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O relatório da Polícia Federal sobre a morte da vereadora Marielle Franco afirma que os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão tinham tanto domínio sobre milícias da favela de Rio das Pedras que somente candidatos vinculados aos dois faziam campanha na comunidade.
Entre os então candidatos que tiveram autorização para pedir votos na região, a Polícia Federal cita os casos do então deputado federal Eduardo Cunha e do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro Jorge Picciani.
O relatório da PF confirma a influência da família Brazão em áreas dominadas por milicianos no Rio de Janeiro. Poderio esse que foi exaltado por políticos locais como o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o governador fluminense, Cláudio Castro.
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Entre os então candidatos que tiveram autorização para pedir votos na região, a Polícia Federal cita os casos do então deputado federal Eduardo Cunha e do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro Jorge Picciani.
O relatório da PF confirma a influência da família Brazão em áreas dominadas por milicianos no Rio de Janeiro. Poderio esse que foi exaltado por políticos locais como o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o governador fluminense, Cláudio Castro.
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NotíciasTranscrição
00:00Muito bem, o relatório da Polícia Federal sobre a morte da vereadora Marielle Franco
00:04afirma que os irmãos Domingos e Chiquinho Brasão tinham tanto domínio sobre milícias
00:10da favela de Rio das Pedras que somente candidatos vinculados aos dois faziam campanha na comunidade.
00:19Vocês lembram daquela cena de Tropa de Elite 2?
00:21Pois é, essa é a realidade do Rio de Janeiro exposta nesse caso.
00:26Entre os então candidatos que tiveram autorização para pedir votos na região,
00:30a Polícia Federal cita os casos do então deputado federal Eduardo Cunha
00:35e do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Jorge Pisciani.
00:40Dois que estavam envolvidos em um monte de maracutais de acordo com as investigações sobre eles.
00:48Abre aspas.
00:49Funcionários do delegado de polícia e candidato a deputado federal Paulo Soto,
00:54as quais foram ao local panfletar em nome do candidato,
00:58acabaram sendo abordadas e mantidas em cárcere privado
01:03pelo policial militar e miliciano, major Dilas e por seu comparsa Fininho,
01:09ambos com arma em punho.
01:13Os milicianos estão alegando que somente o candidato Brasão
01:16tem o direito de promover sua campanha no local
01:19e que nenhum pode ousar se promover na favela.
01:23De start, mostra-se latente o enlace da família Brasão
01:26com os grupos paramilitares atuantes na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
01:32É sediço que a entrada de políticos em localidades comandadas pelos grupos paramilitares
01:38é controlada pelos seus líderes,
01:40uma vez que somente aqueles que promovem uma interação espúria com os milicianos
01:44podem auferir os louros eleitorais advindos daquele local.
01:50Fecho aspas.
01:51Quer dizer, olha a gravidade disso.
01:54Milicianos controlam aquela região,
01:56mandam e desmandam,
01:58quer dizer, o Estado oficial não está presente,
02:00o único Estado que existe no Rio de Janeiro é o paralelo,
02:04como diz a minha velha máxima,
02:07eles só permitem que os políticos alinhados a seus interesses
02:12façam campanha naquele local
02:15e se vai alguém lá sem autorização,
02:18é mantido em cárcere privado.
02:21Quer dizer, sofre uma intimidação,
02:24uma retaliação
02:25por não estar seguindo os trâmites impostos
02:28pelo crime organizado,
02:30pelo Estado paralelo.
02:31Olha só a gravidade disso
02:34e como isso corrompe a democracia,
02:37como isso ajuda a instalar
02:40representantes,
02:42porta-vozes e tentáculos
02:44das organizações criminosas
02:46na estrutura oficial de poder
02:48da sociedade brasileira.
02:51Então é muito grave.
02:54E o relatório da PF confirma
02:55a influência da família Abrazão
02:57em áreas dominadas por milicianos no Rio
02:59poderiam esse que foi exaltado
03:03por políticos locais,
03:04como o prefeito do Rio Eduardo Paes,
03:07do Rio Capital, evidentemente,
03:09que tem o mesmo nome,
03:10o Estado e a capital,
03:12a gente está falando da prefeitura,
03:14portanto é da cidade,
03:15o Eduardo Paes
03:16e o governador fluminense,
03:18governador do Estado,
03:19Cláudio Castro.
