36Continue, continue, doutor.
28:37Continue.
28:38Uma segunda perguntazinha é muito fácil para a senhora também?
28:41Uhum.
28:42Que dia é hoje?
28:43E onde é que a senhora está?
28:48Duas perguntas de uma só vez.
28:50Está querendo me derrubar!
28:52Não dá para te derrubar que você já está de quatro, sua anta!
28:55O senhor quer fazer um favor para mim?
28:57Pois não.
28:58Um favorzinho aqui para o viadinho?
28:59Não!
29:00Não!
29:01Quer fazer um favor para mim?
29:02O senhor se retira!
29:03O que é isso?
29:04Não, o senhor se retire!
29:05Por favor.
29:06Eu quero ficar sós conversando com a dona Cassandra.
29:08A dona Cassandra fica muito triste quando eu não estou perto dela.
29:10Saia daqui, seu inútil!
29:11Isso!
29:14Este clone de cascaputa melhor do que a encomenda, hein?
29:17A senhora tem a bondade, a senhora sente-se.
29:20Eu vou lhe mostrar aqui um...
29:24Eu vou lhe mostrar uns desenhos.
29:26Ah, claro!
29:27Coisa...
29:28Coisa primária, coisa simples.
29:30E eu gostaria que a senhora fizesse a sua avaliação, sua apreciação e me dissesse o que é que a senhora...
29:37Este primeiro aqui.
29:38O que é que a senhora está vendo aqui?
29:41Um borrão.
29:43Vocês realmente precisam contratar um desenhista melhor, não é?
29:46Sim, sim.
29:47É, de fato, é um borrão.
29:49Mas não é isso que eu quero...
29:50Eu quero saber...
29:51O que é que a senhora acha deste borrão?
29:53A senhora está vendo alguma coisa?
29:54O que é que a senhora acha que é isso?
29:55Isso.
30:01É um canguru perneta.
30:10O que é que a senhora acha?
30:15Hermeta.
30:17Olha aí, pelo amor do céu, nossa sabóia.
30:23E este outro aqui, o que é isto aqui?
30:26O que é isso?
30:30Olha o ganso dando tapa na macaca, esse sabóia tem vergonha.
30:35Deixa eu dizer aqui também.
30:36Eu acho que o senhor já comprovou que ela está totalmente lúcida, não é?
30:40Lúcida?
30:41O senhor me desculpe, mas essa mulher aqui está completamente maluca.
30:46Olha aqui, esse doutor sabóiola aí, que está, é um atentado contra a moral e os bons cardumes, viu?
30:53Deixa eu me dar a diferença, eu vou levar essas coisinhas comigo, tá?
30:58Vai fazer, fala, tá bom?
30:59Faz aqui.
31:00Tá com a dita.
31:04Doutor sabóiola, eu vou lhe explicar, minha sogra teve uns probleminhas, está muito estressada.
31:09Mas eu lhe garanto que era uma mulher normal, aliás, nessa família somos todos normalíssimos.
31:14Caco!
31:16Conseguiu dinheiro para o resgate da Cassandra!
31:20Que resgate?
31:22É o advogado.
31:25Ah, sim, é doutoranta.
31:27Que doutoranta?
31:29Doutor sabóiola.
31:30Sabóiola.
31:30Eu sou Wanderlei Matias, eu sou irmão da Cassandra.
31:35Ah, não precisava nem o senhor dizer.
31:38Dá para compreender que o senhor só pode ser irmão dela.
31:41Mas agora me diga uma coisa, por que esse dinheiro, o negócio de resgate, o que é isso aí?
31:45Ah, então, por causa do dinheiro, não, é que eu estava exatamente pensando e vejo só, doutor sabóiola, eu pensei o seguinte, imagine só se minha irmã Cassandra um dia for sequestrada.
31:59Como eu vou pagar o resgate?
32:02Então, o que eu fiz?
32:03Eu guardo um pouquinho toda semana, um pouquinho toda semana, para juntar uma poupança para o dia que ela for sequestrada, eu pago o resgate.
32:12Será que deu para...
32:13Nem Magda engolir a essa, né?
32:15Me dá esse placar, que isso aqui não paga nenhuma diária de cativeiro.
32:17Vai arrumar mais, anda.
32:18Ele é irmão dela.
32:24É irmão, é irmão.
32:25É doido como ela também aqui?
32:28Não faz, não faz, não diz uma coisa dessa que o senhor é uma boa.
32:30Mas o homem é completamente louco.
