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Abin na gestão Bolsonaro usou de ferramentas de geolocalização em dispositivos móveis, como celulares e tablets, sem a devida autorização judicial.
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Transcrição
00:00Agentes da Polícia Federal ainda estão cumprindo 21 mandados de busca e apreensão
00:05no âmbito das investigações sobre o caso da Abin Paralela.
00:10Dentre os alvos está o ex-diretor da agência do governo Bolsonaro, Alexandre Ramagem.
00:17Como noticiou o antagonista, quando a espionagem ilegal foi revelada em março ainda de 2020,
00:24a Abin, na gestão Bolsonaro, usou de ferramentas de geolocalização em dispositivos móveis como celulares e tablets
00:32sem a devida autorização judicial e sem o conhecimento dos alvos.
00:36As buscas desta quinta-feira estão sendo conduzidas tanto no gabinete do Ramagem,
00:42aqui em Brasília, aqui do ladinho, aqui na Câmara dos Deputados,
00:45quanto em seu apartamento funcional na Câmara dos Deputados.
00:49Essa operação, denominada Vigilância Aproximada, é um desdobramento da Operação Primeira Milha,
00:55que foi desencadeada em outubro do ano passado, justamente com esse objetivo,
01:00de investigar o uso criminoso da ferramenta de espionagem por geolocalização chamada First Mile.
01:08Essa ferramenta, segura um pouquinho, Frentes.
01:09Essa ferramenta, inclusive, ela foi adquirida durante o governo Michel Temer,
01:13mas ela teve esse uso ostensivo ao longo do governo Jair Bolsonaro.
01:17As investigações da Polícia Federal apontam que o software
01:22adquirido para espionar, para você ter dados de GPS,
01:29ele foi utilizado para monitorar celulares de servidores públicos, políticos, policiais,
01:34advogados, jornalistas e até mesmo juízes.
01:39Segundo a gestão da BIM no governo Lula,
01:41o programa foi adquirido no final do governo Temer, como eu falei agora há pouco,
01:44e foi utilizado até a parte do terceiro mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro, tá bom?
01:52Só para a gente relembrar, porque você que nos acompanha aqui em um antagonista cruzoé,
01:57você já sabe dessa história já há um bom tempo, tá?
02:00Não é novidade para você essa informação.
02:03Enquanto a concorrência fala, ah, porque estamos, né, é um caso novo,
02:08não, você já sabia que isso acontecia.
02:10Tem aí a capa da cruzoé, Matheus?
02:13Porque essa ABI em paralela foi tema da cruzoé em março de 2020,
02:20matéria do colega Fábio Serapião, inclusive hoje está na Folha, tá?
02:24Então tá aí, você já sabia dessa história há muito, muito, muito tempo, tá bom?
02:29Deixa eu chamar logo o parlamentar aqui para a nossa conversa,
02:31porque eu quero questioná-lo, deputado, muito obrigado pela atenção,
02:37obrigado pelo convite, por ter aceitado de participar aqui no Meio Dia em Brasília.
02:43Eu que agradeço, muito obrigado por estar me recebendo aqui mais uma vez.
02:47Deputado, essa operação de hoje, se você olha, observá-la,
02:52sobre o prisma da operação da, sobre o prisma policialesco,
02:58você pode ter uma conclusão.
03:00Mas do ponto de vista político, ela mostra, de certa forma, que há um filme, né,
03:05que há uma tendência até de perseguição de adversários do governo Lula,
03:10porque é a segunda semana seguida em que nós temos um ex,
03:16um aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro sendo alvo de uma ação da Polícia Federal.
03:21Ontem, os senhores fizeram uma manifestação lá na Câmara
03:26para denunciar o que vocês chamam de perseguição do governo Lula.
03:33Dá para falar que há uma perseguição do governo Lula
03:36a ex-aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro?
03:40É possível se tirar essa conclusão nesse momento, deputado?
03:43Boa tarde para você.
03:44Muito boa tarde.
03:45Olha, o seu comentário foi preciso, de como eu penso.
03:49Eu acho que todas essas questões...
03:51Policiais, investigativas, que merecem ser avaliadas,
03:56é um quesito.
03:58Agora, tem que se esforçar muito
04:01para fazer uma justificativa de que não é perseguição política,
04:06porque estamos em ano eleitoral,
04:08são dois candidatos a prefeituras importantes no estado do Rio de Janeiro,
04:16que é carcomido por narcotráfico e corrupção historicamente,
04:21e você tem ali opositores a esses dois candidatos,
04:25que estão agora sendo indiciados,
04:28opositores desses candidatos, desses pré-candidatos,
04:31que têm o controle da máquina e são aliados ao governo federal.
