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NotíciasTranscrição
00:00Companheiros, companheiros e companheiras,
00:22deixa eu terminar de falar, peraí, deixa, deixa eu terminar de falar,
00:38Oi gente, eu vou, eu queria contar, eu queria contar uma história para vocês,
01:02mas antes de contar a história, eu queria dar um conselho aos companheiros
01:11que montam essa estrutura para a gente fazer atividade aqui.
01:16Eu já percebi nas outras que eu participei,
01:19eu já percebi nas outras que eu participei,
01:23que fica mais gente para lá e menos gente para cá.
01:27Então é preciso saber se a gente não tem que fazer o pulpo do virado para lá
01:33para a gente falar para onde tem mais gente.
01:36Porque todo mundo que fala aqui,
01:41todo mundo que fala aqui,
01:44fala virado para cá, onde tem menos gente.
01:47A segunda coisa que eu queria pedir
01:49era que fosse colocado uma caixa de som para retorno aqui,
01:56para que as pessoas que estão aqui escutem
01:58o que as pessoas estão falando,
02:00porque normalmente a gente não escuta o que as pessoas estão falando.
02:04Eu estou apenas pedindo para a gente tentar ver se a gente muda,
02:08porque eu já participei de vários eventos aqui
02:10e essa formação aqui não é a melhor.
02:15Bem, dado o aviso,
02:19dado o aviso,
02:22eu queria contar uma história para vocês.
02:27Em 1980,
02:30aquela famosa greve de 41 dias,
02:36nós fomos presos num conjunto de dirigentes sindicais
02:39lá de São Bernardo do Campo.
02:42Mas foram presos também vários dirigentes sindicais
02:45de outras cidades, de Santos, de Santo André.
02:49E nós resolvemos fazer uma greve de fome.
02:53Eu sempre fui contra a greve de fome,
02:56porque eu era contra a judiar do próprio corpo,
02:59sabe,
03:00para convencer os empresários de ceder alguma coisa.
03:05E nós ficamos em greve de fome seis dias.
03:09Seis dias nós ficamos em greve de fome.
03:12E aí,
03:13eu já estava cansado de estar com fome.
03:17O Dom Cláudio Hummes foi nos visitar
03:20e Dom Cláudio Hummes pediu para que a gente acarabasse com a greve de fome.
03:25Eu pedi para ele propor na Assembleia,
03:28se a Assembleia votasse,
03:29a gente parava a greve de fome.
03:31E o Dom Cláudio Hummes
03:32propôs na Assembleia, na Vila Euclides,
03:36se o povo queria que a gente parasse ou continuasse.
03:39Graças a Deus, o povo pediu para parar.
03:42E eu, então, parei a greve de fome.
03:45Mas o que eu vou contar para vocês é outra coisa.
03:49Quando acabou a greve de fome,
03:51eu estava sonhando em comer um frango assado
03:55daquele que a gente vê assando na porta de uma padaria.
03:59aquilo que chama-se geladeira de cachorro.
04:03Então, eu estava doido para comer um frango daquele
04:07e chamei o turma.
04:10O turma era o delegado na época.
04:13Eu falei para o turma,
04:14olha, nós queremos encomendar frango.
04:16Vai buscar frango para nós.
04:19Ou seja, aí o turma traz o médico.
04:22E o médico falou, olha, vocês não podem comer.
04:24Vocês vão tomar meio copo de suco de mamão,
04:28de vitamina de mamão.
04:31Amanhã vocês vão tomar um copo.
04:33Depois vocês vão voltar a comer normal.
04:36Eu estou dizendo isso para lembrar vocês
04:38que eu estou sentindo que vocês estão com sede de democracia.
04:44Vocês estão com sede de participação.
04:48Porque vocês sabem que a gente não pode fazer tudo de única vez
04:52ou fazer tudo de uma única hora só.
04:56Vocês sabem que o nosso lema é
04:58união e reconstrução desse país.
05:02Porque nós pegamos esse país semidestruídos.
05:09Semidestruídos.
05:11A comissão de transição encontrou todas as áreas do governo
05:15muito, muito, muito, muito fragilizadas.
05:18Ou seja, para dar um exemplo, o funcionário público federal
05:23ficou sete anos sem receber um aumento de salário.
