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Transcrição
00:00Muito bem, Carlos Greb já vai entrar na área. Enquanto isso, eu vou introduzindo aqui mais declarações do Lula, que ele falou na segunda-feira, dia 4, durante a 4ª Conferência Nacional de Cultura.
00:15O petista se referiu à manifestação bolsonarista de 25 de fevereiro como um evento promovido por um cidadão que sabe que fez caca, que vai ser julgado e pode ser preso.
00:25Olha, de fazer caca e escapar da justiça, o Lula entende muito bem. Então, vamos acompanhar.
00:55No domingo passado. Aquele ato, o que era? Aquele ato é de um cidadão que sabe que fez caca, que sabe que fez uma burrice, que sabe que tentou dar um golpe e que sabe que ele vai para a justiça e que sabe que ele vai ser julgado.
01:13E se ele for julgado, ele pode ser preso e ele está tentando escapar.
01:18É o ápice da hipocrisia o Lula falando a respeito de estudos, porque é tudo que ele fez também quando ele estava prestes a ser preso.
01:33Isso não é para eximir Jair Bolsonaro. Nós aqui estamos todos os dias avaliando as responsabilidades de Jair Bolsonaro.
01:42É para apontar que o Lula não tem autoridade moral para dizer aquilo que ele está dizendo.
01:47Nós podemos dizer.
01:49Agora, o Lula, ele critica o Bolsonaro por usar o nome de Deus em vão.
01:57Se vocês procurarem um artigo meu, por que Lula se equipara a Deus?
02:01Eu listo as diversas ocasiões em que o Lula fez isso.
02:05Ele se equiparou a Deus, a Jesus Cristo, eventualmente até se colocando como alguém mais perseguido do que Jesus Cristo,
02:16que teria recebido mais chibatadas do que Jesus.
02:20Então, o Lula sempre fez isso.
02:23Até em depoimento, quando ele era alvo de processo, ele fez mais um momento de hipocrisia.
02:32Tem a hipocrisia no conjunto e tem a hipocrisia nas partes.
02:36Mas eu quero ouvir, Carlos Graeb, antes de continuar aqui na minha análise.
02:39Boa noite, Graeb.
02:41E eu peço perdão aqui pela extensão da nossa análise internacional,
02:46porque a pauta está muito cheia hoje e eu gosto de ser minucioso.
02:50Salve, Salve.
02:51Salve, Felipe.
02:52Imagina, eu estava aqui aproveitando a conversa de você e do Duda.
02:55Estou acompanhando desde o comecinho, não perdi nada.
02:58Bom, o que você destaca aí da fala do Lula sobre as cacas?
03:04Bom, para a conversa, foi o mesmo longo discurso em que ele falou sobre a Palestina,
03:11que vocês comentaram agora há pouco.
03:13Exato.
03:15Era um evento de cultura e o Lula fez um discurso bem lulado, longo.
03:22está transcrito ali no site do governo.
03:29Aproximadamente um terço do discurso ele fala sobre cultura,
03:33sobre investimentos em cultura, sobre a importância da cultura.
03:36O resto, os outros dois terços, são isso aí.
03:42Ataques aos adversários, o mote do discurso dele era
03:47vocês não podem esquecer, a gente não pode se esquecer do que aconteceu nesse país,
03:51a gente não pode esquecer.
03:53E é curioso, né?
03:56Aquilo que ele diz, inclusive, que a empresa, a imprensa,
04:00precisa pedir desculpas por ter errado em relação ao Lava Jato.
04:06Outra coisa que ele fala no meio do discurso dele.
04:10Ou seja, ele quer que o Brasil esqueça aquilo que ele e o PT fizeram.
04:15Isso aí não tem problema nenhum esquecer.
04:17Isso aí vamos atropelar, vamos passar por cima.
04:22Lula.
04:23O Graele, só um parêntese que eu não resisto.
04:25Então a gente já sabe o que o Bolsonaro vai falar um dia, né?
04:29Que eles vão seguindo os mesmos métodos, as mesmas etapas.
04:33O Bolsonaro vai dizer assim,
04:34a imprensa me deve desculpas, etc.
04:36Porque é rigorosamente o mesmo misancene.
04:42O mesmo misancene.
04:44O mesmo misancene de sempre.
04:45Bom, então só vamos dizer aqui, né, Filipe?
04:48Eu acho que a gente pode até fazer um jogral aqui.
04:50Lula, nós não esqueceremos, né?
04:55Eu quero lembrar uma entrevista feita pela Folha de São Paulo
05:00com o marqueteiro petista João Santana,
05:03que na última eleição atuou para o Ciro Gomes,
05:07mas já depois da Lava Jato,
05:10em que ele também, o João Santana foi atingido,
05:13mas que é um marqueteiro que atuou em diversas campanhas petistas.
