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00:00Talks, conectando a 98 a Rede Mais Record, da capital para as regiões sul, norte e zona da Mata Mineira.
00:15Opa! Sete horas e dois minutos, começando mais uma edição do 98 Talks.
00:20Por todos os canais da Rede 98, 98 FM, 98,3, 103,3 a 98 News, Rede Mais, afiliada no interior de Minas,
00:29a Filiada Record no interior de Minas, na Zona da Mata, no sul mineiro e no norte de Minas,
00:35além da Vox FM 97.1 e Timóteo ao todo, mais de 400 municípios mineiros ligados conosco no 98 Talks.
00:42Você também pode nos acompanhar pelas nossas redes sociais, arroba Rede 98 Oficial e arroba 98 News Oficial.
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00:55Estamos também na Claro TV, 198 e 698 e na TV aberta digital 29.1 Belo Horizonte.
01:04Comigo, Gustavo Figueiroa. Boa noite, Gustavo.
01:08Boa noite, Paulo Leite. Boa noite. As pessoas estão nos acompanhando.
01:12Como foi o seu feriado, Paulo? Tranquilo? Ficou? Descansou bastante?
01:16Eu acho um luxo vocês que vivem essa vida dos normais falar a palavra feriado.
01:22Eu outro dia trouxe aqui o meu dicionário para que ninguém duvidasse e na letra F do meu dicionário não tem feriado.
01:29Então, eu não sei o que é isso.
01:31Vamos conversar com o Luiz Fernando Rocha.
01:33Eu não sei o que é feriado. Feriado para mim é um luxo que eu não consigo viver.
01:35Há quantos anos sem ver feriado?
01:37Há muito tempo. Professor Wilson Mendoza Jr.
01:41Professor Wilson Mendoza Jr., que é professor de Relações Comerciais, consultor da Esquema Business School,
01:47está aqui conosco. Boa noite, professor. Prazer falar com você.
01:50Boa noite, Paulo. Boa noite, Gustavo. Feliz de estar aqui, debutando na 98 News.
01:55E, mais uma vez, vamos falar do que está pegando fogo agora, quase que literalmente.
02:00Nosso grande especialista, né, Paulo?
02:01Professor Wilson, sempre com o 98 Talks, falando sobre os assuntos de relações internacionais e guerras.
02:07E a gente fala sobre isso já, já, porque eu tenho um recado,
02:10que é viver cercado de verde, mas com muito conforto, com muita exclusividade.
02:15Então, conheça o Três Vales. É um condomínio triple way.
02:19Tem lotes de mil até dois mil e quinhentos metros quadrados.
02:23O projeto urbanístico é do fantástico arquiteto Gustavo Pena.
02:27Tem também um parque de 210 mil metros quadrados, que tem paisagismo de Luiz Carlos Orsini.
02:34O Três Vales tem cabeamento subterrâneo, heliponto, centro ecumênico e muita segurança e conforto.
02:40Tudo isso pertinho de Belo Horizonte.
02:43Quer saber mais? Acesse tresvales.com ou então siga no Instagram, arroba Três Vales.
02:48O Três por extenso, tá? T-R-E-S.
02:51Três Vales, extraordinário é viver o agora.
02:57Bom, temos problemas seríssimos com relação ao que acontece no Oriente Médio.
03:08O que nós vínhamos acompanhando com o recrudescimento das ações do Oriente Médio,
03:15depois do ataque de Israel ao Irã e o revide do Irã a Israel, a entrada dos Estados Unidos.
03:23Hoje, uma base americana no Catar foi atacada por mísseis iranianos.
03:31E a tensão parece aumentar.
03:33Parece que nós não conseguimos entender nenhum nível de mediação nesse conflito.
03:37Mas quem entende de tudo isso é o professor Wilson Mendonça,
03:41que pode dar para a gente um panorama um pouco mais lúcido, mais claro,
03:47do que é mais esse confronto, que é um confronto bélico,
03:53mas tem uma nuance comercial e de relações comerciais internacionais muito forte, né, professor?
03:59Paulo, sem dúvida, esse é um aspecto que eu considero muito relevante
04:04quando a gente trata de algumas linhas que se baseavam exclusivamente
04:10na contenção do enriquecimento de urânio para fins bélicos do Irã,
04:15porque a partir do momento que há uma declaração muito explícita do governo Trump
04:21em relação a uma mudança de regime,
04:25pressupõe-se que um novo, um suposto novo regime seria um regime mais pró-Ocidente,
04:31assim como nós conhecíamos antes da Revolução Islâmica de 1979.
04:35Esse é um possível pressuposto, né?
04:38Então, já há uma outra linha de raciocínio.
04:43Porém, racionalmente, essa poderia ser uma conduta.
04:46A única questão é a gente ter que combinar com todos os dobramentos possíveis
04:49que estão realmente acontecendo lá, como eu já havia dito.
04:54O Irã tem vários braços que se desdobram na região,
04:58então essa capilaridade é muito complexa.
05:00Então, já hoje mesmo, já ouvimos manifestações de alguns grupos rebeldes
05:04deixando claramente a intenção de atacar alguns pontos militares
05:12em representatividade a essa defesa,
05:16uma defesa da manutenção do status quo.
05:19Portanto, o que mais gera uma certa resistência,
05:23talvez uma preocupação com a previsibilidade da região,
05:27inclusive, eu diria até outros estados que estão enxergando o Irã,
05:30talvez como a bola da vez,
05:31e provavelmente eles seriam os possíveis que entrariam nesse jogo político
05:34e, por que não, econômico.
05:36A gente está falando de uma região provedora de grandes reservas de petróleo.
05:40Então, essa acredito que seria a linha mais pragmática
05:45para a gente começar a enxergar agora
05:47essa movimentação no tabuleiro dessa guerra.
05:51Então, deixamos de lado exclusivamente a questão da dissuasão,
05:57da detenção do armamento nuclear e vamos agora pensar em um outro ponto
06:02que seria realmente uma mudança do regime.
06:05Para entender um pouco a questão geopolítica, a questão das relações,
06:10se nós botarmos uma lupa para antes de 1979, com a Revolução Islâmica,
06:17o Irã, que era um domínio da família Palev,
06:20ele, a um primeiro momento, ele rechaçou a ideia do Estado de Israel.
06:26Depois, aceitou, acatou a ideia do Estado de Israel
06:30e apoiou a ideia do Estado de Israel.
06:34Inclusive, o Israel e o Irã tiveram já...
06:38já foram colaboradores de estratégias militares, de segurança.
06:44De repente, com 1979 e a Revolução Islâmica,
06:49quando a Revolução Islâmica elege Israel como inimigo
06:53a ser eliminado no Oriente Médio,
06:56esse recrudescimento começa.
06:58Mas houve um acelerar nos últimos tempos.
07:03Benjamin Netanyahu recrudeceu de uma maneira muito rápida o discurso.
07:09Ou não?
07:10Ou é só uma observação de quem está sentado numa cadeira no Ocidente
07:13e não está vendo o que está acontecendo lá?
07:16Indiscutivelmente.
07:17Essa leitura, esse processo de acelerar essa animosidade com o Irã,
07:24ela é muito clara e também temos que fazer uma análise
07:27um pouco mais complexa e, nesse caso, menos superficial,
07:32de que, sim, Israel faz uso de eventos externos também
07:36para conseguir se fortalecer internamente.
07:39haja vista que o próprio governo de Netanyahu
07:42tem sofrido pressões domésticas indiscutíveis em relação ao próprio Hamas,
07:48inclusive a questões que dizem respeito à própria esfera do judiciário israelense
07:54em relação a vários outros temas.
07:57E isso também, nesse curto prazo, gera-se um apoio da opinião pública.
08:01Agora, a questão é a pontualidade do evento.
08:04A outra é a manutenção desse tipo de conflito.
08:09Então, o Netanyahu tem utilizado isso de uma maneira instrumental,
08:15eu diria pontual, para conseguir angariar um apoio doméstico.
08:19Não tem feito isso exclusivamente com o Irã,
08:21fez alguns ataques ao sul do Líbano também,
08:24em relação ao Hezbollah e pontualmente em relação à Síria.