32:31Não, é doido, ele somente é prevenido.
32:34Agora, em relação à questão dos bens, eu quero que o senhor entenda o seguinte.
32:37Nedinha, isso é que eu quero saber.
32:39Não me deixe assar, não.
32:40Não me deixe assar, não.
32:41O que você quer pegar eu?
32:42Ô, seu caco, o Ribamar disse que matou a dona Cassandra e viu o fantasma bem.
32:45Ai, meu Deus do céu.
32:48Eu tô ficando maluco, pô.
32:54Matou o quê?
32:55Quem morreu aqui?
32:56Eu nem sim, eu não tô maluco não, tá legal?
32:59Não, não é quem morreu, imagina.
33:00Quem mandou você lavar a camisa de força dele, vai.
33:02É doido, leva o doido pro cercadinho.
33:04Não tem nada de...
33:05Ah, não.
33:06Viu?
33:06Eu vi ela lá dentro, o fantasma dela assim.
33:08E a velha, a velha parece que quando a gente deu o calmante pra ela, ela não agitou a cabeça dela não.
33:13Peraí, eu não tô entendendo.
33:13Ela voltou, foi mais doida ainda, parecia pinto no lixo.
33:16É.
33:16Não, pelo amor de Deus.
33:18Eu estou ficando alucinado.
33:20Eu preciso uma explicação.
33:22E eu também.
33:24Cala a boca.
33:25Bob só pede explicação quando não sabe que ônibus pegar.
33:28Grosso.
33:29Vai aí.
33:30Grosso.
33:31Grosso.
33:31Ah, toma rumo, toma rumo.
33:32Vai daqui, toma para fora, os dois.
33:34Grosso a nível de quê?
33:36Grosso como assim?
33:37Grosso?
33:38Me explica aqui, Neide, vem cá.
33:39Os dois são completamente loucos, entendeu?
33:41É uma gente que a gente ajuda, são dementes.
33:44Isso aqui é um manicômio, isso aqui é uma loucura, eu não tô entendendo mais nada.
33:47Doutor Saboia.
33:49Vamos para o quarto.
33:51Que?
33:54Olha aí.
33:56Doutor Saboia.
33:57Meu Deus do céu.
33:58Não é nada disso.
33:59Peraí.
34:00Peraí.
34:01Não vai não, doutor Saboia.
34:03Não vai não.
34:04Peraí.
34:05Doutor Saboia.
34:05Peraí, peraí, me respeite.
34:07Doutor Saboia, o senhor quer fazer o quê comigo no quarto, meu senhor?
34:10É para que nós possamos conversar sem sermos interrompidos.
34:13Por gentileza, doutor Saboia, venha.
34:15Acompanhe.
34:16Não, vai na frente.
34:18Por aqui, venha, doutor Saboia, venha.
34:20Vem.
34:20Vai, dançou, Saboia.
34:22Dançou o quê?
34:23Dançou o quê, cachorro?
34:25Vai.
34:26Dançou o quê, cachorro?
34:27Vai ver.
34:28Vai ver a giripoca piar marrolourão aí, ó.
34:30Viu?
34:31É agora que eu pego aquela assombração do outro mundo.
34:35É agora que eu vou criar um ambiente aqui, onde eu possa pegar aquela Joe, de outro mundo.
34:41Que mulher, hein?
34:46Neide.
34:48Vá, vá.
34:50Por que a sala está tão escura?
34:53É para te apalpar.
34:57Eu não sou cachorro, não.
35:00Para viver tão humilhado.
35:04Eu não sou...
35:08Por que essa música tão brega?
35:14É para te embalar.
35:17Sim.
35:17Ribabá, por que você está me olhando desse jeito?
35:23É que eu sou o lobo mau e vou te comer todinha.
35:28Que isso, Ribabá?
35:29Que isso, Ribabá?
35:30Põe-se no seu lugar.
35:32Em que lugar você quer?
35:33Cavalinho upa-upa?
35:36Papai, mamãe ou quer só uma meia gambiarra?
35:38Não toque em mim, não toque em mim, que se eu te dou um tapa.
35:42Bate, mulher dominadora, bate.
35:44Me espeta com esse cabelo duro que te penteia, dona Magda.
35:48Magda?
35:49Você ficou maluco, Ribabá?
35:51Meu nome é Cassandra.
35:53Mas, finalmente, eu quero saber que alguém me explique.
35:56O homem quase...
35:58Eu quero saber o que está acontecendo aqui.