05:17E que conhece muito bem o Lula.
05:19Essa entrevista foi feita em 2006.
05:22O título da matéria é
05:23Lula se beneficia na situação de vítima,
05:26diz publicitário João Santana.
05:28E a matéria já começa indo ao ponto
05:31em que o João Santana descreveu, na prática,
05:34as duas caras do Lula.
05:37E eu vou pegar aqui o ponto lá do meio da entrevista mesmo, né?
05:43Para pegar a declaração completa.
05:48O João Santana fala assim,
05:51Lula desenvolveu uma análise própria...
05:53Não, espera aí.
05:56Deixa eu pegar um pouquinho mais à frente aqui,
05:58que é o trecho diretamente do João Santana.
06:01Aqui.
06:03O político Lula, depois que se tornou presidente,
06:07sempre que esteve em situação de vítima,
06:09saiu lucrando.
06:10É uma outra teoria minha,
06:12a do fortão e a do fraquinho.
06:14Duas características que convivem,
06:16paradoxalmente, no mesmo personagem.
06:18E aí a Folha perguntou como isso ocorre.
06:20O João Santana respondeu.
06:22Há uma profunda identificação do povo com ele.
06:25O fenômeno ocorre depois do rito de passagem,
06:27que o transformou em presidente
06:28e deu-lhe toda a glória inerente ao processo.
06:32Passou a existir uma projeção das camadas C e D da população.
06:36Lula é um deles, chegou lá.
06:38Os 60% da população que se identificam com Lula,
06:41são dados da época, né?
06:43Enxergam o presidente como o fortão,
06:46o igual que rompeu todas as barreiras sociais
06:49e conseguiu o impossível,
06:50tornando-se um poderoso.
06:52É algo que mexe profundamente com a autoestima das pessoas.
06:55Lula, nesse caso, é o fortão,
06:57o libertador da minha teoria.
06:59Por outro lado,
07:00quando o Lula é atacado,
07:02ele usa a expressão atacado.
07:03Obviamente, a gente pode traduzir
07:06quando aparecem informações inconvenientes para o Lula
07:10ou críticas legítimas.
07:12O povão pensa que é um ato das elites
07:15para derrubar o homem do povo que está lá.
07:17Só porque ele é pobre, pensam.
07:19Nesse caso, vira o bom e frágil fraquinho
07:22que precisa ser amparado e protegido.
07:25Jamais houve no Brasil
07:26o tamanho da identificação entre um presidente
07:28e os setores majoritários da população.
07:31Então, esse é um trecho da resposta do João Santana,
07:34que mostra as duas facetas do Lula,
07:36que ele utiliza até hoje.
07:38Ele manipula isso.
07:40E, obviamente, as pessoas
07:42menos antenadas com todas as informações,
07:47com a bibliografia de teoria política,
07:50com o antagonista,
07:52elas não se dão conta.
07:54Ele posa daquele que superou as adversidades
07:56e daquele que continua sendo alvo das elites,
08:01uma vítima eternamente perseguida.
08:03Então, ele está lá no poder
08:04e ele continua com esse discurso
08:06de que fizeram tudo contra ele, etc.
08:09É o discurso populista em si
08:11que divide,
08:12que cria uma fronteira
08:14para dividir a sociedade
08:15em dois campos antagônicos,
08:17jogando ali o povo contra as elites.
08:20Ele já tem, de uma forma inerente,
08:23essa saída para o populista
08:25que é pego fazendo alguma coisa suja,
08:27que, eventualmente, comete um crime
08:29ou que incorre numa imoralidade, etc.
08:33Quer dizer,
08:33se ele tem um discurso
08:34que ele é o verdadeiro representante do povo
08:37contra, seja as elites,
08:39sejam as elites,
08:40seja o sistema,
08:42seja o establishment,
08:43seja como cada um,
08:44seja a esquerda ou a direita chama,
08:47obviamente,
08:48quando ele se torna alvo,
08:49ele é alvo dessa elite,
08:51desse sistema,
08:52desse establishment.
08:53Então, essa é a construção manipuladora
08:57utilizada pelo Lula,
08:59sempre.
08:59E o que ele acabou de fazer
09:01nesse discurso
09:02foi precisamente isso.
09:06Tentando falsear aí a história dos fatos.
09:09E sim,
09:10como o Greb estava comentando,
09:11a partir do bom artigo do Wilson Lima,
09:15ele investe na volta do fantasma do bolsonarismo.