08:28Mas esse, exclusivamente do Irã utilizando essa roupagem do enriquecimento de urânio,
08:35é indiscutivelmente muito estratégico.
08:37Temos que entender também que o Irã estava sendo auditado pelo TNP,
08:41o Tratado de Não-Proliferação,
08:44guardado as proporções na transparência possível que era feita.
08:48Porém, essa mudança de tom formou uma mudança de tom
08:54que diz muito mais sobre uma conjuntura de pressões domésticas de Israel,
08:58e por que não dos Estados Unidos também,
09:01e também de uma intenção de um remanejo da própria região.
09:06E aí eu já diria um remanejo para angariar uma, vamos dizer,
09:11uma reestruturação geopolítica.
09:12Esse desenho geopolítico, o Gustavo está querendo me perguntar,
09:16mas é porque as coisas vão surgindo na discussão.
09:19Esse redesenho geopolítico,
09:22ele causa também uma apreensão em outros países do Oriente Médio.
09:28Alguns hoje têm relacionamento direto com Israel,
09:32mas é um relacionamento que sempre é mantido na geladeira,
09:36porque se tirar da geladeira pode esquentar e pode entornar o caldo.
09:40Existe um temor do desequilíbrio geopolítico
09:44por parte das outras nações do Oriente Médio?
09:48Sem dúvida.
09:49Eu penso que essa estabilidade que era tão esperada
09:54para a comunidade internacional indiscutivelmente,
09:57a estabilidade de preços,
09:58essa previsibilidade em relação às relações,
10:02há poucos anos tínhamos até algo meio inimaginável.
10:08Alguns voos que antes não existiam,
10:10de Israel para alguns países do Oriente Médio diretamente,
10:14anteriormente a gente tinha que fazer aquele voo de vai para Israel,
10:16volta para o Brasil, depois viaja para a África Saudita,
10:18porque você não conseguia fazer essa transição.
10:21Isso hoje já voltamos àquele estágio de suspensão desse tipo de relação.
10:26E eu não estou...
10:27Esses vínculos da logística, do mundo dos negócios,
10:32ele vai extrapolar para várias outras esferas.
10:33Por isso que eu acho que nos remete muito aos eventos da Primavera Árabe,
10:38porque ela vai arrefecendo a partir do momento que vai mexendo no status quo
10:44de alguns grupos que tomam decisões políticas e estratégicas,
10:49alguns são favoráveis ao Ocidente, outros menos favoráveis,
10:52mas quando isso vai mexendo na estrutura da pirâmide, na região,
10:57percebe-se o aumento dessa resistência,
10:59inclusive atraindo outras potências para o tabuleiro,
11:03como a Síria havia feito, colocando de maneira muito pendular a atração da Rússia
11:08durante o governo Assad, principalmente depois de 2011,
11:13colocando a Turquia ali como mediador em alguns momentos,
11:15mas depois se afastando dela.
11:17Ou seja, é uma maneira como esses estados têm de utilizar também o seu poderio
11:21econômico, provendo petróleo para o mundo inteiro,
11:27mas, obviamente, entendendo que eles não abririam mão tanto da autonomia.
11:32E, convenhamos, temos bons exemplos de fracassos,
11:35de intervenções, de mudanças no regime na região,
11:37como no Iraque e em diversas outras.
11:40A Síria, agora, por exemplo, é um estado que está completamente à deriva
11:43e com uma expectativa de uma mudança, de uma instabilidade que nunca chega.
11:48Entendi. Agora, Paulo, uma coisa interessante,
11:50sabe, professor Luiz, que eu estava refletindo e venho acompanhando
11:52algumas notícias e comentários sobre o assunto,
11:55é que, dentro dos países árabes, o Irã não faz parte,
11:59porque ele é da Pérsia, então ele é um país muçulmano,
12:02chiíta, e não faz parte dos países muçulmanos árabes.
12:06O Irã não é do povo árabe, ele é do povo perso.
12:10Isso tem que se deixar bem claro, para nós daqui,
12:13entendermos como é que é esse equilíbrio geopolítico daquela região.
12:16E essa divisão, Paulo, entre os chiítas e os sunitas,
12:20o senhor acredita que, do ponto de vista de apoio
12:23ou colocação estratégica dentro desses ataques agora
12:27que vieram dos Estados Unidos, isso pode mexer nesse tabuleiro?
12:31Ou, pelo que estão informando, igual o caso da Jordânia, por exemplo,
12:35que não está se manifestando, não está colocando nenhum apoio,
12:38a Arábia Saudita é um grande aliado dos Estados Unidos,
12:41inclusive, do ponto de vista tecnológico,
12:44ela está tendo uma visão muito mais agora de longo prazo,
12:47de transição energética, tentando trazer algo do ponto de vista tecnológico.
12:51O senhor acredita que isso possa interferir em alguma decisão estratégica
12:55para agora, com a situação da guerra agora,
12:59com a entrada não definitiva dos Estados Unidos,
13:01mas com esse bombardeio que eu cortei no final de semana?
13:03E só para colocar uma informação que acaba de chegar agora,
13:07Trump, nas suas redes sociais, informa que Irã e Israel caminham para um acordo de cessar fogo.
13:14Agora, acabou de ser publicado na rede social de Donald Trump,
13:17só para a gente acompanhar a informação.
13:19Perfeito. Eu acho que esse debate, ele é muito interessante,
13:22porque entramos agora naquele estágio de observação de alguns atores na região,
13:31de que qualquer manifestação pró, algum lado,
13:34já pode gerar um endosso de algum tipo de evento
13:37e, por conseguinte, serem alvo de alguma manifestação.
13:42Porém, eu reitero, essa observação,
13:46ela mantém também uma postura ali de uma defesa,
13:51que não gera um estado de omissão desses estados.
13:55Então, a Arábia Saudita tem essa posição de aliança estratégica
13:59nos Estados Unidos indiscutível.
14:02Agora, temos aí outros estados que ficam, sim,
14:06alertas completamente a esse tipo de manobra.
14:09E foi interessante a sua menção em relação aos sunitas chiítas,
14:13porque alguns grupos, inclusive que fazem parte de outros estados soberanos,
14:18eles responderiam de maneira indireta a essa manutenção desse status quo,
14:25que, para alguns, vão ser interpretados de maneira mais radical,
14:29porque eles não vão ser tão responsivos à grande parte da opinião pública,
14:32mas eles se arquitetaram ao longo desses últimos anos
14:35para manter um estado fechado o suficiente
14:37para reprimir esse tipo de manifestação.
14:40Então, essa ideia de que isso seria o suficiente
14:43para ter uma derrubada de baixo para cima, por exemplo, em alguns estados,
14:46eu realmente não sei,
14:47porque o instrumento,
14:50a estrutura que foi consolidada
14:53nesses estados de repressão,
14:54de manutenção do status quo,
14:56ela é uma estrutura muito, muito fortalecida.
14:59Então, isso talvez possa ainda
15:00inflamar e aumentar a resistência
15:03além das fronteiras.
15:04Entendi.
15:04Tem um detalhe, Paulo, até na primeira fala do professor Wilson,
15:07que eu não tinha analisado ainda
15:09desde o início desse confronto de Israel-Irã.
15:13É que, com o bombardeio que ocorreu nos Estados Unidos,
15:15a gente não está falando na entrada,
15:16porque tem toda aquela discussão de autorização do Congresso americano,
15:19mas com o bombardeio que aconteceu
15:21agora, no final de semana,
15:23o senhor acredita que,
15:25diante do cenário que há social no Irã,
15:28de grupos rebeldes,
15:29que não estão só no Irã,
15:31que, inclusive, possam ser que estejam
15:32dentro dos próprios Estados Unidos, grupos terroristas,
15:35isso pode inflamar e o país,
15:38os Estados Unidos, está mais suscetível
15:40a qualquer ataque terrorista diante desse cenário?
15:44Não, não.
15:45Bom, é difícil a gente conjecturar demais
15:48e talvez, caso nada aconteça,
15:52frustrar a expectativa de algumas pessoas que nos ouvem.
