- há 5 meses
O governo federal publicou nesta terça-feira, 6, em edição extra do Diário Oficial da União, uma Medida Provisória que isenta do Imposto de Renda os trabalhadores que ganham até 2.824 reais por mês, valor equivalente a dois salários mínimos.
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NotíciasTranscrição
00:00Gente, o governo federal publicou nesta terça-feira, às 6h, em edição extra do Diário Oficial da União,
00:05uma medida provisória que isenta do imposto de renda os trabalhadores que ganham até R$ 2.824,00 por mês,
00:13valor equivalente a dois salários mínimos, tá bom?
00:18Então, para comentar essa portaria, deixa eu chamar ele, o homem que mais entende de números,
00:24o homem que mais entende de mercado, e digo mais, o mais belo editor de economia de um antagonista,
00:34Rodrigo Oliveira, seja bem-vindo, querido, boa tarde para você.
00:38Beleza, boa tarde para você, boa tarde para o pessoal aqui do chat.
00:41Ah, rapaz, hoje eu não estou conseguindo ver o chat aqui, deixa eu ver se está com o link aqui,
00:44para eu poder abrir os comentários também.
00:48Não abandone o chat.
00:50Me perdi aqui, rapaz, você acredita?
00:52Mas olha só, vamos falar sobre a MP, eu vou procurando aqui, quando der,
00:56deixa eu ver se tem aqui, ah não, está aqui, link.
00:59Mas vamos lá, a MP reajusta a faixa de isenção para dois salários mínimos,
01:05já que o salário mínimo também foi reajustado, o impacto nas contas do governo,
01:11segundo a Fazenda, é de 3,3 bi, neste ano, 3 e pouquinho também no ano que vem,
01:17e assim vai, porque você é isenta, é o quanto você vai perder de receita.
01:23Mas o que importa aqui, na verdade, é muito difícil a gente ficar, como é que se fala,
01:29julgar essa medida de uma forma muito simplista, assim, no sentido de...
01:37E aí eu vou, vocês vão ver, é aquele momento que tem gente aqui que espera,
01:42que eu vou concordar com o presidente Lula, nem tudo é gasto.
01:46A tabela está muito defasada, eu não concordo com a ideia de que ela tem que ser indexada,
01:51a inflação, por exemplo, mas obviamente, quando você deixa a tabela do imposto de renda
01:58sem reajustar, você, de alguma forma, você está aumentando a carga tributária daquela pessoa, né?
02:06Afinal de contas, o dinheiro está perdendo valor, você está ganhando aumentos,
02:10e a taxa, a tributação continua a mesma, então você está perdendo,
02:16você está pagando cada vez mais imposto para o governo.
02:19Muito bem, dito isso, obviamente, isso tem um impacto nas contas públicas,
02:25que o governo está estimando ali em 3,3 bi.
02:29Eu fiz uma conta ontem, meio de padaria, deu um 5,8,
02:32que inclusive casa com o que foi o ano passado, assim,
02:37que você reajustou ali em 6,79% o limite de isenção, né?
02:43Ano passado foi 3,7 bi em sete meses, né?
02:47Mas como começa a partir de fevereiro, eu imagino essa...
02:52Então, tem um errinho na minha conta, mas também vai dar próximo de 5 bi.
02:57Então, não é algo que realmente causa um impacto muito grande
03:02nas contas públicas, né?
03:04Embora seja muito dinheiro, mas ele tem, obviamente,
03:07assim como defende o governo, ele tem uma...
03:12Seria muita disfarçatez da minha pessoa
03:15não ver o lado que eu sempre vejo dessas questões, né?
03:21Eu sou um cara que acho que a gente deve ficar com o nosso dinheiro
03:25e utilizar o nosso dinheiro como a gente prefere, né?
03:28Em vez de passar o nosso dinheiro para o governo
03:31e o governo, então, resolver como esse dinheiro tem de ser gasto.
03:35É claro que isso exige alguma responsabilidade
03:40e alguma educação financeira, e nem todo mundo tem,
03:43mas eu acho que é uma curva de aprendizado.
03:45No começo seria muito ruim e depois as pessoas aprenderiam.
