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Lula voltou a criticar Donald Trump nesta terça-feira, 8, ao comentar as tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos nos últimos dias. 

"Esse país não pode ser vítima de um cavalo de pau. Estou vendo o comportamento do presidente Trump, não sei o que vocês acham, mas eu acho que não vai dar certo. Ninguém pega um transatlântico daquele, carregado, e faz as coisas que ele faz”, afirmou o petista, durante evento. 

Felipe Moura Brasil, Bruno Musa e Duda Teixeira comentam:

🎙️ Papo Antagonista é o programa que explica e debate os principais acontecimentos do dia com análises críticas e aprofundadas sobre a política brasileira e seus bastidores.

Apresentado por Felipe Moura Brasil, o programa traz contexto e opinião sobre os temas mais quentes da atualidade. Com foco em jornalismo, eleições e debate, é um espaço essencial para quem busca informação de qualidade.

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Transcrição
00:00Então a gente fala agora sobre os impactos do tarifaço.
00:03O Lula afirmou em evento na segunda-feira 7 que as reservas internacionais protegem o Brasil
00:08das medidas econômicas adotadas pelo presidente dos Estados Unidos,
00:12mesmo com o Trump falando o que quiser falar.
00:16Segundo o petista, o colchão cambial protege o país até hoje contra qualquer crise.
00:22No último sábado 5, entraram em vigor as tarifas adicionais sobre produtos importados pelos Estados Unidos.
00:27As exportações brasileiras passaram a ter sobretaxa adicional de 10%.
00:32Nessa terça, Lula voltou a falar sobre o tema.
00:35Ele afirmou em evento que o Brasil não pode ser vítima de um cavalo de pau e criticou Trump.
00:40Vamos assistir.
00:42Esse país não pode ser vítima de um cavalo de pau.
00:48Não pode.
00:49Eu estou vendo o comportamento do presidente Trump nos Estados Unidos.
00:54Eu não sei o que vocês pensam.
00:56Mas eu acho que não vai dar certo.
01:00Não vai dar certo.
01:02Ninguém pega um transatlântico daquele, carregado, muito carregado, e faz as coisas que estão acontecendo lá.
01:13Ninguém brinca de que o mundo não existe com quase 200 países.
01:18Ninguém esquece que todos os países querem ter soberania e querem estabelecer um processo de harmonia.
01:28Afinal de contas, a coisa mais importante hoje é o multilateralismo.
01:33Quantos anos vocês passaram ouvindo que era preciso defender o livre comércio?
01:40Quantos anos vocês ouviram passar dizendo que era preciso ter globalização?
01:44Que era preciso combater o protecionismo?
01:46Desde os anos 80, quando o Tchatcher, na Inglaterra, e o Tchatcher, nos Estados Unidos, assumiram o governo.
01:55E, de repente, o mundo tem um cavalo de pau, em que o cidadão sozinho acha que ele é capaz de ditar regras para tudo o que vai acontecer no mundo.
02:04Eu temo em dizer para vocês que pode não dar certo.
02:11E por isso é importante que nós, brasileiros, mantenhamos o equilíbrio para que a gente tome decisão com base nas nossas realidades.
02:23A impressão minha do Tchatcher, ou o Lula falou da Tchatcher, a Tchatcher, se referindo a Margaret Tchatcher.
02:29E soltou uma Tchatcher ali, aliás, hoje tem artigo do Gustavo Noge, que estreou na última quinta-feira, no Portal Antagonista,
02:38e vai assinar a coluna na Cruz Oé semanalmente também, sobre os 12 anos da morte de Margaret Tchatcher.
02:45Então, está lá o título, há 12 anos morria Margaret Tchatcher, com o subtítulo Dama de Ferro, que era o apelido,
02:50redefiniu o Reino Unido e divide opiniões.
02:53Então, para quem quiser saber um pouquinho mais sobre ela, vale a pena ler no portal o antagonista.com.br.
02:59E o nosso colaborador em matéria de economia, Bruno Musa, já está na linha com a gente.
03:03Salve, salve, Bruno. Sempre um prazer falar com você.
