- anteontem
Durante a sessão da Primeira Turma do STF sobre a denúncia da PGR contra o chamado “núcleo 2” da trama golpista, Alexandre de Moraes rebateu a alegação feita por advogados de que as provas juntadas ao processo não foram disponibilizadas.
O ministro do Supremo classificou como “esdrúxulas” essas afirmações.
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O ministro do Supremo classificou como “esdrúxulas” essas afirmações.
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NotíciasTranscrição
00:00Também durante a sessão que analisou o chamado Núcleo 2 da trama golpista, Alexandre de Moraes rebateu a alegação feita por advogados de que as provas juntadas ao processo não foram disponibilizadas.
00:12O ministro do STF classificou como esdrúxulas essas afirmações. Vamos ver o que ele alegou e a gente vai analisar um pouco aqui.
00:19E isso foi relembrado agora por alguns advogados da tribuna, que não tiveram acesso a provas não juntadas no processo.
00:31Ou seja, as provas juntadas no processo, todas elas foram utilizadas da mesma forma pela Procuradoria Geral e pelas defesas.
00:41Há uma alegação por escrito, e foi feita na tribuna, é que haveria uma violação na cadeia de custódia e nulidade na obtenção de documentos,
00:51porque não foram das fontes originais, mas sim diversões fornecidas pela Secretaria do Supremo Tribunal Federal.
00:58Olha, salvo se a defesa comprovar que a Secretaria do Supremo Tribunal Federal fraudou provas, é uma alegação esdrúxula.
01:06É porque a Secretaria facilitou o trabalho dos advogados, assim como eu solicitei que fizesse a todos os ministros do Supremo, fazendo o HD para facilitar.
01:20Então, é um absurdo, é uma alegação sem nenhum fundamento.
01:25Então, também, essa é uma alegação que surgiu só nesse caso, também afasto, é porque as versões teriam sido fornecidas pela Secretaria em HDs e pendrives.
01:35Olha, são versões a partir das mesmas obtidas, fornecidas pela PF, e que estamos todos nós com elas.
01:46E não há nenhuma alegação de que seja a PF, seja a Secretaria, tenham fraudado qualquer uma dessas provas.
01:54E, la garantia sojou, é ele que garante, o Moraes, que nada de errado aconteceu.
02:01Eu acho muito engraçado a indignação do Moraes diante da alegação de que pode ter havido algum tipo de manipulação,
02:12algum tipo de erro entre a prova original e o fornecimento de um pendrive, de um HD para os advogados,
02:24pela Secretaria de Comunicação do Supremo Tribunal Federal.
02:27Ele faz aquela cara, o Lutecher estava rindo aí, é a nossa, a Secretaria aqui de Comunicação,
02:33como assim vocês acham que a Secretaria manipulou, que a Secretaria fraudou?
02:37Olha, é meio desagradável, né?
02:40Mas, as coisas em termos processuais, elas precisam ser verificáveis, certo?
02:48Então, assim, vamos falar simplesmente por uma questão do terreno das possibilidades lógicas,
02:55sem qualquer tipo de acusação específica.
02:58Se uma defesa tem acesso direto às mídias originais, ela pode verificar o que está nas mídias originais.
03:07Se as mídias originais foram passadas pela defesa por uma Secretaria de Comunicação que as compilou no HD, no pendrive,
03:17por uma simples possibilidade lógica, pode ter faltado alguma mídia,
03:22alguma mídia pode ter sido violada de alguma maneira, distorcida,
03:28alguma informação pode ter se perdido pelo caminho.
03:31Simplesmente eu estou falando aqui em possibilidade lógica,
03:34não estou fazendo acusação contra a Secretaria de Comunicação que teria agido de má fé, não é nada disso.
03:39Então, por possibilidade lógica, é claro que isso existe.
03:45E é claro que cabe à defesa fazer a contestação.
03:49Então, os advogados estão dizendo, nós não tivemos acesso às mídias originais.
03:54Mas nós tivemos acesso ao HD, ao pendrive que foi oferecido pela Secretaria de Comunicação.