05:27Só espero que não queira fazer greve agora
05:29para receber todo o atrasado.
05:30Porque não é possível.
05:33A Polícia Federal,
05:35o último aumento que ela tinha recebido
05:37foi da Dilma Rousseff.
05:405%.
05:40A classe trabalhadora,
05:44a massa salarial,
05:45caiu muito.
05:47Eu lembro que,
05:48quando eu estava na presidência,
05:5095% dos acordos salariais
05:53feitos pelas categorias organizadas
05:56era com aumento real acima da inflação.
05:59Esse ano, me parece que nem 17%
06:02fez acordo ganhando alguma coisa acima da inflação.
06:06Então, caiu a massa salarial.
06:09Caiu a massa salarial do setor público
06:12e do setor privado.
06:14E mais ainda,
06:16inventaram a carteira profissional verde e amarela
06:19que não serviu para nada.
06:22Criaram o trabalho intermitente
06:24que não serviu para nada.
06:25E desmontaram todo o conjunto de direitos
06:29que a classe trabalhadora tinha conseguido construir
06:32desde 1943.
06:35Aqui,
06:37nesses dirigentes sindicais,
06:40ninguém quer voltar
06:41a construir a estrutura sindical
06:44tal como era.
06:46A pessoa sabe
06:47que tem que ter mudança.
06:49A pessoa sabe
06:50que o mundo do trabalho mudou.
06:52Que é preciso a gente se modernizar.
06:54É preciso a gente se reinventar
06:56a nível de estrutura.
06:58E é necessário a gente se reinventar
07:00na construção
07:02de uma nova relação
07:03entre capital e trabalho.
07:05É por isso que nós vamos criar
07:07uma comissão de negociação,
07:09sabe,
07:09primeiro com o sindicato,
07:11com o governo,
07:11com os empresários,
07:13para a gente acabar com essa história
07:15de que o trabalhador
07:17trabalhar em aplicativo,
07:19ele é um microempreendedor.
07:21ele não é um microempreendedor.
07:23Ele percebe que ele não é microempreendedor
07:26quando ele se machuca,
07:28quando ele fica doente,
07:29quando quebra a moto,
07:31quando quebra o carro.
07:32Ele começa a perceber
07:34que ele não tem nenhum,
07:35nenhum sistema de seguridade social
07:37que garanta ele
07:39no momento,
07:41eu diria,
07:41de sofrimento,
07:42no momento de infortúnio.
07:44Então, o que é que nós queremos construir?
07:47Da mesma forma que nós construímos
07:50no outro mandato nosso.
07:54Nós queremos
07:59construir,
08:02junto com o movimento sindical,
08:05uma nova estrutura sindical.
08:08Nós queremos construir com vocês
08:10o estabelecimento
08:12dos novos direitos
08:13que nós queremos constituir
08:15numa economia totalmente diferente
08:17da economia dos anos 80.
08:20Eu estou falando dos anos 80
08:21porque aqui eu estou vendo
08:22um monte de gente
08:23que foi dirigente sindical
08:25nos anos 80.
08:29E o que é que eu quero dizer com isso?
08:32É que o mundo do trabalho mudou muito.
08:36Mudou.
08:37O companheiro do sindicato de São Paulo sabe
08:40aquele sindicato tinha 400 mil metalúrgicos.
08:44Hoje eu não sei se tem 200.
08:47São Bernardo tinha 100 e não sei quanto.
08:49Hoje tem 60.
08:51E assim valeu
08:52para todas as categorias.
08:54O que que cresceu?
08:55O que que cresceu foi o chamado trabalho avulso,
08:58o trabalho por conta própria,
09:00bico.
09:00No meu tempo era chamado biscate.
09:03O que que o cara está fazendo?
09:04Está fazendo um biscate.
09:05O que que o cara está fazendo?
09:07Está fazendo um bico.
09:08Ora, nós não queremos que o trabalhador
09:11seja um eterno fazedor de bico.
09:13Nós queremos que o trabalhador tenha direitos garantidos
09:17quando ele entra para trabalhar
09:19e que ele tenha um sistema de seguridade social
09:22que o proteja
09:24no momento de desgraça na vida de todos nós que acontece.
09:28Então, o que que nós queremos?