03:05E eu já pergunto, nesse Boa Noite, o que você achou da declaração do Lula, da reação do Brasil a esse tarifácio do Donald Trump?
03:16Boa tarde, Felipe. Boa tarde a todos que nos escutam.
03:18Duda, sempre um prazer estar com vocês.
03:20Bom, eu vivi para ver a China do Partido Comunista dizendo, ou postando o vídeo de Ronald Reagan contra as tarifas, contra o protecionismo,
03:30e eu vivi para ver o Lula agora falando que ele prega o livre mercado.
03:34Uma pessoa com todo o histórico, que criou o Foro de São Paulo, que defendeu o Fidel Castro, que defendeu o Hugo Chaves,
03:41Maduro, Ortega, os Kirchner na Argentina, falando que ele quer combater o protecionismo,
03:49e mais, mencionou Margaret Thatcher, como você falou, se referindo a Margaret Thatcher,
03:55e mais, Ronald Reagan.
03:57Ou seja, nós estamos vivendo tempos realmente sombrios.
04:01A questão é, quem acredita nesse discurso do Lula, que ele é a favor do livre mercado,
04:07que ele não quer protecionismo, e que ele defende ideias que lá foram defendidas por Thatcher ou por Ronald Reagan.
04:15Ou seja, um completo despropósito.
04:18Mais uma vez, Lula, de maneira descarada, mentindo, como ele faz uma vida inteira.
04:23Mas, de qualquer maneira, nós mencionamos na passada, Felipe,
04:25que o Brasil, se for para retaliação, é realmente muito pior.
04:29O mundo piora se realmente for para uma retaliação nesses níveis.
04:33Você vê hoje novas tarifas de mais de 50% na China, atingindo até 104%, mais ou menos, no segundo noticiado.
04:40Enfim, tudo isso causa um desestimulo.
04:43Aí sim, como dizia Ronald Reagan, que foi postado no vídeo pelo Partido Comunista Chinês ontem,
04:50que no curto prazo, isso inibe, desincentiva o comércio global.
04:56E, no longo prazo, obviamente, causa danos maiores na economia como um todo.
05:01Fica claro para mim que o propósito do Trump é muito mais profundo
05:05do que meramente os déficits comerciais que ele vem noticiando como importantes.
05:11É uma mudança no âmbito monetário, uma mudança no âmbito geopolítico,
05:16e de domínio do próprio dólar, onde ele quer manter as vantagens de ter uma moeda demandada mundialmente,
05:24mas não quer sofrer as consequências que isso acarreta, como, por exemplo, estímulo ao endividamento.
05:31Então, se o Brasil realmente retalhar, o Brasil tem muito mais a perder.
05:35Saiu na vantagem ainda com os 10%.
05:37Eu fiz uma série de quatro vídeos aqui explicando o meu ponto de vista sobre isso.
05:42Mas eu acho que o Brasil tem que partir para a negociação e espero que o mundo faça isso.
05:45Senão, todos nós pagaremos e caro com maior protecionismo, portanto, menor comércio global e preços mais altos.
05:55Sempre lembrando que o Bruno Musa, que faz essas análises minuciosas aqui no Papo Antagonista semanalmente,
06:00tem o canal de YouTube dele, Bruno Underline Musa, tem a sua página de consultoria de investimento,
06:05brunomusa.com.br barra investimento.
06:08Doutor Teixeira, quantos anos você passou ouvindo que era importante o livro Comércio, a globalização?
06:14Olha, eu concordo com o Bruno.
06:16Vivi para ver o Lula dando esse cavalo de pau.
06:21Impressionante.
06:23A gente custa para acreditar, ele defendendo o livro Comércio.
06:27Só faltou o mântega do lado dele.
06:29Agora, ele está falando ali que o Brasil não vai ser muito afetado, porque tem esse colchão cambial que ele citou,
06:39mas não são as reservas internacionais, que, ao meu ver, ele não tem nenhum mérito nessas reservas.
06:47As reservas foram criadas, não foi no governo dele, foram acumuladas com superávit nas contas,
06:57coisa que o Lula não sabe fazer.
06:59O Lula está consumindo essas reservas.
07:02Mas você acha que esse colchão realmente protege o Brasil a ponto de a gente ficar tranquilo?