15:55Claro, mas só de uma análise.
15:56Mas vamos nos ater a fatos.
15:59Mais uma vez, eu vou pegar carona em 2003.
16:02Na esteira de 2003,
16:05e na intervenção no Iraque e no Afeganistão,
16:08tivemos ali atentados na própria Espanha,
16:12que se manifestou de maneira muito estreita
16:14em relação à intervenção dos Estados Unidos,
16:16que, de certa maneira, passou por cima do Conselho de Segurança.
16:19Reino Unido, idem, né?
16:20Tivemos o evento, se não me engano, do G7 em 2004 ou 2005,
16:27também um atentado claro, explícito,
16:29de que potências apoiadoras
16:32a este tipo de intervenção unilateral
16:36vão responder com esse tipo de atentado.
16:40Então, discutivelmente,
16:41eu acredito que sim,
16:43é uma maneira de resposta a esse tipo de evento,
16:47que vai muito além do Estado soberano,
16:48e isso que é complexo do jogo no Oriente Médio, né?
16:51Porque as pessoas ficam muito atreladas à bandeira em si.
16:55O Ocidente muito preso a Estados independentes, soberanos,
16:59e o Oriente não está tão preocupado com isso.
17:01Exato, até porque não é a lógica
17:03de quem teve a sua conformação tribal.
17:06Perfeito.
17:07Então, é uma lógica absoluta.
17:08Exatamente.
17:09Nós não conseguimos entender,
17:11porque não é uma conformação que nos fez Estados, né?
17:14Perfeito.
17:15E lá, as conformações tribais é que deram esse tom.
17:17Bom, mas aqui, vamos falar aqui sobre essa notícia
17:22que eu acabei de dar aqui agora,
17:24porque nas redes sociais,
17:26Donald Trump publicou,
17:27parabéns a todos,
17:28essa foi uma guerra que poderia durar anos
17:30e destruir todo o Oriente Médio,
17:32mas não vai.
17:33Deus abençoe Israel, Irã e Oriente Médio,
17:36os Estados Unidos e o mundo,
17:37e garante, depois do seu texto,
17:39que é um texto longo,
17:40um cessar-fogo total com o início previsto
17:43para, a partir de uma hora da manhã,
17:45o horário de Brasília.
17:47Ele deu seis horas, está lá o...
17:50Para quem está nos acompanhando pelos canais de imagem,
17:53essa é na íntegra a postagem na rede social de Donald Trump.
17:59Congratulando-se pelo acordo desse cessar-fogo imediato,
18:04ele ainda completa dizendo que os Estados,
18:09o Irã e o Iraque,
18:10devem concluir os movimentos já iniciados.
18:14É meio dúbia a fala do concluir movimentos já iniciados.
18:18É interessante o que lembrou aqui o Gustavo
18:21e nos remete, então, a uma outra questão.
18:25Num cessar-fogo,
18:29ganha uma força diplomática
18:33meio que goela abaixo,
18:37Donald Trump ganha uma força diplomática.
18:39Mas o regime iraniano sai absolutamente enfraquecido,
18:43porque demonstrou medo e temor,
18:46temor, inclusive, no início dos ataques.
18:50O regime iraniano já enfrentava problemas internos,
18:54de desagrado,
18:55mas, mesmo assim, como você mesmo lembrou,
18:58ainda temos um grande número de pessoas
19:00que querem e que acreditam na força da Sharia,
19:05do poder da lei divina que Alá lhes passou
19:10e concordam com a existência daquele Estado teocrático.
19:14haverá uma mudança nessa regra?
19:17Porque isso faz uma diferença enorme,
19:19porque o Irã compõe, junto com a Rússia e com a China,
19:22um eixo autoritário de discussão.
19:25Isso dá uma mudança geopolítica,
19:27não só na região,
19:28mas há um desequilíbrio também
19:30nessas relações autoritárias
19:34entre Rússia, Irã e China.
19:38Eu acredito que isso, inclusive,
19:41influenciaria, de uma maneira,
19:42em um processo em cadeia,
19:44outros regimes que estariam ali
19:46sofrendo essa pressão doméstica,
19:49e por que não,
19:51levando-se em conta a pressão,
19:52o grupo de interesse tão poderoso
19:54que as redes sociais impõem hoje,
19:57acabamos de verificar que nós estamos
19:58reportando uma postagem
20:01de um chefe do Executivo.
20:03Uma decisão de Estado
20:04que vem pelas mídias sociais.
20:06E que, muito provavelmente,
20:08já afetou as bolsas da Ásia hoje,
20:10agora, nesse momento.
20:12E isso é muito interessante
20:14de começar a ser analisado,
20:16porque há muitas informações
20:20nos bastidores que fizeram
20:22com que esse anúncio fosse feito
20:23que levam em conta, com certeza,
20:26concessões,
20:27e a grande maioria das pessoas
20:28vão interpretar isso como
20:30concessões estritas do Irã
20:31em relação a essa questão
20:32do cessar-fogo.
20:34E aí fica a questão,
20:35bom, não aventarmos a possibilidade
20:37de haver uma mudança de regime
20:38e esse cessar-fogo,
20:41ele conseguirá impor
20:43essa mudança de regime
20:44ou faltaria mais um tempo
20:45de conflito bélico
20:46para essa imposição ser inevitável?
20:49Exato.
20:50E quando se compara, né, Paulo,
20:51com o que aconteceu no Iraque,
20:53professor Wilson,
20:53a gente sabe que foi um pouco diferente.
20:56Às vezes, pela experiência do Iraque,
20:58os Estados Unidos
20:59viu que não foi tão positivo
21:02que o resultado
21:03da guerra do Iraque,
21:05e agora, com o Irã,
21:07ele fala que o foco
21:09são as bases nucleares
21:10do enriquecimento do urânio,
21:12e não fala em nenhum detalhe.
21:14Deu algumas discussões
21:16do presidente Trump
21:17falando que poderia derrubar
21:20o regime dos atolás,
21:23mas não,
21:23o foco era o enriquecimento do urânio.
21:26E se, a partir de agora,
21:28com essa fala do presidente Trump,
21:30chega-se a uma composição,
21:32um cessar-fogo,
21:33eu acredito, Paulo,
21:35que isso não vai interferir
21:38no regime totalitário
21:39que está lá.
21:41A partir do momento
21:42que não foi uma escolha,
21:44inclusive,
21:45pelos equívocos acontecidos
21:46no Iraque
21:47do próprio Estados Unidos.
21:48Agora,
21:49se isso vai mobilizar
21:51a população
21:52para ter uma mudança
21:53do ponto de vista social,
21:55e enfraquecer o regime
21:56do ponto de vista interno,
21:58a gente não sabe.
21:59Pode ser que isso ocorra.
22:00Mas é interessante,
22:02até porque a gente
22:03começa a pensar
22:04de outra forma.
22:05É clara,
22:06pelo menos
22:07para quem observa
22:09do nosso ponto ocidental,
22:11é clara
22:11a disposição do Irã
22:13em financiar grupos
22:15terroristas contra Israel,
22:17particularmente
22:18Hamas e Hezbollah.
22:19Esses grupos
22:20perdem um pouco
22:22desse apoio direto
22:23com o enfraquecimento
22:24de um cessar-fogo.
22:26Mas esses grupos
22:27não costumam
22:27voltar
22:28para trás
22:30no intuito
22:31de diminuir
22:32ou de regredir
22:33os seus interesses.
22:35Isso pode ser
22:36a catapulta?
22:38Eu empurro
22:39e depois
22:40isso cresce
22:40de tal maneira
22:41que a gente
22:42começa a perceber
22:43depois, posteriormente,
22:44ações coordenadas
22:46desses grupos terroristas?