04:00E aí o Moraes fala assim, a menos que tenha uma prova de fraude,
04:04ora, como é que uma defesa pode ter uma prova de fraude da Secretaria de Comunicação
04:11se ela não pode fazer a comparação entre o HD e o pendrive,
04:16ou seja, o material fornecido pela Secretaria de Comunicação e as mídias originais?
04:20Ela não tem como fazer isso.
04:23Está entendendo, Duda?
04:25Então, o que o Moraes está dizendo é que vocês têm que acreditar na gente,
04:28porque a gente é o Supremo Tribunal Federal e imagina se a gente erraria em alguma coisa.
04:35É o relator que não verificou, por exemplo, o pedido de relaxamento de prisão do Clériston,
04:40o Clézão, que está falando isso.
04:43Tem vários outros problemas.
04:45É o relator que deixou preso durante 11 meses,
04:47depois mais dois meses com tornozeleira eletrônica,
04:50um morador de rua.
04:51Não tinha nada a ver com os atos do 8 e do 1.
04:54Simplesmente estava lá naquele local e foi, por curiosidade, ver o que estava acontecendo.
04:59Então, o Supremo Tribunal Federal erra muitas vezes.
05:02Às vezes, vamos dizer assim,
05:05faz aquilo que quer, consegue aquilo que quer,
05:10mas não quer dizer também que aquilo está certo.
05:12Então, é natural que as defesas apresentem contestação e é natural que haja uma desconfiança na sociedade.
05:21E a questão que eu coloco é a seguinte,
05:24se fosse o Ministério Público, seria assim a visão dos ministros do Supremo Tribunal Federal?
05:30Se vamos dizer assim, a defesa do Lula, a defesa do Michel Temer, a defesa do José Dirceu,
05:37ficasse apontando que, olha, não tivemos acesso às mídias originais,
05:41nós só recebemos pendrive da equipe do Deltan Dallagnol?
05:45Os ministros do STF, eles falariam assim,
05:49mas como vocês estão desconfiando da Secretaria de Comunicação do Ministério Público?
05:54Vocês acham que teria essa indignação?
05:57Então, olha, vamos botar a bola no chão, analisar aqui os fatos.
06:03De fato, há uma legitimidade na contestação feita pela defesa.
06:08Esse assunto estava meio embaçado.
06:10Agora, com essa alegação do Moraes, ele ficou bastante claro para mim, Doutor Teixeira.
06:14E ele diz ali, olha, foi a Secretaria do STF, né?
06:18Ela garantia, sojou, como você diz.
06:21Qual foi o critério usado nessa seleção das provas, né?
06:26Foi um critério imparcial ou foi um critério de acusação?
06:31Porque o que a gente vê é que o STF e o Alexandre de Moraes
06:34já estavam funcionando como um órgão acusatório, né?
06:38E aí é preciso ter acesso a todas as evidências,
06:42não só aquelas que foram selecionadas,
06:46é para a defesa mostrar, olha, tem essa mensagem aqui,
06:50mas aquela outra diz que o cara não fez o que vocês estão falando, né?
06:53É óbvio isso, mas ele está limitando o acesso às informações da defesa
07:00porque ele está parcial nessa história.
07:03Olha, eles se preocupam com cadeia de custódia ou não,
07:07conforme a conveniência.
07:09Na Lava Jato, o Lewandowski, o Toffoli, eles anularam as provas
07:13do sistema Drauzio da Odebrecht sobre a alegação tirada
07:17de um conteúdo não autenticado de mensagem roubada por hackers
07:23de que houve um carregamento de arquivos em sacola de supermercado,
07:28sendo que eram arquivos de um sistema que poderia ser fornecido,
07:32inclusive, por autoridades da Suíça.
07:34E aí usaram para anular tudo.
07:37Então, só para continuar aqui, porque eu fui fazer uma comparação
07:41entre o atual julgamento dos núcleos da trama golpista
07:45e o caso da Lava Jato,
07:47e a gente já estava com o tempo estourado e acabou cortando.
07:51É o seguinte, a cadeia de custódia é avaliada
07:55pelo Supremo Tribunal Federal conforme a conveniência.