36:01É que eu fui com o meu chapéuzinho vermelho e quase que eu fui mordido pela vovózinha.
36:18Quer dizer, então, que a senhora se chama Cassandra?
36:22Não.
36:24É engraçado.
36:25Eu vi um retrato da senhora no jornal.
36:28Está assinado Clarice.
36:31Mas a senhora é a Cassandra.
36:32Cassandra.
36:33Dona Cassandra.
36:33Sim.
36:34Olha, eu vou pedir desculpa, senhora, se meus óculos não estão me traindo.
36:40A senhora está bastante diferente do último encontro que nós tivemos aqui conversando aqui.
36:46Eu e a senhora aqui.
36:47Eu nunca conversei com o senhor em toda a minha vida.
36:52É ela mesmo.
36:55Além de maluca, ainda tem uns distúrbios de amnésia.
37:02Maluca.
37:05Maluca.
37:05Quem é o senhor para me ofender dessa maneira?
37:08Eu sou o doutor Saboia.
37:09Que estou aqui sem entender nada dentro desta casa.
37:13Eu vim trazer uma procuração, passar uma procuração para a senhora.
37:15Porque o irmão do brigadeiro ficou completamente enlouquecido.
37:20Está doente, está enlouquecido.
37:21E eu trouxe uma procuração para a senhora dirigir os bens do seu cunhado que está amalucado.
37:27A senhora não entende isso?
37:28Entendi, entendi.
37:29Muito bem, doutor Saboia.
37:30Muito bem.
37:31Eu também não sei o que está acontecendo aqui nessa casa.
37:33Eu só sei que o meu nome é Cassandra.
37:37E eu fiquei incumbida de cuidar dos bens do irmão do brigadeiro.
37:42Portanto, se o senhor não me passar logo, logo essa procuração, eu vou processá-lo por calúnia e difamação.
37:50Olha que ela aí, ó.
37:51É que está ela aí, ó.
37:52É que está viva, olha.
37:54Cassandra.
37:54É que ela vem com a ió.
37:55O que significa isso?
37:56Você diz, está morta.
37:58Ai, meu Deus.
38:03Olha a minha própria querida.
38:04Ai, começou tudo de novo.
38:05Morta?
38:06Mas como morta, meu amigo?
38:08Morta de cansaço.
38:09Porque é uma mulher que se dedica ao trabalho.
38:11É uma mulher, só sabe lá o que é fazer um cabelo desse.
38:14São pelo menos quatro horas com quatro bichas em volta.
38:19Puxando.
38:20A cabeça dela.
38:23Isso aqui é um espetáculo, minha sogrinha querida.
38:27Isso aqui está me cheirando muito mal.
38:30Eu também estou sentindo.
38:31Passou um cheiro ruim mesmo aqui.
38:34Uma coisa ruim.
38:36Fui eu.
38:36Desculpa.
38:41É porque quando eu fico nervoso, eu perco o controle do meu suspiro.
38:44É.
38:45Olha aqui.
38:46Se o senhor examinar Cassandra agora, o senhor vai perceber que esta é uma mulher de caráter
38:51e de sanidade inabaláveis.
38:53Nada abala essa mulher.
38:54Nenhuma dose maciça de tranquilizante.
38:56Não.
38:56Até que fio o senhor disse alguma coisa sensata.
38:59Que de fato depois...
39:00É isso, senhor.
39:01Eu pensei que o senhor ia voar daqui de dentro.
39:09Depois desse contato novo que eu estou tendo com a dona Cassandra, dá para se perceber
39:15que de fato ela é uma senhora sã.
39:18Ótimo.
39:19Está resolvido.
39:19Então merece um brinde.
39:21Vende!
39:22Eu primeiro tenho que ter.
39:24Tenho que continuar com o meu teste.
39:26Eu preciso ter certeza se essa senhora é louca ou não.
39:30Não é.
39:30Não é louca.
39:31O senhor, o senhor, o senhor, o senhor for testar ela, meu senhor, o senhor vai sair
39:33daqui correndo com medo dessa mulher.
39:35É isso sim.
39:36Ribamar, mais uma palavra que você disser ao meu respeito, você vai para a rua e pela
39:41janela, tá?
39:41Estou nem aí, estou nem aí, estou nem aí.
39:43Eu sei.
39:44Que é assim, seu mate, 12 anos já está aqui, tá?
39:48Deixa que eu sirvo.
39:49Quem conhece essas coisas sou eu.
39:51É.
39:52Esse aqui vai ser um para o Ribamar, esse para o Santos.
