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  • há 4 meses
Lula se diz otimista com o futuro da economia brasileira, mas voltou a fazer duras críticas ao nível da taxa básica de juros.

Durante a reunião ministerial desta segunda-feira (10), para marcar os primeiros 100 dias de gestão, ele disse que “só não vê quem não quer” que os juros estão altos.

“Estão brincando com o país, com o povo pobre e com os empresários”, comentou. Atualmente, a Selic está em 13,75%, o que motiva rusgas entre o governo e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

O presidente também fez elogios ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, responsável pela construção do conjunto de regras para substituir o teto de gastos.

“Tenho certeza que vai ser aprovado, e tenho certeza que a gente vai colher os frutos que foram plantados na nossa proposta”, enfatizou, acrescentando que a reforma tributária precisa ajudar a classe média e que o novo arcabouço fiscal será bem sucedido.

“Precisamos pensar não somente nas pessoas que ganham um salário mínimo, mas também nas pessoas que ganham três, quatro salários mínimos e que se sentem prejudicados porque dizem que pensamos só nos mais pobres. Os mais pobres são prioridade, mas pensamos em todo o conjunto da sociedade”, destacou.
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Transcrição
00:00Lula volta a criticar a taxa de juros e defende o novo arcabouço fiscal.
00:04O que aconteceu, né?
00:06O Lula ontem fez aquele famoso discurso dos 100 dias
00:10e aí ele tinha que destacar alguma coisa.
00:13Foi bem difícil, porque na verdade não andou praticamente nada nesses 100 dias,
00:20talvez porque são os primeiros 100 dias de uma reorganização, etc.
00:24O fato é que teve só relançamentos de programas antigos,
00:30Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família, que ainda tem que ser aprovado lá no Congresso Nacional
00:35e deve ser aprovado, não tem muito problema com isso.
00:38Mas o fato é que as coisas não estão indo muito bem
00:41e o Lula resolveu, na parte que era criativa dele ali, não era o discurso lido,
00:48falar mal dos juros mais uma vez.
00:51Diz o nosso querido Lula, estão brincando com o país, com o povo pobre e com os empresários.
00:58Disse ele aí, falando dos juros, que só não vê quem não quer que os juros estão altos.
01:03E é verdade, Lula, a gente já concordou sobre isso.
01:06Tenho certeza que vai ser aprovado.
01:07Aí depois, o que ele fez?
01:09Fez um carinho no Haddad, né?
01:11O Haddad que tem apanhado tanto nos últimos dias.
01:14Está o Haddad depenado por aí.
01:17Tenho certeza que vai ser aprovado.
01:18Tenho certeza que a gente vai colher os frutos que foram plantados na nossa proposta, disse o Lula.
01:24E aí, beleza, essa é uma parte.
01:27Estava falando ali do arcabouço fiscal e da reforma tributária.
01:30Na cabeça do Lula, para quem não assistiu a entrevista com o Schwartzman, assistam lá.
01:36Na cabeça do Lula, esse negócio de continuar gastando e buscar colocar a mão mais fundo no bolso do contribuinte
01:45faz sentido e vai colher frutos.
01:48Eu não sei exatamente que frutos são esses.
01:52O histórico econômico mostra que não são frutos tão bons assim quanto o Lula está esperando.
01:58Espero que a gente esteja errado.
02:00Mas é uma frase que nunca, assim, poucas vezes ou quase nunca dá certo no mercado financeiro.
02:06Até quando você olha para alguma coisa e fala, não, dessa vez vai ser diferente.
02:13Bom, além disso, ele deu uma indicação de que deve começar a olhar para a classe média.
02:21Parece que as pesquisas têm indicado que as coisas estão bem difíceis por lá para o nosso querido presidente.
02:29Então, ele diz que precisamos pensar não somente nas pessoas que ganham um salário mínimo,
02:34mas também nas pessoas que ganham três, quatro salários mínimos e que se sentem prejudicados
02:39porque dizem que pensamos só nos mais pobres.
02:43Os mais pobres são prioridade, mas pensamos em todo o conjunto da sociedade.
02:48Não é isso?
02:50Menos daqueles que discordam do governo.
02:53Só para deixar claro.
02:55Porque, na prática, é isso.
02:57Mas o fato é que não teve muita coisa para fazer.
03:03Então, ele falou lá do Campos Neto, voltou a criticar o Roberto Campos