03:20Vamos mostrar o vídeo
03:22do Eduardo Paes falando
03:23da família Abrazão.
03:25Pode soltar.
03:25Mas quem melhor
03:27representa Jacarepaguá,
03:30quem mais briga
03:30pelas coisas de Jacarepaguá,
03:32é a família Abrazão.
03:33Então, salve de plato
03:34a essas feras aqui.
03:36E é o seguinte,
03:38aí como a tradição
03:39não pode parar,
03:41ninguém existe,
03:42vamos ao Quinta Cama
03:43que eu já vou prometer,
03:44mulher,
03:44deixa de ser reclamada.
03:46Então é o seguinte,
03:47agora,
03:48eu não quero nem saber,
03:49quem botou essa pilha
03:49fui eu.
03:50Falei,
03:50Chiquinho já está também
03:52meio velhinho,
03:53meio gavazinha,
03:54pança também,
03:55que eu também estou magrinho,
03:56de cabelo branco,
03:58pelo também,
03:59Dominguinho também se fala,
04:00virou um velho.
04:02E aí eu falei,
04:03vamos botar um moleque novo
04:04nessa história.
04:08Dominguinhos, hein?
04:10Dominguinhos,
04:10o Dominguinhos de verdade
04:13é o Dominguinhos do Estácio,
04:14grande intérprete de samba,
04:17que, enfim,
04:18marcou com a sua voz
04:19aí a tradição
04:20do samba em rede,
04:22do samba de quadra
04:22ao longo do tempo.
04:24Agora,
04:24chamar Domingo de Brasão
04:25de Dominguinhos
04:26e dizer que quem
04:27manda,
04:30quem representa
04:30ali Jacaré Paguai
04:32é a família Brasão,
04:33é demais, né?
04:34Mas isso, evidentemente,
04:35foi antes aí
04:36da prisão deles.
04:39Embora
04:39já houvesse
04:41muitos elementos,
04:43indícios
04:43contra a família Brasão.
04:45A prefeita em Saboado
04:46fez esse discurso,
04:48deixo claro
04:48que
04:49ele foi convidado
04:52para estar aqui
04:52hoje no Papo Antagonista,
04:53mas o prefeito
04:54está em silêncio.
04:55Me parece que
04:56não quer alimentar
04:57aí
04:57essa
04:59relação, né?
05:01Ele está fazendo
05:02de tudo
05:02para se descolar,
05:04falar mais
05:05a respeito disso.
05:06Talvez
05:07não seja
05:08do interesse dele
05:09nesse momento.
05:10Eu já vou explicar
05:11o que ele está fazendo
05:12para se descolar
05:13desse pessoal.
05:14Mas vamos assistir
05:15ao vídeo também
05:15do governador
05:16Cláudio Castro
05:17para vocês verem
05:18como os políticos
05:21exaltam uns aos outros
05:23na hora em que eles
05:24estão precisando
05:26de apoios eleitorais,
05:27etc.,
05:28independentemente
05:29da natureza moral
05:30de cada um.
05:31A gente já viu muito
05:32o Lula fazer isso.
05:33Aliás,
05:33tem um vídeo antigo
05:34meu aqui no YouTube
05:35que foi protagonista mesmo.
05:37É o histórico de Lula
05:38como cabo eleitoral.
05:39E mostra o Lula
05:40recomendando votos
05:43para Sérgio Cabral
05:43e outros
05:44que acabaram presos.
05:46Vamos ver aí
05:46o vídeo do Cláudio Castro.
05:49Jacarepaguai,
05:50o Rio de Janeiro
05:51tem representantes legítimos
05:53e esses são
05:54a minha querida
05:55família Brazão.
05:57É o 4401
06:00Chiquinho Brazão
06:01e 4401
06:03Pedro Brazão
06:04e 22 Cláudio Castro.
06:07Vamos junto!
06:08Vamos junto!
06:11Vamos junto!
06:12A minha querida
06:13família Brazão.
06:14Pois é,
06:15isso foi o que disse aí
06:16o governador
06:17Cláudio Castro
06:18do Rio de Janeiro.