39:55Santos, não é santo?
39:57É, minha filha, meu nome é Ribamar Silva dos Santos.
39:59Tá, me dá isso aqui, me dá isso para cá.
40:01Doutor Saboia vai tomar o primeiro coisa.
40:03Ah, meu pé está meio machucado.
40:06Que é isso, senhor?
40:07Que é isso, senhor?
40:10Que é isso, senhor?
40:11Eu me enlouquecendo, me limpe, jogue bastante água, assim, para lavar ele direito.
40:16Que loucura, o senhor molhou todo o meu terno.
40:18E não é nem meu esse terno, guarda-roupa que me emprestou aí.
40:23O senhor é um louco.
40:24Aqui são todos loucos, senhor.
40:25Mas como é que ele joga água em cima de mim?
40:28Oi, eu, eu, eu, eu.
40:29Como você queria, né?
40:30Ele me enlouqueceu todinho.
40:31Tudo bem, tudo bem, Cacotibes.
40:34Depois desse jeito sutil de se livrar do advogado, pode, por favor, me fazer a grande gentileza
40:42de me contar o que que está preparando agora?
40:45Como você é desconfiada, né?
40:48Estou querendo só tomar um drink com minha sogra querida.
40:51Um drink casual, tá?
40:52Um rapaz.
40:55Ribamar, civa a nossa bebida, por favor.
40:57Eu não sei nada com essa bruxa, não.
41:02Ribamar, ela precisa de uma bebidinha para ela ficar calma.
41:05Não, não e não.
41:07Ribamar, ela está muito nervosa, tem que ser tranquilizada, compreendeu?
41:12Zanglizada.
41:13Tá com um monte de bebida.
41:18Muito bem, Cacotibes, muito bem.
41:22Eu estou vendo que você está querendo enrolar o advogado para cuidar da herança do irmão
41:32do brigadeiro, mas eu não vou deixar.
41:34Não é nada disso.
41:34Eu estou querendo somente um brinde, por favor.
41:36Tchim, tchim.
41:37Esse é para o senhor e este é para a senhora.
41:39Vocês pensam que eu sou idiota, é?
41:44Pensam que eu não sei que aqui nesse copo tem calmante.
41:48Olha.
41:49Deixa de...
41:50Quem sabe o calmante aqui?
41:53Ela não está batendo bem na cabeça.
41:54Vamos lá, vamos fazer o nosso brinde.
41:56A nossa.
41:56Vamos fazer o nosso brinde.
41:58Por favor.
42:01Brindemos.
42:01Vamos cá, Cacotibes.
42:06Não vai brindar?
42:07Acabei de lembrar que o médico me proibiu tomar bebida alcoólica.
42:11Isso é chamate.
42:12Toma!
42:12E fiquem sabendo, vocês dois, que eu não sou nenhuma idiota e que não percebo os truques
42:23de vocês, viu?
42:24Vocês não pensam que com isso aqui...
42:27Eu vou ficar tonta, não.
42:32Vigime, Nossa Senhora.
42:35O negócio deu certo.
42:37A mulher morreu.
42:39Eita, seu cara.
42:40Rápido.
42:41Vamos levá-la pro quartinho dos fundos.
42:42Pega nas pernas.
42:43Não!
42:44Não!
42:44Eu vou sozinha.
42:46Não quero mais ir pro jorna.
43:00Dona Cassandra.
43:01Cassandra teve uma desentiria muito forte, uma descarga e foi pro banheiro e de lá foi
43:07repousar um pouco.
43:08O senhor me dá a procuração que eu levo pra ela assinar.
43:10Não, senhor.
43:11Não, senhor.
43:12Eu não vou dar a procuração pra ninguém se antes me certificar se ela está louca
43:17ou não.
43:18O senhor já não percebeu que é uma mulher lúcida, completamente controlada?
43:22O que é que este mamoníaco sexual está fazendo aqui dentro da nossa casa ainda?
43:27Eu gostaria que ele tirasse os pés daqui.
43:29Aliás, os pés só não.
43:30Ele todo.
43:31Tava demorando, né?
43:33Olha aí.
43:34O doutor Sabóia que veio pra você assinar a procuração que deixará a sua filha magra...
43:41Ah, eu não preciso de procuração.
43:43Ah, quando eu estou querendo encontrar alguma coisa, eu mesmo procuro.
43:47Não preciso de ninguém fazendo procuração, não.
43:49Muito obrigada.