07:09Bom, vamos lá, Dudá.
07:12Eu acho que é importante mencionar.
07:13Nos primeiros anos do governo Lula, Lula 1, o Brasil apresentou superávit.
07:18Se não me engano, ele foi até ali 2010, 2011.
07:21Mas vale lembrar que tem um estudo muito bem documentado, se não me engano, da própria...
07:27Não me lembro exatamente, já foi, não lembro se era do Banco Mundial,
07:31que mostrou que os pares, países pares do Brasil nesse período, cresceram mais do que o Brasil.
07:36Então, nós tomamos como um discurso único e verdadeiro que o Lula fez o Brasil crescer no começo dos anos 2000.
07:43Nós tínhamos a China comprando tudo, construindo um país,
07:46agora não consegue transformar isso em consumo,
07:48então demandava mão de obra, demandava aço, demandava ferro, demandava petróleo,
07:53todas as commodities que o Brasil exporta.
07:55E, portanto, o Brasil apresentou superávit.
07:57Vendia absolutamente tudo para a China consumindo, preço das commodities lá nas nuvens.
08:02E mesmo com o desgoverno e com a irresponsabilidade fiscal sempre presente nos governos do PT,
08:08o fluxo era tão grande, dado esses fatores que nós falamos,
08:11demanda da China e preço das commodities tão altas,
08:14que o Brasil apresentou superávit.
08:15Só que isso começou a mudar já no segundo governo Lula.
08:19O superávit começou a diminuir e chegamos na catástrofe Dilma.
08:22Portanto, é importante aqui que nós mencionemos,
08:26o Brasil cresceu menos do que os seus pares naquela época, naquela ocasião,
08:30que, graças a esses fatores,
08:33permitiu que o Brasil também tivesse um incremento nas suas reservas internacionais,
08:37o que é um colchão importante.
08:38Mas vendo daqui no ano passado, no final do ano passado,
08:42quando o dólar bateu R$ 6,30,
08:44e detalhe, hoje o dólar no futuro ultrapassou R$ 6,01,
08:47nós vimos o Banco Central fazendo swaps,
08:49vendendo o dólar no mercado futuro com compromisso de recompra,
08:52queimando reservas internacionais,
08:55que estavam ali na ordem dos R$ 370,
08:57e caiu para R$ 320, mais ou menos,
08:59e o dólar não caía.
09:00Ou seja, se a gente continuar vivendo a irresponsabilidade fiscal,
09:05aí um colchão que hoje é importante,
09:08pode simplesmente queimar,
09:10se a gente continuar com a mesma mentalidade de
09:12gasto é vida e o dinheiro precisa circular na mão do povo
09:15sem responsabilidade alguma.
09:17E o ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
09:20disse o seguinte à Folha de São Paulo
09:21a respeito do tarifácio de Donald Trump,
09:23presidente dos Estados Unidos.
09:25Abro aspas.
09:26Não foi bom para ninguém,
09:27mas eles colocaram a América do Sul na melhor situação
09:29dentro do quadro geopolítico mundial.
09:32Foi a menor das sobretaxas de importação impostas
09:36e foi a de 10% para o continente,
09:38com exceção da Venezuela e da Guiana.
09:40Eles perceberam que a América do Sul
09:41é um continente muito vulnerável
09:43para a entrada da China,
09:45algo que já vem acontecendo.
09:47Fecho aspas.
09:48Haddad também afirmou que os Estados Unidos
09:50estão tentando reagir à China
09:51para quem perderam o jogo da globalização.
09:55Ainda sobre esse assunto,
09:56a Casa Branca anunciou nessa terça-feira
09:57tarifas adicionais de 50%
09:59sobre os produtos chineses importados.
10:02Na segunda sete,
10:03o presidente Donald Trump
10:04havia ameaçado impor mais tarifas
10:06aos produtos da China
10:07caso Pequim não retirasse
10:08as tarifas retaliatórias de 34%
10:12anunciadas na semana passada.
10:14Como Pequim não recusou,
10:15as tarifas de 104%
10:17vão entrar em vigor amanhã,
10:199 de abril.