03:48Mas, de qualquer maneira, estamos em outro momento
03:51da economia brasileira em que o governo
03:53começa a abocanhar cada vez mais dinheiro.
03:56Mas, como isso foi um compromisso de campanha,
03:59o presidente Lula, o governo Lula, tem tentado elevar a faixa de isenção.
04:06E aí, eu vou lembrar para vocês que a tabela do imposto de renda
04:09é progressiva, né?
04:10Então, o que acontece?
04:11Até esses 2.829, você vai ficar isento
04:17porque ele tem um fatorzinho de dedução,
04:24que é de 500 e poucos reais.
04:25Então, como você abate isso, o tributável fica aí
04:29nos 2.259, que é a faixa mesmo de isenção.
04:37E aí, de 2.259 a 2.828, e alguns quebradinhos, centavos,
04:43você paga 169.
04:45Então, se você ganha 2.829, você não paga nada
04:50até o 2.250, e aí, depois, até o 2.800 e alguma coisa,
04:56você vai pagar 7,5 de alíquota.
04:58De 2.800 a 3.700, você vai pagar 15% de alíquota de imposto de renda,
05:053.750 a 4.600, você vai pagar 22,5,
05:08e acima de 4.600, você vai pagar 27,5 de imposto.
05:14Então, quando a pessoa fala assim,
05:15ah, não, mas eu pago 27,5, não paga.
05:16Vamos ser honestos com as coisas que a gente faz.
05:2127,5, você paga sobre o que excede esse teto,
05:25esse limite aí do imposto de renda.
05:28Por quê?
05:29Porque ele vai subindo a alíquota conforme você vai ganhando mais dinheiro.
05:33Talvez seja o imposto mais progressivo
05:36que a gente tem na economia brasileira,
05:38porque ele vai acompanhando o gasto.
05:41É claro que 4.600, aqui, 4.700,
05:46talvez esteja ainda muito abaixo do que deveria ser feito.
05:52Talvez a gente pudesse criar uma outra alíquota
05:55um pouco mais alta para quem ganha mais dinheiro ainda.
05:59Mas o fato é que isso realmente libera um dinheirinho aí
06:03para o pessoal gastar e fazer girar a economia.
06:07não é algo que oferece um risco fiscal no sentido de
06:11ah, está competindo com o que é feito na política monetária,
06:21um parafiscal, não é.
06:22É um ajuste razoável daquilo que a gente recebe,
06:26quanto de imposto a gente paga.
06:28Está dando umas travadinhas para mim aqui?
06:30É só para mim mesmo, Wilson?
06:32Ou você está tudo bem?
06:33Nossa conexão não está tão boa quanto a gente gostaria,
06:38mas estamos resolvendo isso aqui.
06:40Mas, Rodrigo, o áudio para mim chegou perfeitamente,
06:43então eu acompanhei todo o teu raciocínio.
06:46Agora, eu estou dando uma pesquisa daqui
06:48sobre uma informação,
06:50só para a gente trazer um pouco isso à tona,
06:53porque o governo federal ontem,
06:55quando divulgou essa medida provisória,
06:58que inclusive primeiro foi divulgado naquele canal vermelho,
07:00que eu não vou dizer o nome para não fazer uma propaganda,
07:03e coincidentemente, meia hora depois,
07:06a mesma informação estava disponível
07:08na lista de transmissão do Palácio do Planalto,
07:11para vocês verem como é que algumas coisas funcionam.
07:14Coincidências, coincidências.
07:16Algumas coincidências em Brasília, elas ocorrem,
07:20mas ontem o Palácio do Planalto
07:23divulgou essa informação em tom festivo.
07:25Nossa, estamos aumentando,
07:26estamos elevando a tabela do imposto de renda
07:31para pessoas que ganham até dois relatos mínimos,
07:33etc, etc, etc.
07:34E acho que até no release do Palácio do Planalto,
07:36fala que a correção não ocorria desde 2015,
07:40salvo engano, posso estar equivocado,
07:42mas acho que essa é a informação deles.
07:45Até 2023, ano passado já teve uma correção,
07:48agora está tendo uma.
07:49É, então, inicialmente, exatamente,
07:51mas o Palácio do Planalto fala a partir da premissa,
07:53não, até 2015 essa tabela não era corrigida,
07:56o que a gente vê que não é tão bem assim.