06:19Agora,
06:19para situar aí
06:20a postura
06:21do Eduardo Paes
06:22e aqui a gente
06:22é sempre justo
06:24e fiel aos fatos,
06:25o Paes participava
06:26do lançamento
06:26da pré-candidatura
06:27do Caio Brazão
06:28de 22 anos,
06:29filho de Domingos Brazão
06:31que ele chamou
06:32de Dominguinhos.
06:33E vocês vejam
06:33que é uma dinastia
06:35dentro da política
06:36como
06:37Jair Bolsonaro.
06:39Aliás,
06:39esse Caio Brazão
06:40até nesse evento
06:41porque tem um vídeo
06:42mais completo
06:42que eu já assisti.
06:44Ele fala
06:45que ele é o representante
06:46júnior, etc.
06:47Faz uma piada
06:48e o Eduardo Paes
06:49passa a mão
06:49na cabeça dele,
06:50ri e tal.
06:51Esse ato ocorreu
06:52na comunidade Merck,
06:53na Taquara,
06:54Zona Oeste
06:54da capital fluminense.
06:56O Paes fala ali
06:57de Jacarepaguá,
06:58Jacarepaguá também
06:58é um bairro da Zona Oeste
07:00do Rio de Janeiro,
07:02ali do lado da Taquara.
07:03Nessa semana,
07:04a Paes iniciou
07:05um movimento
07:05de distanciamento
07:07da família Brazão
07:07para tentar
07:08se desvincular
07:09da dupla.
07:10Na terça-feira,
07:1126,
07:11o prefeito exonerou
07:12o Ricardo Abrão,
07:13indicado por
07:14Chiquinho Brazão.
07:16Chiquinho Brazão
07:17é irmão do Domingos Brazão.
07:19Então,
07:19o prefeito agora
07:20exonerou o Ricardo Abrão,
07:22que era um indicado
07:23do Chiquinho Brazão
07:24para comandar
07:25a Secretaria
07:26de Ação Comunitária.
07:27O prefeito
07:27tirou ele de lá
07:28porque não quer
07:29vínculo nenhum,
07:30já está suficientemente
07:32desgastado,
07:33quer mostrar que não
07:34quer saber
07:35desse pessoal.
07:36O movimento
07:37irritou
07:37os republicanos,
07:39partido que tem
07:39como presidente estadual,
07:41o prefeito
07:42de Belforrocho,
07:43Vaguinho Carneiro,
07:45aliado
07:46de Brazão.
07:47Olha só,
07:48olha só
07:50a turma,
07:51né?
07:52Lembrando
07:52quem é a esposa
07:53do Vaguinho,
07:54a Daniela Carneiro,
07:55que foi ministra
07:56do Turismo
07:57do governo Lula,
07:58criticada
07:59no início
08:00do mandato
08:00pelo fato
08:01de ter sido flagrada
08:02ao lado
08:03de milicianos.
08:04Quer dizer,
08:04na verdade,
08:05não é nem sequer flagrada,
08:06é que se revelaram
08:08as fotos
08:10que ela tinha tirado
08:11junto com milicianos
08:12por livre
08:13e espontânea
08:14vontade.
08:16E ali,
08:17na região
08:18que o marido
08:20dela manda,
08:20no Delforros,
08:21com grande influência
08:22na Baixada Fluminense,
08:23tem muito miliciano.
08:25Então,
08:26essa turma aí
08:27está toda
08:28interligada.
08:29Greve,
08:31meu Rio de Janeiro,
08:33é um desastre
08:35em termos de política
08:37e criminalidade.
08:38Mas o pessoal
08:39vai para a praia,
08:40às vezes,
08:40não quer muito saber
08:41disso, não.
08:42E talvez seja por isso
08:43que eles conseguem tanto.
08:48Não é culpa sua, Felipe.
08:50Isso já me deixa tranquilo.
08:52Eu luto contra eles
08:53há muito tempo.
08:55Felipe,
08:56eu vou repetir uma coisa
08:57que eu já disse
08:57antes aqui no programa
08:59a respeito desse assunto,
09:02né?
09:02E que eu acho
09:03que é relevante
09:04porque,
09:06enfim,
09:07o Eduardo Paes
09:07agora está nessa
09:09movimentação
09:12para se distanciar
09:13dos brasão, né?
09:15começou a mandar embora
09:17da sua máquina,
09:20da máquina pública
09:21ali do município,
09:22pessoas associadas
09:24a eles,
09:25ligadas a eles.