22:47Outra coisa
22:49que nos remete
22:49demais a eventos
22:50históricos,
22:51nós temos bons
22:51exemplos disso,
22:53o apoio
22:54dos Estados Unidos
22:55durante a década
22:56de 80,
22:57no Afeganistão
22:58contra a União
23:00Soviética,
23:02o que isso
23:02voltou depois
23:03com treinamentos
23:05militares,
23:06armamento,
23:07eu acredito
23:08que a própria
23:08lavagem de dinheiro
23:09que acontece
23:10com grande parte
23:11desses grupos
23:11ainda é algo
23:12que os mantém
23:14de maneira
23:14tão atuante
23:16e eu concordo
23:18porque a partir
23:18do momento
23:19que você tem
23:19uma missão
23:19na sua Constituição,
23:21na sua própria
23:23instituição,
23:25fica muito difícil
23:26de começar
23:27a remodelar
23:29a sua maneira
23:30de enxergar
23:30o mundo.
23:31A maioria
23:31desses grupos
23:32tem essa instituição
23:34de enxergar
23:35Israel como realmente
23:36uma ameaça
23:36a ser eliminada.
23:40Trazer à mesa,
23:42arrefecer
23:43esse tipo
23:43de resistência,
23:45de atrito,
23:45é um pouco
23:47paradoxal
23:47a ideia
23:49em si.
23:50Por isso que eu digo
23:50que esse cessar-foco
23:51é muito curioso,
23:52interessante,
23:53porque se já havia
23:54uma pressão doméstica
23:55por parte do Congresso
23:56e da opinião pública
23:57estadunidense
23:57em relação
23:58à intervenção
23:58bilateral,
24:01o ataque
24:02do Irã
24:03ao Catar
24:04entregava
24:05no colo
24:05dos Estados Unidos
24:06a possibilidade
24:07de instrumentalizar
24:08isso,
24:09legalizar
24:09esse tipo
24:10de intervenção,
24:10inclusive,
24:11agora,
24:13utilizar o direito
24:13internacional
24:14para embasar
24:15esse tipo
24:15de...
24:15Agora eu estou
24:16simplesmente
24:16me defendendo
24:17de uma intervenção.
24:18Fui atacado.
24:19Poxa,
24:20por isso que a nossa
24:21leitura tem que ser
24:22uma leitura
24:22para a gente não ter
24:23acesso a essa caixa
24:23preta,
24:24essas informações
24:24que estão ali.
24:25Quem dera, né?
24:26Não teremos acesso
24:27a isso.
24:28Mas há claramente
24:29alguma concessão
24:30que foi colocada
24:31à mesa
24:31que entregue
24:32esse tipo de condição,
24:33porque a nossa leitura
24:34mais pragmática
24:35seria essa.
24:36Iremos agora
24:36até o final.
24:37Inclusive,
24:37Israel defendia isso.
24:39A gente só vai
24:40enquanto o líder
24:42islâmico
24:43for morto.
24:44A fala de Netanyahu
24:45é clara.
24:45É cair em instituição.
24:47É derrubar o Estado.
24:49Eu até acho
24:50que o posicionamento
24:51dos Estados Unidos
24:52de não ser
24:53do ponto de vista
24:54da derrubada
24:55do regime
24:55tem a ver
24:56com essa autorização
24:57do Congresso
24:57que agora,
24:58com esse ataque
24:58nas bases militares
25:00do Qatar,
25:01entra exatamente
25:01nessa discussão
25:02que você comentou.
25:03Agora,
25:04eu vou trazer
25:04um pouquinho
25:04dessa discussão,
25:05eu queria saber
25:06a sua opinião
25:07sobre o posicionamento
25:08do Brasil,
25:08do ponto de vista
25:09diplomático
25:10do que o Brasil
25:11tem falado
25:12sobre esses ataques
25:14americanos
25:14às bases nucleares
25:16do Irã,
25:17o posicionamento
25:18diplomático
25:19do Brasil.
25:19Qual que é a sua opinião,
25:20professor Wilson,
25:21sobre isso?
25:21Até completando
25:22esse alinhamento
25:25da política
25:25de Celso Amorim,
25:26particularmente,
25:27que é o guru
25:28da política...
25:29É o que tem a procuração
25:30lá dentro, né, Paulo?
25:31É o guru da política
25:32internacional brasileira.
25:33O chanceler...
25:34Não nomeado,
25:35mas o que está...
25:35O chanceler
25:36é quase que uma figura
25:37decorativa nessa relação.
25:38mas esse alinhamento
25:42com as autocracias,
25:44com teocracias,
25:45com o mundo não democrático,
25:47plenamente democrático,
25:49prejudica a imagem
25:50do Brasil
25:50na construção
25:51dessa geopolítica
25:52que vai começar
25:53a ser traçada
25:54a partir de agora.
25:55Paulo,
25:56essa é uma questão
25:56crucial
25:58na diplomacia
26:00contemporânea, né,
26:01porque historicamente
26:02o Brasil é reconhecido
26:04como um país
26:06que não tem
26:06esse excedente poder.
26:07Não dá pra impor,
26:08bater na mesa
26:09e gritar
26:10por recursos militares,
26:12recursos econômicos,
26:13sanções econômicas.
26:14Isso nunca foi
26:14a tônica do Brasil.
26:16Já que nunca foi,
26:18o Brasil sempre
26:19se baseava
26:19na política
26:21do principismo,
26:21do direito internacional,
26:24do cumprimento
26:25do que está estabelecido
26:26nas cartas
26:26que foram assinadas
26:27por todos os países.
26:28Por quê?
26:29Porque, na dúvida,
26:30eu vou me aproximar
26:32dos outros estados
26:32que também não têm
26:33esse excedente poder
26:34e nós todos
26:35levantaremos
26:36a lei,
26:37a carta,
26:38porque isso é o que
26:39a gente teria
26:39de recursos.
26:41Dito isso,
26:42não caberia
26:43um posicionamento
26:44pró isso,
26:45pró aquilo.
26:46O pró é violou,
26:48está na carta,
26:49logo somos contrários
26:50a isso,
26:50independentemente
26:51do Estado
26:51que está por trás.
26:53Essas manifestações,
26:54de certa maneira,
26:56subjetivas
26:56que indiretamente
26:57transmitem
26:58a posição do Estado,
26:59haja vista
27:00que é um conselheiro
27:03do executivo,
27:04do chefe de Estado,
27:05e aí, nesse caso,
27:06ele vai sim se confundir
27:07à opinião
27:08do...
27:09vai deixar o Ministério
27:10de Ações Exteriores
27:11do Itamaraty
27:11subordinado
27:14à sua tomada de decisão,
27:15ele é o porta-voz
27:15do Brasil,
27:17do aeroporto para fora,
27:18isso gera
27:20uma mensagem
27:20para o resto
27:22do mundo
27:22de que,
27:23bom,
27:24quando lhes for favorável,
27:26nos baseamos
27:26no direito internacional,
27:27quando não nos for favorável,
27:29nos baseamos
27:30no que a gente tem
27:30de interesse,
27:32entre aspas,
27:34pessoal.
27:35Essa contradição
27:36vai enfraquecendo
27:37demais esse discurso,
27:38inclusive o afastando
27:39de outros Estados
27:40que costumavam
27:42sustentar essa posição
27:42do Brasil internacionalmente,
27:44desde a época
27:45da...
27:46desde a Segunda Guerra Mundial,
27:47o Brasil tinha
27:47muito esse posicionamento.
27:49gerando uma estabilidade
27:51diplomática,
27:52assim,
27:52você acredita?
27:53Indiscutivelmente.
27:54Isso perde
27:55uma credibilidade internacional
27:56no sentido
27:57que o Brasil
27:58deixa de ter
27:58essa legitimidade
27:59como mediador,
28:01como partícipe
28:02em alguns eventos
28:03multilaterais
28:04que ele teria
28:05essa legitimidade
28:06de participar
28:06como um Estado
28:07isento,
28:09isso nos enfraquece.
28:11Então,
28:11não temos aí
28:11excedente de poder,
28:14força militar
28:15e econômica,
28:16e perdemos também
28:17a nossa retórica
28:18principista,
28:19gera aí um esvaziamento.
28:21E o que contradiz,
28:22Paulo,
28:22com toda a história
28:23do trabalho diplomático
28:25que o Brasil tem
28:26do próprio Itamaraty,
28:27inclusive do governo Lula
28:29um e dois,
28:30né, Paulo?
