Procuradora ostentação viraliza ao criticar salários de promotores

O Antagonista

A procuradora Carla Fleury de Souza, do Ministério Público de Goiás, viralizou nas redes sociais ao reclamar do próprio salário, de 37.589 reais.  Durante sessão ordinária do Conselho de Procuradores da Justiça, na segunda-feira (29), ela disse que a quantia que recebe dá apenas para bancar seus “brincos, pulseiras e sapatos”.  Cadastre-se para receber nossa newsletter: https://bit.ly/2Gl9AdL​  Confira mais notícias em nosso site:  https://oantagonista.uol.com.br/ https://crusoe.uol.com.br/  Acompanhe nossas redes sociais:  https://www.fb.com/oantagonista​ https://www.twitter.com/o_antagonista ​https://www.instagram.com/o_antagonista https://www.tiktok.com/@oantagonista_oficial

Transcript

00:00E olha, notícia interessante para vocês, viu?

00:02A procuradora Carla Fleury de Souza, do Ministério Público de Goiás,

00:06viralizou nas redes sociais ao reclamar do próprio salário de R$ 37.589.

00:14É isso mesmo.

00:15Durante a sessão ordinária do Conselho de Procuradores da Justiça, na segunda-feira,

00:20ela disse que essa quantia módica daria apenas para bancar os seus brincos, pulseiras e sapatos.

00:25Confira o vídeo.

00:26Pensemos nos promotores, porque eu sou uma mulher, graças a Deus, meu marido é independente,

00:31eu não sou, eu não mantenho minha casa, o meu dinheiro é só para fazer minhas vaidades, graças a Deus.

00:38Só para os meus brincos, minhas pulseiras e meus sapatos.

00:41Mas uma coisa eu falo, eu tenho dó dos promotores que estão iniciando aqui a carreira.

00:46Porque os promotores que têm filhos na escola, que têm que pagar a escola,

00:50porque hoje a vida, o custo de vida é muito caro.

00:52Imagina, né, procuradora, se você tem dó dos pobres procuradores de início de carreira,

00:58que ganham apenas R$ 28 mil.

01:01Imagina do trabalhador, né, que ganha R$ 1.000 e alguma coisa, R$ 1.300,

01:06para sustentar uma família, uma casa, fazer cesta básica.

01:10A compra do mercado não custa menos de R$ 800, não, né?

01:15Fora aluguel, água, luz, telefone, lazer foi para o saco, nem se fala.

01:21Agora, ser reclamado de um salário desse dá até vergonha, né?

01:24Quando a gente pensa que o brasileiro, a média salarial do brasileiro é, sei lá,

01:29não tem um levantamento, mas chega menos de R$ 2 mil, eu imagino.

01:34E ver uma procuradora que ganha R$ 37 mil reclamar do salário,

01:37que mal dá para comprar os brincos, pulseiras e sapatos,

01:40é contrastante com a realidade do Brasil.

01:43A gente vê que parece que são dois Brasis, né?

01:46De um lado tem o Brasil de quem não entende nada do que está acontecendo,

01:50do outro tem o Brasil real, do trabalhador que pega ônibus,

01:54que paga cesta básica, que espreme o orçamento,

01:57que corta e fatia o orçamento para tentar ver se cabem as contas do mês.

02:01E no fim das contas nunca cabem, né?

02:03Nem para a saúde.

02:04Tem que pegar fila de hospital, tem que pegar fila para matricular a filha em creche,

02:08tem que acordar quatro horas da manhã para pegar ônibus,

02:11para chegar no trabalho cedo, sob ameaça, censura e etc.

02:15É o Brasil que a gente vive, procuradora, se você não sabe.

02:19Esse Brasil que você vive aí, que R$ 37 mil, mal dá para pagar o sapato, bolsa e pulseira,

02:25eu desconheço.

02:27Eu, sinceramente, não sei que Brasil é esse.

02:38E aí

02:45E aí

02:47Obrigado.

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