09:30Ao invés de a gente fazer por medida provisória apenas,
09:34ao invés de fazer, sabe, por uma vontade do Presidente da República,
09:38nós vamos ter que construir.
09:40Porque se a gente construir junto,
09:42fica mais difícil desmanchar.
09:45Vocês perceberam que desmancharam quase todas as coisas que nós fizemos
09:50durante os nossos 13 anos de mandato.
09:52E é preciso que vocês, trabalhadores, compreendam uma coisa.
09:57Nós precisamos voltar para dentro da fábrica,
10:00para o local de trabalho, para dentro dos bancos,
10:03para que o povo trabalhador,
10:05para que o povo trabalhador sinta nos dirigentes sindicais
10:09os seus verdadeiros representantes.
10:12Eu queria contar para vocês uma história minha pessoal.
10:16Eu já contei muitas vezes, mas eu vou contar outra vez.
10:18Quando eu entrei no sindicato,
10:20Habitualmente, o sindicato fazia um boletim convocando para uma assembleia.
10:27Se os trabalhadores não iam, não tinha importância nenhuma.
10:30O cara falava, não, nós convidamos.
10:33Mas o trabalhador não veio.
10:34Alguns diziam, não, não veio porque está contente conosco.
10:38Não veio porque está confiante na diretoria.
10:40Eu não vejo sempre a conta.
10:42A verdade é que o trabalhador só vai ao sindicato
10:46quando ele está convencido que a ida dele ao sindicato
10:49vai definir alguma coisa.
10:51Qual foi a razão de a gente ter criado o tal do novo sindicalismo em 78?
10:57É que a gente não convocava mais assembleia no sindicato.
11:00A gente ia fazer assembleia no local de trabalho.
11:03A gente ia fazer assembleia na porta de fábrica,
11:06que era para o trabalhador saber que era o sindicato,
11:09que tinha que ir até ele e não ele ir até o sindicato.
11:12Essa é a coisa que eu acho que nós temos que fazer
11:17para que a gente volte a ter a representatividade extraordinária
11:22como o movimento sindical só teve.
11:25E isso eu sei que depende também do sindicato ter um pouco de recurso.
11:30Porque tirar do sindicato o direito de decidir em assembleia
11:35a contribuição do sindicato é um crime que foi cometido contra vocês.
11:41É um crime que foi cometido dizendo que depois ia arrumar.
11:44E não arrumou, né, Paulinho?
11:45Não arrumou.
11:47Porque essa gente, na verdade,
11:49acha que o mundo moderno não precisa de sindicato.
11:52E a democracia, quanto mais séria,
11:56mais ela precisa de sindicato forte, organizado,
12:00para bem representar os interesses dos trabalhadores.
12:02Então, companheiros, nós vamos cuidar disso
12:08e vamos trabalhar como parceiros.
12:12Onde vocês não tenham nenhuma cisma de dizer aquilo que vocês pensam
12:17e a gente também não tem nenhuma cisma de dizer aquilo que a gente pode
12:21ou aquilo que a gente não pode fazer.
12:23Vocês sabem que nós começamos a governar antes de tomar posse.
12:27porque o governo que estava aí,
12:30ele fez um orçamento que não dava sequer
12:33para cumprir aquilo que ele tinha prometido durante o processo eleitoral.
12:38Foi a primeira vez na história do Brasil
12:40que um candidato ganha as eleições
12:42e começa a governar antes de tomar posse.
12:46E eu, obviamente, que agradeço aos deputados, aos senadores
12:49que votaram a PEC para permitir
12:52que a gente pudesse começar a trabalhar e pagar os nossos compromissos.
12:58Nós só vamos ter o nosso orçamento em 2024,
13:03porque nós vamos ter que construí-lo agora em 2023.
13:07E eu tenho certeza, companheiros,
13:09que nós vamos cumprir cada coisa que eu prometi na minha campanha.
13:14Não há, não houve e não haverá outra razão
13:18de eu estar aqui, se não for,
13:21para a gente melhorar a vida do povo trabalhador,
13:25acabar com a fome neste país
13:26e permitir que as pessoas vivam como cidadão.
13:30Será difícil? É difícil.
13:33Mas muita gente achou que era impossível
13:35eu votar à presidência da República.
