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  • há 4 meses
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central diminuiu a probabilidade de novas altas na taxa básica de juros (Selic), mas reafirmou que segue “vigilante”.

Nesta quarta-feira (3), o conselho anunciou a manutenção da taxa em 13,75% ao ano pela sexta vez seguida. O patamar é o mesmo desde agosto de 2022.

“Apesar de ser um cenário menos provável, [o Copom] não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”, afirmou, em nota.

O trecho sobre o “cenário menos provável” de alta dos juros, que não constava dos comunicados anteriores do Copom, é uma tentativa do BC de aplacar a reação negativa do governo Lula (PT) diante da manutenção da Selic.

O comitê afirmou que avaliará se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação.

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Transcrição
00:00Muito bem, se o arcabouço melhorar, o que acontece, não é mesmo?
00:04Se a gente tiver um arcabouço fiscal crível,
00:09qual é o principal efeito nos investimentos?
00:16É queda na taxa de juros, ancoragem de expectativas de inflação
00:21e então queda na taxa de juros, principalmente na curva futura de juros.
00:26Muito bem, está aí.
00:27Olha só, ontem até a gente aqui, até depois eu falei com o Otávio,
00:34a gente caiu nessa ladainha.
00:37A imprensa toda está dizendo assim,
00:38colocou o negócio do não hesitará em retomar o ciclo de ajuste
00:45caso o processo de desinflação não transcorra como esperado.
00:48Essa é a nota do Copom.
00:50Mas é isso que eu falo, tem que comparar com as notas anteriores,
00:53porque isso está aí, faz tempo.
00:55Mas tem vários comunicados do Copom que citam exatamente esse negócio.
01:02O Copom não hesitará em retomar o ciclo de ajuste
01:06caso o processo de desinflação não transcorra como esperado.
01:10O que mudou?
01:12O Banco Central, para ver se consegue diminuir
01:16diminuir a dose de estresse que vem do Executivo,
01:23do Governo Federal,
01:26colocou esse comecinho aí,
01:27apesar de ser um cenário menos provável.
01:31Isso não estava.
01:32E isso é um aceno do nosso querido Roberto Campos Neto
01:36e do grupo lá do Banco Central
01:38para o governo, para falar assim,
01:40olha só, amigo, a gente fala isso por quê?
01:43Porque como Banco Central, eu tenho que dizer o seguinte,
01:45se mudar o cenário,
01:47eu vou retomar o ciclo de aperto monetário,
01:50porque o meu mandato aqui é segurar a inflação.
01:54E o que isso quer dizer?
01:55Vou subir os juros.
01:58Esse é o trabalho do Banco Central.
02:03Então, isso está sempre aí,
02:04está aqui nos Estados Unidos, na Europa, na Austrália,
02:07na Nova Zelândia.
02:08Se você buscar os comunicados dos bancos centrais,
02:10quase todos eles têm isso.
02:12Se for necessário, nós vamos mudar a política de juros.
02:16É isso que ele está dizendo.
02:18Mas como estava difícil do pessoal entender,
02:20aí ele colocou, olha,
02:22apesar de ser um cenário menos provável,
02:24blá, blá, blá, blá, blá, blá.
02:26Mas tem uma outra coisa que eu acho que é mais legal,
02:29que teve nesse comunicado, que não está aí.
02:32No modelo do Banco Central,
02:36a inflação de 2024 está, neste exato momento,
02:432,9%,
02:45o que é oficialmente abaixo da meta.
02:51A meta é de 3%.
02:53Muito bem.
02:54Entendam o seguinte.
02:55O que acontece?
02:56A maioria dos bancos aqui, gestores e etc.
03:00Imputou no modelo deles,
03:02incluiu no modelo deles,
03:04uma mudança na meta de inflação.
03:08O que é a mudança na meta de inflação?
03:09Se eu digo para você,
03:11que antes eu queria uma inflação de 3%,
03:13e agora eu quero uma inflação de 3,5%,
03:15o que você acha?
03:17Que você está buscando aumentar a inflação.
03:19E não é isso, na verdade.
03:21Você está querendo dar um pouco mais de respiro
03:23para o Banco Central,
03:24para ele poder começar a manobrar os juros
03:26de uma forma um pouco menos agressiva ou restritiva, certo?
03:31Mas o efeito disso é exatamente o contrário.
03:34Vocês viram isso em uma conversa que eu tive com o Alexandre Schwartzman,
03:37que é um cara extremamente pedagógico,
03:40embora às vezes um pouco mais ácido,
03:43mas eu gosto dele justamente por causa disso.
03:45Nos identificamos.
03:47Ainda não me identifico com ele,
03:49com o ciclismo dele,
03:52que é de alta excelência,
03:55enquanto o meu ciclismo é triste.
03:58Mas o que a gente estava falando é o seguinte,
04:01se então os bancos,
04:04as gestoras estão calculando que a meta vai ser mudada,