07:59Isso diz respeito às provas serem mantidas, coletadas, disponibilizadas
08:09para a defesa da maneira correta, adequada, etc.
08:14Então, para a utilização do julgamento, é claro.
08:18Então, o que aconteceu dessa vez?
08:21Dessa vez, o Alexandre de Moraes estava falando que foi disponibilizado
08:25para a Procuradoria-Geral da República, assim como para as defesas,
08:29os HDs e os pendrives,
08:32pela Secretaria de Comunicação do STF.
08:36Essa é que teria tido acesso às provas originais,
08:39que são as mídias de fonte primária.
08:43Então, não foi a fonte primária que foi disponibilizada para a defesa.
08:47E aí a defesa está contestando e o Moraes está se dizendo indignado.
08:51Mas vocês têm alguma prova de fraude?
08:53Eu estou questionando como é que vai ter prova de fraude
08:55se não pôde comparar o material fornecido pela Secretaria do STF
08:59com as mídias originais.
09:02E, eventualmente, o problema poderia não ter sido uma fraude,
09:06poderia ter sido uma perda, um erro, qualquer coisa nesse sentido.
09:11Mas, para o Moraes, essa hipótese nem existe.
09:13Eu estou dizendo que, se fosse o Ministério Público,
09:15certamente a reação não seria essa.
09:17E, na Lava Jato, o que aconteceu?
09:20Lewandowski, quando era ministro do STF,
09:22eles anularam as provas do sistema Drauzio da Udebrecht,
09:27porque, numa das mensagens roubadas por hackers,
09:32cujo conteúdo jamais foi autenticado,
09:35inclusive porque aquelas mensagens ficaram na mão da organização criminosa
09:39durante muito tempo,
09:40se viu ali que um procurador estava dizendo
09:46que houve um carregamento de arquivos do sistema Drauzio da Udebrecht
09:51com sacolas de supermercado.
09:53Ah, então não houve o carregamento adequado de provas.
09:57Então, vamos anular tudo.
09:59sendo que eram alguns arquivos de milhares de arquivos
10:04e eles aproveitaram para anular todas as provas de um sistema
10:08que tinha ali as planilhas virtuais
10:10com os nomes, os codinomes dos agentes públicos, políticos,
10:16os valores que eles recebiam de propina, etc.
10:20Então, tudo foi varrido para debaixo do tapete
10:23porque alguns arquivos teriam sido carregados em sacolas de supermercado
10:27pelas autoridades competentes, pelos agentes públicos.
10:30E a gente vai ver em seguida o Flávio Dino defendendo
10:32os agentes públicos envolvidos no fornecimento
10:35porque são as autoridades competentes.
10:37Ora, era o que se falava na época da Lava Jato.
10:40E, no caso das próprias mensagens roubadas,
10:44não quiseram saber de cadeia de custódia.
10:47Ora, as mensagens poderiam ter sido manipuladas
10:50pela quadrilha de hackers, já que ficaram na mão deles
10:53durante meses, etc.
10:54Poderiam, em tese.
10:57Não quiseram saber disso na hora de usá-las
10:59como, pelo menos, reforços argumentativos,
11:02como argumentou o Lewandowski.
11:05Então, assim, eles assumem essa posição de contestação
11:10ou de defesa conforme a conveniência do momento.
11:15É isso que a gente tem visto acontecer nos últimos tempos.
11:19Então, vou mostrar aí o ministro Flávio Dino
11:21saindo em defesa dos agentes públicos envolvidos
11:24nessa cadeia de custódia,
11:26nessa obtenção e fornecimento das mídias de fonte primária.
11:32Vamos acompanhar.
11:33Se nós formos no artigo 158-A e seguintes do Código de Processo Penal,
11:38nós vamos encontrar que o garante da veracidade da prova
11:43é o agente público.
11:45Então, não se pode pôr em dúvida
11:47que os agentes públicos
11:49que auxiliam
11:52a função jurisdicional do Estado
11:55tenham, de algum modo,
11:57infirmado isto que está no Código.