28:31Então, assim,
28:32é importante a gente
28:33trazer esse cenário.
28:34Isso é interessante
28:35porque o Brasil,
28:37do governo Lula
28:39três,
28:40esse mandato de Lula,
28:42o Brasil muda um pouco
28:43o tom das suas
28:44relações diplomáticas.
28:46E, por conta dos BRICS
28:48e da posição do Brasil
28:49nos BRICS,
28:50uma aproximação
28:51e um alinhamento
28:52muito direto
28:53com Rússia e China.
28:54Rússia e China,
28:56nesse conflito,
28:57perdem expressão
28:58porque os Estados Unidos
29:00agora ganhou
29:01a expressão máxima.
29:03O dólar nunca esteve
29:04tão forte como moeda,
29:06as reservas americanas
29:07são as mais seguras
29:08do mundo,
29:09tudo que se desenha
29:11a partir dessa intervenção
29:12americana,
29:13isso favorece muito
29:15como imagem
29:15do império mundial
29:18e o Brasil se aliou
29:20à Rússia e China
29:22num primeiro momento,
29:23numa discussão muito clara
29:24com relação aos BRICS.
29:26Os Estados Unidos,
29:27fortalecido,
29:29o Brasil aliado
29:30com quem,
29:32em tese,
29:32perde a expressão
29:33de força,
29:34não faz com que o Brasil
29:37tenha,
29:38além das relações
29:38diplomáticas,
29:39outras questões
29:40a resolver
29:40nesse tabuleiro?
29:41Eu concordo,
29:43eu penso que
29:44a intenção
29:45clara do Brasil
29:46nesse sentido
29:47é contrabalançar
29:48um regime,
29:51um status quo
29:52e, mais uma vez,
29:52que remete ao final
29:53da Segunda Guerra.
29:54Então,
29:55toda essa gestão
29:55internacional
29:56que foi desenhada,
29:57inclusive multilateral,
29:58do fim da Segunda Guerra,
30:00de FMI para cima,
30:02toda ela,
30:04a intenção,
30:04obviamente,
30:05do Brasil
30:05é um redesenho
30:07desse tipo
30:08de estrutura
30:09e, de certa maneira,
30:12tem um preço,
30:12porque esse redesenho,
30:14ele é...
30:15você acaba escolhendo
30:16um lado,
30:17principalmente quando
30:17você está contra o status quo
30:19que está estabelecido agora.
30:21Mas,
30:22uma coisa que tem que ser vista
30:23de maneira muito clara
30:23é o tom dessa inclinação,
30:26porque o tom dessa inclinação
30:27pode contaminar
30:27a agenda de outros temas.
30:29Então,
30:29o Brasil pode ser retalhado
30:30em outras questões
30:32que,
30:33pragmaticamente,
30:34pela história do Brasil
30:35de universalismo,
30:37o Brasil,
30:37a intenção é
30:38somos amigos de todos,
30:39não temos...
30:40Por quê?
30:41Não podemos nos dar o luxo
30:42de ficar escolhendo estados.
30:44Quando a gente fica
30:45muito pró,
30:46principalmente para temas
30:46ideológicos,
30:48os temas relacionados
30:49a aspectos mais pragmáticos,
30:50principalmente no âmbito comercial,
30:52eles podem, sim,
30:53ser utilizados
30:53como ferramentas de retaliação,
30:55como já foram
30:55por vários momentos.
30:57E o Brasil também
30:57não pode se dar o luxo
30:58de, bom,
30:59se vai retalhar,
31:00eu vou contra-retalhar.
31:01Fica uma incoerência
31:02nessa política.
31:03Não tem essa expressão
31:03para tanto.
31:04Exato.
31:04Então,
31:05esse é um ponto
31:07que eu acho que
31:08essa leitura
31:09tem que ser justamente
31:10no grau
31:13de projeção
31:14desse redesenho.
31:16Porque,
31:17se é algo
31:18que indiscutivelmente
31:18é de longo prazo,
31:20muitos falam,
31:21inclusive,
31:21a gente precisaria
31:22de uma terceira guerra
31:23para esse redesenho acontecer.
31:26Necessariamente,
31:26no curto prazo,
31:27o Brasil seria
31:29diretamente afetado.
31:30Não podemos nos dar o luxo
31:31de fazer isso.
31:32Bom, está aí.
31:33Conversamos com o professor
31:34Wilson Mendonça Jr.
31:35Agradecer sua presença
31:36aqui, professor.
31:38Excelente, né, Paul?
31:39A gente parte a partir
31:40da postagem de Donald Trump.
31:43Alguns dormirão
31:43mais tranquilos, né?
31:45Outros nem tanto, né, Paul?
31:46Eu conheço amigos
31:47que estavam aí
31:48já fazendo aí
31:51todas as suas
31:51forças espirituais
31:53para neutralizar
31:55pela força espiritual
31:57um possível conflito mundial,
31:59que a partir desse
32:00cessar-fogo, pelo menos,
32:01por enquanto parece
32:02não acontecer.
32:03E é importante
32:04essa tua análise final
32:06desse enfraquecimento
32:08brasileiro
32:08que começa a ser
32:10uma tônica, né,
32:11dessas relações
32:12diplomáticas
32:12dúbias
32:14que tomaram conta
32:15das relações brasileiras.
32:17Bom, professor,
32:17muito obrigado
32:17pela tua presença aqui.
32:19Você é muito bem-vindo
32:19aqui sempre.
32:21Meus caros,
32:21um prazer
32:21passar esse tempo
32:22aqui com vocês.
32:23Espero, quem sabe,
32:24voltar aqui com temas
32:25mais amenos.
32:26Com certeza.
32:27É isso aí, professor.
32:28Muito obrigado.
32:29Com temas mais amenos.
32:30O professor quer participar
32:31com temas mais amenos
32:32do que ele veio participar
32:34hoje.
32:34Obrigado, Wilson.
32:34Obrigado a vocês.
32:35Boa noite.
32:36Pra você que está ligado
32:37com a gente,
32:37aguarde um minutinho
32:38só o intervalo,
32:38a gente volta já.
32:40Daqui a pouco tem mais.
32:42Daqui a pouco tem mais.
32:4498 Talks.
32:48Agora você pede
32:50e a 98 dá o play.
32:5298 dá o play.
32:59Só quer dizer que vocês
33:00querem música, né?
33:01Vocês pediram rock'n'roll.
33:02Exigiram.
33:03É, rock'n'roll.
33:04Então, por aí a gente vai
33:05tocar, né?
33:06A gente obedece.
33:07Vocês é que mandam, né?
33:08Chega de blá-blá-blá
33:09duas vezes ao dia.
33:10Tá bom pra você, Fernanda?
33:11Dá o play.
33:12Thaís?
33:12Dá o play.
33:13Em duas edições,
33:1410 da manhã e 2 da tarde.
33:15Dá o play aqui na 98.
33:16oi.
33:17Tardar da família é Brasil demais.
33:20E vacinar nossas crianças
33:21e adolescentes na escola também.
33:23Vem, vem, vem.
33:25Todo mundo vacinar.
33:27Vacinar é nossa força.
33:30Pergunta do vacinar.
33:32Vem, vem, vem.
33:34Vem aluna e professor.
33:36Educação e saúde juntas
33:38nas escolas públicas
33:39de todo o país.
33:41Vacinar é nossa força.
33:43Vacina sempre Brasil.
33:44Ministério da Educação.
33:46Governo Federal.
33:48Você ligou para o SAC 98.
33:51Se você quer escutar
33:52o Paulo Leite Pistola Tecle 1.
33:54Mas se você quer falar
33:55com algum de nossos atendentes,
33:57é só continuar na linha.
33:59Patrick tá dizendo aqui
34:00se dá pra informar
34:01e tocar música ao mesmo tempo.
34:03Só que a gente não quer.
34:04Quem disse que a gente não quer?
34:06Seu pedido vai ser aceito, Patrick.
34:08Agora tem fundo do baú,
34:10duas edições.
34:11Dá o play, duas edições.
34:12Música em toda a programação,
34:14mas vai ter informação também.