04:07já estão calculando inflações mais altas lá para frente,
04:11mais altas que as esperadas hoje.
04:13Por isso a desancoragem de expectativas.
04:16Então o que resta ao governo agora?
04:17E aí já começaram a circular notícias
04:19por aí nos bastidores de que o governo vai propor
04:23uma antecipação da reunião do CMN,
04:26do Conselho Monetário Nacional,
04:28que o coitado do Haddad confundiu lá no começo.
04:30Muita coisa para ele também,
04:32muita novidade, gente.
04:35Haddad, coitado.
04:36Ele é uma boa pessoa,
04:37vocês é que são duros com ele.
04:39Confundiu lá com o CVM.
04:40Mas o Conselho Monetário Nacional,
04:43então em junho normalmente,
04:45diz qual vai ser a meta de inflação
04:46para três anos à frente.
04:49A ideia que está circulando agora é o seguinte,
04:52a gente não vai mudar as metas que já estão estabelecidas.
04:56Mantenha as metas,
04:57mas a gente aumenta a banda de flutuação,
04:59em vez de 1,5,
05:00porque se a inflação a meta é 3
05:03e eu tenho 1,5 de banda,
05:04eu posso ir a 4,5 ou a 1,5.
05:073 mais 1,5, 4,5,
05:093 menos 1,5, 1,5.
05:11Era assim que era a matemática antigamente.
05:14E aí você vai ampliar essa banda para 2.
05:18Então a inflação poderia ir de 3 a 5.
05:21Lembre-se, lá em 2024,
05:24e lembre-se,
05:24o modelo do Banco Central hoje
05:26aponta para uma inflação de 2,9,
05:29abaixo do centro da meta.
05:31Se isso acontecer,
05:33e aí o governo indica com mais força
05:36para esses operadores aí,
05:38esses agentes de mercado,
05:40de que não vai mudar a meta per se,
05:43você tem que retirar isso do modelo
05:45e você vai voltar com suas expectativas para baixo.
05:48O que, em teoria,
05:50se tudo isso acontecer,
05:52se, como diz o outro,
05:53se minha tia tivesse rodinha,
05:54ela seria uma bicicleta.
05:56Mas se tudo isso acontecer,
05:58as expectativas de inflação seriam reancoradas.
06:01E aí o Banco Central,
06:02que já deu algumas dicas aí,
06:04um pouco mais Dovish hoje,
06:05no comunicado de ontem,
06:08poderia então baixar a taxa de juros.
06:11Eu espero que vocês tenham entendido esse raciocínio.
06:13Eu sei que ficou um pouco longo,
06:15mas essa é a ideia.
06:18É claro,
06:18aí o Banco Central também pediu aí
06:20serenidade e paciência
06:22para os agentes públicos e políticos.
06:26E ele disse que o comitê avalia aí
06:28a conjuntura,
06:29que a conjuntura demanda paciência e serenidade
06:31na condução da política monetária.
06:33Zen.
06:34É o Copom Zen.
06:36Copom enfatiza que,
06:37apesar de ser no cenário menos provável,
06:39aí retoma aquele negócio lá.
06:41Beleza?
06:41Mas o que ele está pedindo?
06:42Paciência e serenidade.
06:43E aí,
06:44onde você vai buscar paciência e serenidade?
06:47Ah,
06:47nossa querida Crazy Hoffman,
06:49Glaze Hoffman,
06:50sempre confundo esse nome.
06:52É culpa de vocês aqui,
06:53que ficam falando essas besteiras no chat.
06:56Glaze disse que
06:57manutenção dos juros
06:59é negacionismo de Campos Neto.
07:01Quem diria, né?
07:02A Glaze,
07:03que ela é uma das rainhas promotoras
07:05do terraplanismo econômico,
07:07agora chamando os outros
07:09de negacionistas, né?
07:11Nosso querido Roberto Campos Neto
07:13deve estar tomando doses cavalares
07:16de Ribotril, viu?
07:17Eu imagino.
07:19Aliás,
07:19se o Ribotril quiser patrocinar a gente aqui também,
07:21não tem problema.
07:22Quanto já custou ao país
07:23o negacionismo econômico de Campos Neto,
07:25diz a nossa querida Glaze Hoffman.
07:28Quantos empregos,
07:30empresas falidas,
07:32famílias destruídas,
07:34a vacina,
07:35ó,
07:36você acha que esse pessoal
07:37dá ponto sem nó, né?
07:39Não dá, não.
07:40Como diria o doutor Ulisses,
07:43nesse ambiente aí,
07:44o mais bobinho,
07:45conserta relógio no escuro
07:48com luva de boxe, amigo.
07:51A vacina,
07:53hilária, né?
07:54Parece o Alfio é a teimoso.
07:56A vacina sempre esteve ao alcance do Copom,
07:59mas insistem nos juros genocidas,
08:02ó,
08:02trocas de palavras,
08:04uma poe,
08:05uma...
08:06Rapaz,
08:07é,
08:07isso podia ser,
08:08isso é Glaze Hoffman,
08:10mas poderia ter sido,
08:11sei lá,
08:12nem vou falar,
08:13porque a poetisa ficará muito chateada com a minha pessoa.
08:17Até quando ficarão impunes?
08:18Diz a nossa querida Glaze Hoffman,
08:21eu espero que ela tenha lido o comunicado do Copom,
08:23eu entendo a função dela na República Brasileira,
08:27é,
08:28e é isso,
08:29força,
08:30Glaze,
08:31força.
08:33É,
08:34tem que ter um contraponto, né?
08:36Tá tudo bem.
08:36Tchau.
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