12:00Porque, se não fossem os agentes públicos,
12:03quem garantiria a veracidade da cadeia de custódia?
12:08Obviamente, não teria ninguém.
12:11Então, obviamente,
12:12quando nós lemos lá no 158-A,
12:16parágrafo segundo,
12:17o agente público que reconhecer um elemento,
12:20artigo 158-C,
12:24a coleta dos vestígios
12:26deverá ser realizada preferencialmente
12:28por perito oficial.
12:30Então, de fato, é claro que é o Estado,
12:32e neste caso,
12:33na sua dimensão mais imparcial,
12:35o Estado-juiz que garante,
12:37portanto, a idoneidade absoluta
12:39dessa cadeia de custódia,
12:40sem prejuízo, obviamente,
12:43dos requerimentos que serão feitos
12:45no momento próprio,
12:46ou seja, da resposta
12:47caso recebida a denúncia.
12:50É uma mistureba que o Flávio Dino faz
12:53para enrolar,
12:54porque você tem o agente público
12:56que coletou aquela prova.
12:58O que a defesa está pedindo
12:59é o acesso direto à prova
13:01que foi coletada pelo agente público,
13:03e não um acesso via compilação em HD e pendrive
13:07de uma outra secretaria.
13:09Eles querem o acesso às mídias originais.
13:12É isso que está em jogo.
13:13O resto é em bromação.
13:14Tudo é, Teixeira?
13:15Entendi muito bem o que o Flávio Dino falou.
13:16Os agentes públicos garantiram
13:20a veracidade da cadeia de custódia
13:24agora, nesse caso aqui.
13:26E a gente lembra que os agentes públicos
13:28não garantiram a veracidade
13:30da cadeia de custódia
13:32lá na Lava Jato.
13:33É isso.
13:34Tem hora que a coisa funciona
13:35e tem hora que a coisa não funciona.
13:37É eles que escolhem
13:38quando é que funciona e não funciona.
13:40Não tem nada de isonomia.
13:42Carmel Lúcia falou, não, isonomia.
13:43Não, não tem.
13:44É o que eles quiserem.
13:45É o que eles quiserem,
13:47na hora que eles quiserem.
13:49E isonomia é um dos princípios
13:51que são usados também
13:53conforme a conveniência.
13:55Tem aquela frase, né,
13:56como é que você quer ver
13:57você muda de lugar e tal,
14:00a pessoa muda de princípios.
14:02O Supremo Tribunal Federal
14:04parece agir assim.
14:06E em seguida,
14:07bom, a gente mostrou aí o Flávio Dino,
14:09a gente tem mais trechos.
14:10Na verdade, o Dino acrescentou ainda
14:12que os ministros sabem
14:13do peso da toga nos ombros.
14:15É, eu pedi mais cedo
14:17para a produção separar
14:18e colocar isso no programa,
14:19porque o Dino falou também
14:20que ninguém vai macular
14:21a sua carreira.
14:23Ele usou a expressão dele ali
14:24em um julgamento.
14:26Vamos assistir a esse trecho
14:27que a gente vai comentar
14:28em seguida também.
14:29Em relação, inclusive,
14:30ao que foi dito da tribuna
14:31por um dos ilustres advogados
14:33que pediu licença
14:35para penetrar na consciência,
14:38engraçar na consciência,
14:40ou no coração dos julgadores,
14:42eu tenho absoluta convicção
14:44que não é outro espírito
14:46de quem aqui está.
14:48Primeiro, por deferência
14:52ao rigor técnico
14:54que preside o julgamento criminal.
14:55Em segundo lugar,
14:56porque sabemos o peso da toga
15:00que temos nos ombros.
15:01E terceiro,
15:02porque ninguém vai macular
15:03as suas décadas de atuação profissional
15:06em um julgamento.
15:09E ninguém fará isto.
15:11De acordo com aquilo que a lei
15:13prevê em cada caso concreto.
15:16Então, está aí o Flávio Dino
15:20dizendo que ninguém vai macular
15:21em um julgamento.
15:23Sim, o Supremo Tribunal Federal
15:24macula a sua imagem,
15:26a sua conduta
15:27em um monte de julgamentos.