10:20Bruno Musa,
10:21o que você achou dessas declarações
10:23do Fernando Haddad?
10:24Bom, vamos lá.
10:27Eu não tenho nenhuma convergência
10:29de ideias com o próprio.
10:33Mas, obviamente,
10:36me torna claro aqui
10:37que a grande briga no mundo
10:38é Estados Unidos e China.
10:41O resto está se tornando até,
10:42inclusive, periférico,
10:44até mesmo com a União Europeia.
10:45Veja, a União Europeia,
10:47a Israel e Taiwan
10:49acenaram positivamente
10:52com propor tarifas zero.
10:54E, mesmo assim,
10:55o Trump falou
10:55não, não é suficiente,
10:57o que mostra que o buraco
10:58é muito mais embaixo.
10:59Então, sim,
11:00tivemos vantagens
11:00nesses 10%
11:02em meio a esse caos todo
11:05que estamos vivendo.
11:07O Brasil acabou tomando
11:09uma vantagem importante,
11:10porque 10%
11:11a gente pode, inclusive,
11:13destinar determinadas exportações
11:16que a China mandava
11:17para os Estados Unidos.
11:18a gente mandar também
11:20e nos beneficiarmos
11:22com relação a isso.
11:23Não acho que o grande ponto dele
11:25tenha sido
11:26vamos focar na América Latina
11:28e vamos promover
11:30um incentivo melhor a eles.
11:31Não, eu acho que a grande briga ali
11:33é com a China
11:33e o restante retaliado.
11:35Agora, um ponto importante
11:37que é legal mencionar
11:39é a fórmula que foi utilizada,
11:43Felipe Duda,
11:44pelo governo americano
11:45para dizer,
11:47ou vir a público
11:48e falar quais taxas
11:50determinados países
11:51pagam ao importar
11:54produtos americanos,
11:56ela não é tarifa.
11:58Já ficou claro,
11:59isso já ficou comprovado
12:00que ele usou uma fórmula
12:01muito simples matemática,
12:03que é o déficit comercial
12:05dos Estados Unidos
12:05com outros países,
12:08ou com outro país especificamente,
12:10dividido pelo montante
12:11que ele importa daquele país.
12:13Então, ou seja,
12:14nós estamos falando
12:15que ele levou em consideração
12:16que tarifa
12:17é o déficit comercial
12:18e não é.
12:19E a gente precisa ter
12:20clareza nisso
12:22que, na minha opinião,
12:23há um erro conceitual
12:26na coisa.
12:27Ou seja,
12:28déficit comercial
12:28não é tarifa,
12:29é o primeiro ponto,
12:30e mais,
12:31não necessariamente
12:32ter déficit comercial
12:33é negativo.
12:34Você tem déficit comercial,
12:35por exemplo,
12:35com o supermercado,
12:36onde você compra
12:37alguma coisa,
12:38no supermercado
12:38ele não compra nada de você,
12:39mas você tem superávit
12:41com outros agentes,
12:42por exemplo,
12:42com a empresa
12:42que você trabalha.
12:44Então, essa somatória,
12:45ela pode,
12:46ela tende a ser positiva.
12:48Portanto,
12:48eu acho que esse fator,
12:50ele é preponderante
12:51na compreensão
12:52de cada uma das taxas
12:53impostas pelos outros países.
12:55E o que foi divulgado
12:56pelo governo americano
12:57são taxas muito maiores
12:58do que as que efetivamente
13:00são verdadeiramente tarifas
13:02e, portanto,
13:03são cobradas.
13:03Nesse sentido,
13:05o Brasil tem a agir,
13:06porque 10%
13:07acabou sendo bastante,
13:08significativamente menor
13:10do que países pares
13:12ou países produtores
13:14concorrentes importantes
13:15que podem fornecer
13:16para os Estados Unidos.
13:19Bruno Teixeira?
13:20Bruno,
13:20acho que a ideia de fundo
13:21do Trump
13:22é que ele quer
13:23que os Estados Unidos
13:24tenham superávit
13:26nas relações comerciais
13:27com todos os países do mundo,
13:28o que eu acho
13:29que é bem difícil
13:30conseguir.