34:15Tá bom?
34:16Fica tranquilo aí, ô Patrícia.
34:18Você ligou para o SAC 98.
34:20Se você quer escutar
34:21o Paulo Leite Pistola Tecle 1.
34:24Mas se você quer falar
34:25com algum de nossos atendentes,
34:27é só continuar na linha.
34:28Música em 98.
34:3098 Talks
34:45Estamos de volta com 98 Talks
34:50nesse seu segundo bloco.
34:52Venha celebrar momentos inesquecíveis
34:53no ar.
34:54Aras Fonte Viva.
34:55É um espaço exclusivo,
34:57em meio à natureza,
34:58perfeito para casamentos,
34:59aniversários,
35:00eventos corporativos.
35:02É uma estrutura completa,
35:03tem ambientes ao ar livre,
35:04salão de festas,
35:06toda a liberdade
35:07para você personalizar
35:09cada detalhe para o seu evento.
35:11É só agendar a sua visita,
35:13transformar o seu evento
35:14numa experiência única.
35:16Aras Fonte Viva em Confins.
35:18O Seu Sonho Começa Aqui.
35:21Vamos falar um pouquinho
35:21de Minas Gerais,
35:23depois dessa completa aula
35:26que o professor Wilson Mendonça
35:27acabou nos trazendo aqui.
35:29Foi excelente, né, Paulo?
35:30Muito bom.
35:31Uma análise extremamente interessante.
35:33E em meio à análise dele,
35:35a publicação da rede social
35:37de Donald Trump,
35:38falando em um acordo
35:40de cessar fogo,
35:41Irã e Israel,
35:42um acordo que começa
35:43nas próximas seis horas,
35:44segundo ele,
35:45uma hora da manhã,
35:46Brasília,
35:47até o horário marcado
35:48por Trump
35:49para o início desse cessar fogo.
35:51Hoje pela manhã,
35:53o governador Matheus Simões
35:55reuniu editores
35:58dos principais veículos
36:00de comunicação de Minas Gerais.
36:02Ele afirmou que Romeu Zema
36:05não tem interesse
36:07em se candidatar ao Senado
36:09nas eleições de 2026.
36:11O governador,
36:12no programa Café com Leite,
36:13tinha deixado mais ou menos claro
36:15que o pendor dele
36:17pela função legislativa
36:19não era o maior de todos.
36:20Mas agora,
36:21Matheus Simões afirmou
36:22que ele não tem nenhum interesse
36:23em candidatar-se ao Senado
36:26nas eleições de 2026.
36:30Ele disse,
36:30o governador não quer o Senado.
36:32É um homem que foi talhado
36:33para o Executivo.
36:35Ele não quer o Legislativo.
36:37Foi o que disse
36:38Matheus Simões.
36:40Matheus Simões também
36:42disse que ele é pouco conhecido.
36:45Avaliou que o senador
36:46Rodrigo Pacheco,
36:47a quem chamou de seu principal
36:49adversário,
36:50assim como ele,
36:51também é pouco conhecido,
36:53mas que tem um nível
36:54de rejeição maior
36:55do que o dele.
36:57Vou falar,
36:58abrir aspas,
36:59para o que disse Matheus Simões.
37:00Eu sou pouco conhecido
37:01e tenho pouca rejeição.
37:03Pacheco é pouco conhecido,
37:04mas tem muita rejeição.
37:06Meu principal adversário
37:08também é pouco conhecido.
37:09E aí,
37:10Gustavo,
37:10o principal adversário
37:12de Matheus Simões
37:14é mesmo o Rodrigo Pacheco?
37:15É, Paulo,
37:16não sei.
37:16Ainda vou comentar algo aqui
37:18que vai sacudir um pouco
37:20as pessoas que estão
37:21nos acompanhando no trânsito.
37:23Eu tive uma informação
37:24hoje,
37:24agora à tarde recente,
37:26em que o ministro
37:28Luiz Roberto Barroso
37:29vai se aposentar
37:30com 70 anos
37:31e o grande nome
37:32para ocupar essa vaga
37:33é do senador
37:34Rodrigo Pacheco.
37:35Então,
37:35isso também muda
37:37o cenário
37:38pensando para as eleições
37:39para o próximo ano.
37:40Eu acredito
37:41que o maior desafio
37:43hoje
37:43para o maior adversário
37:45hoje
37:46do vice-governador
37:48professor Matheus
37:49é tentar
37:50compor
37:51uma possível
37:52candidatura
37:53do
37:54senador Cleitinho
37:55que vem comentando
37:56o seu interesse
37:57de ser candidato
37:58ao governo do estado.
37:59Então,
37:59eu acredito
38:00que a negociação
38:00tem que começar por ele.
38:02Vamos começar
38:02a falar disso
38:03porque o vice-governador
38:04também falou sobre isso
38:05no Café com os Jornalistas.
38:07E ele disse
38:08que é muito próximo
38:09de Cleitinho Azevedo
38:11que é senador
38:11pelo Republicanos
38:12por Minas Gerais
38:13e se mostrou
38:14confiante
38:15na possibilidade
38:17de Cleitinho
38:18não concorrer
38:19ao governo mineiro
38:20para apoiá-lo.
38:22Ele disse isso
38:22e eu vou abrir aspas
38:23para o que disse
38:24Matheus Simões.
38:25Deixa eu conseguir aqui
38:25abrir aspas.
38:26Ele, Matheus Simões,
38:30pretende fazer
38:30uma unificação
38:31à direita
38:32e diz que vai tentar
38:33dissuadir Cleitinho
38:35de uma empreitada
38:36pelo executivo.
38:38Abre aspas
38:39para Matheus Simões.
38:39Meu momento
38:40é melhor que o dele.
38:42Até porque
38:42não tenho outra opção.
38:46Em havendo
38:47a dissuasão
38:48por parte
38:48de
38:49Matheus Simões
38:51conseguindo convencer
38:53Cleitinho Azevedo
38:53a não concorrer
38:54ao governo.
38:56Depois eu até
38:57quero comentar
38:58um pouco mais
38:58a respeito disso.
39:00Mas convencendo
39:01Cleitinho Azevedo
39:03a não concorrer
39:03ao governo
39:04fica o que
39:06de equilíbrio?
39:07Porque você
39:08traz a notícia
39:09da vaga
39:10do Supremo Tribunal Federal.
39:12Que virá aí
39:13com a aposentadoria
39:14não dos 75 anos.
39:15Ele vai se aposentar
39:16com os 70.
39:18Para
39:18Rodrigo Simões
39:20para Rodrigo Pacheco
39:21estou confundindo
39:22Matheus Simões
39:23com
39:24Você montou uma chapa
39:26aí, né Paulo?
39:28Montei uma chapa
39:29do vice-governador
39:30com o senador.
39:33Mas
39:33para Rodrigo Pacheco
39:35é música
39:36aos ouvidos
39:37ouvir o nome dele
39:38indicado ao STF.
39:40Ele nunca escondeu
39:40isso de ninguém.
39:41E ele não quer ir
39:42para uma campanha eleitoral
39:43sabendo que a rejeição
39:44é alta, né Paulo?
39:45Então tem essa
39:46notícia de bastidores
39:48aí que chegou
39:49até os meus ouvidos
39:50e foi o que foi
39:52comentado.
39:53Obviamente
39:54se isso não ocorrer
39:55e pelo que ele tem
39:56falado
39:57inclusive
39:58em aparições
39:59aqui no estádio
40:00de Minas Gerais
40:00com o presidente Lula
40:01é que ele pode ser
40:02esse candidato.
40:03Quem vai concorrer também
40:04que já comentou
40:05sobre isso
40:06mas também a gente sabe
40:07que é um pouco instável
40:08essa decisão
40:09é do ex-prefeito
40:10de Belo Horizonte
40:11Alexandre Calil
40:12que também tem colocado
40:13à disposição
40:14aí para participar.