15:29Em quase todos.
15:29É difícil ter um julgamento
15:31que a gente fala assim,
15:32olha,
15:33nesses julgamentos,
15:34ministros do STF
15:35se comportaram
15:36de uma maneira exemplar,
15:38os debates foram legítimos,
15:40há argumentos aqui
15:42que são bastante sólidos,
15:44inclusive entre aqueles
15:46que divergiram,
15:47não houve desrespeito
15:48a nenhum princípio,
15:49não houve contradição
15:50de nenhum ministro
15:51em relação àquilo
15:52que já tinha decidido
15:53ou votado anteriormente.
15:55É muito difícil.
15:56A gente vê essa mácula
15:57em diversos julgamentos.
15:59Mas o Dino faz
16:00toda aquela afetação
16:01porque ele é a cabeça política
16:02nas palavras do Lula
16:03que ele quis colocar
16:04no Supremo Tribunal Federal.
16:06Então, está lá para fazer
16:07esse somebody love
16:08do Duda Teixeira.
16:09Nós sabemos o peso
16:10que temos nos ombros.
16:12A população lá acredita.
16:13E os ministros,
16:14ah, não,
16:14nós somos conscientes
16:16do peso,
16:17da toga,
16:18aqui nos ombros
16:18e, obviamente,
16:20claro,
16:20quem poderia suspeitar
16:21outra coisa?
16:22Vamos decidir tecnicamente,
16:24conforme as provas,
16:26seguindo o princípio.
16:28Quer convencer quem
16:29do Duda Teixeira?
16:30Pois é,
16:31ele diz aí,
16:31olha,
16:32os ministros não vão
16:33sujar a própria imagem,
16:34macular a própria imagem
16:35ou do tribunal,
16:37numa audiência.
16:40Não, né?
16:40Isso aí é uma construção,
16:42essa mancha
16:44na imagem do STF
16:46é uma construção
16:47que está vindo
16:48de julgamento
16:49em julgamento
16:50já há vários anos,
16:51né?
16:51É um work in progress,
16:53né?
16:54Sempre tem
16:55uma mancha a mais
16:56para ser acrescentada.
16:57E tem também,
16:58vale a pena fazer
17:00um puxão de orelha
17:01aí nos ministros também,
17:02que fala do,
17:03que sabem o peso
17:04da toga,
17:05mas usam a toga também
17:07como se fosse
17:07capa de super-herói,
17:09né?
17:09meio jogada
17:10assim de lado,
17:11falta respeitar
17:13a toga.
17:14A toga,
17:14ela foi feita
17:16para ser usada
17:17como se fosse
17:17um uniforme,
17:18né?
17:18Mostrando
17:19a questão
17:20da imparcialidade,
17:21né?
17:21Os ministros
17:22seriam iguais,
17:24essa era a ideia,
17:25né?
17:25E tirar esse caráter
17:27personalista
17:29do tribunal,
17:31né?
17:31Como se cada um
17:32fosse,
17:33pensasse
17:33de uma maneira,
17:35sem ter qualquer
17:36relação aí
17:37com os julgados,
17:38com os réus,
17:39né?
17:39E o jeito
17:41que eles usam
17:41a toga
17:42é o inverso
17:44disso, né?
17:44Parece que eles
17:45querem,
17:45usam ali realmente
17:46como se fosse
17:47uma capa de super-herói,
17:48e no fim
17:48acaba aparecendo
17:49mais o Darth Vader.
17:52Comprei um livro
17:52de Duda Teixeira,
17:53STF,
17:54como chegamos até aqui,
17:55por isso que ele sabe
17:55desses pormenores.
17:57Eu adoro fazer
17:58essas análises
17:59de julgamento,
17:59exibindo vídeos
18:00e analisando,
18:01porque a gente
18:02vai vendo
18:03as afetações
18:04ali dos ministros,
18:05os interesses,
18:07as conveniências,
18:08aquela falsa indignação
18:11que serve para um caso,
18:12mas não serve para o outro.