09:27Está tentando
09:28se dissociar, né?
09:29O fato,
09:33no entanto,
09:35é que esta conexão
09:36entre política
09:37e milícia
09:39no Rio de Janeiro
09:40não é novidade.
09:43Sobretudo
09:44para os políticos
09:45de regiões
09:46como essas
09:48de onde vem
09:48os brasão,
09:49na Zona Oeste
09:50do Rio de Janeiro.
09:52Faz muito tempo
09:53que isso é dado
09:55notório,
09:56é conhecido,
09:57mesmo de quem
09:58não mora lá.
10:00E, no entanto,
10:02a política
10:03nunca se esforça
10:06para fazer
10:07um cordão sanitário
10:08e impedir
10:11que essas pessoas
10:15que a boca pequena
10:16e a boca grande também
10:19são associadas
10:20a crime organizado,
10:24se não for possível
10:25impedir que elas
10:25entrem na política,
10:27pelo menos
10:27que se impeça
10:28que elas
10:29espalhem
10:30os seus tentáculos
10:31pela administração pública.
10:34O caso
10:35dos brasão
10:36é uma coisa
10:38inacreditável.
10:40O poder deles
10:41não se limita
10:42à região
10:44onde a família
10:45surgiu
10:47e cresceu.
10:48Eles,
10:49com o tempo,
10:50foram
10:50realmente
10:51ganhando ascendência
10:53sobre diversos
10:54aspectos
10:55da administração pública
10:58do Rio.
10:59Município
10:59e Estado.
11:01Vamos lembrar,
11:03Domingos
11:03Brasão
11:04era
11:05conselheiro
11:07do Tribunal
11:07de Contas
11:08do Estado.
11:10Posição
11:10crucial,
11:12posição que
11:13dava a ele
11:14um poder gigante.
11:16Então,
11:17enquanto
11:18a política
11:19não
11:21criar
11:22cordões
11:22sanitários
11:23para evitar
11:24que essas
11:25pessoas
11:25atinjam
11:26cargos
11:30de mando,
11:32porque
11:32impedir que elas
11:33cheguem
11:34a cargos
11:34eletivos
11:35depende
11:35do eleitor
11:37e não
11:38de quem está
11:38numa administração,
11:40enquanto a política
11:42não cuidar
11:42de fazer isso,
11:43ou seja,
11:45não aderir
11:45a algumas
11:46regrinhas
11:47básicas
11:47de moralidade
11:49administrativa,
11:51a gente vai
11:52continuar vendo
11:53esse tipo de coisa
11:54e não adianta
11:55quando
11:57a caca
11:59é espalhada
12:01no ventilador
12:03sair correndo
12:05para fingir
12:06que não tem nada
12:07a ver com aquilo,
12:08não,
12:08agora eu vou
12:09demitir,
12:10não adianta,
12:13o estrago
12:14tinha que ter sido
12:15prevenido,
12:18porque quando
12:19você faz isso
12:20depois,
12:21você só está
12:21preocupado
12:21com a sua imagem,
12:23você não está
12:24preocupado
12:25com a qualidade
12:26da administração
12:27que você presta
12:28para os cidadãos,
12:30você só está
12:30preocupado
12:31em defender
12:32o seu,
12:35em
12:36reduzir
12:38os danos
12:39que está
12:40perto
12:40de gente
12:41que foi
12:41para a cadeia
12:42acarretam
12:43para a imagem
12:44de um político,
12:45então,
12:46senhor Eduardo Paes,
12:48era antes
12:48que o senhor
12:49tinha que ter agido,
12:51não agora,
12:53e não me diga,
12:56por favor,
12:56não me digam
12:57que não tinham
12:58como saber,
12:59que não,
12:59olha,
13:02pelo menos
13:02uma suspeita
13:04do tamanho
13:05de uma baleia
13:06cachalote,
13:08aquelas
13:09bem gigantes,
13:09pelo menos
13:10uma suspeita
13:11desse tamanho
13:12o senhor
13:12podia ter tido.
13:17Pois é,
13:17Grae,
13:18vamos mostrar,
13:19já que eu cito,
13:20diga,
13:22o que você falou
13:23por último?
13:23Não,
13:23falei que era isso,
13:24tá?