13:32Agora,
13:32você podia explicar melhor
13:33por que
13:33ter um déficit
13:35com outro país
13:37não é alguma coisa
13:38prejudicial,
13:40né?
13:40Às vezes,
13:41ter um déficit
13:42com outro país
13:43pode ser uma coisa
13:44benéfica para o país,
13:46porque ele vai,
13:46de repente,
13:47importar
13:47matéria-prima
13:49mais barata
13:51e exportar aquilo
13:52ou fazer a economia
13:53crescer,
13:53alguma coisa desse tipo?
13:56Exato.
13:57E mais,
13:57né?
13:58A gente precisa,
13:58se a gente voltar
13:59na história
13:59de Warren Smith,
14:00David Ricardo,
14:01nós vamos entender
14:02que é importante
14:04que cada um
14:05se especialize
14:06e produza
14:06aquilo que é melhor,
14:07é mais eficiente
14:08e mais competitivo,
14:10né?
14:10Então,
14:10isso é a beleza
14:12do livre mercado,
14:13onde um é mais competitivo
14:14que o outro,
14:15mas, claro,
14:16hoje a gente não vive
14:17um, digamos,
14:18um livre mercado
14:19de verdade.
14:19Um país impõe uma tarifa,
14:20o outro retalia
14:21e a gente vive
14:22nessa escalada
14:24não só agora,
14:25agora está dessa maneira
14:26muito clara.
14:27Mas, vamos lá,
14:27quando você importa
14:29mais do que você exporta
14:30de um determinado país,
14:32ou seja,
14:32quando você tem
14:33déficit comercial
14:34com esse país,
14:36você provavelmente
14:37está importando
14:38alguma coisa
14:38que vai beneficiar
14:40os seus consumidores
14:41com melhores produtos
14:42e serviços
14:42com preço mais competitivo,
14:44ao passo que você
14:45exportará
14:45para outros países
14:47produtos que,
14:48para eles,
14:49você é mais eficiente.
14:51Então,
14:51a somatória disso,
14:52ela acaba sendo positiva.
14:54Agora,
14:54mesmo que você tenha
14:56um balanço negativo
14:57de pagamentos
14:58entre as ações correntes,
14:59quando você tem
15:00um déficit,
15:02ou seja,
15:03você vende mais
15:04produtos,
15:04serviços,
15:05renda
15:05para outros países
15:07do que você importa,
15:09significa que você
15:09está com saldo negativo,
15:11ou seja,
15:11alguém está te financiando,
15:13alguém está comprando
15:14esses teus produtos.
15:15E você pode,
15:16muito bem,
15:16pegar esse dinheiro
15:17que você está recebendo
15:19por isso também,
15:20devido às vendas,
15:22investir e produzir fábricas
15:24que traz retornos
15:25também positivos.
15:26Então,
15:26não é tão trivial
15:27e tão óbvio
15:28dizer que,
15:29porque eu tenho
15:29déficit comercial
15:30com o país,
15:31isso é negativo.
15:32É muito difícil
15:33ele ter uma relação
15:34superavitária
15:35com vários países,
15:36até porque os Estados Unidos
15:37é um país rico,
15:38é um país tecnológico,
15:40e que,
15:40portanto,
15:41fabricar determinadas
15:43indústrias nos Estados Unidos
15:45é mais caro
15:46do que em outros países
15:47menos envolvidos,
15:47onde a mão de obra
15:48é muito mais barata.
15:50Então,
15:50é praticamente,
15:51ou impossível,
15:52na minha opinião,
15:52ele ter relação
15:53superavitária
15:54com todos
15:55sem que haja
15:56um aumento
15:57ou incremento
15:57de preços,
15:58inclusive no mercado interno
16:00que os americanos
16:00pagam com preços
16:01mais altos.
16:03Bruno Musa
16:03é professor economista
16:04empreendedor
16:05e colaborador
16:06aqui do Antagonista,
16:07do Papo Antagonista
16:08semanalmente.
16:09Muito obrigado
16:09pela sua participação,
16:10Bruno.
16:12Obrigado a vocês,
16:13sempre um prazer.
16:14Até semana que vem,
16:14pessoal.
16:23Legenda Adriana Zanotto
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