13:38Muita gente achou que era difícil.
13:39Aliás, muita gente achava que eu jamais ia votar.
13:42Porque o político, quando rouba, ele submerge.
13:49Quando ele faz qualquer bobagem, que sai uma denúncia,
13:52ele já se esconde e fica escondido.
13:54Eu, ao invés de me esconder, fui para cima dos acusadores.
13:57Porque eu tinha certeza,
13:59eu tinha certeza que os acusadores estavam mentindo.
14:04E pude provar isso.
14:05Quando tentaram me convencer que era bom tentar fazer um acordo
14:11para eu voltar para casa com a tornozeleira,
14:14eu disse, eu não troco a minha dignidade pela minha liberdade
14:17e não coloco tornozeleira porque eu não sou pombo-correio.
14:21E foi graças a essa teimosia
14:24e graças à ajuda de milhares de companheiros
14:27que ficaram na porta da Polícia Federal
14:29gritando bom dia, boa tarde, boa noite, presidente,
14:34durante 580 dias.
14:36E foi graças à coragem do povo brasileiro
14:38que eu estou aqui hoje,
14:41no Palácio do Planalto,
14:43presidindo este país outra vez.
14:46E isso eu devo à coragem de vocês,
14:51porque foi a eleição mais difícil
14:53que eu participei na minha vida,
14:55a mais difícil.
14:57Foi a eleição que mais o adversário utilizou dinheiro.
15:02Eu posso dizer para vocês
15:03que se juntar,
15:05desde a proclamação da República
15:07por Floriano Peixoto.
15:10Sabe, até a minha eleição,
15:14se juntar todas as campanhas,
15:16não se gastou metade do que o genocida gastou
15:20na campanha para não deixar a gente voltar.
15:25E uma parte do dinheiro foi gasto para contar mentiras,
15:29porque o Brasil não estava habituado
15:31a essa quantidade de mentiras,
15:32essa quantidade de inverdades
15:35contadas 24 horas por dia.
15:37e vocês são responsáveis de eu estar aqui.
15:42Portanto, companheiros e companheiras,
15:45vocês sabem que eu sou grato e sei reconhecer
15:48aquilo que as pessoas fizeram
15:50para garantir a nossa vitória.
15:52e vocês perceberam que eles não se contentaram.
15:56Depois da nossa posse maravilhosa,
15:59a posse mais emocionante que esse país já conheceu,
16:03depois de uma negra catadora de papel
16:06colocar a faixa no meu pescoço,
16:08eles esperaram uma semana
16:10e tentaram dar um golpe.
16:12porque o que houve aqui foi uma tentativa de golpe.
16:16Uma tentativa de golpe por gente preparada.
16:19Eu não sei se o presidente ou seu ex-presidente mandou.
16:24O que eu sei é que ele tem culpa
16:26porque ele passou quatro anos
16:28instigando o povo a ter ódio,
16:31mentindo para a sociedade brasileira
16:33e instigando que o povo tinha que estar armado
16:36para poder garantir a democracia.
16:38A democracia, a gente não garante com arma.
16:43A democracia, a gente garante com cultura,
16:47a gente garante com livro,
16:48a gente garante com debate,
16:50a gente garante com educação,
16:52a gente garante com comida,
16:54a gente garante com emprego.
16:56Porque não adianta falar em democracia para o povo
16:58se ele fala, eu quero saber
17:00quem é que vai me dar comida.
17:02Quem vai botar um prato de comida
17:04na minha mesa de manhã, de tarde e de noite.
17:07Quem vai colocar um emprego
17:09para me poder trazer comida
17:11para a minha casa trabalhando
17:12porque o povo não gosta de viver de favor.
17:16O povo gosta de viver
17:17às custas do seu trabalho,
17:20do seu esforço, do seu sacrifício.
17:22E é isso que o Estado brasileiro
17:24tem que ter preocupação de fazer.
17:27Então, nós vamos brigar para fazer isso.
17:30E vocês sabem que nós temos que construir
17:32as vitórias.
17:34Porque nós temos 513 deputados.
17:37E você sabe que todo o setor chamado progressista
17:40tem minoria.
17:42Mas nós conseguimos construir
17:44uma maioria para votar a PEC.