13:25Não,
13:25beleza,
13:25eu falei,
13:26é isso,
13:26vamos,
13:28é isso,
13:28é isso,
13:29é isso e muito mais,
13:31vamos mostrar aí
13:31o que eu citei,
13:33que foi a imagem
13:34da Daniela Carneiro,
13:35esposa do Vaguinho,
13:36prefeito de Belfort Rocha,
13:38com milicianos,
13:41né,
13:41que foram investigados,
13:43tem um que foi condenado
13:44também,
13:46então,
13:46tá aí uma das fotos
13:47que gerou
13:48bastante repercussão
13:49naquela época.
13:51Muito bem,
13:52teve outros,
13:53é isso aí,
13:54produção separou aí,
13:56mas,
13:57você tem aí as fotos
13:58da Daniela Carneiro
14:00com aquela turma
14:01barra pesada.
14:04Olha,
14:04é o seguinte,
14:08tem um miliciano
14:09que inclusive
14:09foi condenado
14:10por homicídio,
14:10né,
14:12do lado de quem
14:12ela fez campanha
14:13em 2018,
14:15mas, enfim,
14:15não quer nem falar
14:16desses vagabundos aqui,
14:17eu quero só
14:19ressaltar o seguinte,
14:20na Taquara,
14:22é onde tinha a casa
14:24e onde,
14:25inclusive,
14:25cumpriu prisão domiciliar
14:27graças a
14:29João Otávio de Noronha
14:30do STJ
14:31e Gilmar Mendes
14:32do STF,
14:33o ex-assessor
14:34do Flávio Bolsonaro,
14:35Fabrício Queiroz.
14:36Ele é daquela região ali,
14:38casa na Taquara,
14:40que é um dos bairros
14:41da região administrativa
14:42de Jacarepaguá,
14:43você tem o bairro ali,
14:45o próprio Jacarepaguá,
14:47mas,
14:47você teve uma divisão
14:49que foi feita
14:50pelo prefeito César Maia,
14:52né,
14:52pai do Rodrigo Maia,
14:54décadas atrás,
14:56que separou ali
14:57a região administrativa
14:59de Jacarepaguá
15:00em diversos bairros próprios,
15:02né,
15:02a Taquara é um deles.
15:05Você tem,
15:06então,
15:06toda uma região ali
15:07dominada por gente ligada
15:09à milícia,
15:10ligada à política,
15:13e esse elo
15:13é o tema
15:14do nosso programa
15:15de hoje.
15:16E assim segue
15:17a política fluminense.
15:19Bom,
15:19tem muitos outros assuntos
15:21a respeito desse tema
15:22que a gente vai ter que abordar
15:23aí ao longo dos dias,
15:24inclusive,
15:25na Cruz Oé.
15:26queria só levantar
15:29uma bola aqui
15:29para já deixar registrado
15:31que a defesa
15:32do Domingos Brazão
15:33já está falando aí
15:35que a única coisa
15:38que a investigação tem
15:39é o relato
15:40de um criminoso,
15:42que é o Rony Lessa,
15:43que fechou
15:43a colaboração premiada.
15:46Quer dizer,
15:46como se não houvesse
15:47provas de corroboração.
15:49A gente vai analisar aí
15:51ao longo do processo
15:52o que que tem
15:53nos autos
15:54de provas
15:55de corroboração
15:56desses depoimentos.
15:57Mas veja só,
15:58Grae,
15:58para a gente
15:59dar continuidade
16:00aqui com coerência
16:01ao nosso trabalho
16:02de expor
16:03os argumentos
16:04de ocasião
16:05contra a Lava Jato,
16:06olha só
16:07uma das consequências
16:09da demonização
16:10do Instituto
16:11da Delação Premiada.
16:13Agora,
16:14a defesa
16:15vai para cima
16:17num caso
16:18de homicídio.
16:20E aí,
16:20vocês só têm,
16:21então,
16:21a delação
16:22de um criminoso,
16:23de um miliciano,
16:25que não pode ter
16:26a palavra
16:28sendo confiada
16:28pelas autoridades,
16:30isso e aquilo.
16:30Quer dizer,
16:31é muito nessa linha.
16:34Então,
16:34contra a Lava Jato,
16:35havia um interesse
16:36do sistema
16:37em blindar
16:38os seus padrinhos,
16:39os seus amigos,
16:40os seus aliados,
16:41etc.
