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  • há 4 meses
Alessandro Molon (PSB/RJ) foi o convidado de Claudio Dantas no Papo Antagonista desta segunda-feira (8).
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Transcrição
00:00O senhor acha que é muito poder hoje nas mãos dos caciques partidários?
00:07O senhor não acha que é necessária e urgente uma reforma política?
00:14O eleitor parece que virou um mero chancelador da vontade desses caciques,
00:21que apresentam os candidatos, olha, vocês vão votar nesses aqui.
00:25Ele falou assim, não, mas eu queria votar no Molon.
00:27Não, não, o Molon está fora, vou votar nesse aqui.
00:29E aí o eleitor fica nessa posição de mero chancelador de negociações,
00:35muitas vezes feitas aí a portas fechadas.
00:39Não, Claudio, eu acho que, sem dúvida nenhuma,
00:43esse tema da reforma política é um tema recorrente,
00:45porque o sistema precisa ir sendo aperfeiçoado.
00:49Eu acho que a gente deu alguns passos importantes nos últimos anos,
00:53como, por exemplo, o fim das coligações para eleições proporcionais.
00:56Eu acho que isso foi um avanço importante.
00:59foi feito numa das reformas políticas que fizemos recentemente no Congresso Nacional.
01:06O estabelecimento de uma cláusula de desempenho para os partidos políticos
01:10acessarem tempo de TV e recursos eleitorais.
01:13E parece também uma medida correta.
01:15Agora, há outras que ainda não foram feitas.
01:17Por exemplo, nessa questão de candidaturas,
01:20eu acho que há aqui um desencontro entre o prazo de filiação partidária
01:25e a decisão que o partido toma de quem vai apoiar ou de quem vai lançar.
01:29Porque, repare, as pessoas que permaneceram num determinado partido,
01:34e eu não estou falando de mim, esse não é o meu caso,
01:37mas acreditando que o partido lhes daria legenda para disputar uma certa eleição.
01:41ficam no partido confiando nesse compromisso.
01:46Depois o partido toma uma decisão diferente,
01:48a pessoa não tem o que fazer mais, porque não há prazo para trocar de partido.
01:52Eu acho que isso não é bom,
01:53porque retira o direito de alguém disputar por um partido uma determinada eleição.
01:58Então, eu acho que uma das coisas que talvez tenha que ser adequada,
02:01tenha que ser corrigida na legislação eleitoral,
02:04mudanças nos prazos,
02:06para que a pessoa, diante de uma decisão dessa,
02:08de um partido que se comprometeu a lançar um candidato
02:11e depois muda de ideia,
02:12a pessoa possa, de fato, concorrer para outro partido.
02:15Eu fiquei muito chocado com o que aconteceu
02:18com o deputado, o senador Reguff,
02:21que é um excelente parlamentar,
02:24é uma pessoa por quem eu tenho grande admiração, amizade,
02:27acompanhei esse drama,
02:28inclusive falei com ele no dia que isso tinha ocorrido,
02:31e achei muito grave o que foi feito com ele,
02:33porque ele foi para esse partido com o compromisso de ser candidato
02:36e na última hora teve o seu tapete puxado.
02:38Não aconteceu comigo no PSB,
02:41o PSB respeitou a decisão da convenção,
02:44por mais que pressões externas, indevidas,
02:47estejam caindo sobre o partido,
02:49o partido resistiu e não tentou me remover.
02:52Há essa pressão pela retirada de recursos,
02:54mas, além de lançar o financiamento coletivo,
02:57eu ainda vou trabalhar internamente para que isso seja revisto,
03:00porque seria um erro que o PSB cometeria
03:02e que não pode cometer a pedido,
03:04seja lá de que partido for.
03:06Isso é uma aceitação de uma ingerência externa
03:08no nosso partido que não cai bem.
03:12Eu só posso nominar essa ingerência externa?
03:14Quem são os atores políticos?
03:16Há uma pressão do PT sobre o PSB para que isso seja feito,
03:19isso não é nenhum segredo,
03:21foi feito pelas páginas dos jornais,
03:22inclusive celebrada essa possibilidade por dirigentes do PT.
03:27Então, infelizmente, é uma pressão que o PT está fazendo
03:30porque desejaria me ver retirar a candidatura
03:34para que o seu candidato seguisse como o único candidato
03:38do campo progressista, digamos assim.
03:41E eu não concordo com isso,
03:43não acho correto, é uma pressão errada,
03:44isso não se faz,
03:46quer dizer, a gente deve respeitar a autonomia dos outros partidos.
03:49Eu acho que o PT tem todo o direito
03:51de lançar o seu candidato ao Senado,
03:53se não deseja, nesse momento, me apoiar,
03:56não tenho nenhum reparo a fazer sobre isso,
03:58não posso obrigá-los a me apoiar,
03:59mas também acho que é preciso que eles reconheçam
04:03a legitimidade do PSB de lançar a nossa candidatura,
04:06que é líder nas pesquisas
04:08e tem o apoio de três outros partidos.
04:23Legenda Adriana Zanotto
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