40:16O que a gente
40:16identifique
40:17na minha opinião
40:18Paulo
40:18é que para o cargo
40:19de executivo
40:20você tem que ser
40:21um bom gestor
40:21e eu acho que
40:22isso o professor Matheus
40:24ele tem colocado
40:25os resultados
40:26da gestão
40:27do governador
40:28Romeu Zeme
40:29onde ele tem
40:29um papel
40:30extremamente importante
40:31nesses resultados
40:32e precisa utilizar
40:34isso para converter votos
40:35e a gente sabe
40:35que esse é um grande desafio
40:37né Paulo
40:37para a política
40:37para o próximo ano.
40:39O desenho
40:40que se faz
40:40na verdade
40:42tudo agora
40:42vai andar
40:43em pontos de equilíbrio
40:45você colocou
40:46mais um nome
40:47na disputa
40:47que é o nome
40:48de Alexandre Calil
40:49que já
40:50concorreu
40:51nas últimas eleições
40:52foi derrotado
40:53em primeiro turno
40:54pelo governador
40:55Romeu Zema
40:56na sua reeleição
40:57colocou o nome
40:58de Alexandre Calil
40:59e tem um terceiro nome
41:01Paulo
41:01e tem o do mineiro
41:04mais influente
41:05no governo federal
41:06hoje
41:06que é o ministro
41:08Alexandre Silveira
41:08exatamente
41:09o ministro Alexandre Silveira
41:10ele nega
41:12de pé juntos
41:12que virá uma campanha
41:13para governador
41:14ele nega
41:16assim
41:17ele jura
41:17que ele não virá
41:18uma campanha
41:19para o governo
41:19de Minas
41:20agora tudo isso
41:21vai desenhar
41:22quem será
41:23o opositor
41:24do governador
41:25Zema
41:25ou seja
41:26da candidatura
41:27Mateus Simões
41:28em Minas Gerais
41:29o governo
41:31obtém resultados
41:33de gestão
41:34muito positivos
41:35e boa parte
41:37desses resultados
41:38de gestão
41:39são creditados
41:40a Mateus
41:41quando secretário
41:42e principalmente
41:44quando assume
41:45no segundo mandato
41:46a posição de vice-governador
41:47porque como vice-governador
41:49ele foi mais ou menos
41:51o tutor
41:52dos secretários
41:53a voz
41:55do governo
41:55na condução
41:57do movimento
41:58dos secretários
41:58de estado
41:59em Minas Gerais
42:00então
42:01a gestão
42:02do governo
42:02Zema
42:03ela é extremamente
42:04bem avaliada
42:05e Mateus
42:06é um desses braços
42:07de gestão
42:08resta saber
42:09quem virá
42:11fora isso
42:12porque
42:13o nome de Cleitinho
42:15é falado
42:15mas eu particularmente
42:16tenho conversado
42:17com muita gente
42:18e todos nós sabemos
42:19que não adianta
42:20a candidatura
42:21não tem que ter
42:22só a aceitação popular
42:24isso a gente viu
42:25na candidatura
42:26a prefeitura de Belo Horizonte
42:27com o Mauro Tramonte
42:28né Paulo
42:28a aceitação popular
42:30é um indicador
42:31de uma campanha
42:32bem sucedida
42:33ela precisa ser
42:35primeiro
42:36admitida
42:37e conduzida
42:37pelo partido
42:38os republicanos
42:41tem dúvida
42:41se Cleitinho
42:43deve ir ao governo
42:44de Minas
42:44os republicanos
42:46não consolidaram
42:47esse apoio
42:48ainda
42:48ou essa decisão
42:50nem apoia
42:50decisão
42:51porque Cleitinho
42:52faz parte
42:53dos republicanos
42:53então eles ainda
42:55não consolidaram
42:56isso
42:56fora isso
42:58há que se entender
42:59um outro universo
43:01que é o universo
43:02do formador
43:03de opinião
43:04dos empresários
43:06com maior poder
43:07tanto econômico
43:08quanto de decisão
43:09das entidades
43:10de classe
43:11tudo isso
43:13compõe a indicação
43:15de um nome
43:16com chance
43:17de ser bem sucedido
43:19na candidatura
43:21ao governo do estado
43:21e com quem eu converso
43:24com quem eu observo
43:25o nome de Cleitinho
43:27não é tão palatável
43:29quanto é
43:29nas redes sociais
43:31quanto é
43:32no
43:32na conversa
43:34com o povo
43:34lembrando que
43:35mais uma vez
43:36é ilusório
43:37dizer
43:38que
43:39o apoio
43:40ou apelo
43:41popular
43:42só esse apoio
43:43e apelo
43:44elegem um candidato
43:45é
43:45precisa realmente
43:47né Paulo
43:47identificar
43:48que
43:49além de toda
43:50essa discussão
43:51tem
43:52as alianças
43:53políticas
43:53que precisam
43:54ser feitas
43:55para a composição
43:56das chapas
43:57de todo o diretório
43:59que vai se colocar
44:00na disputa
44:02no ano que vem
44:02então acho que
44:03tudo isso depende
44:04a disputa
44:06para um cargo
44:06de executivo
44:07além da capacidade
44:08técnica
44:08ela precisa ser
44:09convertida
44:10realmente em votos
44:11no passado
44:12de Minas Gerais
44:13isso já ocorreu
44:13né Paulo
44:14na época
44:15que você tinha como
44:16governadora
44:17Aécio Neves
44:18e vice-governadora
44:19Antônia Anastasia
44:20que também era pouco
44:21conhecido
44:21mas tinha
44:22um volume de entregas
44:23muito grande
44:24e conseguiram
44:25converter
44:26o trabalho
44:27dele
44:28em votos
44:29
44:30eu acho que
44:30esse também
44:31vai ser o grande
44:31desafio aí
44:32do professor Matheus
44:33uma outra
44:34realidade
44:35para se falar
44:36em eleições
44:36proporcionais
44:37e majoritárias
44:38eleições majoritárias
44:39são as que escolhem
44:40prefeito
44:41governador
44:41e presidente
44:42da república
44:43e proporcionais
44:44as que escolhem
44:45vereadores
44:46deputados
44:46e senadores
44:47há uma diferença
44:49grande
44:49entre votos
44:51conquistados
44:52em eleições
44:53proporcionais
44:54e votos
44:55conquistados
44:55em eleições
44:56majoritárias
44:57nem sempre
44:59e quase nunca
45:00se repete
45:01a fórmula
45:03de candidatos
45:04bem votados
45:05em eleições
45:05proporcionais
45:06serem candidatos
45:08bem votados
45:09em eleições
45:09majoritárias
45:10há uma diferença
45:11muito grande
45:12no critério
45:12da escolha
45:13até porque
45:14a estratégia
45:15política
45:16eleitoral
45:16é completamente
45:17diferente
45:18né Paulo
45:18a gente viu
45:19nas eleições
45:19municipais
45:20aonde
45:21os extremos
45:23não ganharam
45:24quem foi
45:25muito
45:25à direita
45:26quem foi
45:26muito
45:26à esquerda
45:27perdeu
45:28espaço
45:28e ganhou
45:29realmente
45:29aquelas
45:30pessoas
45:31que estavam
45:31a partir de centro
45:33como o caso
45:33do PSD
45:34Valorizonte
45:35viveu isso
45:36essa é uma outra
45:37questão
45:37e você falou
45:38aí num nome
45:38que é um nome
45:40que pode ser
45:42pêndulo
45:43para balança
45:44pêndulo para balança
45:46de decisão
45:48no estado
45:49de Minas Gerais
45:50e o que vai
45:50repercutir
45:51primeiro
45:52do ponto de vista
45:52nacional
45:53né Paulo
45:53que decidido
45:54do ponto de vista
45:54nacional
45:55com a possível
45:56candidatura
45:56do governador
45:57Romeu Zema
45:58mas com as falas
45:59que tem saído
46:00na imprensa
46:00que o governador
46:02Tarcísio
46:02para o ex-presidente
46:04Jair Bolsonaro
46:04seria o único nome
46:05que ele apoiaria
46:06todas essas definições
46:07do plano nacional
46:08vão repercutir
46:10no plano estadual