43:51Ih, voltou tudo outra vez, meu filho.
43:54Voltou tudo outra vez na cabecinha dela.
43:56Ela tá tontinha, tá maluco outra vez, senhor.
43:58Cassandra, meu bem, lembra aquela procuração que vai deixar a sua filha Magda muito rica?
44:05Ah, sim, a procuração.
44:07Não, não pretendo deixar nada, nada, nada pra Magda.
44:10Magda, ó, maluca.
44:12Mas a Magda tá grávida.
44:15Lembre que está grávida.
44:16Pense no seu neto.
44:18É, isso mesmo.
44:20Não vou deixar nada pra Magda.
44:23Pretendo deixar tudo pra minha neta aqui, que eu carrego na minha barriga.
44:28Ai, ai, meu Deus.
44:32Meu Deus, onde é que eu estou?
44:33A sua neta está dentro da sua barriga.
44:37Mas é claro, você pensa que eu sou um canguru pra carregar uma neta na bolsa?
44:42Senhor, me ajuda, senhor.
44:45Caralho, peraí, seu desarmado.
44:47O que é isso?
44:49Peguei este sem vergonha, escondendo a Cassandra desmaiada debaixo da cama do meu quarto
44:56e eu achando que Cassandra, minha irmã, havia sido sequestrada.
45:02Como sequestrada se ela está aqui, meu Deus do céu?
45:04O senhor não está vendo ela aqui?
45:05Eu é que estou louco.
45:06É.
45:07Esse bicho não dá bom na cabeça.
45:10Essa não é Cassandra, essa é Magda, minha sobrinha, meu senhor.
45:13Mandela, tia, você está cansado de saber que eu sou minha mami.
45:23Ai, eu estou com uma tontura.
45:27Estou completamente tonto.
45:29Doutor, o senhor que é doutor, poderia me dizer, por favor, o que é que eu estou fazendo ali?
45:39Peraí.
45:40Peraí.
45:42Peraí, pelo amor de Deus.
45:44Me dá um trago.
45:46Eu quero tomar uma cana agora.
45:48Me dê uma bebida aí.
45:49Sim, senhor.
45:49Me dê uma bebida aí.
45:50Sim, senhor.
45:50Tá, que essa aqui pode matar, que é poderosa.
45:53Me dê meu oco.
45:56Porrada.
45:57Eu posso explicar, viu, doutor?
46:08Nada.
46:10O senhor não vai explicar nada, porque eu já entendi tudo.
46:14Todos vocês aqui somos loucos.
46:17Eu também, eu também, tia.
46:18Todos aqui são loucos.
46:21Olha, eu vou dizer uma coisa para vocês.
46:23Eu não sei como é que vocês conseguiram fazer sucesso esse tempo todo aí.
46:27E tem mais.
46:40Tá brincante.
46:44A procuração, a procuração que está aqui, que eu tinha que passar para a dona Cassandra e para a família,
46:51Eu não vou passar para ninguém sem porquê.
46:53Porque essa família é uma família louca.
46:56E ninguém aqui será capaz de ser responsável por essa fortuna que o seu tio louco está deixando para vocês.
47:05Portanto, passem bem.
47:07Passem bem.
47:08Passem bem.
47:08Passem bem.
47:10Passem bem.
47:15Passem bem.
47:17Vocês são pobres.
47:19Engraçado, né?
47:31E aí, não foi para mim isso aí que eu, né?
47:34Sou porteiro e tal.
47:35Então, é.
47:37E ele bebeu o remédio e não caiu, né?
47:39Acabou de cair.
47:45Glace foi a minha fortuna.
47:48Escada abaixo.
47:49Eu não posso acreditar que todo aquele dinheirão me escorreu por entre os dedos.
48:10Vá, vá, você tem que punir o Ribabá por ele ter me dopado.
48:14Ah, Cassandra, o Ribabá também não tem culpa.
48:17Ele agiu daquela maneira também porque ele pensou que você tinha matado o cachorrinho dele para fazer o casaco de pele.
48:26Por falar nisso, cadê que é o meu casaco de pele?
48:29Cassandra, Ribabá pegou o seu casaco de pele.
48:32Disse que ia enterrar o que restou do pobre chulapa.
48:35Meu casaco?
48:37Aquele gabiru do Agreste me paga!
48:47Graças a Deus você tirou a roupa da tua mãe, meu bem.
48:50Eu não estava aguentando mais você fantasiá-la de cascacu.
48:53É que eu andei pensando.
48:55Andou e pensou ao mesmo tempo?