16:42E aí,
16:43mesmo quando havia
16:44provas de corroboração,
16:46se dizia
16:47que não havia.
16:48Teve vários
16:49julgamentos
16:50em que isso se revelou.
16:51O ministro Edson Fachin,
16:53na segunda turma,
16:54muitas vezes dizia,
16:55olha,
16:56não foi só
16:57a colaboração premiada,
16:58está aqui,
16:58a prova de corroboração está.
17:00E aí,
17:00Gilmar Mendes dizia,
17:01não,
17:01só tem a delação premiada.
17:03Porque o que ele disser,
17:04não interessa muito
17:06se tem correspondência
17:06com os fatos ou não.
17:08É a narrativa
17:09a ser imposta.
17:10e ele dispõe
17:12de muita gente
17:15na mídia
17:17para fazer
17:19a repercussão
17:21da sua propaganda,
17:22essa grande
17:23STF Brasil.
17:25Muito bem,
17:26agora,
17:27portanto,
17:28se usa
17:29isso
17:30e a gente
17:30vai ter que ver
17:31se vai haver
17:33dois pesos,
17:33duas medidas,
17:34se vai haver
17:35um duplo padrão,
17:36o quanto
17:37que a investigação
17:38conseguiu,
17:38de fato,
17:39dar substância
17:40para que houvesse
17:42essa prisão,
17:43para que a prisão
17:43seja mantida,
17:44ou se vai
17:45ser possível
17:47anular tudo
17:48com base
17:49nesse tipo
17:50de alegação,
17:50Breve.
17:53Felipe,
17:55essa história
17:56de que a Lava Jato
17:58advogava
18:00por delações
18:02premiadas
18:02sem embasamento
18:03nenhum
18:04em provas
18:05é uma mentira.
18:08é truque,
18:10é truque.
18:11Eu me lembro
18:12de,
18:14enfim,
18:15eu pesquisei lá
18:16principalmente
18:16a atuação
18:17da Polícia Federal
18:18na Lava Jato.
18:22Eu me lembro
18:23que o debate
18:24que acontecia
18:24dentro da Polícia Federal
18:26lá atrás
18:28era entre duas posições.
18:31Uma ala
18:31da Polícia Federal
18:32que também
18:34não gostava muito
18:34de delação
18:35premiada.
18:36eles falavam
18:37não,
18:37eu gosto mesmo
18:38é de inquérito.
18:40Eu quero ir lá
18:40e desenterrar as provas.
18:43E tinha
18:43um cara
18:44como o Márcio Anselmo
18:46que era o mais
18:47acadêmico,
18:48vamos dizer assim,
18:49dos policiais federais
18:50ali do grupo
18:51da Lava Jato
18:51que tem uma
18:53carreira
18:54como professor
18:54e tem livro.
18:56No livro dele
18:57lá atrás,
18:58insisto,
18:59ele já dizia
19:00Delação premiada
19:02é meio
19:03de obtenção
19:05de prova.
19:06Não é meio
19:07de prova.
19:09Então,
19:10nunca foi
19:11uma ideia
19:12difundida
19:13na PF
19:13e no Ministério Público
19:14que você pode
19:16pegar uma delação
19:17qualquer
19:17e
19:18processar,
19:21aprender,
19:21matar,
19:22quem quer que seja.
19:23Nunca foi essa a ideia.
19:24isso é propaganda
19:27do SPF
19:29e dos advogados
19:30que não gostam
19:31da Lava Jato.
19:31Os advogados
19:32amigos da corrupção.
19:35Então,
19:36dito isso,
19:37eu só chamei
19:38atenção
19:38para esse fato
19:40para,
19:42enfim,
19:43desfazer
19:44a falsa impressão.
19:46Isso.
19:47Olha,
19:47existe um certo
19:48consenso
19:49no direito brasileiro
19:51a respeito
19:52do papel
19:53das nações.
19:54Esse papel,
19:56ele foi
19:57reiterado
19:58por decisões
19:59do STF
20:00e não nasceu
20:02necessariamente lá,
20:03mas foi reiterado.
20:05Todo mundo,
20:06hoje em dia,
20:06está mais ou menos
20:07de acordo
20:08com essa ideia
20:09de que a
20:10delação
20:11precisa estar apoiada
20:12em outras provas.