46:11e tem um nome
46:12que é
46:13a bala de prata
46:15que é o nome
46:16de Kassab
46:16Gilberto Kassab
46:17hoje é o mais
46:18hábil
46:18negociador político
46:19desse país
46:20e ele tem
46:22como ninguém
46:22um mapa
46:23das necessidades
46:27e do desenho
46:30para o poderio
46:30cada vez maior
46:31do PSD
46:32o que tem a maior
46:33leitura hoje
46:33a melhor leitura
46:34de cenários
46:35no Brasil
46:35hoje está na mão
46:36de Gilberto Kassab
46:37Gilberto Kassab
46:38sabe como ninguém
46:39definir caminhos
46:41para qualquer processo
46:42político eleitoral
46:43no Brasil
46:44vou dar um pouquinho
46:45de tema aqui
46:46falar de analfabetismo
46:48o número de brasileiros
46:50com 15 anos
46:51ou mais
46:51que não sabem ler
46:52nem escrever
46:53caiu nos últimos
46:54oito anos
46:55atenção governo Lula
46:57porque senão vocês vão se aproveitar
46:58desse dado
46:58dizendo que caiu no governo Lula
47:00
47:00caiu nos últimos
47:01oito anos
47:02segundo os dados
47:03divulgados pelo IBGE
47:04o total passou
47:06de 2016
47:0610 milhões e 700 mil brasileiros
47:09para 9 milhões e 100 mil brasileiros
47:12em 2024
47:131 milhão 560 mil pessoas
47:16a menos
47:16do que havia
47:18em 2016
47:19como analfabeto
47:21é muito pouco
47:22para 15 anos
47:23né Paulo
47:23isso reflete
47:25exatamente
47:25no que é
47:26a nossa sociedade
47:27hoje
47:28e uma sociedade
47:29que a gente já cansou
47:30de falar
47:30que não é só
47:31a questão
47:31de saber
47:32ler ou escrever
47:33ou fazer uma conta básica
47:34é de saber
47:35além de interpretar
47:37textos
47:37mais do que isso
47:39a população brasileira
47:40precisa ter conhecimento
47:41de cidadania
47:42se a gente quer pensar
47:43num país
47:44desenvolvido
47:45num país próspero
47:46não há em se falar
47:47em investimento
47:48efetivo
47:49em educação
47:50não só para combater
47:51o analfabetismo
47:51que a redução
47:52tem que se
47:53tem que se
47:54aplaudir
47:55mas foi muito pequena
47:56em 15 anos
47:57Paulo
47:57reduzir um milhão
47:58de pessoas
47:59eu entendo
48:00como muito pouco
48:01e aonde falta
48:02se investir demais
48:03no país
48:04para a partir
48:05disso
48:05dar um passo
48:06em pensar
48:06em investimentos
48:07em conhecimento
48:08de cidadania
48:09aonde em si
48:10vai transformar
48:11esse país
48:11e esses números
48:12ignoram uma realidade
48:14brasileira
48:14que é dolorida
48:15o Brasil
48:17tem entre aqueles
48:18que são considerados
48:19alfabetizados
48:20analfabetos
48:22funcionais
48:22exatamente
48:23e essa é uma
48:24realidade dura
48:25olha
48:26é uma questão
48:27que se não houver
48:28se não houver
48:29uma determinação
48:30para se discutir
48:31entender
48:32é uma questão
48:33que vai bater
48:33na nossa porta
48:34mais cedo
48:35ou mais tarde
48:36já está batendo
48:37né Paulo
48:38na minha opinião
48:39isso já está batendo
48:39na porta
48:40basta ver
48:41inclusive
48:41aquilo que a gente
48:42comentou no talks
48:43que é
48:44a diminuição
48:45da qualidade
48:45dos nossos políticos
48:46e a qualificação
48:48da mão de obra
48:48da mão de obra
48:49o Brasil tem
48:50um baixíssimo
48:52uma baixíssima qualificação
48:53da mão de obra
48:54e um baixíssimo
48:55índice de produtividade
48:57por empregado
48:58no país
48:59quando você
49:00abaixa a qualidade
49:01da mão de obra
49:02você favorece
49:03o crescimento
49:03de subempregos
49:04né Paulo
49:04e isso é um problema
49:05muito claro
49:07e evidente
49:07no nosso país
49:08não adianta você
49:09combater o desemprego
49:10você também tem que
49:11combater
49:12as ofertas
49:13do subemprego
49:14que são aqueles
49:14empregos
49:15que não exigem
49:16tanto conhecimento
49:17tanta técnica
49:18tanta praticidade
49:20para exercer
49:20as tarefas
49:21e olha
49:22a cada vez mais
49:24cada vez mais
49:24cada setor
49:26da economia
49:28vai sempre
49:29vai necessitar
49:30cada vez mais
49:31de mão de obra
49:32que tenha
49:33especialidade
49:34os processos
49:35tecnológicos
49:36transformarão
49:37essa mão de obra
49:38em mão de obra
49:40com especialização
49:41hoje
49:42você vai ao agro
49:44com as máquinas
49:45que são operadas
49:46automaticamente
49:47todas elas
49:49operadas
49:49de centros
49:50de controle
49:51aquele
49:52tratorista
49:53para quem está
49:54na roça
49:55sabe do que
49:55eu estou falando
49:56aquele tratorista
49:58antigo
49:58hoje é um homem
49:59que tem conhecimento
49:59tecnológico
50:00ele tem que saber
50:02operar uma máquina
50:03à distância
50:03ele tem que ter
50:05conhecimento mínimo
50:06de tecnologia
50:07então é
50:09cada vez mais
50:10essa realidade
50:10vai bater na porta
50:11hoje
50:12existem sistemas
50:13hoje eu conversava
50:14com o Daniel Katz
50:15da Katz
50:15Engenharia
50:16com a Cosmos
50:18que é uma
50:19empresa do grupo Katz
50:20fabricando as casas
50:22agora
50:22casas que são
50:23feitas em
50:24impressoras 3D
50:25impressoras de 4 metros
50:27de altura
50:28por 10 de comprimento
50:295 de largura
50:30que fabricam
50:31uma casa
50:31na impressora 3D
50:32e ele falando
50:34que os serventes
50:34de pedreiro
50:35tem que ser cada vez
50:36mais qualificados
50:37para poder operar
50:38máquinas como essa
50:39e se não tem
50:40Paulo
50:40o desenvolvimento
50:42de ensino
50:43e aprendizado
50:44para a qualificação
50:45da moça mão de obra
50:46isso no futuro
50:48vai resultar em que?
50:49numa desigualdade
50:49social muito grande
50:50mais do que temos
50:52mais do que temos
50:53e aí o governo
50:54precisa entender isso
50:55e a partir de diálogos
50:57com o setor produtivo
50:58criar alternativas
50:59para a qualificação
51:00da mão de obra
51:01mas infelizmente
51:02parece que não é o que
51:03o governo quer
51:03bom, a gente tem que terminar
51:05agora esse programa
51:05está na hora de encerrar
51:06agradecer a Rafael Ribeiro
51:08que esteve na operação
51:09de vídeo
51:10a Rodrigo Beleza
51:10na operação de áudio
51:12aqui na 98 News
51:13ao lado deles
51:14o nosso produtor
51:15jornalista Eric Funes
51:16lá embaixo na 98
51:17estão
51:18Teufir Júnior
51:19e Gilvan Gandra
51:20o Talebã
51:21todas as equipes
51:22técnicas de jornalismo
51:23da Rede 98
51:24e da Rede Mais
51:25afiliada Record
51:26no interior
51:27nos ajudando
51:27a fazer esse programa
51:28para você que nos acompanha
51:30na Rede Mais
51:31em todos os canais
51:31da Rede Mais
51:32muito obrigado
51:33pela sua audiência
51:34você fica agora
51:34com o Jornal da Record
51:35para quem está sintonizado
51:37nos canais da Rede 98
51:38vem aí o 98 Esporte
51:40segunda edição
51:41um ótimo
51:41um grande abraço
51:42uma ótima segunda-feira
51:43resto de segunda-feira
51:44e uma ótima semana
51:46até amanhã às sete da noite
51:47termina aqui
51:48na Rede 98
51:5098 Talks