17:47E é possível que a gente consiga construir
17:50uma maioria para a gente fazer as mudanças
17:52que nós precisamos fazer nesse país.
17:55Para isso é preciso muita conversa,
17:57é preciso mais muitas palavras,
18:00é preciso muita gente disposta a fazer isso
18:02para que a gente consiga construir
18:04e fazer as mudanças que nós precisamos.
18:08Uma outra mudança que eu quero fazer
18:10e vou dizer para vocês agora,
18:13é no imposto de renda.
18:14Nesse país,
18:19nesse país,
18:21quem paga imposto de renda de verdade
18:24é quem tem olerite de pagamento
18:27porque é descontado no pagamento
18:29e a gente não tem como não pagar.
18:32Mas a verdade é que o pobre hoje,
18:35que ganha 3 mil real,
18:37proporcionalmente,
18:39ele paga mais do que alguém
18:40que ganha 100 mil real.
18:42Ele paga.
18:43Até porque quem ganha muito
18:45paga pouco.
18:47Porque quem ganha muito
18:48recebe como dividendo,
18:50recebe como lucro,
18:52recebe com qualquer coisa
18:53para pagar pouco imposto de renda.
18:55Somente o trabalhador
18:56que trabalha o mês inteiro,
18:59faz 30 horas extra
19:00para tirar o dinheiro do aluguel,
19:02chega no aluno e a receber o pagamento,
19:04o imposto de renda comeu.
19:06E os meus companheiros sabem
19:08que eu tenho uma briga
19:09com economistas do PT,
19:12que é o seguinte,
19:13vocês sabem que
19:15o pessoal fala assim para mim,
19:17Lula, se a gente fizer isenção
19:19até 5 mil reais,
19:22são 60% da arrecadação desse país
19:25é das pessoas que ganham
19:26até 6 mil reais.
19:28Olha, então vamos mudar a lógica.
19:31Vamos diminuir para o pobre
19:32e aumentar para o rico.
19:33Vamos diminuir.
19:35É necessário uma briga.
19:36É necessário uma briga,
19:41é necessário.
19:42É necessário muito convencimento
19:44no Congresso Nacional,
19:46é necessário.
19:48É necessário muita organização
19:49da sociedade,
19:50é necessário.
19:52Então, vocês têm que saber
19:53que nós temos que fazer isso.
19:55Vocês têm que saber
19:55que a gente não ganha isso
19:57se não houver mobilização
19:58do povo brasileiro
19:59para a gente mudar uma vez na vida
20:01a política tributária,
20:03para colocar o pobre
20:04no orçamento da União
20:05e colocar o rico
20:07no imposto de renda
20:08para ver se a gente
20:09arrecada o suficiente
20:10para fazer política social
20:12nesse país.
20:14Eu, como presidente,
20:15pessoal, Lula,
20:16não poderia estar falando isso.
20:18Mas eu só posso falar
20:19porque eu sou presidente.
20:20Se eu não fosse,
20:20eu não estava nem aqui.
20:21porque se fosse outro presidente,
20:26não me chamava para vir aqui.
20:29Então, é o seguinte,
20:30eu fui eleito para fazer coisas
20:33melhor do que eu fiz da outra vez.
20:35E eu vou brigar para fazer.
20:37Eu vou brigar para fazer
20:39porque eu prometi durante a campanha
20:41que nós vamos fazer isenção
20:42de imposto de renda
20:43para quem ganha até 5 mil reais.
20:46obviamente que isenção de imposto
20:51e aumento de imposto
20:52precisa de lei.
20:53A gente não pode fazer no grito
20:55ou na vontade
20:55ou no microfone.
20:57A gente tem que construir.
20:59E nós vamos construir isso.
21:01Nós vamos construir isso.
21:03Vamos começar a fazer
21:04uma reforma tributária.
21:06Eu ainda, semana, gostei do Haddad
21:08de dar uma declaração
21:09de que nós vamos fazer
21:10a reforma tributária
21:11no primeiro semestre.
21:12para isso é preciso
21:14muita discussão.
21:16E é preciso que vocês
21:17aprendam a fazer
21:18muita pressão.
21:20Muita pressão.
21:22Senão a gente não ganha isso.
21:24Você tem que fazer pressão
21:25em cima do governo.