04:38Então, politicamente, fica muito difícil de você justificar que não,
04:42não está tendo perseguição nenhuma.
04:44Além desse caso agora pontual,
04:46ou seja, estamos em vésperas de início de um processo eleitoral,
04:52já há todos os indícios anteriores de outras investigações
04:56com relação a fake news e tudo aquilo que o judiciário colocou
05:02como sendo válido de ser investigado.
05:06Então, já existe aí um pano de fundo de limitação da oposição
05:12e agora temos um gatilho para que haja uma contundência maior
05:17contra os pré-candidatos a prefeituras importantes de todo o Brasil.
05:23É, essa é a questão, né?
05:24Porque parece, de fato, uma coincidência,
05:26porque na semana passada o Carlos Jordi foi alvo de uma ação da Polícia Federal
05:30e ele é pré-candidato à prefeitura de Niterói.
05:33O Ramagem, ele é pré-candidato à prefeitura lá do Rio de Janeiro.
05:37Embora ali, dentro do PL,
05:39nós sabemos que ainda há uma resistência do Carlos Portinho
05:42em endossar essa candidatura, né?
05:45O Portinho ainda tenta se movimentar para ser o candidato do partido,
05:48mas com a abenção do ex-presidente Jair Bolsonaro.
05:51Então, de fato, o Ramagem, ele é praticamente o nome
05:54que vai ser indicado pelo partido.
05:56Precisa ali apenas de uma acomodação do Carlos Portinho com o Ramagem.
05:59O senhor acredita que outras, se acompanhar, né?
06:03Se esse raciocínio for, né?
06:05Se a gente for colocar para frente,
06:06o senhor acredita que outros pré-candidatos
06:08possam também ser alvo de ações da Polícia Federal no futuro?
06:11Há um receio da oposição nesse sentido, deputado?
06:15Com certeza, com certeza.
06:17Essa é a preocupação que a maioria da oposição tem.
06:22Quem será o próximo?
06:23E a gente está vendo aqui o gatilho eleitoral.
06:26Eu acho que quando fica mais claro de que o desgaste político
06:30de colocar um pré-candidato às vistas do público
06:35com uma investigação, como se supostamente ele tivesse cometido alguma infração,
06:41isso certamente, no mínimo, cria um efeito eleitoral.
06:45No máximo, pode até levar a uma indiciação,
06:48ou perda de mandato, cassação, até mesmo prisão.
06:52No caso aqui, você veja, no caso do Jordi,
06:54ficou muito patente que as provas sobre as quais foram usadas
07:00para fazer ali uma busca e apreensão
07:03são muito fracas, muito tênues, e até houve provas falsas.
07:08No caso do Ramage, é uma questão técnica,
07:10e me surpreenderia se, por acaso, também não fosse a mesma coisa.
07:17Por quê?
07:18Porque todos da Polícia Federal,
07:19aqui eu vou fazer um comentário geral,
07:21todos que eu encontrei da Polícia Federal,
07:24diferentes matizes de pensamento,
07:26e dentro da Polícia Federal tem ideologia, sim,
07:29como em toda instituição pública,
07:31tem alguns que estão mais à direita,
07:33alguns mais ao centro, outros mais à esquerda.
07:36Independente disso,
07:37o rigor técnico jurídico dos policiais federais
07:40é exemplar e o Ramage se distoa,
07:45até como sendo uma pessoa de extrema capacidade técnica.
07:50Então, me surpreenderia
07:51se ele, de fato, estivesse cometendo algum erro
07:54nessa investigação aí.
07:57Então, é bem provável que isso seja usado
07:59para diminuí-lo politicamente
08:01mais do que realmente leve a uma indenização.
08:05E também fica a grande questão,
08:06tiveram um ano inteiro de 2023
08:10para levantar esse caso.
08:12Por que agora, em 2024?
08:14Então, eu acho que é exatamente
08:16pelos efeitos eleitorais.
08:18Agora, deputado, do ponto de vista prático,
08:20ontem, inclusive daqui a pouco
08:22nós vamos exibir trechos dessa entrevista coletiva,
08:25ontem ocorreu uma entrevista coletiva
08:27de vários deputados e senadores da oposição.
08:30Eu confesso que na imagem não vi o frame
08:32se o senhor estava nessa coletiva,
08:33mas outros parlamentares...