18:13Continue acompanhando
18:14a cobertura
18:14com o Antagonista
18:16e aqui no programa
18:17Papo Antagonista.
18:18Tem mais um vídeo
18:19do Moraes,
18:19antes da gente
18:20fazer a mesma coisa
18:21com o Barroso,
18:22só que em outro caso.
18:23Tem mais um vídeo
18:24do Moraes
18:24no julgamento,
18:26o Vitor me passou
18:27aqui depois que o programa
18:28começou,
18:29o Moraes chamou
18:29de narrativa
18:30a alegação
18:31de que ele queria
18:32ao mesmo tempo,
18:33de que ele seria
18:34ao mesmo tempo
18:35relator,
18:35juiz e vítima.
18:36está dizendo
18:37que isso é coisa
18:37de rede social.
18:38Vamos ver
18:39o que ele argumentou.
18:40Pode soltar.
18:41Presidente,
18:42se me permite
18:42aproveitar
18:43para esclarecer
18:45algo que já foi
18:46muitas vezes
18:47esclarecido,
18:48mas principalmente
18:49as denominadas
18:51milícias digitais
18:52continuam insistindo
18:54que eu sou
18:56o relator,
18:57o juiz
18:58e a vítima.
19:00É importante
19:00deixar muito claro
19:02é que a denúncia
19:03aqui
19:04não se refere
19:05à tentativa
19:06de homicídio.
19:08Obviamente
19:09que se houvesse
19:10uma denúncia
19:11por tentativa
19:12de homicídio
19:13contra um magistrado
19:14do Supremo Tribunal
19:16Federal,
19:17esses fatos
19:18seriam apartados
19:19e seriam distribuídos
19:21para outro
19:21ministro
19:22do Supremo Tribunal
19:24Federal.
19:25Aqui,
19:26não,
19:26aqui é atentado
19:27contra as instituições
19:28democráticas
19:30e o atentado
19:32narrado
19:33pela Procuradoria
19:34Geral da República
19:35a partir
19:36das investigações
19:37da Polícia Federal
19:38se dão
19:40no contexto
19:41de tentar
19:42obstruir
19:44as investigações
19:45já iniciadas
19:46há mais de três anos.
19:48Aqui é sempre
19:49bom repetir,
19:50sempre bom
19:51insistir
19:52que investigado
19:54não escolhe
19:55o juiz.
19:56Não é o investigado
19:57que vai escolher
19:58qual o juiz
19:59que o julgará.
20:01Seria muito fácil
20:03para todos
20:03os investigados
20:04a partir
20:05do momento
20:06que está
20:07sob a presidência
20:09do inquérito
20:09ou sob a presidência
20:11de uma ação penal
20:12um determinado
20:13juiz
20:14ou um determinado
20:15ministro relator
20:16passar a ameaçar
20:17esse relator
20:19desse juiz
20:20para retirá-lo
20:21do processo.