20:13Então,
20:14vai ser um escândalo,
20:15um escândalo
20:16absoluto
20:17se esse princípio
20:19não valer
20:19nesse caso.
20:22Por mais
20:23que seja
20:24fedorento
20:26tudo
20:27que a gente
20:28está vendo
20:29exposto aí
20:30e que,
20:32do ponto de vista
20:33político,
20:34não admite
20:35muita dúvida,
20:38por mais
20:38que seja
20:38horrendo
20:39tudo que está
20:39exposto,
20:40a gente precisa
20:41manter
20:41na cabeça
20:42aquela distinção
20:43que a gente já fez
20:44tantas vezes
20:44no programa,
20:45Felipe,
20:45eu e você,
20:46entre o mundo
20:47da política
20:48e o mundo
20:49jurídico.
20:49aquilo que serve
20:52para você fazer
20:52um juízo político
20:54nem sempre
20:55vai servir,
20:55vai ser suficiente
20:56para você fazer
20:57uma condenação
20:58jurídica.
21:00É uma pena,
21:02mas é assim.
21:04Então,
21:05é muito
21:06importante,
21:08é fundamental
21:09que a Polícia Federal
21:11continue se aprofundando
21:12nessas investigações
21:13e
21:15junte
21:16provas materiais
21:18àquilo que o
21:19Rony Lessa
21:20contou
21:20na delação dele.
21:22Isso precisa
21:23existir,
21:25porque senão
21:25vai ser
21:26mais uma
21:27daquelas
21:27cambalhotas
21:28do STF,
21:31do nosso
21:33sistema judicial,
21:35se ele
21:35jogar no lixo
21:37a necessidade
21:38dessas provas
21:39para condenar
21:40dessa vez.
21:41Precisamos
21:42de coerência
21:43no nosso sistema
21:44judicial,
21:44pelo amor
21:45de Deus,
21:47senão
21:47é a
21:50casa da
21:50mãe Joana.
21:52Uma casa
21:53da mãe Joana
21:53em grande
21:54parte
21:55construída
21:56com a ajuda
21:56do STF
21:57ao longo
21:58dos últimos
21:59anos,
21:59que não se cansa
22:00de revisar
22:02e revisar
22:02e três
22:03revisar,
22:04se ela
22:04se diz
22:04essa palavra,
22:05a sua própria
22:06jurisprudência.
22:09Pois é,
22:10exatamente.
22:11e já é
22:13uma brecha
22:15que está sendo
22:16explorada
22:16pela defesa.
22:17Vamos ver
22:18se o trabalho
22:19foi bem feito
22:20da Polícia Federal
22:21e se o Supremo
22:21Tribunal Federal
22:22vai ser,
22:25vamos dizer assim,
22:27rigoroso
22:27em relação
22:28àquilo que
22:28disse acontecer
22:29na Lava Jato.
22:30É sempre bom
22:31que a gente
22:32aqui conteste
22:33essas premissas,
22:34coisa que ninguém
22:35faz,
22:36porque nos veículos
22:37de comunicação
22:37em geral,
22:38tem até patrocinadores
22:39que foram alvos
22:40da Lava Jato,
22:41não há muito interesse
22:42em desfazer
22:43as narrativas
22:44do poder
22:44contra a força-tarefa
22:46que o incomodou.
22:48Então,
22:48aquilo que eles
22:49diziam acontecer
22:50na Lava Jato,
22:52se acontecer agora
22:54e eles tomarem
22:55uma posição diversa,
22:57vai deixar
22:58ainda mais claro
23:00que eles agem
23:02conforme
23:02o interesse político
23:03do momento,
23:04conforme a conveniência.
23:06Ninguém quer
23:06ser responsável
23:07por deixar
23:08o mandante
23:09um homicídio
23:10de um caso
23:10de repercussão
23:11nacional,
23:12livre,
23:13impune.
23:15Agora,
23:16é preciso, sim,
23:17que siga
23:17ali a investigação
23:19e o julgamento,
23:21que eles sigam
23:22os critérios
23:23pré-estabelecidos.
23:23de um fraction
23:25nósos,
23:29querendo a investigação
23:30ou até beber
23:31nósos e
23:46nósos,
23:46até o próximo
23:47BYEEE.
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