08:35É, mas estava o Rogério Marinho,
08:37estava o Jordi, enfim,
08:40entre outros parlamentares,
08:41a Júlia Zanata, enfim, etc.
08:43Biaquices.
08:46Obviamente, e nessa coletiva,
08:48os parlamentares de oposição
08:49cobraram uma posição mais firme
08:53do presidente do Congresso,
08:55o Rodrigo Pacheco,
08:56e também do Arthur Lira,
08:57presidente da Câmara,
08:58para se coibir esse tipo de ação.
09:00Porque, de novo,
09:01é a segunda ação envolvendo parlamentar
09:03em exercício de mandato,
09:05em que a Polícia Federal vai lá
09:06vasculhar o gabinete,
09:07o que, em situações normais,
09:09é algo que deveria ser exceção.
09:12E me parece que já começa a virar uma regra.
09:15O que, de fato, pode ser feito, deputado?
09:18Que tipo de pressão pode ser feita
09:19em relação ao Rodrigo Pacheco?
09:21Em relação ao Arthur Lira,
09:23pode ser uma possibilidade
09:25para você tentar diminuir um pouco isso?
09:27Seria você dar seguimento a algumas leis
09:31para combater a busca de autoridade?
09:34Aquela PEC limita a ação de ministro do Supremo
09:37pode ajudar isso?
09:38Pode ajudar a arrefecer um pouco
09:41esse ânimo,
09:43esse ímpeto do Supremo
09:44e de pessoas que queiram perseguir
09:47os adversários do ex-presidente Jair Bolsonaro?
09:50Quer dizer, os aliados, perdão,
09:52do ex-presidente Jair Bolsonaro
09:53e adversários do Lula?
09:54O que, de fato, pode ser feito
09:56para você tentar restabelecer a ordem
09:58e restabelecer o equilíbrio
10:01entre os três poderes?
10:02Executivo, Legislativo e Judiciário?
10:05Olha, sem uma reforma do Judiciário,
10:08nós estamos chovendo no molhado.
10:10O Parlamento, o Congresso, não existe.
10:13Tanto o Senado quanto o Câmara
10:15não vai existir esse ano
10:17se não houver uma pauta propositiva
10:20de reforma do Judiciário.
10:22Eu digo isso, que a grande luta
10:24que o Congresso vai ter
10:26neste ano de 2024
10:28vai ser a luta por relevância.
10:31Nós estamos completamente irrelevantes.
10:342023 foi um ano, na minha opinião,
10:38que marcou o fim, de facto,
10:42da ação legislativa,
10:43do poder legislativo,
10:44exatamente pelas lideranças,
10:47falhas, omissas,
10:48omissas, do Senado,
10:51na mão do senhor Rodrigo Pacheco,
10:53e da Câmara,
10:54na mão do senhor Arthur Lira.
10:56Essas duas entidades
10:57não são líderes do legislativo,
11:00não compõem liderança do legislativo,
11:03não têm opinião de absolutamente nada.
11:05Eles são negociadores de poder.
11:08E, claro, que o maior beneficiário
11:11dessas negociações
11:12são as suas próprias carreiras.
11:15Em segundo plano,
11:16é a carreira de líderes partidários,
11:20que, entre a liderança da Câmara
11:22e do Senado,
11:23e os líderes partidários,
11:25eles atropelaram os processos legislativos
11:27de discussões importantes,
11:30que não foram travadas
11:32dentro do processo do regimento
11:34da Câmara e do Senado,
11:38como todas as reformas tributárias
11:39que foram passadas,
11:40além de outras.
11:42Então, eles não são líderes
11:44do legislativo.
11:46Eles são negociadores.
11:49Toda vez que a oposição
11:50cria um impasse,
11:51isso é bom para eles,
11:52isso vira moeda de troca.
11:55Porque, com esse impasse
11:56que a oposição gera
11:58na opinião pública,
12:00na mobilização popular,
12:01eles negociam
12:03uma saída melhor para eles
12:05e uma saída melhor
12:06para os seus cúmplices,
12:08que são as outras lideranças partidárias.
12:10Então, temos um grande problema,
12:13sem dúvida,
12:14do processo dentro do legislativo,
12:16com lideranças falhas,
12:18falsas lideranças,
12:19que são sistematicamente colocadas ali.
12:24Entra cada dois anos,
12:25cada cinco, dois anos,
12:26ao menos na Câmara,
12:27é isso que acontece.
12:29Então, nós temos que,
12:30a priori,
12:31ter um líder de verdade.