21:27Porque se vocês não fizerem pressão,
21:30a gente pensa que vocês estão gostando.
21:33É, meu, eu quero que vocês saibam.
21:35Eu vou dizer uma coisa
21:36que eu dizia muito da outra vez.
21:38Não tenho nenhuma preocupação
21:40de falar, porra, nós não podemos
21:42impressionar porque o Lula é o presidente.
21:44Não.
21:45É exatamente porque o Lula é o presidente
21:47que vocês têm que fazer pressão.
21:49Porque com outro,
21:50com outro presidente,
21:53com outro presidente,
21:55vocês não conseguem fazer pressão
21:57porque a borracha bate muito forte.
22:00Vocês sabem disso.
22:02Então, companheiros,
22:03nós estamos conversando
22:05no Novo Tempo.
22:06Essa comissão que nós montamos
22:08é para que vocês possam discutir
22:10bravamente aquilo que é necessário,
22:14não aquilo que a gente quer
22:15no aumento do salário mínimo,
22:16porque nós já provamos
22:17que é possível a gente aumentar
22:18o mínimo acima da inflação
22:20e o mínimo é a melhor forma
22:22da gente fazer distribuição
22:23de renda nesse país.
22:25Não adianta o PIB crescer
22:27se ele não for distribuído,
22:29porque nesse país
22:31o PIB já cresceu 14% ao ano
22:34e o trabalhador ficou mais pobre.
22:38Porque se o PIB cresce
22:39e fica só com o dono da empresa,
22:41quem fez o PIB crescer
22:42não ganha nada,
22:43que é o trabalhador brasileiro.
22:45Então, o salário mínimo
22:46tem que subir
22:47de acordo com o crescimento da economia.
22:50A economia subiu,
22:52o povo que ganha salário mínimo
22:53vai ter um aumento equivalente ao PIB.
22:55É isso que a gente tem que fazer
22:57para a gente melhorar esse país.
23:00Esse país não pode continuar
23:02sendo eternamente um país emergente,
23:05um país em via de desenvolvimento.
23:07Esse país precisa dar uma chance
23:08a nós mesmos,
23:11uma chance de nos transformar
23:13num país desenvolvido.
23:16E eu vou garantir para vocês uma coisa,
23:18essa é a razão pela qual eu estou aqui.
23:22Estou aqui para a gente construir.
23:25reconstruir a nossa imagem no exterior.
23:28Já agora, domingo eu vou na Argentina,
23:32dia 10 eu vou nos Estados Unidos,
23:34em março eu vou na China.
23:36Já vamos receber aqui a Alemanha e a França
23:38e nós vamos fazer com que o Brasil
23:40vire protagonista internacional outra vez
23:43e respeitado.
23:44Então, gente, deixa eu terminar
23:57dizendo para vocês
24:00que se eu quiser acabar com a fome no Brasil,
24:04eu tenho que dar direito de vocês comerem.
24:06Então, eu quero que vocês compreendam
24:11que o que nós estamos fazendo
24:12é apenas o começo de uma nova era.
24:17Nada está pronto,
24:19nada está acabado.
24:21O que eu estou dizendo para vocês é o seguinte,
24:24eu estou fazendo um convite
24:26para que o movimento sindical brasileiro,
24:30representando os trabalhadores brasileiros,
24:32ajude o governo
24:34a construir
24:36uma nova relação
24:38entre capital e trabalho
24:40e uma nova relação
24:41de direitos
24:43para o povo trabalhador brasileiro,
24:45porque nós
24:46merecemos ser tratados
24:47com respeito e com justiça.
24:49Por isso, queridos companheiros,
24:52muito, muito obrigado
24:53pela presença de vocês,
24:55que Deus abençoe cada um de vocês
24:58e eu quero que vocês saibam
25:00o que vocês têm aqui,
25:02não um mero presidente da República,
25:04vocês têm aqui
25:05um sindicalista
25:07que virou presidente da República
25:09do Brasil
25:10por conta de vocês.
25:12Um abraço, gente.
25:15E cobre do Marinho.
25:16O Marinho foi colocado no Ministério
25:18para fazer o que tem que ser feito.
25:21A novidade é que o Mancha
25:22está de gravata aqui, ó.
25:27Gente, um abraço.
25:28Obrigado.
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