20:23É que se o sujeito
20:24fizer isso
20:25ele incorre
20:26num novo crime
20:27ele vai ser alvo
20:29de uma nova
20:29acusação
20:30e evidentemente
20:31se pode analisar
20:32se isso foi feito
20:34com esse intuito
20:36o que
20:36nesse caso
20:37não parece
20:39ter sido
20:39porque
20:40você teve ali
20:42o documento
20:44punhal verde
20:45e amarelo
20:46que foi encontrado
20:47naquela época
20:48a gente está falando
20:49do final
20:50de 2022
20:51portanto
20:52antes do início
20:54desse processo
20:56decorrente
20:57da trama
20:57golpista
20:58quer dizer
20:59foi a época
21:00dos fatos
21:01aquilo não
21:02estava já
21:03em investigação
21:05a investigação
21:06é posterior
21:06havia um inquérito
21:07aberto
21:08que era aquele inquérito
21:09sem objeto
21:10definido
21:11era aquele inquérito
21:12sem prazo
21:12determinado
21:13que é o das fake news
21:14que foi resultando
21:15em outros inquéritos
21:16mas essa investigação
21:17específica
21:17da trama golpista
21:18veio depois
21:19evidentemente
21:19dos fatos
21:20que ela
21:21apura
21:22então
21:23o Moraes
21:25ele
21:26usa
21:27um sambarilove
21:28quando ele quer
21:29juntar todo mundo
21:30na primeira turma
21:31para ser julgado
21:32quando ele quer
21:32trazer todos os casos
21:33de pessoas
21:34sem foro privilegiado
21:35para o Supremo Tribunal Federal
21:36agora quando ele quer participar
21:38aí ele começa
21:39a fazer distinção
21:40então
21:41são as mesmas pessoas
21:42é
21:43é
21:43claro
21:44que
21:44ameaçaram o Moraes
21:47que
21:47fizeram um documento
21:48ali
21:48propondo a sua
21:49neutralização
21:50que o monitoraram
21:51que estão sendo
21:52algumas delas
21:54por exemplo
21:54o Mário Fernandes
21:55que estão sendo
21:56tornadas réus
21:57nesse processo
21:57ele fala
21:58não mas esse processo
21:59não é sobre
21:59tentativa de homicídio
22:01tá mas é a mesma pessoa
22:02que ameaçou o Moraes
22:03talvez
22:04não por aquilo
22:05que está escrito
22:06mas por uma questão moral
22:07ele poderia se afastar
22:08poderia se declarar impedido
22:10mas ele não quer
22:10e a gente estava comentando aqui
22:12a explicação
22:14que o Alexandre de Moraes
22:15deu
22:16a respeito
22:17da sua concentração
22:18de poder
22:19mas ele não usou
22:20essas palavras
22:20ele estava rebatendo
22:21o que ele chama
22:23de narrativas
22:24de rede social
22:25sobre ele ser vítima
22:27juiz
22:29investigador
22:30ao mesmo tempo
22:32o que é curioso
22:33também
22:34do Teixeira
22:34além do que eu apontei
22:35no final do último bloco
22:36é que ele está sempre
22:38debatendo com
22:39rede social
22:40com a imprensa
22:41e tal
22:42em vez de
22:43fazer aquilo
22:45que é o papel
22:46do juiz
22:47e que é analisar
22:48as provas
22:48do processo
22:49agir quando é
22:50provocado
22:51Felipe eu tenho aqui
22:52a denúncia da PGR
22:53que foi aceita
22:53pelo STF
22:54e a operação
22:55punhal verde-amarelo
22:57aparece 18 vezes
22:58e nessa operação
22:59o Alexandre de Moraes
23:01é vítima
23:02o que ele diz ali
23:03é
23:03olha
23:04o nucleum
23:06aqui
23:07o Jair Bolsonaro
23:08Walter Barganeto
23:09eles não foram acusados
23:10por tentativa de homicídio
23:11era outro crime
23:12tentativa de golpe de estado
23:13abolição do estado
23:14democrático de direito
23:16que não tem a ver
23:18com a operação
23:19punhal verde-amarelo
23:20mas por que a operação
23:21punhal verde-amarelo
23:23está aqui na denúncia
23:24porque
23:24o Paulo Ganes
23:26juntou essa história toda
23:27incluiu a operação
23:29onde o Moraes
23:30é uma das vítimas
23:32para sustentar
23:33essa tese
23:34de uma trama golpista
23:35que inclui ainda
23:35outras coisas
23:36desde
23:37todas as falas
23:38contra o sistema
23:39das urnas
23:40e o 8 de janeiro
23:42então assim
23:42ele está aqui sim
23:43como vítima
23:44e ele está aí também
23:45como acusador
23:46e como juiz
23:47e ele próprio
23:49falou no julgamento
23:50antes dessa intervenção
23:51Duda
23:51e a gente viu
23:52da tentativa
23:54de neutralização
23:55de autoridades
23:56quer dizer
23:57parece que não foi colocado
23:59ali
23:59uma
24:01acusação
24:02de
24:03planejamento
24:04de homicídio
24:05justamente
24:06para não ter
24:07o Moraes
24:08que se afastar
24:09do caso
24:09porque aí sim
24:11na argumentação dele
24:12ele seria uma vítima
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