03:11e voltou a falar mal dos juros.
03:15E é isso.
03:15E aí, o que aconteceu?
03:18Dona Glaze Hoffman, também presidente do PT,
03:23horas depois desse afago no Haddad,
03:27porque o presidente fala que o arcabouço foi muito legal, gostou muito
03:31e que o Haddad está fazendo um excelente trabalho
03:34e que acha que vai ser aprovado e que eles vão colher os frutos
03:37e que está tudo muito bom, muito bem.
03:41Dona Glaze Hoffman ficou chateada
03:44e, numa reunião lá no Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores,
03:49falou que esse arcabouço é muito ruim, em poucas palavras.
03:57Ela disse que o novo arcabouço ameaça inibir o crescimento do Brasil.
04:02Eu também acho, viu, Glaze?
04:04Olha aí, não é uma coisa que vocês vão ver todo dia, sou eu concordando com a Glaze.
04:08Quem disse que a gente, que, né, dois pontos nunca se encontram,
04:14não estamos aqui nos paralelos infinitos,
04:17nós também tangenciamos ideias parecidas, Glaze Hoffman.
04:23Então, a presidente do PT diz que isso pode atrapalhar o crescimento.
04:27A gente tem, a conclusão é a mesma,
04:30mas como a gente chegou lá, é um pouco diferente.
04:34Os nossos arcabouços intelectuais, não é mesmo, dona Glaze?
04:40E a Glaze fala, olha, o Haddad...
04:42Não, isso aí o Haddad...
04:44Acho que é o Lula, calma aí.
04:45A Glaze voltou e aí criticou os juros,
04:47falou mal do Haddad
04:49e falou que o Haddad, inclusive, vai ter que ir lá se explicar,
04:53porque, ó...
04:56Isso a Fazenda será chamado a debater a proposta de gestão do Lula
05:00com economistas alinhados ao partido.
05:04E muitos deles têm criticado publicamente o novo arcabouço.
05:08Olha aí que coisa, hein?
05:11Isso foi depois desse afago aí, ó.
05:14Haddad, de vez em quando, eu sei que você...
05:16O Lula fala para o Haddad lá.
05:17Haddad, de vez em quando, eu sei que você ouve algumas críticas.
05:20Tem que elogiar você e a equipe que trabalharam,
05:23porque, certamente, em se tratando de economia,
05:26em se tratando de política tributária,
05:27a gente nunca vai ter 100% de solidariedade.
05:32É isso.
05:33Lula fez esse afago e a Glaze ficou chateadíssima,
05:37inclusive, que é convocar o ministro da Fazenda
05:40para discutir com economistas do partido
05:43sobre esse malfadado arcabouço fiscal,
05:48que a gente nem conhece os detalhes,
05:50mas a Glaze deve saber, porque eles são do mesmo partido,
05:52devem ser amigos.
05:52A verdade é que a Glaze anda chateada
05:55desde que começou, isso aí, meses atrás,
05:59começou a história de que o sucessor de Lula,
06:01você vê como são as coisas, né?
06:02Nem começou o governo ainda, gente.
06:05O sucessor de Lula, daqui a oito anos,
06:09vai ser Haddad.
06:11Isso se aquela história do Zé Disseu de 12 anos
06:14não vingar, né?
06:15E o Lula ficar 12 anos,
06:17virar imperador do sol no Brasil,
06:18e depois ele faz o que ele quiser, né?
06:21Põe o Haddad, põe a Glaze,
06:23põe os dois juntos,
06:25põe um príncipe regente,
06:27qualquer coisa, né?
06:28Já que a gente vai bagunçar mesmo,
06:30então qualquer coisa vai.
06:31Mas é isso.
06:32Então teve o Lula criticando juros.
06:35E aí, amigos,
06:35vocês vão lembrar que um tempo atrás
06:37eu perguntei para vocês, né?
06:38Quem acredita no Lula?
06:40O mercado financeiro ouve o Lula,
06:42acredita no Lula?
06:43Não mais.
06:44Não teve repercussão nenhuma
06:48desses discursos do Lula
06:51no mercado financeiro
06:52e nem mesmo a conversa da Glaze Hoffman.
06:56E aí a gente consegue entender
06:58por que o arcabouço fiscal
06:59tem sido bem recebido.
07:02Porque ele poderia ser
07:03essa ideia
07:05treslocada,
07:07pelo menos nas poucas vezes
07:09que a Glaze Hoffman falou sobre isso,
07:11essa ideia.
07:13O arcabouço poderia ser muito pior.
07:15Essa é a ideia.
07:16Como ele veio só ruim,
07:18o mercado já achou bom.
07:20Sabe aquela coisa da
07:20a expectativa que viesse melhor
07:22que a expectativa?
07:24Ou a expectativa que viesse pior
07:26que a expectativa?
07:27A expectativa era pior
07:29do que o que veio.
07:30Então, tá bom.
07:32Para quem não tem nada,
07:34metade é o dobro.
07:35Música
07:41Música
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