09:19Os bolsonaristas fizeram a mesma coisa,
09:20você não podia falar nada a respeito deles,
09:22nada que estivesse efetivamente acontecendo,
09:25porque senão o PT volta.
09:26Foi uma expressão que até se popularizou
09:29e rendeu muitas ironias,
09:31e rende até hoje.
09:32Senão o PT volta.
09:33Quer dizer,
09:34aí o Bolsonaro fazer alguma coisa igual ao PT.
09:35Não, não pode falar,
09:36porque senão o PT volta.
09:38Aí o Bolsonaro liderava ali
09:39a frente ampla pela impunidade.
09:41Não, se você apontar isso,
09:42o PT volta.
09:43Não, olha só,
09:44eu estou apontando isso
09:45porque o Bolsonaro está ajudando o Lula.
09:49E, portanto,
09:49ele vai ajudar o PT a voltar.
09:51Não, você que está ajudando.
09:55Então, assim,
09:55eles se utilizam.
09:57Por quê?
09:58Porque a sujeira de cada um é muito grande
10:00e eles tentam limpar a própria sujeira
10:02na sujeira do outro.
10:03Então, interessa aos dois
10:04essa polarização.
10:06E quem eles atacam mais?
10:07Os independentes.
10:09Quem eles tentam calar mais?
10:10Os independentes,
10:12que são aqueles que têm autoridade moral
10:14para apontar as verdades inconvenientes para eles.
10:18Eles não se importam tanto
10:20que haja numa emissora de TV
10:22em horário nobre um bolsonarista
10:24fazendo um grande debate
10:27com um petista,
10:28um marqueteiro do bolsonarismo
10:30debatendo com um advogado lulista.
10:34Eles não se importam com isso.
10:36Porque essas figuras são caricatas
10:38para ambos os lados.
10:39Elas nunca vão tratar da realidade
10:40como ela é para todos os lados.
10:43Então, é uma forma de você continuar
10:46mantendo a polarização acesa.
10:47Agora, com os independentes,
10:49eles se incomodam muito.
10:50Eles tentam calar de todos os jeitos,
10:53tentam assassinar a reputação
10:54e isso é feito pelos dois lados.
10:56O problema não é o conteúdo
10:58das acusações que ele faz ao bolsonarismo.
11:01É a estratégia discursiva como um todo.
11:05É a utilização do evento como um todo
11:08para manter isso que eu chamei de chama
11:10do antibolsonarismo acesa.
11:13Eles só sabem fazer isso.
11:15Eles só pensam nisso.
11:16Eles só vivem para isso.
11:18Para criar o inimigo que eles possam derrotar
11:21na próxima eleição.
11:23Política é isso também.
11:26Mas não pode ser apenas isso.
11:30E essa gente transforma a política
11:33apenas nisso.
11:36Neste jogo.
11:39Nesse flaflu dos infernos.
11:42Então, é isso.
11:47Felipe, eu queria propor...
11:49Eles transformaram a cultura
11:52nessa polarização idiotizante.
11:54Para usar a expressão que está no nosso vídeo.
11:57Nesse flaflu dos infernos.
11:59Então, é muito emblemático
12:00que o evento fosse de cultura
12:02e que o Lula estivesse falando
12:04sobre o Bolsonaro.
12:06É a isso que foi reduzida
12:08a cultura brasileira
12:09brasileira ao longo desse período
12:11em que dois populistas,
12:13um com retórica à esquerda,
12:15outro com retórica à direita,
12:16mas com diversas práticas em comum.
12:18Há diferenças entre eles.
12:19Não são iguais.
12:21Mas há muitos métodos em comum.
12:24E a cultura brasileira foi reduzida
12:27a essa...
12:29Como reduzir em uma só palavra?
12:33A esse nível muito rasteiro.
12:35E a cultura brasileira foi reduzida ao longo desse período.
12:37E a cultura brasileira foi reduzida ao longo desse período.
12:38E a cultura brasileira foi reduzida ao longo desse período.
12:39E a cultura brasileira foi reduzida ao longo desse período.
12:40E a cultura brasileira foi reduzida ao longo desse período.
12:41E a cultura brasileira foi reduzida ao longo desse período.
12:42E a cultura brasileira foi reduzida ao longo desse período.
12:43E a cultura brasileira foi reduzida ao longo desse período.
12:44E a cultura brasileira foi reduzida ao longo desse período.
12:45E a cultura brasileira foi reduzida ao longo desse período.
12:46E a cultura brasileira foi reduzida ao longo desse período.
12:47E a cultura brasileira foi reduzida ao longo desse período.
12:48E a cultura brasileira foi reduzida ao longo desse período.
12:49E a cultura brasileira foi reduzida ao longo desse período.

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