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  • há 4 meses
Após iniciar a produção de roupas e acessórios no Brasil, o presidente da Shein para a América Latina, Marcelo Claure, reconheceu que é mais caro fazer negócio no país, mas afirmou que a empresa chinesa de fast fashion não deve encontrar problemas para manter a sua eficiência.

Em entrevista a O Globo, publicada nesta sexta-feira (2), o executivo disse que a estratégia de produzir localmente não deve afetar a política de preços da empresa.

“Os primeiros experimentos mostram que a eficiência é a mesma. O custo laboral é um pouco maior, é mais caro fazer negócio aqui, mas isso é compensado pelas economias que ganhamos com a logística. Os primeiros testes têm sido muito promissores”, afirmou.

Questionado sobre as críticas dos varejistas locais, que atribuem a eficiência da marca ao não pagamento de impostos, Claure rebateu dizendo que a competitividade da Shein está atrelada ao seu modelo de negócio.

“Muita gente se confunde, achando que nossa competitividade está ligada a vantagens fiscais. Mas ela está no nosso modelo de negócios”, afirmou.

Desde que anunciou a intenção de produzir no Brasil, a Shein contabiliza 151 fábricas brasileiras produzindo seus modelos. A expectativa da empresa é que 85% de suas vendas sejam locais até o final de 2026.

A primeira parceira no Brasil foi a Coteminas, que pertence ao atual presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva. O empresário é historicamente ligado a Lula.

Marcelo Claure, no entanto, negou que a escolha da parceria tenha tido peso político.

“Zero influência política. Eu nem sabia, pessoalmente falando, do relacionamento entre o Josué e o governo Lula”, disse.

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Transcrição
00:00A Shein, que é aquela que causou aquela revolta das brusinhas,
00:07quando o pessoal falou que ia taxar as encomendas, começou a produzir no Brasil
00:11e ela descobriu o que todo mundo já sabe.
00:14É mais caro fazer negócio aqui.
00:17Ora, bolas, que coisa, né?
00:20Está falando aí da América Latina, mas também falando desse acordo que ela fez com o Brasil.
00:26E respondendo aí ao pessoal do varejo que reclama que a vantagem que eles teriam
00:32seria uma vantagem tributária.
00:35Eles estão dizendo que os primeiros experimentos mostram que a eficiência é a mesma.
00:39O custo laboral é um pouco maior, é claro, né?
00:41Você está comparando salário no Brasil e salário na China, né?
00:45Onde realmente a mão de obra é mais do que barata, né?
00:51É mais caro fazer negócio aqui, mas isso é compensado pelas economias
00:55que ganhamos com a logística.
00:57Os primeiros testes têm sido muito promissores.
01:01Questionado aí sobre as críticas dos varejistas locais
01:04que atribuem a eficiência da marca ao não pagamento de impostos,
01:07o Marcelo Clauri, que é o presidente aí da Shen,
01:14rebateu dizendo que a competitividade da Shen está atrelada ao seu modelo de negócio,
01:19que deve ser salário baixo, né?
01:21Para a gente também falar com todas as letras.
01:25Vamos ver como é que fica isso, fazendo direto do Brasil.
01:30Olha, mas para quem está comprando aí no exterior,
01:32a receita tem sido, pelo menos o que a gente vê aí nas redes sociais,
01:36o pessoal reclamando que a receita tem sido mais criteriosa
01:39na cobrança de impostos aí sobre esses produtos importados via comércio eletrônico chinês, tá?
01:49E os estados decidiram uma alíquota única para poder cobrar dessas importações.
01:59Isso era um problema para a fazenda conseguir estabelecer um...
02:05Como é que eles chamam isso?
02:08É uma...
02:09É uma...
02:11Um modus operandi para cobrança de tributo do que vem lá de fora,
02:16porque cada estado cobrava um ICMS,
02:19agora eles se juntaram e resolveram que 17% de ICMS está de bom tamanho.
02:25Aqui, ó.
02:26Era isso, ó.
02:27Uma etapa necessária para a implementação do plano de conformidade
02:30do governo federal com as empresas, certo?
02:33Então, agora elas...
02:35O governo vai terminar esse documento, né?
02:39Você sabe que isso demora algumas semanas para poder fazer esse texto.
02:42E aí, então, começa...
02:45As empresas, então, aderem a esse protocolo aí de conformidade, né?
02:50Esse plano de conformidade, e já começam a cobrar esse imposto
02:55antes mesmo disso chegar aqui, o que facilita o desembaraço.
02:57Desembaraço, aduaneiro, obviamente, e também dificulta a sonegação
03:02para esse tipo de venda.
03:05Então, no fim das contas, o governo deu volta, deu volta,
03:08e vai conseguir taxar essas compras que vêm do exterior.
03:12É o que eu sempre falo para vocês, prestem atenção no que é feito
03:17e não só no que é falado, né?
03:20Porque tinha voltado atrás, mas não voltou.
03:23As coisas continuam andando, e já, já, isso tudo vai ser cobrado.
03:27E já desmobilizou a grita que você tinha aí nas redes sociais, tá bom?
03:33Bom, vamos falar um pouquinho sobre...
03:38O imposto de importação ficou em quanto, tá?
03:41É o mesmo esquema, 60% acima de 50 dólares, o Eduardo Pinto Conceição.
03:48É isso.
03:49Por enquanto, é isso, tá?
03:50A não ser que mude quando eu fizer esse plano de conformidade.
03:53Mas, e se você lembrar, o Brasil tem um acordo tributário com os Estados Unidos
03:57e é exatamente esse imposto.
04:00Não tem choradeira.
04:04É exatamente o 60% acima.
04:06O que vai ficar bastante complicado aí
04:10para alguns produtos que chegam da China, tá bom?
04:14Então, vamos ver como é que as coisas...
04:17Por que aquilo, né?
04:18Não dá para você inferir que todo o resto da cadeia vai ficar do mesmo jeito.
04:24Que as pessoas não vão procurar uma outra forma de burlar esse tipo de coisa, né?
04:29Ah, então não vai ser a Shen e vai ser uma outra empresa?
04:33Talvez que não adira aí a esse plano de conformidade?
04:37O governo vai proibir essa empresa de vender aqui, será?
04:43É mais complicado do que parece esse tipo de coisa.
04:47Mas, talvez, atrapalhe aí um pouquinho a Shen, Shen e o Alibaba, por exemplo.
04:54E a Shopee, né?
04:54Que são as três maiores aí asiáticas no e-commerce para o Brasil, tá bom?
05:00E aí
05:07Que são as três maiores aí?
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