07:59Agora, a promessa do presidente Lula
08:03é aumentar a faixa de isenção
08:05para até 5 mil reais.
08:09E aí é que é o ponto.
08:11Você fazer uma atualização de tabela de imposto de renda
08:14com base na inflação é um aspecto, né?
08:17É um prejuízo, prejuízo, digamos assim, né?
08:20Quer dizer, é uma renúncia fiscal de menor impacto.
08:25Agora, para você cumprir, de fato, essa promessa,
08:27e o Lula até o momento não deu nenhum indicativo
08:30de que vai cumprir essa promessa no curto prazo,
08:32aí que é o problema.
08:34Ainda mais num período em que o Fernando Haddad
08:37está brigando para conseguir ainda manter
08:42aquela história do tal, déficit zero,
08:44que talvez só ele e a sua filhinha
08:46conseguem, de fato, acreditar, né, Rodrigo?
08:49É, a filha dele, né? A minha não.
08:53A minha já aprendeu essas coisas.
08:57Mas esses 5, 6 mil...
09:00Mas a sua inteligência é diferente, né?
09:01Esses 5, 6 mil de isenção realmente é um alvo
09:05bastante complicado, né?
09:06Você vê que eu estava falando aqui as alíquotas?
09:09A maior alíquota incide em 4 mil,
09:11a partir de 4 mil e 600.
09:13Imagina, você vai perder toda essa arrecadação.
09:16O governo federal falou que ele estima
09:20em 15,8 milhões de contribuintes
09:23que serão, que ficarão isentos
09:25a partir de agora, né?
09:27Isso não quer dizer que são 15,8 a mais.
09:29São, ao todo, quem já era isento
09:32e quem está isento agora
09:34vai rodar aí perto de 15 milhões.
09:37Mas agora, se você coloca 5 mil reais
09:40de isenção do imposto de renda,
09:42aí você vai tirar muita gente
09:44do imposto de renda.
09:46E por incrível que pareça,
09:48o grosso dessa arrecadação aí
09:50não é de quem ganha muito dinheiro.
09:52É de quem ganha,
09:53é os milhares, os milhões
09:55que ganham mais ou menos, né?
09:58Então é isso que enche o bolso do governo, né?
10:01A classe média mesmo
10:02não é exatamente o ricão.
10:04Até porque esse cara não tem carteira assinada,
10:07ele não está recebendo salário,
10:08não está na folha de pagamento.
10:10Normalmente ele tem outras formas, né?
10:12Como vai receber como PJ
10:13ou ele é um empreendedor mesmo,
10:16dono de empresa
10:16ou qualquer coisa de outras formas.
10:18Isso é...
10:20O imposto de renda,
10:21ele é voltado mesmo
10:22para a classe média.
10:24Obviamente, você ganharia muito voto,
10:27mas você vai colocar
10:28as contas públicas
10:30num lugar muito desconfortável, né?
10:34Lembrando que
10:35se você olhar para o déficit de 2023,
10:40que foi um déficit recorde
10:42nas contas públicas,
10:43ah, mas teve...
10:44Como é que se fala?
10:48Teve pagamento de precatório,
10:49teve adiantamento do ICMS
10:51para os estados e não sei o que lá,
10:53você sempre vai ter uma desculpa.
10:55É aquela desculpa que você sempre tem
10:56para não começar a fazer exercício,
10:58para não parar de fumar, né?
11:01Ah, não, mas eu estou parando,
11:02mas é que...
11:03Hoje está um dia muito estressante,
11:04aí você fuma.
11:05Não, eu estou tentando malhar,
11:07mas, putz, ontem foi um dia muito cansativo,
11:09tive que dormir até mais tarde.
11:10Então, assim, você sempre vai ter
11:12uma explicação para esse tipo de coisa.
11:15Mas não interessa,
11:16porque no fim das contas
11:17você vai ser cobrado
11:18por aquilo que você fez, né?
11:20Você vai ter problemas de saúde
11:23se não malhar
11:23ou se não parar de fumar o seu cigarro
11:26e vai ter problemas nas suas contas
11:28se você não fizer um controle
11:30dos seus gastos
11:32compativelmente com as suas receitas.