48:57Como é que você não pensou aqui, ó?
48:58Dede, dá licença.
49:00Deixa ela falar.
49:01Minha querida Magda, você voltou ao normal.
49:04Diz pra mim.
49:04Foi.
49:05E quando eu fiquei frente a frente com a mami, eu percebi que eu não era mami.
49:10Porque afinal, né, tio?
49:12Mami só tem uma, né?
49:14Que esta tirada deve entrar no livro Guinness das maiores imbecilidades que você jamais proferiu.
49:22Mas eu só tenho uma coisa a dizer olhando pra você.
49:24Poxa que coxa.
49:27Meu bem, vamos pro quarto que o canguru tá afim de pular pra fora da jaula.
49:32Eu fui mordida, babá.
49:36Me morderam, babá.
49:38Eu fui mordida por um cão raizoso.
49:41Oi, babá.
49:43Botaram o cachorro.
49:44Eu tenho que levar o cachorro pra vacinar.
49:46Ai, isso não é brincadeira.
49:49Isso é sério.
49:49Mas como foi que isso aconteceu, Cassandra?
49:52O Ribamar encontrou o cachorro de estimação dele e o maldito me avançou.
49:57Eu só sobrevivi porque eu tinha levado o meu laque e descarreguei tudo em cima do cachorro.
50:07O que foi que fizeram com o meu chulapa?
50:15O bichinho tá mais duro do que a cara do senhor, sabia?
50:19Graças a Deus.
50:20Sete, chulapa.
50:22Sete.
50:23Ué, Ribinha, ele só sabe fingir de morto?
50:25Não, foi o laque dessa coba véia aí, foi.
50:30Deixou o bichinho duro.
50:31O bichinho tá tão duro que nem regar mais o poste ele pode.
50:35Cassandra, eu nunca imaginei que o seu laque fosse tão poderoso.
50:40Deixa eu ver isso aqui.
50:42Faz aí.
50:44Ribamar.
50:46Ribamar.
50:47Pega aquela tua banquinha.
50:48Vamos ficar bilionários, Neide.
50:50Recolhe o estoque de laque da surucucu maligna.
50:53Vamos já lá pro Arochi vender?
50:56Isto aqui é um Viagra em spray.
50:58E aí
50:58Cê está no tempo?
51:02Arochi doce, né?
51:03Arochi da dois a ver.
51:15Faz aí, alebo?
51:16Vamos lá, vamos lá.
51:46Modério, vocabulário, porteirinho, indecente.
51:54Tá vendo, né?
51:55Tá vendo, né?
51:57Eu não sou indecente.
51:58Eu sou uma pessoa normal.
52:00É, eu tá rindo lá dentro, porque você falou...
52:03Falei porteirinho.
52:06Foi, indecente, você falou, indecente.
52:08Então...
52:09Eu vou ter...
52:15Afrontado comigo.
52:19Vamos botar a área.
52:22Morde meu dedo no pé, gente.
52:28Morde meu dedo no pé.
52:30Deixa eu põe pra você.
52:37Eu põe pra você.
52:37Põe aqui.
52:39Ai, gente.
52:41Você ainda está aí, sua ingrata?
52:44Não.
52:46Eu...
52:46Isso é do primeiro bloco.
52:51Ele deu a fala da primeira entrada dele.
52:54Que isso?
53:01Ele deu a primeira fala do primeiro bloco.
53:05Isso é que eu chamo de flashback.
53:06Morde!
53:08Traga o WESC.
53:10Oi, o WESC?
53:11Mas o que que você viu?
53:12Uá, WESC.
53:14Uá, WESC.
53:15Uá, WESC.
53:16Pega uma câimbra na boca, não sabe por que foi, né?
53:21Venham, câmeras, por favor.
53:23Vou mostrar a origem dele.
53:26Aqui, meus senhores, vejam bem.
53:28A origem do cavaleiro.
53:30A família...
53:32Da onde veio a família?
53:34Salabela.
53:35Veja.
53:37Um pônezinho.
53:39Uma família de pôneis.
53:41Olha aqui, senhores, todos muito pequenininhos.
53:45Ai, que falar bela com dois L's.
53:46Continue olhando que você vai encontrar o que é grande, vá.
53:49Continue.
53:51Pobre!
53:52Continue.
53:52Pobre!
53:53Eu nunca vi um pônei nervoso, minha filha.
53:55Parece pequenininho, mas tu vai mexendo que o bicho cresce.
54:00Tá?
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