12:32Segundo,
12:33que esse líder de verdade
12:35faça uma...
12:36Coloque em pauta
12:37uma reforma do judiciário.
12:39Caso contrário,
12:40o que nós vimos em 2023
12:42segue em 2024.
12:44Então, o grande desafio aqui
12:45é tornar o Congresso relevante
12:47mais uma vez,
12:48como se a gente esperasse
12:50que ele tivesse
12:50essa relevância no passado,
12:52que, de fato,
12:53nos últimos dez anos
12:54tem só deteriorado.
12:55Tá certo.
12:59O deputado,
13:00uma hoje uma pergunta
13:00de forma muito objetiva
13:01sobre o Ramagem.
13:03O senhor disse que conhece o Ramagem,
13:04conhece o trabalho dele.
13:06O senhor acredita
13:06que ele teria coragem
13:07de comandar
13:09um esquema
13:10de espionagem
13:11de adversários?
13:14Que ele teria coragem
13:15de fazer dossiês
13:17para entregá-los
13:18para Flávio Bolsonaro,
13:19para Jair Renan
13:20ou para quem quer que seja?
13:23Olha,
13:24o que eu posso dizer
13:25do Ramagem
13:26é que é uma pessoa
13:26extremamente correta.
13:28É uma pessoa que
13:29eu fiquei até impressionado
13:31com.
13:32É uma pessoa
13:32introvertida,
13:35técnico,
13:37muito correto
13:37e eu acho
13:39muito difícil
13:41de imaginar ele
13:41em algum esquema
13:42que possa violar
13:44ou colocá-lo
13:46e colocar aquele
13:47quem ele é favorável.
13:50em uma luz negativa
13:52perante a lei.
13:54Eu vejo ele
13:54como um representante
13:57fidedigno,
13:58parlamentar fidedigno
13:59do Estado de Direito.
14:00É assim que eu o conheci.
14:02Não posso julgar
14:04com relação
14:05a qualquer relação
14:07que ele possa ter,
14:08o incentivo
14:08que ele possa ter tido
14:09fora desse perfil dele.
14:11É por isso que eu digo
14:12me espantaria
14:13se por acaso
14:15viesse à tona
14:16que de fato
14:17ele tinha aí
14:17uma organização criminosa
14:20um grupo criminoso
14:21violando o Estado de Direito,
14:23as leis e as regras
14:24e toda a carreira
14:25que ele teve
14:26como policial federal.
14:28E eu acho
14:28que ele destoa
14:29e foi selecionado
14:31pelo Jair Bolsonaro,
14:32imagino,
14:33que seja exatamente
14:33por essa qualificação
14:35técnica
14:36que ele sempre porta.
14:38Então,
14:39estou dizendo aqui
14:39só um comentário
14:40de perfil
14:41e personalidade.
14:42Me chocaria.
14:43A Polícia Federal
14:45investiga
14:45se a Agência Brasileira
14:47de Inteligência
14:47foi utilizada
14:48durante a gestão
14:49do hoje deputado federal
14:50Alexandre Ramagem
14:51para espionar
14:52ministros do Supremo,
14:55governadores,
14:56senadores
14:56e aliados
14:57do presidente Lula.
15:00Pelas informações
15:01que nós obtivemos
15:02junto com os
15:03integrantes da Lida PF,
15:04entre os políticos
15:05que foram espionados
15:07pelo software espião
15:08Fort Mile
15:09estão os ministros
15:10do STF,
15:11Alexandre de Moraes,
15:13Gilmar Mendes,
15:16o ex-presidente
15:17da Câmara
15:17dos Deputados,
15:18Rodrigo Maia,
15:20e o atual
15:20ministro da Educação
15:22e então
15:22governador do Ceará,
15:24Camilo Santana.
15:27Deixa eu tentar
15:28explicar um pouquinho,
15:28segura um pouquinho,
15:29Freitas,
15:30porque havia
15:32uma suspeita
15:33dentro da BIM
15:33de que Moraes
15:34e o Gilmar Mendes
15:36faziam parte
15:36de um grupo
15:37que teria
15:40como foco
15:41desgastar
15:42a imagem
15:43do ex-presidente
15:44Jair Bolsonaro.
15:45Pode complementar.
15:46E dentro desse grupo
15:48também faria parte
15:49o Rodrigo Maia.
15:52Em relação
15:53ao Camilo Santana,
15:55a BIM chegou
15:56a utilizar um drone
15:57para espionar
15:57a residência
15:58do ex-governador
15:59do Ceará
16:00em 2021.
16:07o

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