11:35E isso é o que a gente não vê.
11:37A gente vê muita conversa sobre isso,
11:40mas não há nada concreto
11:43que faça com que a gente comece a acreditar
11:45que existe uma solução
11:47para as contas públicas
11:49da forma como elas estão sendo tocadas.
11:52E aí não é um trocadilho
11:55porque o Haddad estava tocando violão
11:57outro dia,
11:58mas sim da forma como elas estão sendo
12:00administradas.
12:02Parece que as coisas
12:03não vão para um lugar bom,
12:05mas a gente, infelizmente,
12:07vai ter que esperar,
12:08porque as pessoas
12:10tendem a entender isso
12:12só quando a água já subiu bastante.
12:15Então, Rodrigo,
12:17falando ainda dessa parte
12:19de incentivo fiscal,
12:20hoje pela manhã
12:21o presidente Lula,
12:23durante uma solenidade lá no Rio de Janeiro,
12:25falou justamente isso.
12:27Jogou a culpa nos empresários
12:28dos incentivos fiscais
12:30que são concedidos
12:31pelo governo federal.
12:33Vamos ouvir o presidente Lula.
12:34O Estado tem obrigação
12:37de garantir oportunidade
12:39para que todas as pessoas
12:41possam vencer na vida.
12:44Esse é o papel do Estado.
12:45Não é atender, sabe,
12:47os megas empresários
12:48que cada vez que vão na presidência
12:50só cair também de pedir bilhões
12:52e bilhões e bilhões
12:53e bilhões e bilhões.
12:55Pega a dívida ativa brasileira,
12:57você vai encontrar quase
12:58dois trilhões de dívidas.
13:00Veja se os pobres têm dívida.
13:02Não tem.
13:02Porque o pobre é o seguinte,
13:05quando ele compra o pão e o leite fiado
13:07e ele não pode pagar,
13:09ele passa de passar
13:10na frente da padaria.
13:11Ele tem medo de ser chamado,
13:13de que está devendo.
13:14O rico não.
13:15O rico gosta de dizer que está devendo.
13:18Para ele é uma coisa charmosa dizer,
13:20eu peguei 5 bilhões no BNDF,
13:23juros de longo prazo,
13:255 anos de carência
13:26e vou pagar em 15 anos.
13:29Não é assim, Eduardo?
13:31O pobre não.
13:32O pobre é gente
13:34em perto do crédito
13:34consignado,
13:35500 reais,
13:36mil reais,
13:37a boca era sobreviver
13:39e ele vai sobrevivendo.
13:41E aí, Rodrigo?
13:45Vamos falar sério, gente.
13:47Não tem isso.
13:49Se isso fosse meia verdade,
13:51não tinha desenrola
13:52para a dívida de 100 reais,
13:54de 200 reais.
13:56Isso é absurdo,
13:57é preconceituoso,
13:59é uma criminalização
14:00contra quem tem dinheiro.
14:02Eu não estou aqui defendendo
14:03bilionário, milionário,
14:04não é nada disso.
14:06Tem gente que paga
14:07e tem gente que não paga.
14:09Quem não paga faz com que o outro
14:11pague mais caro.
14:13É simples.
14:16Chega a ser infantil.
14:19É de uma simplicidade
14:21que até ofende.
14:24Olha só,
14:26não tem isso,
14:27não existe isso.
14:28Quem paga é o pobre,
14:30quem não paga é o rico.
14:31é sempre escolhendo lugares
14:35para transformar as coisas
14:36em um jogo de futebol,
14:38em uma partida
14:38em que você divide a população
14:40entre nós e eles,
14:42entre pretos e brancos,
14:43amarelos e azuis,
14:44vermelhos e não sei o que lá,
14:46qualquer coisa,
14:47para que você consiga, então,
14:49dominar parte desse jogo
14:52de narrativa,
14:54desse jogo de retórica.
14:55Não é verdade.
14:57Tem realmente,
14:58os volumes são mais altos
14:59porque você pega empréstimos
15:00mais altos,
15:01quando você tem mais dinheiro
15:02e aí,
15:03quando você dá o calote,
15:04porque aí o calote é igual.
15:06Caloteiro é caloteiro,
15:07rico ou pobre.
15:09Isso é a mesma conversa
15:10sobre criminalidade
15:12e status social.
15:16Mentira,
15:17isso é invenção,
15:18isso não faz nenhum sentido.
15:19O fato é que
15:21o que a gente tem que prestar atenção aqui
15:25é que quando alguém não paga,
15:28o resto da sociedade paga.
15:31a meia entrada que alguém tem direito
15:33é paga pelo resto da sociedade
15:36que não tem direito.
15:38Ontem mesmo eu fazia uma entrevista aqui
15:39que vocês vão assistir muito em breve
15:41num programa novo
15:42que a gente está lançando,
15:43mais uma entrevista
15:44mais tranquila,
15:46sobre negócios,
15:47história de vida,
15:47etc.
15:48e tal,
15:48histórias mais inspiradoras,
15:50etc.
15:51E a gente,
15:52eu falava aqui com a diretora comercial
15:54da Neo Energia
15:55e porque tem uma mudança na lei
15:58que vai trazer aí
15:59pequenas e médias empresas
16:01para o mercado livre de energia
16:02e aí você fala,
16:03mas por que no mercado livre de energia
16:04dá para cobrar mais barato na energia?
16:06Não é toda hora,
16:07mas por que dá para cobrar mais barato?
16:08Porque no sistema regulado,
16:12no mercado regulado,
16:13que é eu,
16:13você,
16:14as residências fazem parte,
16:16as unidades consumidoras
16:18são residências,
16:19o que acontece?
16:20Você tem que pagar um pouco mais caro
16:22para que quem tem menos renda
16:23tenha energia de graça,
16:27por exemplo.
16:28E eu não estou aqui julgando esse mérito.
16:30O que eu reclamo
16:32é que a gente não tenha clareza
16:35nessa discussão
16:36para que a gente possa assumir
16:38o que a gente está fazendo.
16:40Olha,
16:41eu não quero ajudar ninguém.
16:43Não me interessa,
16:44não estou dizendo que sou,
16:46que é isso.
16:47Eu não me interessa
16:48se a pessoa precisa ou não precisa.
16:49Eu não quero ajudar.
16:51Ah,
16:51mas eu quero,
16:52eu acho que é justo ajudar
16:54e eu estou disposto
16:55a pagar mais na minha conta
16:57para que essa pessoa
16:58tenha isenção
16:59para que ela possa ter
17:00uma nova oportunidade na vida.
17:02É só isso.
17:03A discussão tem que ser assim
17:04e não no sentido de,
17:06ah,
17:07aquele fulaninho ali
17:08que tem mais dinheiro
17:08quer que o pobre se exploda,
17:10como diria aquele personagem
17:11do Chico Anísio.
17:14Aquele outro ali
17:15quer que o rico se exploda.
17:17Isso é uma besteira.
17:18Isso é uma idiotice.
17:20Quando é que essa sociedade
17:21vai sair da terceira série?
17:24Vamos discutir as coisas
17:26com clareza,
17:27de forma adulta.
17:28Tem coisas que a gente não quer
17:30tem coisas que a gente quer
17:31e tem vezes
17:32que a gente vai vencer
17:33democraticamente
17:35e tem vezes
17:35que a gente vai perder
17:36democraticamente.
17:37Mas a democracia
17:39é o nosso sistema
17:41de escolha.
17:43Então,
17:43ah,
17:43eu quero pagar,
17:45eu não quero pagar.
17:46Beleza,
17:46vamos votar.
17:47Ou vai ser lá no Congresso
17:48pelos nossos representantes
17:50ou vai ser diretamente
17:51por um plebiscito,
17:51sei lá,
17:52acho que nem pode isso
17:53para esse tipo de tema.
17:54Mas assim,
17:55vamos discutir as coisas
17:58sem essa idiotização
18:00que o Lula
18:02tenta imprimir
18:03à população brasileira
18:04todas as vezes
18:05que ele sobe
18:06num palanque
18:07para fazer campanha.
18:08Porque é só isso
18:09que ele faz também.
18:10Agora já falei demais,
18:11vou acabar saindo daqui preso.
18:25Obrigado.
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